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História Apenas Uma Noite? - SasuHina- - Capítulo 5


Escrita por: HiimeHyuga

Notas do Autor


Capítulo betado pela @mymaelstrom ❤️
Espero que gostem meus amores.
Obrigada pelos 274 favoritos e todos os comentários de carinho, vocês são incríveis
Boa leitura 😊

Capítulo 5 - Capítulo 5


O suor que escorria em ambas as faces, denunciava o cansaço eminente que Sasuke e Hinata estavam sentindo naquele momento. Não era a primeira vez que aquilo andava acontecendo, o Uchiha ensinava cada gesto, cada movimento com maestria para a Hyuuga, que ansiava cada vez mais por ocasiões como aquela.

— Olhe nos meus olhos, Hime! — A imponência na voz do moreno causava arrepios na pele da perolada.

Ela encarou os olhos bicolores, arregalando os seus no instante em que Sasuke ativou o sharingan. Céus, aquele olho escarlate lhe dava a sensação de que o Uchiha era um ser tão dominante, tão sombrio e ao mesmo tempo tão... tão excitante, e ela adorava se perder naqueles olhos. Bem, a sua concentração naquele momento já havia ido por água abaixo.

Sentiu as mãos quentes apertarem sua cintura cada vez mais forte e, por mais que fosse comum sentir dor naquela região, Hinata sentia um incômodo muito grande, mas que não tinha nada haver com o local que ele apertava, e, sim, em sua intimidade.

Sasuke, notando a perda total do foco da garota, tirou uma kunai do bolso, colocando o metal gelado rente ao pescoço de Hinata, que assustou-se com aquele breve ataque, ativando a linhagem e atacando o Uchiha de forma desleixada.

Ela acabou fechando um dos tenketsus do moreno, fazendo-o grunhir pelo ardor sentido naquele local. Não fora nada mortal, porém, por estarem próximos demais, Sasuke acabou desequilibrando, levando seu corpo, juntamente com o de Hinata, chão abaixo.

Ela levou um grande susto pela queda, contudo, o espanto foi maior ao notar o peso que estava sobre seu pequeno corpo. 

— Você é muito distraída, Hinata. — Ele dizia enquanto levantava a cabeça, na intenção de encarar os olhos claros. — Se isso fosse uma luta de verdade, o inimigo teria acabado com você. — Bradou, advertindo-a.

Já havia passado mais de um mês que eles estavam visitando algumas vilas enquanto entregavam o tratado de paz para os respectivos Kages. O clima entre os dois pairava muito mais leve e tranquilo. Ambos descobriram, ao passar dos dias, o quanto a companhia um do outro havia se tornado tão boa, tão... viciante. E, bem, como prometido, Sasuke treinava Hinata quando havia um certo intervalo naquela delegação. 

— Puff! — Ela bufou, soprando a franja e fazendo um bico na sequência. Gesto que, para Sasuke, fora tentador.

Ele aproximou o rosto, porém, ao invés de beijar, o rapaz simplesmente mordeu os lábios dela, fazendo Hinata soltar um gemido de frustração. Ultimamente, as coisas entre eles acabavam sempre dessa maneira: entre beijos, amassos ou até em pequenos gestos de implicância da parte de Sasuke. Ele não resistia à carinha emburrada que a Hyuuga fazia quando estava frustrada. O simples movimento que ela executava com lábios, para Sasuke, a deixava inocentemente tentadora.

Ao ver o rosto pálido avermelhado, o Uchiha selou os lábios iniciando um beijo, rodeando a língua por toda a extensão carnuda da moça, antes de adentrar o músculo rosado dentro daquela boquinha. Aprofundou o beijo, chupando a língua de Hinata de forma extremamente erótica, causando vibrações por todo o corpo da morena. 

Com um impulso, eles trocaram as posições, Hinata ficando por cima e Sasuke sob si. Ela o devorava na mesma intensidade, a cada contato sentia-se muito sedenta por ele. E, mesmo que sua consciência a avisasse do perigo, às vezes Hinata queria apenas deixar todos os seus receios de lado e se entregar de uma vez por todas para o Uchiha.

As pequenas mãos dedilhavam o corpo másculo dele. Sasuke era todo definido sem exageros. A pele alva, marcada pelas cicatrizes de batalha, a deixava excitada apenas por olhar. Pelos deuses, às vezes sentia-se uma pervertida por flagrá-lo em sua seminudez. Ele era um homem irresistível, fazendo-a compreender o motivo dele ter um extenso fã clube.

Abandonou os lábios dele, trilhando os seus para o pescoço branco do rapaz. Adorava deixar pequenas marquinhas naquele local, e ,por mais que ele não fosse seu, ao vê-lo carimbado por ela, dava uma sensação de posse. Achava estupidez de sua parte, porém a sensação era boa. 

Ele estava em puro deleite com ela sobre si de forma tão sedutora e dominante. Sasuke sabia que Hinata era muito tímida em relação aos beijos mais quentes que ele fazia questão de dar nela, por isso, momentos como aquele, em que ela estava tão entregue, lhe dava vontade de mandar seu autocontrole para o inferno e invadir o corpo miúdo ali mesmo. Mas ele havia prometido a si mesmo que esperaria a hora certa de possuí-la novamente.

— Temos que procurar um local para passar a noite. — Ele disse, entre os selinhos.

— Tudo bem. — Ela sorriu, com os lábios ainda colados aos dele.

Ficaram alguns segundos se encarando, Sasuke, por puro impulso, levou os dois dedos na intenção de tocar a testa da morena, todavia, ao notar o que iria fazer, acabou apenas afastando a franja dela para o lado. Ele arregalou os próprios olhos pela surpresa, pois aquele gesto significava algo muito maior que meras palavras não eram capazes de descrever. Sentiu o coração disparar dentro do peito, bufando, frustrado, por suas próprias atitudes.


(....)


Hinata havia localizado uma clareira em um lugar seguro. Eles instalaram-se no local, fazendo todo o ritual rotineiro que estavam acostumados quando precisavam dormir floresta adentro. Eram raras as oportunidades de repousar em uma cama, porém, para Sasuke, aquilo era luxo. Por outro lado, Hinata não se importava com a ausência de conforto. 

Jantaram e, em seguida, cada um adentrou a própria barraca. A Hyuuga adormeceu rapidamente, contudo, depois de alguns longos minutos, Sasuke saiu de seu abrigo, pois não estava conseguindo dormir. Olhou de soslaio, vendo a silhueta inerte de Hinata dentro da tenda, sabia que a Hyuuga tinha um sono extremamente pesado, por isso não se preocupou em sair dali de fininho.

Andou pelas sombras até chegar em um lugar aberto. Jogou-se entre a folhagem seca, encarando a lua cheia que brilhava com toda a sua magnitude, reluzindo o céu obscuro. O astro iluminado, assemelhava-se a Hinata na linha tênue de sua vida.

Diferente do sol, a lua era discreta, brilhava no céu negrume de forma esplêndida, sem apagar a beleza enigmática da escuridão. Houveram tantas garotas antes, todas com uma luz forte e ofuscante demais para o seu mundo. Não, elas não serviam. Contudo, o brilho discreto, porém sublime, da Hyuuga parecia se ajustar perfeitamente nele, parecia ter sido feito para ele. Hinata o iluminava na medida certa para guiar os seus passos, mas sem mudar quem ele realmente era.

E ela diferenciava-se em todos os aspectos, pois diferente das outras, Hinata nunca foi atirada ou irritante ao ponto de querer chamar a sua atenção. O ponto principal de tudo foi sentir o cuidado e a preocupação genuína que a moça tinha por ele.

Durante sua jornada de remissão houveram várias mulheres que o usaram apenas para sexo, e não que isso fosse um problema para ele, deu o que elas queriam, satisfazendo as suas próprias vontades carnais. Porém o desprezo e os olhares enojados lançados para si, machucavam de certa forma. Bem, ele nunca fora atrás de alguém para amá-lo. Não merecia amor.

Entretanto, o desprezo fazia-o sentir-se sujo, aumentando gradativamente a casca seca e indiferente que ele próprio construiu ao seu redor, potencializando a personalidade  ruim do rapaz.

Todavia, Hinata apareceu em sua vida, fazendo um reboliço em suas emoções. Era como estar de guarda baixa, amolecendo ou criando raízes, algo que ele sempre tentou afastar, pois sabia que sentimentos são capazes de levar até o mais forte dentre os homens à ruína.

De fato, ele estava cada vez mais próximo a esse declínio, pois gostava da moça, de sua companhia e de toda a carga emocional que ela trazia consigo. Contudo, ainda existia o fato de Hinata sempre ter amado Naruto, algo que nunca fora segredo para ninguém, Sasuke não sabia se ela ainda nutria sentimentos por seu amigo, diferentemente das pessoas que tiveram uma maior convivência com ele, a Hyuuga era uma incógnita.

Estava tão distraído com seus pensamentos, refletindo na vida como um velho, que assustou-se com a figura feminina que aproximava dele. Desativou o Sharingan, fitando uma Hinata deveras sonolenta.

— Aconteceu alguma coisa, Sasuke-Kun? — Bocejou, sentando-se ao lado dele.

— Não. Perdi o sono. — Deu de ombros. — E você? Aconteceu alguma coisa? — Devolveu a pergunta.

— Não. — Encostou a cabeça no ombro de Sasuke, fitando o céu escuro. — Uau! A lua está tão linda hoje.

—Sim. — Igual a você, ele pensou, mas jamais admitiria em voz alta. — Hinata, — os olhos lunares encaram os bicolores — você ainda ama o Naruto?

— Nani?! — Ela arregalou os olhos, contudo não fora por vergonha ou timidez diante daquela pergunta, mas, sim, por estar surpresa.

— Esquece. — Acabou se arrependendo de agir por impulso, intrometendo-se na vida alheia.

— Sim. — Acabou dizendo mais alto que o normal. — Quer dizer, eu amo o Naruto, mas não é um amor romântico. — Respirou fundo — Eu o admiro muito, graças à força e coragem dele. Eu acabei me inspirando e buscando meu próprio crescimento por causa dele. Desde criança o observei e acabei nutrindo sentimentos por ele.

— Hum. — Não deixou de se sentir incomodado.

Não era ambição, longe disso, contudo, Sasuke sentiu o ego ferido. Por mais uma vez, seu amigo estava um passo à frente, e o pior de tudo era saber que o Uzumaki só possuía olhos para a rosada. Além de idiota, sempre fora cego por deixar alguém como Hinata escapar entre os dedos. A voz melodiosa o tirou de seus pensamentos tortuosos.

— Mas, com o passar do tempo, aquele amor acabou virando indiferença, principalmente quando tivemos um breve envolvimento após a guerra. A Sakura-chan nunca deixou que eu me aproximasse dele e, de certa forma, eu agradeço por isso. — Sorriu amarelo.

— Como assim? — Ele franziu a testa.

— O Naruto sempre foi meu amor platônico, alguém que eu almejei por muito tempo, porém, quando estive com ele, acabei percebendo que me auto ludibriei. Perdi tempo com alguém que nunca foi meu. Agradeço a Kami por ter compreendido isto a tempo.

— Entendo. — Ele viu a sinceridade estampada no rosto de Hinata, acabou sorrindo.

— E quanto a você? — Sorriu, curiosa.

— O que têm eu? — Ergueu uma das sobrancelhas, fingindo desentendimento.

— Oras, você já amou alguém? Já amou ou ama a Sakura?

— Não. — Sorriu. — Eu não sou do tipo que busca romances, Hyuuga. Prefiro uma boa trepada no lugar de amor.

— Ah! — Hinata sentiu uma pontada de decepção. Sasuke, por mais cuidadoso que fosse com ela ultimamente, queria apenas sexo.

O coração bobo errava mais uma vez, fazendo ela sentir-se patética por se apaixonar pelo rapaz. Respirou fundo, varrendo toda a sensação de dissabor da mente, encarou a lua novamente, antes de fechar os olhos cristalinos com lentidão.

— Porém, acredito que esse pensamento néscio possa mudar mais rápido que o imaginável. — Sasuke completou, contudo, Hinata já havia adormecido em seu ombro.


(...)



Acabaram amanhecendo juntos, aninhados no chão florestal. Estavam cansados e, graças aos deuses, aquela missão beirava ao objetivo final, faltando apenas Iwa. Porém, alguns dias atrás, quando estavam em Kumo, Darui os avisou sobre a labuta no Vale da Nuvem. 

Após a grande guerra ninja, nem todos os shinobis conseguiram se adaptar aos tempos de paz. Grande parte dos rebeldes acabaram tornando-se nukenins, impossibilitando o avanço do país. O Raikage, alertou à dupla dos problemas ocorrentes no Vale, aconselhando-os a mudar de rota, todavia, Sasuke e Hinata careciam cruzar o lugar para chegar ao porto.

Arrumaram-se e seguiram viagem, apreciando o silêncio agradável. Ambos presos em seus pensamentos tanto em questões sentimentais como no próximo desafio que possivelmente enfrentariam.

Depois de longas horas, finalmente adentraram na Vila da Nuvem, o lugar que há anos atrás fora palco para os treinamentos de Killer Bee, atualmente, parecia uma zona fantasma, pois a neblina que envolvia o local, deixava a região com o aspecto ainda mais assustador.

Não era um lugar com muitos habitantes, contudo, não havia movimento nenhum no pequeno vilarejo. Comércios com portas fechadas, ruas desertas e uma sensação de perigo pairando na atmosfera.

— Hinata. — Ela apenas balançou a cabeça, ativando a linhagem.

O fato é que já estavam tão acostumados com a dinâmica um do outro, que não precisavam de muito para entenderem-se.

— Byakugan! — A Hyuuga varreu todo o perímetro. — As pessoas estão dentro de suas casas, não há sinais de perigo ou emboscadas.

— Tsc! Está quieto demais.

Com certa cautela, seguiram caminhando com os olhos abertos para todas as direções. Mesmo sendo ninjas de elite, todo cuidado era pouco.

— Heeeey! — Uma voz fez-se presente, chamando a atenção dos dois. 

Por  causa da forte neblina, a nitidez estava escassa. Sasuke e Hinata rapidamente colocaram-se em posição de luta, esperando o dono daquela voz aproximar-se deles.

— Quem são vocês? São ninjas? — Um garoto, acompanhado de uma moça, aproximou-se dos shinobis de Konoha, com um certo entusiasmo no olhar. — Vieram nos ajudar?

— Ajudar? — Hinata franziu o cenho, confusa. — Estamos apenas de passagem.

— Ah! — A garota soltou um muxoxo. — Desculpe incomodá-los.

Sasuke respirou fundo, ignorando sua intuição. Lembrou-se que Kakashi pediu para descobrirem o que andava acontecendo nas pequenas vilas, e mesmo que Darui tenha lhes dado carta branca para quaisquer investigações, o certo seria seguir em frente. Todavia, sua atual consciência o mandava desenredar o Vale da Nuvem.

— Esperem! — Ele chamou os jovens, que aparentavam ter pouco menos de dezoito anos. Hinata acabou ficando confusa — Qual é o nome de vocês?

— Me chamo Yuri. — o rapaz sorriu, eufórico.

— Me chamo Aya. — A moça parecia ser bastante tímida.

— Sabe nos dizer o que anda acontecendo por aqui? — O Uchiha fora direto ao assunto. Os jovens se entreolharam e Yuri decidiu falar.

— Ultimamente anda ocorrendo uma série de assaltos, sequestros e até mesmo pequenos assassinatos por aqui. Devido a isso, os aldeões andam acuados, com medo de trabalhar ou sair de casa.

— Vocês sabem quem anda fazendo isso? — A Hyuuga perguntou.

— Um grupo de patifes perigosos liderados por Koji. Ele é um homem cruel, apático que usa suas habilidades para o mal. — Aya abaixou a cabeça, melancólica.

— Iremos ajudar.

— Sasuke?

— É o certo a fazer.

Não que fosse uma obrigação deles, visto que havia um pequeno cronograma para ser seguido, onde deveriam evitar entrar em batalha, contudo, o conceito de expiar os próprios pecados, fazia Sasuke entender que às vezes era necessário ajudar, mesmo que não sucedesse benefício próprio.

Olhou para Hinata, que pareceu concordar com o olhar. Não, não era problema deles. Na verdade, Kumo deveria solucionar os problemas decorrentes ao país, entretanto, como ninjas que possuem um ótimo poder ocular, tendo o Byakugan como principal forma de rastreamento fácil, ajudariam aqueles jovens que pediam por amparo.


Notas Finais


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