25.01.2017
Base(15:05 da tarde)
-preciso de uma cobra - disse Felps, do nada, enquanto escrevia em seu bloco de notas.
-onde vamos encontrar uma cobra e pra que? - perguntou Guaxinim.
-eu não sei onde vamos achar uma cobra e é para fazer remédio - respondeu Felps.
-qualquer cobra?- perguntou Mike.
-não, não pode ser qualquer cobra, precisa ser uma cobra-boca-de-algodão - explicou Felps, andando de um lado para o outro.
-por que especificamente essa cobra?-perguntou Luba, curioso.
-ela estava sendo estudada para a cura do câncer. Ah, vou precisar de uma cascavel também! - acrescentou Felps, escrevendo no bloco.
-okay, okay... hã, mesmo assim, os animais foram modificados pelo vírus - lembrou Pk.
-nem todos. Se alguns de nós sobrevivemos e não mudamos, alguns animais podem estar normais - disse Felps, sua animação ao explicar era como a de um cientista descobrindo algo novo.
-vai ser difícil, Felps - disse Jazz, pensando - achar e trazer as cobras em segurança delas e da nossa também.
-eu sei... mas Teddy precisa. Precisamos tentar por ele - encorajou Felps.
Todos fizeram silêncio para refletir.
-vamos achar as cobras! - disse Mike, batendo seu punho contra a palma da mão, decidido.
-eu vou com você! - disse Spok, levantando-se.
Authentic e Jazz também se levantaram, sorrindo para Mike que sorriu com eles.
-eu também quero ir - disse Tarik, tentando ficar de pé, quase caiu se não fosse por Mike o segurar.
-melhor não, Pac- rejeitou Mike, seu era sério - mas obrigado por se oferecer - sorriu, dando tapinhas em suas costas.
Tarik retribuiu o sorriso, mas não se sentia feliz.
-Mike está certo, Tarik - concordou Felps, apertando seu ombro de leve - seu tornozelo precisa ficar completamente imóvel.
-melhor começarmos agora - sugeriu Jazz.
-também acho - concordou Spok, jogando sua mochila nas costas.
-tenham cuidado - pediu Felps, com a voz baixa.
Floresta(15:30)
-tenham cuidado, não pisem ou encostem em coisas estranhas - lembrou Mike.
-esse aviso vai ser muito bem lembrado, Mike - disse Authentic, olhando atentamente as árvores em volta.
-espero não encontrarmos aquele bicho de novo - comentou Jazz, olhando nas direções que faziam barulhos.
-aquele grandão da tempestade? -perguntou Spok, desviando das pedras e buracos pelo chão.
-esse mesmo - afirmou Jazz, franzindo as sobrancelhas.
-galera, foco! - disse Mike, com veemência.
-só temos um problema - começou Jazz, ignorando Mike.
-e qual seria? - perguntou Mike.
-eu acho que não têm cobras boca-de-algodão no Brasil, cascavel até pode ter, mas a outra não - respondeu Jazz.
-Felps disse que estavam estudando a cobra. Então, precisamos achar um laboratório - disse Spok, após pensar sobre.
-tá. Então, agora temos outro problema -disse Jazz, irritado - achar um laboratório não vai ser fácil.
-achei! - exclamou Authentic, apontando para algum lugar.
- ...- Jazz estava sem palavras -
- um laboratório?! - perguntou Spok, surpreso.
-laboratório? não, eu achei uma cobra, só que não é a que estamos procurando, é? -indagou Authentic, coçando a cabeça.
-mais foco, Authentic - pediu Mike, impaciente - precisamos das cobras para o Teddy.
-achei, galera! - exclamou Spok, pulando e apontando para um ser rastejante.
-o que? - perguntou Jazz, irritado - uma lagartixa roxa? - arriscou, cruzando os braços.
-não, mas deve ter - respondeu Spok, rindo -achei uma cascavel....e, eu acho que é uma daquelas dorso de diamante.
-boa, Pok - elogiou Authentic, dando tapinhas em suas costas.
-um segundo! - pediu Jazz - essa cobra não tem no Brasil até onde eu sei, se tem essa aqui...
-deve ter um laboratório aqui perto -completou Mike, seu rosto se iluminou - ótimo raciocínio, Jazz.
-eu sei, eu sou um gênio!
-convencido - disse Authentic.
-parem com isso e vamos! - disse Mike, guiando-os.
Se aprofundaram cada vez mais na floresta. Depois de horas caminhando acharam o laboratório.
Laboratório(17:29)
-finalmente, depois de horas! - exclamou Authentic, espreguiçando-se.
-vamos entrar e torcer para ter a cobra boca-de-algodão - disse Mike.
-falando em cobra. O que vocês fizeram com a outra? - perguntou Jazz.
-colocamos ela dentro da caixa que está na minha mochila, que está nas minhas costas, entendeu? - explicou Spok, sorrindo.
- estou levemente preocupado com isso - murmurou Jazz, fitando a mochila.
-vamos logo com isso! - disse Authentic, entrando no laboratório junto com Mike.
Eles entraram no laboratório. Em comparação com outras construções, o interior do laboratório podia ser considerado "organizado".
-cobras - sussurrava Spok.
-elas não vão atender ao seu chamado, Spok - disse Authentic, rindo.
-ah, vai que dá certo - disse Spok.
-se eu fosse uma cobra. Onde eu estaria? -perguntou Mike, baixinho para si mesmo.
Andaram mais um pouco. Mike seguia as placas e o grupo seguia dele.
-achei! - exclamou Mike, baixinho.
-vamos ser rápidos, está quase anoitecendo - avisou Jazz, olhando pela janela.
Entraram na sala com cuidado e procuraram a cobra.
-alguém sabe com ela é? - perguntou Spok.
-tem placas com os nomes delas, leiam as placas - respondeu Authentic, apontando para uma placa.
20 minutos depois...
-cobra boca-de-algodão - leu Jazz, em uma placa e em seguida olhou para a gaiola, uma linda e grande cobra descansava tranquila - achei a cobra!
-perfeito. Coloca ela em uma caixa e vamos embora - disse Mike, sorrindo involuntariamente.
Mike olhou o relógio, quase 18 horas.
-pronto, podemos voltar - disse Jazz, ajeitando a mochila nas costas.
-beleza.
Horas de caminhada depois...
-cinco minutos para chegar na base - disse Mike para Tayr através do walk talk.
-certo, vou abrir pra vocês.
Base(20:10)
-vocês demoraram - comentou Tayr, preocupado.
-achar cobra não é fácil. Cadê Felps? -perguntou Mike.
-lá dentro com o Luba e o Teddy - respondeu Tayr - parece que ele piorou.
-essa não - sussurrou Authentic.
Mike pegou as duas mochilas e foi até Felps.
-Mike! - exclamou Felps, abraçando-o - que bom que chegaram bem.
-como ele está?
-ruim - suspirou, sentando-se e esfregando o rosto com as mãos - conseguiu as cobras?
-estão aqui - respondeu Mike, entregando as mochilas para Felps.
-vou começar agora mesmo - disse Felps, levantando-se de forma demorada.
-todas as cobras estavam normais - comentou Mike.
Felps parou de andar e se virou Mike.
-como assim, todas estavam normais?-perguntou Luba.
-as cobras, elas estavam normais - repetiu Mike - e se o vírus foi solto por querer?
-eu acho que não - contrariou Felps, pensando.
-mas isso não tem explicação. Todos os animais se modificaram, por quê as cobras não?
-deve ser o sangue - arriscou Luba, colocando a mão na cabeça.
-eu acho que não - disse Mike, pensativo-pra mim, algum cientista armou isso.
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