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História Apenas um jogo - Novo visual


Escrita por: PauloH1987 e Vousyex

Capítulo 35 - Novo visual


Acordei apreensiva, pois as palavras dela passaram a martelar em minha cabeça. "Como será essa nova TaeYeon?" Fiquei me perguntando isso até a hora de ir para a escola, onde um grande grupo ali já estava. 

Passei a caminhar entre eles, tentando acha-la quando esbarrei sem querer em uma garota de cabelos escuros, fazendo o que ela carregava nas mãos cair.

- Me desculpe, eu não te vi ai. - disse me abaixando para ajuda-la.

- Esta tudo bem minha princesa.

"Princesa?" Pensei ao olha-la melhor - Tae? E você? 

- Eu mesma. - sorriu mexendo nos seus cabelos - E ai, gostou do novo visual?

- Você esta linda!

- Mesmo? Não esta dizendo isso só para me agradar?

- Mesmo meu amor. Você era linda loira e esta maravilhosa morena.

- Falando assim, vou acabar acreditando. - disse terminando de pegar suas coisas e se levantou.

- Então, acredite. - me levantei também e a puxei para um beijo – Esta convencida agora, ou vou ter que te beijar mais?

- Acho que mais uns beijos bons desse, eu acabe me convencendo.

- E você os terá, todos que precisar.

- Quem e a morena Fany? - Max perguntou ao chegar por trás dela.

- Você já me conhece. - disse se virando a ele.

- Desculpa TaeYeon, eu não te reconheci assim.

- Não foi só você. - falei a abraçando por trás – Mas, pode tirar os olhos, pois essa morena e toda minha.

- Faça um bom proveito. Só que cuidado, pois, uma morena gata dessas vai atrair olhares.

- Não estou nem ai. Pois, só um olhar me importa. - virou seu rosto para minha direção, ao qual aproveitei para lhe dar outro beijo.

- Ai a minha diabetes! E muito doce para mim. - brincou - Guardem isso para a cama.

- Olha que não e uma má ideia. 

- Que e isso Tae? - senti meu rosto queimar. 

- Desculpa amor, escapou.

- Tudo bem, só que vamos mudar de assunto?

Passamos a falar sobre nossa viagem até os portões abrirem, onde fomos praticamente as primeiras a entrar na sala. Ao sentarmos em nossos lugares, ela se abaixou e passou a amarrar o cardaço de seu tênis que tinha soltado.

Enquanto ela fazia isso, Brian entrou na sala e ao olhar para onde eu estava se aproximou.

- Eu soube que as suas amiguinhas foram embora, e verdade isso?

- Infelizmente sim. – respondi.

- E pelo visto, a sua tal namoradinha foi também. Sabe o que isso significa?

- Não. Eu não sei. - ele provavelmente não a tinha reconhecido.

- Que agora não tem nada que te impeça de voltar para mim.

- Ainda nisso? Serio? 

- Eu sei que você sente saudade de mim.

- Não Brian, eu sinto e nojo de você. E é bom que saia de perto de mim.

- E por qual razão eu faria isso?

- Pois, a minha namorada não esta gostando nada disso. – apontei para ela.

- Não estou mesmo. - Tae disse seria - E vai por mim, e bom sair antes que eu fique nervosa. Pois se eu ficar, o que as minhas amigas fizeram em você, será considerado um carinho comparado ao que eu irei fazer com o seu amiguinho.

- Faça isso, e farei todo o possível para que seja deportada e nunca mais pise novamente nesse país.

- Tae, se ele realmente fizer isso, sabe o que significa, né? 

- Que você será toda minha de novo. - ele falou a provocando.

- Isso nem nos seus sonhos! - respondi - Significa que vamos ter que antecipar a nossa mudança.

- Perai, que mudança? - perguntou confuso.

- Não soube disso? - sorri - Assim que acabar o ano, eu estarei me mudando para a Coreia, para viver junto com minha namorada.

- Você só pode estar brincando.

- Eu brincando, tem certeza? - me levantei e fiquei de frente a ele - Então, faça a ser deportada, você estará me fazendo um grande favor. Assim, eu não terei que aguentar mais a sua presença por mais tempo, pois, você não sabe o quando eu tenho que me segurar para não vomitar ao ver essa sua cara nojenta!

- Você esta louca?

- Sim, estou. Louca para ficar longe de você e nunca mais ter que te ver ou ouvir. Pois você foi a pior coisa que aconteceu em minha vida. - ele não parecia acreditar naquilo que ouvia – Vamos! Você não e o "machão"? Faz logo o que disse que iria fazer! Assim poderemos sair logo desse país, nos casar e sermos felizes. 

- Mcneil, Hwang. Parem com isso agora! - o professor gritou ao entrar na sala - Para os seus lugares, antes que os mande para a sala do diretor.

Voltei a me sentar no meu lugar e passei a mexer em minha mochila, e nem notei que ele continuava ali, até que o professor voltou a falar:

- Senhor Mcneil, vá logo para o seu lugar, antes que eu perca a paciência.

- Esta bem, senhor. - disse desanimado antes de obedecer à ordem.

Ficamos um tempinho quietas, para não levarmos bronca do professor, quando ela jogou um pedaço de papel em minha mesa, ao qual o li rapidamente.

TaeYeon: “Você esta legal?”

- Sim, eu estou. - respondi baixo enquanto o dobrava novamente – Por quê?

- Você parece estar nervosa. 

- Eu estou só um pouco estressada, com tudo isso que aconteceu.

- Me desculpe por isso, pois isso tudo e minha culpa.

Ao ouvir aquilo, escrevi uma pequena palavra no papel que ela tinha me entregado, o devolvendo em seguida. Enquanto ela lia, falei:

- Você não tem culpa nenhuma por isso. Me entendeu bem? – sorri.

- Sim, nenhuma culpa. - disse rindo - Só você mesma para fazer isso.

Passamos as primeiras aulas trocando poucas palavras, já que os professores não nos dava tempo para isso. Já quando chegou o intervalo, ela parecia estar pensativa, analisando suas mãos.

- Algum problema meu amor?

- Nenhum, por quê?

- E que você esta olhando muito para as suas mãos.

- E que eu estava pensando naquilo que você disse hoje mais cedo.

- Eu disse muita coisa, tem como ser mais especifica?

- Sobre nos sairmos do país, nos casarmos e sermos felizes. Você falou serio sobre isso?

- Sim, isso e, se você aceitar. E não precisa ser nada apressado, pois esta muito cedo para isso. 

- E eu concordo, e aceito fazer tudo isso com você. - me abraçar forte.

- Vocês não se soltam? - Max perguntou ao se aproximar.

- Às vezes, e se depender de mim, nunca irei solta-la. - respondi – Mas, já que você chegou, vou buscar o nosso lanche. O que querem?

- Para mim, qualquer um esta bom. - ele respondeu se sentando.

- E você Tae?

- Qual você vai querer?

- Acho que vou pegar o de sempre para mim. Você quer o mesmo, e isso?

- Eu não sei ainda! - disse ao se levantar animada - E deixa que esse e por minha conta. 

- Mas e a minha vez de pagar Tae. – falei.

- Eu sei. Mas, depois do que aconteceu, eu quero fazer isso, por favor.

- Esta bem! Então, trocamos os dias e isso?

- E quase isso. - disse ao se afastar.

- Me diz Fany, o que foi aconteceu? - Max perguntou curioso.

Contei a ele bem resumidamente tudo o que tinha ocorrido na sala.

- Eu não acredito! Eu perdi você enfrentando ele.

- Só espero que ele não se aproxime, pois senão, vou ataca-lo!

- Calma gata!

- E difícil eu ficar calma, quando estou no mesmo lugar que aquele ser. 

- Então, vamos mudar de assunto? Esquecer um pouco esse ogro.

- Melhor, e a HyoYeon, como esta?

- Esta ótima. Melhor e mais gostosa a cada dia que passa.

- Vocês não andam mais mandando nudes um para o outro, né?

- Não, mandamos parados mesmo. - passou a rir.

- Engraçadinho. Eu vou parar de andar com vocês.

- Por quê?

- Como por que Max? Pega mal ficar ao lado de dois tarados. – brinquei.

- Quem são tarados? - TaeYeon perguntou ao voltar com nossas coisas.

- Max e a HyoYeon, quem mais seriam?

- Por que diz isso amor?

- Pois ele me disse que ainda ficam mandando nudes um para o outro.

- Vão me dizer, que vocês duas não fazem o mesmo? - cruzou os braços nos encarando.

- E claro que não! – respondi.

- Não mesmo. - Tae concordou, só que resolveu continuar – Pois, deixamos isso para quando estamos sozinhas.

- Eu acho que você não precisava ter falado isso.

- Mas ela tem razão Fany. Ao vivo e a cores e bem melhor do que ver em uma foto. 

Abaixei a cabeça ao ouvir aquilo, pois não estava mais me aguentando de vergonha.

- Acho que passamos do limite. - ela falou ao me ver daquele jeito – Me desculpa amor?

- Esta tudo bem Tae. - falei ainda de cabeça baixa. – Não estou assim por causa disso.

- Então, por qual motivo esta assim? Eu sei que esta com vergonha. Pois, o seu rosto esta muito vermelho.

- Sim, eu estou. Só que não e por desse assunto.

- Então, e pelo que? 

- Alguém pode nos ouvir. - respondi baixo.

- O problema então e as pessoas em volta? - ela perguntou, ao qual respondi mexendo a cabeça. - E se pudéssemos falar de qualquer assunto entre nos três, sem que ninguém envolta entendesse. Você ficaria envergonhada? 

- Eu não posso garantir que não terei um pouco. Mas, como faríamos isso?

- Desse jeito. - respondeu em coreano. 

- Não é uma má ideia. – Max falou – Agora, temos que ver se a Fany aceita.

"Isso vai chamar mais a atenção das pessoas em volta, mas pelo menos, vamos poder falar de qualquer assunto sem que ninguém nos entenda." - pensava enquanto voltava a levantar a cabeça - Esta bem, só que sem coisas pesadas, por favor.

Passamos a tentar conversar em coreano, e como eu tinha imaginado, acabou chamando a atenção dos que estavam em nossa volta, que se esforçavam para tentar entender o que estávamos falando.

Ficamos conversando assim até o fim do intervalo, e ao voltarmos à sala, ela pegou aquele papel e passou a anotar algo nele, me entregando em seguida.

- Sete e meio? O que e isso?

- A sua nota, na prova que tivemos. – riu.

- Prova? Qual prova?

- A que aconteceu durante o intervalo.

- Então, você sugeriu aquilo para nos provar?

- Sim, eu disse que a prova seria a qualquer momento. E assim, eu pude ver como andava a sua pronuncia.

- Então, eu errei muito? 

- Não muito. Mas, confundiu algumas palavras. - passou a rir.

- Espero que eu não tenha falado nada de impróprio, ou ter te ofendido.

- Você não fez nenhum dos dois. Na verdade, os dois foram bem educados, só cometendo alguns errinhos básicos de quem esta aprendendo.

- Bem, irei me esforçar para melhorar na próxima.

- E assim que se diz! – sorriu.

Me aproximei mais dela, e sussurrei em seu ouvido:

- Tem algo que eu possa fazer? Para aumentar um pouquinho essa nota.

- Tipo o que? 

- Eu não sei. - tentei arriscar a continuação em coreano - Eu faço qualquer coisa que a minha professora pedir.

- Isso esta ficando bom.

- Então, isso e um “sim”?

- Eu irei pensar. Depois da aula eu lhe darei minha resposta, esta bem assim? 

- Esta bem.

Não preciso nem dizer que eu fiquei morrendo de curiosidade nas aulas que se seguiram, tanto que senti um alivio enorme assim que o ultimo sinal tocou.

- Então, já se decidiu? – perguntei.

- Decidi o que?

- Como o que Tae? Se vai aumentar a minha nota.

- Sim, mas vou fazer outra prova para você, e se tirar uma nota melhor que essa ultima, lhe darei um premio.

- E que premio seria esse?

Ela nada respondeu, apenas sorriu e apontou para ela. 

- Já gostei. E que dia será essa prova?

- Eu não sei. - disse ao abraçar o meu braço - Veremos ainda.

Saímos da escola e nos encontramos com Max, que nos esperava enfrente ao portão.

- Garotas, hoje eu só vou acompanhar vocês até em casa. Pois, não poderei sair com vocês.

- Por que não? – perguntei.

- E que eu vou tentar tirar o meu passaporte hoje.

- Você não tem? - perguntei surpresa.

- Não, pois nunca tive que sair do país. E já quero fazer isso agora, para não ter que correr depois.

- E faz bem, e você amor, não vai tirar também?

- Eu não preciso, pois já tenho. – respondi. 

- Sortuda!

- Se você quiser, a gente pode ir junto, para fazer companhia. - sugeri

- Nem ferrando! Eu quero e que as duas aproveitem para fazer um programinha de casal, se divertir, sabe?

- Esta bem. Então, faremos isso.

- Ótimo! E ai se não fizerem isso. - sorriu - Aqui e onde nos separamos, até mais tarde garotas.

- Até Max, boa sorte.

- Obrigado, e se divirtam sem moderação. - disse rindo ao ir para o caminho oposto ao nosso.

- Então, o que a minha bela namorada quer fazer? – perguntei.

- Que tal irmos para um local tranquilo e namorar um pouquinho?

- E que lugar você sugere?

- Bem, estamos perto de sua casa. O que acha de irmos para lá?

- Por mim esta tudo bem.

Seguimos rumo a minha casa e depois de nos certificarmos que estávamos sozinhas ali, aproveitei para conduzi-la novamente até a minha cama.




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