"Seja bem-vindo de volta à Aphantasya, leitor. A corrupção é uma doença causada pelo Ceifa-almas. A pele mordida pela criatura começa a ficar roxa, e a mancha vai se espalhando pelo corpo do doente até que o cobre completamente. Uma vez que todo o corpo for tomado pela mancha roxa, a energia do doente se esvai e ele morre."
De volta ao capítulo:
Drey e seus amigos chegam até o porto próximo a Cidade de Myriam e se dirigem até ela. Chegando lá, Drey sugere que procurem rápido uma carruagem para levá-los até a Cidadela da Manticora, lar dos elfos.
-Diane: Não podemos sair ainda.
-Drey: Por que não?
-Ralph: O Teltramon disse que iria mandar um guerreiro da guilda nos acompanhar.
-Rein: Sim. Vamos procurá-lo.
Eles vão até a sede da Guilda dos Guerreiros de Myriam para se encontrar com o acompanhante. Rein os guia, ele é o único que sabe a identidade do guerreiro.
Eles vão até o centro de treinamento para perguntar alguém sobre o paradeiro desse guerreiro. Mas acabam encontrando ele lá.
-Rein: Lá está ele. Carl!
O guerreiro que treinava para seu treinamento para atender ao necromante e Drey tem uma surpresa desagradável. O guerreiro que o acompanharia até a Cidadela da Manticora é o mesmo que duelou com ele anteriormente.
-Drey: Esse cara vai nos acompanhar?
-Rein: Qual é o problema dele?
-Carl: Ha. Quer dizer que eu vou ter que escoltar esse pivete inconsequente até a cidade dos orelhas pontudas?
-Drey: Eu não tô pedindo sua companhia mesmo.
-Rein: Foi uma ordem do próprio Teltramon. Não cabe a vocês decidirem.
-Carl: Que seja. Se ele vai mesmo esquecer a punição pelo que eu fiz com esse moleque na praça, eu os escolto.
-Drey: Eu não preciso de um babá.
-Carl: Olha aqui garoto, eu não tô gostando disso tanto quanto você. Mas foi ordem do Teltramon.
-Diane: Drey, eu não sei o que aconteceu entre vocês dois, mas o Phill precisa de ajuda agora. Não dá pra ficar revivendo rancores agora.
-Drey: Tá bom. Escuta aqui guardinha, eu ainda não vou com a sua cara, mas a gente precisa ajudar o Phill.
-Carl: Tá bom pivete. Mas eu tenho um nome. Me chamo Carl Roberts.
-Drey: E eu sou Drey...
-Carl: Eu não perguntei seu nome. -diz Carl e logo em seguida vai em direção a saída da sede.
-Drey: Cara estúpido.
-Diane: Vamos.
Eles vão até a saída mas Rein o necromante chama Drey.
-Rein: Drey, quero que fique com isso. -ele tira uma adaga com runas cravadas na lâmina do bolso e entrega pra Drey.
-Drey: O que é isso?
-Rein: Uma Adaga Rúnica. Ela pode cortar a pele de qualquer coisa das trevas. Use ela se algo acontecer.
-Drey: Por que está me dando isso?
-Rein: Não sabemos exatamente por que os ceifa-almas estão ressurgindo, então fique com ela caso algo aconteça. E leve isso também. -ele tira uma folha em branco do bolso. -Se vocês vão até a Cidadela da Manticora, passarão por Atratya. Encontrem meu antigo pupilo Ozmor lá e dê essa mensagem à ele.
-Drey: Mas tá branco.
-Rein: Só entregue a ele e diga que fui eu quem enviou. Ele saberá o que fazer.
-Drey: Entendi.
-Rein: Preciso voltar até a Ilha para ajudar a vasculhar. Tome cuidado.
-Drey: Até mais Rein.
-Rein: Adeus.
Drey corre em direção a saída para se juntar ao grupo e deixa Rein para trás.
-----
Eles então vão até a praça procurar por uma carruagem que os levem para a terra dos elfos. Mas não havia nenhuma pessoa disposta a viajar por este longo caminho.
Carl lembra de um senhor que alugava carruagens, talvez pudessem pegar uma com ele.
-Tomás: Nada feito.
-Carl: Mas seu Tomás, precisamos da carruagem.
-Tomás: Vocês querem levar meus cavalos pro outro lado do mundo? Quando vão voltar?
-Carl: Então nós compramos.
-Diane: A gente pode comprar?
-Carl: Vamos pôr na conta da Guilda. A propósito, vocês não me ouviram dizer isso.
-Drey: Canalha.
-Carl: Vamos lá Seu Tomás. Você sabe que pode tirar bastante dinheiro da guilda.
O velho anda pra lá e pra cá, com a mão no queixo, pensativo. Então depois de dar quatro voltas ele para em frente ao Carl e diz.
-Tomás: Mil moedas de ouro.
-Carl: Tá. Aqui. -ele tira um papel do bolso e pega um pincel com o velhote. Escreve a quantia no papel e tira um selo da guilda do bolso. -Leve este papel com este selo até a recepção da sede da guilda e eles lhe darão o dinheiro.
-Tomás: Boa viagem.
Eles se ajeitam na carruagem e Carl senta no banco na frente da carruagem para guiar os cavalos.
-Tomás: Sentirei saudades.
-Carl: Eu também Seu Tomás.
-Tomás: Estou falando dos meus cavalos.
-Carl: Ah... tá.
Eles então partem, parando pela cidade para comprar alguns suprimentos na conta da guilda e logo em seguida partindo para fora da cidade, em direção a Atratya, a vila mais próxima.
-----
Na carruagem, Carl guiava os cavalos enquanto Ralph cuidava de Phill. Diane estava encostada perto da abertura no fundo da carruagem, admirando a paisagem. Drey resolve encostar para conversar.
-Drey: O céu tá muito bonito.
-Diane: É.
Eles ficam admirando a bela paisagem do céu por trás das grandes árvores da floresta.
-Diane: O que aconteceu na praça?
-Drey: O quê?
-Diane: Entre você e o guerreiro ali.
-Drey: Ele tinha se recusado a me deixar entrar na guilda. Então chamei ele pra um duelo.
-Diane: E...
-Drey: Levei uma surra.
-Diane: Hahaha! Que patético. Foi parecido comigo quando tentei entrar. O guarda que tava lá no dia não quis me deixar entrar. Aí chamei ele pra um duelo.
-Drey: E...
-Diane: Eu dei uma surra nele. Acho que ele perdeu dois dentes.
-Drey: Me lembre de nunca provocar você.
-Diane: Melhor mesmo.
Eles seguiram viagem, mas logo começou a anoitecer, a lua estava minguante e não produzia bastante luz, não dava pra viajar no escuro então eles resolvem passar a noite ao lado da estrada e continuar ao amanhecer.
Eles armam uma fogueira, e montam algumas tendas usando os materiais que eles compraram antes de sair de Myriam.
-Carl: Precisamos dar descanso pros cavalos. Se não eles não vão aguentar até a terra dos orelhas pontudas.
-Diane: Sim. Vamos assar aqueles coelhos que compramos. Arranjem algum jeito de dar água para os cavalos.
-Drey: Certo.
Depois de comer, eles vão para suas tendas e descansam. Logo amanheceria e eles deveriam voltar a viagem.
Continua...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.