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História Apenas uma Fã - Capítulo III


Escrita por: wissxx

Notas do Autor


tenham uma ótima leitura. 💕

Capítulo 3 - Capítulo III


Fanfic / Fanfiction Apenas uma Fã - Capítulo III

Capítulo III

Harry — Londres, Inglaterra

Eu estava com uma mistura de medo, adrenalina e preocupação.

Gritos é mais gritos de Emanuele, chamando pelo pai, Otávio, eram escutados por mim. O desespero era evidente na sua voz. Eu queria estar ao lado dela, abraçando-a e lhe dizendo que tudo iria ficar bem; mas nada vai ficar bem. Provavelmente o pai dela fora executado dentro da própria residência dele e ela ouviu tudo.

Continuação da ligação

– Manu meu bem, se acalme. Sei que algo impossível de se pedir agora; mas como eu sei que você deve estar sozinha, então se levante, e deite na sua cama. - disse tentando parecer calmo.

– Não dá Harry! Meu pai foi morto a alguns minutos atrás, e eu estou dentro de casa, sozinha, correndo o risco de ser a próxima a ser assassinada. Mas mesmo assim eu preciso saber se ele realmente morreu. - disse ela fungando – Eu tenho que ir lá, Harry...

– NÃO EMANUELE! Você vai ficar onde está! Ás cenas que você pode ver, provavelmente serão perturbadoras; isso não são imagens que uma menina de dezessete anos deve ver. - disse tentado não parecer calmo – Emanuele, sente-se na sua cama.

– Harry... - ela parou de falar por um momento – Eu não quero tomar o seu tempo. - ela se levantou – Pode ir se quiser, eu vou ficar bem, e não vou sair do meu quarto; até Cátia chegar amanhã de manhã. - disse ela, quase em um sussurro.

– Eu não vou sair daqui Emanuele. Se for preciso eu passo a noite toda com você. - pude imaginar o sorriso que se formou no rosto dela – Me diz: qual a música que você mais gosta?

(Eu me levantei, com o celular entre o meu ombro direito e o meu ouvido, e rumei em direção ao meu violão. Voltei para a cama, onde novamente me sentei.)

– History. - disse ela – Vai cantar? - perguntou ela, com a animação visível na sua voz.

– Vou. - disse colocando o celular no viva-voz e pondo o mesmo sobre a cama – Agora quero que você deitei na sua cama, se cubra e, apenas escute a minha voz; pode ser? - perguntei.

– Pode sim. - a voz dela estava suave, como se quisesse passar conforto a alguém – Se eu cantar no meio da música, não ria. Essa é a minha música favorita. - disse ela baixinho.

– Não vou rir, eu prometo. - disse rindo, e fui acompanhado por ela.

Emanuele — Rio de Janeiro, Brasil

A voz rouca e grossa dele era algo extremamente relaxante. Eu estava com os olhos fechados, cantando baixinho junto a ele.

Estava tentando esquecer tudo o que escutei durante essa noite. A porta estava trancada, como as janelas também trancadas. Lá fora estava chovendo, e como Cátia dizia: quando uma pessoa boa morre, chove. Lágrimas escorreram pelos meu olhos, eu não devia ter saído da sala; eu não deveria ter deixado ele sozinho, ele poderia estar aqui comigo agora... Ou não. Nós dois poderíamos estar mortos agora.

Espantei esse pensamentos escuros e tristes da minha mente, e me deixei embalar pela voz grossa e rouca de Harry, que estava cantando para mim.

You've gotta help me
I'm losing my mind
Keep getting the feel
You want to leave this all behind
Thought we were going strong
I thought we were holding on
Aren't we?

No, they don't teach ya this in school
Now my hearts breaking
And I don't know what to do
Thought we were going strong
Thought we were holding on
Aren't we?

You and me got a whole lot of history
We could be the greatest team that the world has ever seen
You and me got a whole lot of history
So don't let it go, we can make some more
We can live forever

All of the rumours, all of the fights
But we always find a way to make it out alive
Thought we were going strong
Thought we were holding on
Aren't we?

You and me got a whole lot of history
We could be the greates team that the world has ever seen
You and me got a whole lot of history
So don't let it go, we can make some more
We can live forever

Minibars, expensive cars, hotel rooms
and new tattoos, and the good champagne
and private planes
But we don't need anything
Cause' the truth is out
I realise that without you here
Like there's just a lie

This is not the end
This is not the end
We can make, it you know, it you know

You and me got a whole lot of history
We could be the greatest team that the world has ever seen
You and me got a whole lot of history
So don't let it go, we can make some more
We can live forever

You and me got a whole lot of history
We could be the greatest team that the world has ever seen
You and me got a whole lot of history
So don't let it go, we can make some more
We can live forever

So, don't let me go
So, don't let me go
We can live forever
Baby, don't you know
Baby, don't you know
We can live forever

(...)

Eu acordei com gritos vindos da sala. Era coisas do tipo: EMANUELE, SEU PAI...

 Não eram frases terminadas. O telefone ainda estava ligado,e eu podia escutar a respiração pesada de Harry. Desliguei meu celular e caminhei para o meu roupeiro. Ondei peguei roupas íntimas novas, e uma peça de roupa; [1]. Caminhei para o banheiro, onde me encarei.Fraca, prepotente. É como eu estou me sentindo. Ia fazer um mês amanhã que eu não me cortava, mas nem tudo é como queremos.

Abri a portinha do espelho, ondei peguei o meu estilete. Junto com as lágrimas que estavam saindo do meu rosto, as gostas de sangue saiam do meu braço. Dor? Eu não sentia mais dor. Eram quase quatro anos de cortes, que estavam espalhados pelas minhas pernas, coxas, braços, pulsos... A meu pulsos, o local onde mais tem cortes.

A água morna desci pelos meus cabelos, chegando em meus pés. Vocês devem estar me achando louca de estar fazendo todo esse ritual, enquanto meu pai tá estirado no chão da minha sala, desde de ontem á noite. Mas não, eu só não quero ver a cena, pois sei que isso vai me afetar ainda mais.

Eu saí do box, com uma toalha envolta do meu corpo e outra no cabelo. Me olhei novamente no espelho, e tentei dá um sorriso, algo que deu errado.

Noemi — Londres, Inglaterra

Eu estava terminando de descer as escadas, quando escutei o meu celular tocar. Retirei o mesmo da bolsa, e estranhei quando vi o DDD brasileiro, que não era o número de Emanuele e muito menos de Otávio. Confesso que meu coração se apertou dentro do peito.

Me sentei na mesa,junto de Charles, pai do Liam, meu enteado; e do Liam, que tinha dormido aqui essa noite.

Ligação: Número desconhecido

– Bom dia, neste número eu falo com a dona Noemi Vasconcelos? - perguntou o rapaz do outro lado da linha.

– Sim, o que deseja? É algo que envolve a minha filha? Pois estou em Londres, e o pai dele que resolve essas coisas. - disse pondo café na xícara.

– E sobre seu ex-marido. Então... Ele foi morto dentro de casa essa noite, e sua filha está sem um responsável legal por ela aqui no Brasil. A senhora pode vir busca-lá? - perguntou o homem muito calmo.

(Eu deixei a xícara cair no chão, e assim ela se quebrou; e chamou a atenção dos rapazes para mim.  Charles se levantou, ficando ao meu lado. Liam também se levantou, e ficou do meu outro lado, me olhando um pouco assustado. Como assim Otávio foi morto? Como será que está Emanuele?)

– E a minha filha?Como ela está? - perguntei visivelmente angustiada.

– Sua filha 'tá bem, mas precisamos que você venha para o Brasil o mas rápido possível. E pelo que estamos sabendo, a sua filha ficará sobre a sua responsabilidade a partir de agora. - disse o homem.

– Tudo bem, eu entendo. Estou indo para o Brasil agora. - disse e desliguei.

Eu me levantei completamente atordoada, e subi as escadas novamente. Liam e Charles estavam atrás de mim, preocupados, sem saber o que estava acontecendo.

Eu entrei no meu quarto, e fui logo pegando uma bolsa que ali tinha. Abri o meu roupeiro, e enchi a bolsa com as primeiras peças de roupas que vi. Enquanto eu estava ali pondo as minhas coisas dentro da bolsa; eu falava ao telefone, pedido para deixar o meu jato particular pronto, pois em minutos eu estaria no aeroporto.

Com o tempo, eu abri empresas, pois a minha situação financeira melhorou muito. Charles nem sabia o que estava acontecendo, mas estava me ajudando a arrumar a bolsa.

—  O que aconteceu Noemi? - perguntou Liam — Você ficou atordoada de repente.

—  Minha filha e meu ex-marido. - Charles me encarou com uma sobrancelha erguida —  Meu ex-marido foi assassinado dentro de casa, e minha filha, pelo que sei, ouviu tudo. E eu preciso ir ao encontro dela o mais rápido possível.

Ambos me encaram surpresos e atordoados, igual a mim a alguns minutos atrás.

Emanuele — Rio de Janeiro, Brasil

Eu estava sentada no balanço do lado de fora da minha casa, com fotos antigas minhas e do meu pai. Aquele sorriso de criança que tem tudo o que precisa... Amor, carinho... E hoje em dia não tem 1% do que precisa; e agora, praticamente tá sozinha nesse mundo.

As lágrimas estavam rolando pelo meu rosto.

O dia ainda estava nublado, e a minha vontade de continuar seguindo em frente já tinham acabado, mas Harry estava ali, do outro lado da linha, cantando músicas para mim. Ele estava sendo meu porto-seguro. A dois dias atrás, eu estava duvidando se seria capaz  de apegar a alguém com apenas poucas horas de vocês terem se conhecido, mas eu descobri que pode, e foi isso o que aconteceu. Eu me apeguei a Harry, e eu acho que ele se apegou a mim.

Escutei passos vindos de dentro da casa, e logo Cátia apareceu na porta, com um sorriso triste no seu rosto. Caminhou até onde eu estava, e se sentou ao meu lado.

—  Sua mãe está vindo pro Brasil. - disse ela baixinho, para não atrapalhar Harry.

A cara que eu fiz deve ter sido de espanto, pois Cátia me encarou sorrindo.


Notas Finais




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