Estava boquiaberta ao ver aquilo, como ela tinha conseguido fazer aquilo assim tão fácil?
- Aconteceu algo Fany? - perguntou preocupada ao me ver.
- Não, nada. Eu só não sabia que você fazia isso.
- Conviver com garotos tem as suas vantagens.
- Se você sabia fazer isso, por que me deixou bater em você?
- Porque eu merecia aqueles tapas. - sorriu – Só que eu não quero mais leva-los, pois doem muito.
- Eu acho que não vou mais e tocar em você, vai que faz o mesmo comigo. – brinquei.
- Não, isso nunca. E o que eu fiz foi mais técnica do que força. E para me defender dele.
- Qualquer dia você me ensina?
- Sim, só prometa não usar contra mim.
- Pode deixar, eu não usarei.
- Ah e, Eu acho que tenho algo aqui que e seu. - ela abriu sua mochila e passou a procurar algo nela – Eu só tenho que achar aqui.
- E o que seria?
- Aquele desenho que você tinha me pedido. - tirou ele de dentro de um caderno – Aqui esta, ele e seu.
- Obrigada. - o peguei e passei a olha-lo - Eu adorei, bem mais bonito ao vivo.
- E bom guarda-lo, pois o professor acabou de chegar. - disse ao se levantar e ir até ele.
Aproveitei esse tempo e olhei o seu caderno onde estava o desenho na mesa, onde notei algumas coisas escritas em coreano.
- Você sabe ler isso? - ela perguntou ao voltar.
- Não. O que esta escrito ai?
- Uma musica, que eu ainda tenho que terminar. Pena que não sabe, pois ia te perguntar o que achou dela.
- Acho que achamos outra coisa para você me ensinar. E quero ouvir essa musica quando você a terminar.
- Você a ouvira, não se preocupe. - ela fechou aquele caderno e o guardou de volta.
Graças ao pequeno feito dela, tivemos as ultimas aulas bem tranquilas, até parecia que todos os chatos tinham faltado aquele dia.
O ultimo sinal tocou e saímos juntas da classe até avistarmos Max do lado de fora.
- Finalmente, estava esperando por vocês.
- Por quê? - ela perguntou.
- Como por quê? Irei acompanhar as senhoritas até suas casas.
- Mas eu não vou para lá agora. - TaeYeon falou – Eu vou para a casa dela.
- Para a minha?
- Sim, você esqueceu que disse que iria me ajudar com as matérias?
- Eu disse? - tentei puxar pela memória quando eu teria falado isso.
- Sim, você disse. - a vi piscar novamente para mim - Já se esqueceu?
- Ah e, me lembrei. Desculpa, ando meio ruim da cabeça.
- Então, eu vou deixa-las lá. - ele se colocou no meio de nos duas, dando um braco para cada - Como foi o seu primeiro dia de aula?
- Bom, fiquei num ótimo lugar, né Fany?
- Concordo, até valorizou os de volta.
- Onde você se sentou?
- Ao lado dela. - apontou para mim.
- Espero que tenham prestado atenção na aula, invés de ficarem fofocando.
- Até tentamos, só que o coiso quis implicar com nos.
- Não acredito.
- Esta tudo bem, a TaeYeon o devolveu ao lugar dele, e aproveitou para o transformar na piada da classe.
- Como isso?
Contamos a ele o que tinha ocorrido e como ela reverteu a situação, o deixando de joelhos na nossa frente.
- Isso eu queria ter visto, e uma pena que estou em outra turma.
- E eu espero não ter que repetir isso.
Ao chegarmos enfrente a onde eu morava, nos despedimos dele e entramos. Enquanto esperávamos o elevador, resolvi perguntar.
- Diga a verdade, por que você inventou isso?
- Inventei o que?
- Isso de que eu falei que iria te ajudar na lição.
- Mais e que eu preciso de mais ajuda com a sua língua sabe?
- Mais você já fala bem o inglês, no que eu posso te ajudar?
- Eu disse língua, não idioma. – sorriu.
- Então, você quer namorar, e isso?
- Isso ai! Finalmente me entendeu.
Entramos no elevador e começamos a trocar umas caricias ali mesmo, só que ao contrario das outras vezes, quando chegamos ao meu andar, uma voz nada amigável me chamou.
- Stephanie Young Hwang, e bom me explicar isso agora mesmo.
- Pai, eu não esperava o senhor aqui. - me coloquei na frente dela, tentando protege-la.
- Por isso estava aos beijos com essa garota?
- Calma pai, eu posso explicar.
- E bom que explique mesmo. - ele cruzou os braços e saiu do caminho - Para casa, as duas.
Senti ao passar por ele que estava bem encrencada, ao entrarmos ele nos fez sentar no sofá.
- Sem gracinhas. - disse indo até o quarto e voltou com minha mãe - Agora sim, expliquem-se.
- Explicar o que? - minha mãe perguntou.
- Eu as peguei aos beijos dentro do elevador.
Ela nos olhou chocada.
- Então, estamos esperando a explicação de vocês. – ele falou serio.
- Eu só estava fazendo aquilo que prometi a vocês.
- Você não nos prometeu que iria namorar uma garota.
- Não, mas prometi que namoraria alguém melhor. E ela não e um traste como o antigo, ela me ama, respeita e até me defendeu dele hoje.
- A quanto tempo vocês se conhecem? - minha mãe perguntou.
- Uns dois meses, mais ou menos. – respondi.
- E nesse clima?
- Ah uns dois dias.
- Stephanie, vai para o seu quarto. - ele disse serio.
- Mas pai...
- Sem “mas”. Vá para o seu quarto, pois precisamos falar a sós com ela.
- Mãe, por favor.
- Obedeça ao seu pai. - ela respondeu tão seria quando ele.
Olhei para a Tae, eu não queria deixa-la ali sozinha com eles.
- Pode ir. - ela falou baixo - Eu vou ficar bem.
Contra minha vontade eu sai, indo até o meu quarto, onde cai na cama e fiquei torcendo para nada de ruim acontecer a ela.
"Espero que ela esteja bem." - o silencio daquela conversa me deixava aflita.
Longos minutos depois, ouvi a porta da entrada ser fechada e passos vindo até o meu quarto, onde abriram a porta.
- Filha, eu posso entrar? - minha mãe perguntou.
- Pode, já esta dentro mesmo. - falei encarando o teto - Veio brigar comigo? Me por de castigo?
- Por que eu faria isso?
- Quem sabe por causa do meu novo relacionamento. Pela cara que vocês fizeram, não gostaram nada de saber disso.
- No começo eu não gostei, pois não esperava por isso. Mais nos queremos que você seja feliz, não importando que boca você vai beijar.
- Serio isso?
- Serio, agora arruma essa cara e vai para a sala, pois sua namorada esta te esperando.
- Ela não foi embora? - me levantei com tudo.
- Não, ela esta na cozinha. Quem saiu foi o seu pai que saiu, para voltar ao trabalho.
- Então, por vocês esta tudo bem eu namorar com ela?
- Sim, só que vocês serão vigiadas por nos, sempre que estiverem aqui. Até termos uma certa confiança para com ela.
- Por mim esta tudo bem. – a abracei – Obrigada mãe.
Saímos e fui direto para a cozinha, onde ela estava sentada.
- Como você esta?
- Estou bem, os seus pais são bem legais. – sorriu.
- Só que sem gracinhas, pois vou ficar de olho em vocês enquanto estudam. - minha mãe se sentou numa cadeira e ficou nos olhando.
Não estava nos nossos planos, mas realmente tivemos que estudar naquela tarde, já que minha mãe não desgrudou o olhar de nos nem por um minuto sequer.
- Acho que já e hora de eu ir. - disse ao olhar o relógio - Obrigada pela ajuda.
- Por nada, pois prometi que ia te ajudar não?
Ela me ajudou a arrumar a bagunça que tínhamos feito.
- Obrigada pela hospitalidade e me desculpe pela bagunça que fizemos, senhora Hwang.
- Pelo menos você ajudou a arrumar, já e um ponto a seu favor.
- Eu posso acompanhar ela mãe? Já que e nova na cidade e tenho medo que se perca.
- Pode, mais volte cedo para casa.
- Sim senhora.
Sai acompanhada da minha agora namorada, aproveitando nossa descida para namorarmos um pouco.
- Então, você quer continuar sem que ninguém saiba, ou assumimos de vez? – perguntei.
- Depois disso que passei, assumiria para todo mundo, mas também, queria fazer a surpresa para todas. E você?
- Se meus pais deram a benção deles para esse relacionamento, eu não tenho o porque esconder mais. – sorri.
- Então, vamos assumir de vez. Para quem você gostaria de contar primeiro?
- Acho que para o Max.
- Então, vamos passar na casa dele, já que e caminho.
- Só quero ver como ele vai reagir. Já que ele foi o que mais me deu forças para isso.
Assim que chegamos à frente do condomínio onde ele morava, o mesmo vinha na direção oposta.
- E ai, como foram os estudos?
- Sem, só que vigiado pela minha mãe.
- E por que a sua mãe ficaria vigiando vocês estudando?
- Para não fazermos isso. - ela puxou o meu rosto contra o dela me dando um beijo.
- Eu não acredito no que meus olhos viram. Isso quer dizer que vocês estão namorando agora? - um sorriso enorme surgiu em seu rosto.
- Sim, só que não espalhe para ninguém isso. – pedi.
- Eu não irei, fiquem despreocupadas. Quem mais, além de mim sabe?
- Você e os pais dela. - Tae respondeu.
- Seus sogros, você quis dizer.
- Sim, isso mesmo.
- E como eles reagiram ao saber disso?
- No começo eu pensei que estaríamos mortas. Só que depois que conversaram com ela, eles acabaram aceitando.
- Que bom, já tem a benção dos sogros. - brincou
- Sim, só que agora vamos indo, ouviu o que a minha mãe falou.
- E mesmo. Não quero ficar mal com ela logo de cara.
- Eu posso acompanha-las?
- Por favor, assim saberei que a minha princesa voltara sã e salva para sua casa.
Passamos a seguir os seus passos, já que era a primeira vez que estávamos indo para a casa onde ela estava hospedada.
Ao ver que estávamos na rua do restaurante onde ela trabalhava, eu pensei que ela ia entrar lá, só que a mesma continuou andando.
- Você não vai contar para Sunny e a Jessica?
- Sim, e paras outras garotas do clã também.
- Então, por que passou direto por ele?
- E porque há essa hora, elas já devem estar em casa.
Continuamos seguindo por aquela rua até chegarmos a uma área mais residencial, onde ela parou na frente de um dos quintais e começou a ir até a porta.
- Ela mora aqui? – Max perguntou ao ver a casa.
- Sim. – ela abriu a porta – Cheguei pessoal.
- Finalmente, chegaram quem faltava. – Jessica falou ao se levantar do sofá.
- Como assim? – perguntei.
- Também estou sem entender.
- E burra assim mesmo ou esta fazendo curso TaeYeon?
- Não chame a burra de burra. Só eu tenho esse direito. – uma voz já conhecida disse ao se aproximar.
- Hyo? Quando foi que você chegou? – Tae perguntou ao vê-la.
- Já chegamos faz umas duas horas. E olha só, trouxe um presentão de boas-vindas para mim. – disse ao se aproximar de Max. – E você gatão, como esta?
- Bem, e você?
- Ótima. – chegou mais perto e pulou no seu colo, ao qual ele a segurou – Bom, não me deixou cair, isso já e bom. E você Fany, como esta?
- Estou super bem. Só não precisa pular nele assim desse jeito.
- E correr o risco das outras tentarem me tomar esse homão? Quero que saibam que esse e meu.
- Ninguém vai tomar ele de você sua louca. – Jessica soltou – Todas são comprometidas, quer dizer, todas menos essas duas ai.
- Só que antes de vocês se entregarem um ao outro. Você disse que chegaram, quem mais veio? – TaeYeon perguntou.
- Só todo mundo, venham. Elas vão adorar ver vocês.
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