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História Apenas um jogo - Pegas


Escrita por: PauloH1987 e Vousyex

Capítulo 24 - Pegas


Estava boquiaberta ao ver aquilo, como ela tinha conseguido fazer aquilo assim tão fácil?

- Aconteceu algo Fany? - perguntou preocupada ao me ver.

- Não, nada. Eu só não sabia que você fazia isso.

- Conviver com garotos tem as suas vantagens. 

- Se você sabia fazer isso, por que me deixou bater em você?

- Porque eu merecia aqueles tapas. - sorriu – Só que eu não quero mais leva-los, pois doem muito.

- Eu acho que não vou mais e tocar em você, vai que faz o mesmo comigo. – brinquei.

- Não, isso nunca. E o que eu fiz foi mais técnica do que força. E para me defender dele.

- Qualquer dia você me ensina?

- Sim, só prometa não usar contra mim.

- Pode deixar, eu não usarei.

- Ah e, Eu acho que tenho algo aqui que e seu. - ela abriu sua mochila e passou a procurar algo nela – Eu só tenho que achar aqui.

- E o que seria?

- Aquele desenho que você tinha me pedido. - tirou ele de dentro de um caderno – Aqui esta, ele e seu.

- Obrigada. - o peguei e passei a olha-lo - Eu adorei, bem mais bonito ao vivo.

- E bom guarda-lo, pois o professor acabou de chegar. - disse ao se levantar e ir até ele.

Aproveitei esse tempo e olhei o seu caderno onde estava o desenho na mesa, onde notei algumas coisas escritas em coreano.

- Você sabe ler isso? - ela perguntou ao voltar.

- Não. O que esta escrito ai?

- Uma musica, que eu ainda tenho que terminar. Pena que não sabe, pois ia te perguntar o que achou dela.

- Acho que achamos outra coisa para você me ensinar. E quero ouvir essa musica quando você a terminar. 

- Você a ouvira, não se preocupe. - ela fechou aquele caderno e o guardou de volta.

Graças ao pequeno feito dela, tivemos as ultimas aulas bem tranquilas, até parecia que todos os chatos tinham faltado aquele dia.

O ultimo sinal tocou e saímos juntas da classe até avistarmos Max do lado de fora.

- Finalmente, estava esperando por vocês.

- Por quê? - ela perguntou.

- Como por quê? Irei acompanhar as senhoritas até suas casas.

- Mas eu não vou para lá agora. - TaeYeon falou – Eu vou para a casa dela.

- Para a minha?

- Sim, você esqueceu que disse que iria me ajudar com as matérias?

- Eu disse? - tentei puxar pela memória quando eu teria falado isso.

- Sim, você disse. - a vi piscar novamente para mim - Já se esqueceu?

- Ah e, me lembrei. Desculpa, ando meio ruim da cabeça.

- Então, eu vou deixa-las lá. - ele se colocou no meio de nos duas, dando um braco para cada - Como foi o seu primeiro dia de aula?

- Bom, fiquei num ótimo lugar, né Fany?

- Concordo, até valorizou os de volta.

- Onde você se sentou?

- Ao lado dela. - apontou para mim. 

- Espero que tenham prestado atenção na aula, invés de ficarem fofocando.

- Até tentamos, só que o coiso quis implicar com nos.

- Não acredito. 

- Esta tudo bem, a TaeYeon o devolveu ao lugar dele, e aproveitou para o transformar na piada da classe.

- Como isso?

Contamos a ele o que tinha ocorrido e como ela reverteu a situação, o deixando de joelhos na nossa frente.

- Isso eu queria ter visto, e uma pena que estou em outra turma.

- E eu espero não ter que repetir isso.

Ao chegarmos enfrente a onde eu morava, nos despedimos dele e entramos. Enquanto esperávamos o elevador, resolvi perguntar.

- Diga a verdade, por que você inventou isso? 

- Inventei o que?

- Isso de que eu falei que iria te ajudar na lição.

- Mais e que eu preciso de mais ajuda com a sua língua sabe?

- Mais você já fala bem o inglês, no que eu posso te ajudar?

- Eu disse língua, não idioma. – sorriu.

- Então, você quer namorar, e isso?

- Isso ai! Finalmente me entendeu.

Entramos no elevador e começamos a trocar umas caricias ali mesmo, só que ao contrario das outras vezes, quando chegamos ao meu andar, uma voz nada amigável me chamou.

- Stephanie Young Hwang, e bom me explicar isso agora mesmo.

- Pai, eu não esperava o senhor aqui. - me coloquei na frente dela, tentando protege-la. 

- Por isso estava aos beijos com essa garota?

- Calma pai, eu posso explicar. 

- E bom que explique mesmo. - ele cruzou os braços e saiu do caminho - Para casa, as duas.

Senti ao passar por ele que estava bem encrencada, ao entrarmos ele nos fez sentar no sofá.

- Sem gracinhas. - disse indo até o quarto e voltou com minha mãe - Agora sim, expliquem-se.

- Explicar o que? - minha mãe perguntou.

- Eu as peguei aos beijos dentro do elevador.

Ela nos olhou chocada.

- Então, estamos esperando a explicação de vocês. – ele falou serio.

- Eu só estava fazendo aquilo que prometi a vocês.

- Você não nos prometeu que iria namorar uma garota.

- Não, mas prometi que namoraria alguém melhor. E ela não e um traste como o antigo, ela me ama, respeita e até me defendeu dele hoje. 

- A quanto tempo vocês se conhecem? - minha mãe perguntou.

- Uns dois meses, mais ou menos. – respondi.

- E nesse clima?

- Ah uns dois dias. 

- Stephanie, vai para o seu quarto. - ele disse serio.

- Mas pai...

- Sem “mas”. Vá para o seu quarto, pois precisamos falar a sós com ela.

- Mãe, por favor.

- Obedeça ao seu pai. - ela respondeu tão seria quando ele.

Olhei para a Tae, eu não queria deixa-la ali sozinha com eles.

- Pode ir. - ela falou baixo - Eu vou ficar bem.

Contra minha vontade eu sai, indo até o meu quarto, onde cai na cama e fiquei torcendo para nada de ruim acontecer a ela.

"Espero que ela esteja bem." - o silencio daquela conversa me deixava aflita.

Longos minutos depois, ouvi a porta da entrada ser fechada e passos vindo até o meu quarto, onde abriram a porta.

- Filha, eu posso entrar? - minha mãe perguntou.

- Pode, já esta dentro mesmo. - falei encarando o teto - Veio brigar comigo? Me por de castigo?

- Por que eu faria isso?

- Quem sabe por causa do meu novo relacionamento. Pela cara que vocês fizeram, não gostaram nada de saber disso.

- No começo eu não gostei, pois não esperava por isso. Mais nos queremos que você seja feliz, não importando que boca você vai beijar. 

- Serio isso?

- Serio, agora arruma essa cara e vai para a sala, pois sua namorada esta te esperando.

- Ela não foi embora? - me levantei com tudo.

- Não, ela esta na cozinha. Quem saiu foi o seu pai que saiu, para voltar ao trabalho.

- Então, por vocês esta tudo bem eu namorar com ela?

- Sim, só que vocês serão vigiadas por nos, sempre que estiverem aqui. Até termos uma certa confiança para com ela.

- Por mim esta tudo bem. – a abracei – Obrigada mãe.

Saímos e fui direto para a cozinha, onde ela estava sentada.

- Como você esta?

- Estou bem, os seus pais são bem legais. – sorriu.

- Só que sem gracinhas, pois vou ficar de olho em vocês enquanto estudam. - minha mãe se sentou numa cadeira e ficou nos olhando.

Não estava nos nossos planos, mas realmente tivemos que estudar naquela tarde, já que minha mãe não desgrudou o olhar de nos nem por um minuto sequer.

- Acho que já e hora de eu ir. - disse ao olhar o relógio - Obrigada pela ajuda.

- Por nada, pois prometi que ia te ajudar não? 

Ela me ajudou a arrumar a bagunça que tínhamos feito.

- Obrigada pela hospitalidade e me desculpe pela bagunça que fizemos, senhora Hwang.

- Pelo menos você ajudou a arrumar, já e um ponto a seu favor. 

- Eu posso acompanhar ela mãe? Já que e nova na cidade e tenho medo que se perca.

- Pode, mais volte cedo para casa.

- Sim senhora.

Sai acompanhada da minha agora namorada, aproveitando nossa descida para namorarmos um pouco. 

- Então, você quer continuar sem que ninguém saiba, ou assumimos de vez? – perguntei.

- Depois disso que passei, assumiria para todo mundo, mas também, queria fazer a surpresa para todas. E você?

- Se meus pais deram a benção deles para esse relacionamento, eu não tenho o porque esconder mais. – sorri. 

- Então, vamos assumir de vez. Para quem você gostaria de contar primeiro?

- Acho que para o Max.  

- Então, vamos passar na casa dele, já que e caminho.

- Só quero ver como ele vai reagir. Já que ele foi o que mais me deu forças para isso.

Assim que chegamos à frente do condomínio onde ele morava, o mesmo vinha na direção oposta.

- E ai, como foram os estudos?

- Sem, só que vigiado pela minha mãe.

- E por que a sua mãe ficaria vigiando vocês estudando?

- Para não fazermos isso. - ela puxou o meu rosto contra o dela me dando um beijo. 

- Eu não acredito no que meus olhos viram. Isso quer dizer que vocês estão namorando agora? - um sorriso enorme surgiu em seu rosto.

- Sim, só que não espalhe para ninguém isso. – pedi.

- Eu não irei, fiquem despreocupadas. Quem mais, além de mim sabe?

- Você e os pais dela. - Tae respondeu.

- Seus sogros, você quis dizer.

- Sim, isso mesmo.

- E como eles reagiram ao saber disso?

- No começo eu pensei que estaríamos mortas. Só que depois que conversaram com ela, eles acabaram aceitando.

- Que bom, já tem a benção dos sogros. - brincou

- Sim, só que agora vamos indo, ouviu o que a minha mãe falou.

- E mesmo. Não quero ficar mal com ela logo de cara.

- Eu posso acompanha-las?

- Por favor, assim saberei que a minha princesa voltara sã e salva para sua casa.

Passamos a seguir os seus passos, já que era a primeira vez que estávamos indo para a casa onde ela estava hospedada.

Ao ver que estávamos na rua do restaurante onde ela trabalhava, eu pensei que ela ia entrar lá, só que a mesma continuou andando.

- Você não vai contar para Sunny e a Jessica?

- Sim, e paras outras garotas do clã também.

- Então, por que passou direto por ele?  

- E porque há essa hora, elas já devem estar em casa.

Continuamos seguindo por aquela rua até chegarmos a uma área mais residencial, onde ela parou na frente de um dos quintais e começou a ir até a porta.

- Ela mora aqui? – Max perguntou ao ver a casa.

- Sim. – ela abriu a porta – Cheguei pessoal.

- Finalmente, chegaram quem faltava. – Jessica falou ao se levantar do sofá.

- Como assim? – perguntei.

- Também estou sem entender. 

- E burra assim mesmo ou esta fazendo curso TaeYeon? 

- Não chame a burra de burra. Só eu tenho esse direito. – uma voz já conhecida disse ao se aproximar.

- Hyo? Quando foi que você chegou? – Tae perguntou ao vê-la.

- Já chegamos faz umas duas horas. E olha só, trouxe um presentão de boas-vindas para mim. – disse ao se aproximar de Max. – E você gatão, como esta?

- Bem, e você?

- Ótima. – chegou mais perto e pulou no seu colo, ao qual ele a segurou – Bom, não me deixou cair, isso já e bom. E você Fany, como esta?

- Estou super bem. Só não precisa pular nele assim desse jeito. 

- E correr o risco das outras tentarem me tomar esse homão? Quero que saibam que esse e meu.

- Ninguém vai tomar ele de você sua louca. – Jessica soltou – Todas são comprometidas, quer dizer, todas menos essas duas ai.  

- Só que antes de vocês se entregarem um ao outro. Você disse que chegaram, quem mais veio? – TaeYeon perguntou.

- Só todo mundo, venham. Elas vão adorar ver vocês.



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