História Apenas uma Geek - Segunda Temporada - The trip, part 5, FINAL

Música: End of the Day.
Banda: One Direction.

Por que...
POR QUE, DEUS?!
Logo agora...
Não posso nem respirar que já cago.
Que bosta...
Literalmente, uma bosta.
A porta se abriu de repente.
-Já melhorou? -Phillip perguntou entrando no quarto.
-Que legal, nem bate na porta. Imagina se... Ah, esquece.
Ele abriu um sorrisinho malicioso, que tentou esconder, mas não conseguiu.
-Sai daqui, seu idiota.
-Você sabe que você está na MINHA casa, no quarto que deveria ser MEU, que você ME expulsou e você ainda fala para eu sair?! -Ele perguntou erguendo as sobrancelhas.
Senti um arrependimento em mim.
Eu sou muito chata.
Eu estou fazendo ele de bobo na casa dele, meu Deus, a família dele deve estar de saco cheio de mim.
Comecei a gaguejar.
-Você tem razão... Argh... Foi mal. -Eu disse me levantando da cama.
Cocei os meus olhos e passei reto por ele, mas o mesmo segurou o meu braço, com um sorriso brincalhão no rosto.
-Sério mesmo que você acreditou?! -Ele perguntou com aquele sorriso e começou a rir escandalosamente.
Fiquei boiando lá.
Ele finalmente parou e olhou para mim.
-É brincadeira. Pode ficar aí o tempo que quiser, gata. -Ele disse sorrindo.
Lembro da primeira vez que ele me chamou de gata...

~Memories ON~
Cheguei até a porta. Suspirei um segundo e logo abri a porta e... Meu Deus ele estava um gatão. Meu Deus... Acalme-se e sorria -repeti para mim mesma em minha mente-.
-Oii. -Eu disse abrindo a porta.
-O... Meu Deus, você está muito... -Ele pensou em uma resposta e eu dei sua reposta.
-Bonita? -Eu disse sorrindo.
-Eu ia dizer gata mas você também está bonita, na verdade, linda! -Ele disse mordendo seu lábio inferior...
~Memories OFF~

Dei uma risadinha ao lembrar.
Eu era tão estranha.
Assim como ele.
Mais do que somos agora.
Cruzes.
-O que tem de engraçado nisso? -Ele disse com aquele sorriso brincalhão ainda.
-Nada não. -Eu disse parando o riso, transformando-o em um sorriso bobo. -Mas então, fica aí no quarto. -Eu disse abrindo a porta.
-Não precisa, garota. Eu já disse que era brincadeira. -Ele disse ainda segurando o meu braço.
-Faz o favor de soltar o meu braço, por favor? -Perguntei erguendo a minha sobrancelha.
Ele deu uma risadinha sarcástica.
-Meu, você é louco. -Eu disse dando a risadinha sarcástica.
Ele sorriu e me beijou.
Céus! Fazia um bom tempo que eu não sentia esses lábios se envolvendo com os meus.
Ele é louco.
E eu amo loucura.
Mas não.
Mas never.
Eu o empurrei no mesmo segundo.
-Você.é.louco! -Eu disse séria e empurrando ele com força.
Escutei sua risada escandalosa do quarto enquanto eu descia as escadas.
Seus lábios estavam gelados e ásperos...
Deus! Por que eu gostei?!
Dei risada ao chegar na sala.
Estava vazia.
Deitei no sofá.
Há alguns dias atrás eu falei para ele que não ia rolar nada e tal.
E hoje, ele me beijou e eu nem bati nele!
Olha que coisa!
Dei uma risadinha antes de cair no sono...

-Acorda, dorminhoca. -Dale disse sorrindo.
Cocei os olhos, vendo todos na sala.
Me sentei no sofá.
-Vamos passear em Miami. Vamos aproveitar nosso último dia aqui. Vá se arrumar, Cinderella. Ou vai querer chamar a Fada Madrinha? -Ela disse sorridente.
-Fada Marinha, por favor. -Eu disse rindo.
Ela riu.
-Vai, Cinderella.
Fiz um biquinho bizarro e subi as escadas...

Já estava pronta.
Calça jeans bem apertada e rasgada, croppet de uma mão mostrando o dedo do amor, uma bota de cano curto e um casaco bem felpudo.
Minhas unhas estavam pintadas de preto fosco e meu cabelo estava como um coque preto.
Fiz uma maquiagem gótica simples, apenas com base, pó, rímel, delineador e batom preto.
Entramos no carro e subiu aquele cheiro de perfume desgraçado.
Uma mistura de perfumes masculinos com femininos.
Deu aquele enjoo novamente mas preferi não estragar o clima animado vomitando.
-Por que está gótica hoje? -Phillip se perguntou me olhando de baixo para cima.
-Porque sim. -Disse com um sorriso falso no rosto, que o mesmo retribuiu.
Aquelas ruas de Miami me faziam delirar!
Depois de um bom tempo de carro, paramos em uma pizzaria show de bola.
Abri aquele sorriso de: vou comer pra caralho.
Sorriso de obeso.
Amoo.
Entramos e escolhemos uma mesa.
Me sentei ao lado de Dale.
Percebi que tinha alguns jogos de mesa e joguinhos de fliperama no cantinho.
Aí que eu pirei.
Joguinhos de fliperama são meus crushs!
Dei aquele sorrisinho nerd para aquele cantinho e Dale me olhou.
-Está sorrindo para os joguinhos ou para aqueles boys magia jogando?
Dei uma risadinha abafada.
-Os joguinhos, claro. -Olhei para ela com uma cara meia óbvia.
Ela deu aquele sorrisinho.
-Uhum, sei.
-Bom, se me derem licença vou jogar um pouco. -Eu disse me levantando da mesa.
Segui aos joguinhos e fiquei escolhendo qual jogar primeiro...
Pac-man, sem dúvidas.
-Gabriella?! -Ouvi uma voz conhecida me chamar.
Me virei para ver quem era e fiquei boquiaberta!
-Toby?! -Perguntei sorrindo.
O mesmo abriu seus braços para um abraço.
Voei em seus braços, sentindo seu abraço caloroso e apertado.
Sorri dentro de seus braços.
-Meu Deus! O que faz aqui, garoto?! -Perguntei para ele, sorridente.
-Eu que pergunto! Você estava no Texas e do nada te encontro em Miami! -Ele disse surpreendido.
Ri escandalosamente.
-Estou de passagem. Só estou viajando com a família da minha amiga e volto amanhã. -Eu disse sorridente.
-Bom saber. -Ele disse com aquele sorriso maravilhoso, encostando na parede.
-Por que?
-Estou indo para Orlando, viajar.
Não pude conter o sorriso.
Eu simplesmente o adoro!
Namorei com Toby no Texas, ele me ajudou bastante com esse lance de bullying e tal.
Mas infelizmente ele se mudou para Miami e tivemos que nos separar.
Sério, já aconteceu isso com três namorados meus.
Toby, Alex e... Phillip...

~Phill's P.O.V~
Gabi começou a conversar com Dale e depois de alguns segundos a mesma se afastou, indo para os joguinhos de fliperama.
Fiquei mexendo no meu celular.
Depois de um tempinho, o bloqueei e o guardei no bolso.
Olhei para os joguinhos e percebi que Gabriella abraçava um garoto.
Como assim?
Ela abraçando um estranho?!
Ou será que não é estranho... Para ela?
Eles começam a rir e a conversar.
Não pude parar de notar o imenso sorriso de Gabriella, olhando o garoto.
O garoto percebe que está sendo vigiado e olha em minha direção.
Pude ver o seu rosto com clareza.
Olhos verdes e brilhantes, dentes perfeitos e dentes brancos (formando um sorriso extremamente perfeito), um corpo bastante musculoso e cabelos castanhos muito escuro.
Depois disso pode te achado que eu sou gay, mas não.
Eca.
Ele voltou a prestar atenção em Gabriella e comentou algo que a fez rir.
Ela me olhou, no mesmo instante que ele.
Ela se virou novamente e comentou algo.
Ele zombou de mim?
-Quem é aquele cara?
Me virei para Dale, sentada em minha frente.
-Não faço a menor ideia. -Disse pegando meu celular do bolso.
Dale sorriu.
-Que é? -Perguntei sendo seco.
-Nada, querido. -Ela respondeu com uma risadinha abafada e logo olhou para a minha mãe, que balançava a cabeça negativamente.
Fiquei jogando um joguinho entediante no celular.
Me irritei por não conseguir passar de fase e bloqueei-o novamente.
Resmunguei um "merda" baixinho e bufei.
Não pude me controlar e olhei para os joguinhos, onde Gabriella ria com o garoto, enquanto jogavam um joguinho juntos.
Mal percebi que a mesa já estava com uma garrafa de cerveja, suco e vários copos.
Nem percebi que tinha um copo de cerveja na minha frente (que deveria ser meu).
-É meu? -Perguntei erguendo o copo de cerveja.
-Sim, ué. -Meu pai disse.
-Ah.
Bebi um gole.
Fazia tempo que eu não bebia cerveja.
Minha boca se encheu d'água, se acostumando com a acidez do líquido amarelo.
Ouvi risadas altas e olhei para Gabriella de novo.
Estava quase entrando em coma de tanto rir.
É impressão minha ou ela nunca riu assim comigo mas riu assim com esse cara?!
Senti meu sangue ferver...
Não devo ligar.
Afinal, não gosto mais dela... Não é?
Não é?
ME RESPONDE, DEUS!
(Ela já riu sim assim comigo, só para informar).
-Filho, chama a Gabriella para comer, nosso pedido já está vindo.
Eles pediram?
-Eu não. Deixa ela vim quando sentir fome. -Eu disse rispidamente essas palavras e logo dei um gole na cerveja.
Minha mãe riu.
Por que ela achou graça?
-Deixa que eu vou, mãe. O Sr. Ciuminho não quer ir.
Dale disse se levantando da mesa.
Repeti a sua frase com uma voz fina e bizarra antes de dar mais um gole na cerveja.
Segundos depois vejo Dale e Gabriella se sentando na mesa novamente.
Gabriella tinha um sorriso pequeno no canto dos lábios.
Ela prendeu seu cabelo, sem tirar o sorriso.
-Conhece aquele garoto, Gabi? -Minha mãe perguntou preocupada.
Finalmente alguém perguntou!
Eu achei que ia ter que descobrir sozinho, e não seria legal.
-Ah, sim. Um amigo do Texas, ele se mudou para cá no começo do ano passado e desde então não tinha mais o visto. Achei mera coincidência achá-lo aqui. -Ela disse sorrindo.
-Que legal! Coincidência pra caramba. -Minha mãe disse sorrindo antes de dar outro gole de suco.
Minha mãe disse gentilmente e sorridente mas percebi pelo seu olhar que não estava contente.
Ué.
Pelo visto, a vida no Texas foi melhor do que eu pude imaginar...
Bufei silenciosamente antes de dar um gole de cerveja mas não fui tão discreto e todos olharam para mim.
Percebi por canto de olho, Gabriella revirar os olhos.
O pedido chegou e começamos a nos servir.
Gabriella estava (ou está) doente, nem deveria ter vindo.
-Já está melhor?
-Bom, creio que sim. Desde manhã que não sinto nada. Mas acho que foi apenas temporário. -Ela disse sem o sorriso nos lábios.
Dei um gole na cerveja antes de começar a comer...

-Ela nunca vai sair de lá ou pelo menos parar de jogar?! -Pensei alto demais, bufando.
Bryan olhou para mim.
-Já se declarou para ela?
Ri de deboche.
-Não estou afim dela.
Todos riram na mesa.
-Mas mesmo se eu estivesse, uma declaração não ia ser tudo para ela. Acredite, experiência própria. -Eu disse respirando fundo.
Bryan deu um sorrisinho de canto de boca.
-Então já fez isso.
-Não enche. -Eu disse me levantando da mesa.
Passei ao lado de Gabriella que ria, super feliz e segui para o banheiro masculino.
Fechei a porta e respirei fundo.
Joguei água na cara, sentindo o choque térmico.
Me olhei no espelho.
Não posso ser a sombra dela.
Tenho que seguir em frente.
Se eu sei que não vamos seguir, devo parar de agir feito um idiota e ser a sua sombra, não é mesmo?
Obrigado por me responder, vida.
Sequei meu rosto e abri a porta.
Saí de lá, respirando fundo.
Passei as mãos no cabelo antes de voltar à sentar na mesa.
Percebi que algumas garotas gatas que antes não tinha visto no fliperama.
Opa.
Ela quer guerra? Vamos ter guerra.
Baguncei meu cabelo e me levantei novamente da mesa.
Elas conversavam e riam, longe de Gabriella e do garoto.
As garotas olharam em minha direção.
A ruivinha corou e piscou para a outra garota e se afastou.
A outra tinha cabelo loiro e ondulado (natural, pelo visto), pele clara, olhos castanhos e um corpo extremamente bonito.
-Olá. -Falei me aproximando.
Ela sorriu de um jeito tímido e corou um pouco.
-Oi. -Ela disse com um pequeno sorriso.
-Está sozinha? Não me leve a mal mas eu adoraria jogar com alguém. -Perguntei sorrindo, cheio de charme.
Ela pensou um pouco antes de responder, ainda sorrindo.
-Olha que coincidência, eu também. -Ela disse ainda tímida.
-Ótimo. Gostaria de jogar comigo? Já vou avisando, não sou muito bom. -Eu disse me rendendo.
Ela deu uma risadinha abafada e sorriu.
-Claro, então somos dois. -Ela disse aumentando o seu sorriso.
Sorri também e cheguei perto daquelas máquinas velhas.
-Que tal esse? Não conheço muito bem esses joguinhos. -Eu disse apreciando a grande máquina.
-Nem eu. Vamos ver como é. -Ela disse ficando do meu lado.
Apertei o botão que dizia "start" em sinal de aprovação...

Katy Sanders, 18 anos, loira natural, patinadora profissional, faz faculdade de direito e tem um cachorrinho chamado Bidu.
E seu número?
Já tenho na minha agenda.
Ah, e ela não namora.
Me diverti tanto com ela que me esqueci da Gabriella e só me lembrava dela quando a pegava olhando fixamente para mim, disfarçadamente.
-Bem, já que eu venho em Miami todo ano, da próxima vez que eu voltar podemos marcar de sair.
Ela sorriu.
-É mesmo. -Ela sorriu se sentando na máquina mas acabou escorregando e caindo de bunda no chão.
Comecei a rir com ela e a levantei.
Seu estilo me chamou atenção.
Ela é meia certinha.
Isso é legal.
Tênis All Star preto, calça jeans skinny, blusa de manga comprida e suéter cor-de-rosa. Sem falar no cachecol felpudo, que a deixou super fofa.
Ela olhou no fundo dos meus olhos, assim como olhei nos seus.
Aproximei mais dela, sentindo sua respiração fazer cócegas no meu rosto.
Ela corou e sorriu.
Aproximei ainda mais dela e finalmente juntei nossos lábios.
Demos um selinho e ela não reclamou depois.
Seus lábios rosados são quentes e macios.
Apenas sorriu.
-Vamos, seus pais estão te chamando para irmos embora. -Gabriella brotou do submundo ali, do nada, com os braços cruzados e a voz rouca.
Olhei para Katy que ainda sorria.
-Depois conversamos mais, Kay. -Eu disse sorrindo.
Ela deu um beijo na minha bochecha e rapidamente se afastou.
Gabriella permaneceu ali.
-Até.
-Até.
Sorri, me afastando dela.
Quando eu estava saindo do restaurante, acenei para a mesma que ainda permanecia ali, encostada na parede sorrindo para mim.
Nem me liguei na Gabriella, que falava comigo.
-Alô? Eu estou falando com você, o Zé!
Eu ainda sorria.
Respirei fundo.
-Poderia repetir?
Ela bufou e cruzou os braços novamente.
-Não.
Ciúmes?
Ela ficou com ciúmes.
Ri mentalmente.
Conhece Katy essa noite e sinto que a conheço à anos.
Ela é a segunda garota mais encantadora que conheço.
Não é a primeira.
A primeira sempre estará ocupada.
Ainda se pergunta quem é?
Nem preciso falar.
Infelizmente, essa garota rabugenta que está do meu lado com cara de bunda é a garota mais encantadora que conheço...
Entramos no carro e demos partida à casa.
Essa foi a melhor viagem à Miami que já fizemos...