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História Após a escuridão abençoada - Let's enjoy the dance while we can


Escrita por: polypop

Notas do Autor


Após um longe período estamos de volta.
Recapitulando até agora...
Victor está perturbado pelo aparecimento de Marjorie, mulher do Mr. Clare. Ela quer se tornar uma "criatura" também, pois acredita que foi isso que aconteceu com seu marido e seu filho.
Mr. Lyle informa a todos que a múmia de Imhotep desapareceu no Cairo e eles estão apreensivos se ela irá aparecer em Londres.
Vanessa tem sonhos aterrorizantes e teme que possam se tornar realidade.
Dorian Gray está cansado de ficar fora dos eventos sociais e decide voltar à movimentada sociedade londrina.

Capítulo 17 - Let's enjoy the dance while we can


Fanfic / Fanfiction Após a escuridão abençoada - Let's enjoy the dance while we can

Vanessa encontra Ethan em seu quarto segurando um envelope aberto.

VANESSA: Ethan? – Ela olha para o papel nas mãos dele e se surpreende. – Você? – Ela enrubesce com a ideia de ele ler suas correspondências. As cartas para Mina e outras cartas que ela escrevia e mantinha guardadas como se fossem uma espécie de diário.

ETHAN: Mr. Gray acabou de deixar um convite. Deveríamos ir.

VANESSA: Convite?

ETHAN: Um baile. Nunca tive a chance de praticar as aulas que tive. Acho que seria bom.

Vanessa sorri. Ela adora dançar e há muito tempo não dança ou vai a bailes. Seria uma ótima distração para tantas preocupações que ela tem. Após uma breve relutância ela responde.

VANESSA: Claro. Seria ótimo. Quando será?

ETHAN: Na próxima sexta-feira.

VANESSA: Sexta-feira estaremos lá.

 

A música, o tilintar dos copos e as vozes de pessoas ecoavam pelo ambiente. A sala repleta de quadros estava novamente cheia. Após muito tempo Dorian estava novamente no centro das atenções sendo anfitrião do baile mais requintado de Londres. 

Boatos de que a Condessa de Hertfordshire estaria presente se espalharam rapidamente pela cidade o que atiçou o ânimo da sociedade e fez com que a casa de Dorian se enchesse mais uma vez.

Era a primeira vez que Vanessa saía com Ethan em uma ocasião social. Se por um lado ele parecia um pouco tenso, Vanessa parecia estar tranquila e despreocupada. Usava um vestido de cetim azul que realçava a cor de seus olhos. Um tom ainda escuro, mas um pouco claro que as cores que está acostumada a usar. Um arranjo nos cabelos presos completa o visual.

Victor estava em um canto da sala bebendo whisky quando Ethan e Vanessa se aproximaram.

ETHAN: O Doutor começou a beber? – Surpreende-se Ethan, era a primeira vez que ele via Victor tomar uma bebida alcoólica.

Victor não aparentava estar bem. Ele não queria comparecer, mas ficar em seu laboratório estava deixando-o louco. Talvez devesse trocar de vício. Quem sabe a bebida teria um efeito diferente em seu organismo?

VICTOR: Há momentos em que devemos deixar a razão de lado e agir de modo impulsivo. Acho que este é o meu.

ETHAN: Aproveite. – Responde com um leve menear na cabeça.

VANESSA: Você me prometeu uma dançar, Victor. Talvez hoje poderia me concede-la. – Ela disse na tentativa de anima-lo um pouco.

VICTOR: Acredito que Mr. Chandler não gostaria de dividir a companhia, acho que ainda continuarei na dívida. – Ele sorri sem jeito, faz um brinde e se afasta do casal.

Ethan vira-se para Vanessa e segura sua mão.

ETHAN: Me concede esta dança?

VANESSA: seria um prazer. – Ela responde com um sorriso.

Eles se dirigem ao centro do salão e bailam no ritmo da valsa. Por um momento Vanessa se esquece de todas as preocupações e se deixa levar pela música. Ela se dá o direito de gostar de música por uns instantes, ela se permite ser feliz. Desde criança que ela não se sente tão bem e tão alegre.

 

Mr. Lyle chega acompanhado de Catriona. Ela usa um elegante vestido vermelho que realça suas curvas. Mesmo usando calças e roupas menos femininas no dia a dia, Catriona anda com desenvoltura. Quem a vê acha que os saltos altos e o corpete fazem parte de sua rotina. 

Sua beleza atrai os olhares atentos dos convidados, principalmente dos homens que não deixam de notar o decote. Ela finge não se importar, mas se diverte por dentro com a tolice dos homens.

Não demora muito para que Dorian também note a bela dama misteriosa. 

Ele serve duas taças de champanhe e vai ao encontro dela e de Mr. Lyle.

DORIAN: Mr. Lyle. – E acena com a cabeça para o homem baixo, que o cumprimenta de volta. – E Miss...?

CATRIONA: Hartdegen. – Responde com um leve sorriso.

Dorian lhe oferece a taça de champanhe.

DORIAN: Dorian Gray. É um prazer conhecê-la Miss Hartdegen. Seja bem-vinda à minha casa. 

CATRIONA: Obrigada pelo convite Dorian Gray. – Ela brinda com a taça e toma um gole.

DORIAN: Poderia me conceder a honra de uma dança?

CATRIONA: prometi ao Mr. Lyle a primeira dança.

DORIAN: tenho certeza de que o Mr. Lyle não se incomodaria de ficar com a segunda. – Ele olha para Mr. Lyle com sorriso.

LYLE: Bien sur, sem problemas, chérie, divirta-se. – Diz gesticulando a mão, encorajando-a a aceitar o convite.

CATRIONA: Se é assim. – Ela sorri e pega na mão de Dorian, que está gentilmente estendida.

Dorian entrega as duas taças para Mr. Lyle e caminha com Catriona para o centro da sala, onde os demais convidados estão dançando.

Eles passam por Ethan e Vanessa, que lhe dá um sorriso discreto e incrédulo. Catriona sorri de volta e pisca para Vanessa.

 

Mr. Lyle fica parado em um canto olhando para os jovens casais que estão dançando. Ele ainda segura as taças quando Victor passa por ele. O médico parece desnorteado e só ouve quando Mr. Lyle o chama pela segunda vez.

VICTOR: Mr. Lyle. – Ele percebe as duas taças na mão do egiptólogo e, sem perguntar, pega uma e toma em uma única golada.

Mr. Lyle observa com um ar de preocupação.

LYLE: Jovem doutor, o senhor me parece, com o perdão da palavra, um pouco alterado. Não seria melhor o senhor ir para casa descansar?

VICTOR: Obrigado pelo conselho, mas estou ótimo. – Ele pega a outra taça, também bebe o líquido e entrega os dois recipientes vazios para Mr. Lyle. – Obrigado pela bebida. 

Victor deixa Mr. Lyle sozinho e desaparece no meio das pessoas. Mr. Lyle tenta ir atrás dele e conversar com o médico, mas Victor foi mais rápido.

 

Dorian não consegue parar de observar Catriona enquanto dançam. Há algo nela que o deixa intrigado e não é apenas a beleza.

DORIAN: Miss Hartdegen, a senhorita não me parece ser de Londres. Nunca a vi por aqui.

CATRIONA: Acho que o senhor não andou pelos lugares corretos.

DORIAN: Com certeza, ou a teria notado.

Catriona apenas sorri. Ela odeia que os homens apenas a vejam como um pedaço de carne, um objeto frágil que existe apenas para atender a seus desejos. Mas seria divertido vê-lo subestima-la e ficar surpreso ao perceber do que ela é capaz.

DORIAN: A senhorita não me parece ser do tipo que frequenta os eventos sociais, mas gostaria de vê-la mais vezes nessa temporada.

CATRIONA: O senhor está certo, Dorian Gray, diria que frequento lugares onde a presença feminina não é bem-vinda.

DORIAN: Interessante, mas não é de me admirar. Você não é como as outras mulheres.

CATRIONA: Não, não sou. E provavelmente não estarei presente nos eventos da temporada.

DORIAN: Pois deveria. Sua presença me agradaria bastante.

CATRIONA: Eventos sociais são chatos de tão previsíveis, com pessoas julgando apenas as aparências e homens cortejando as mulheres em uma estranha dança do acasalamento. Não gosto de previsibilidade, não me importo com o exterior e não quero um macho para acasalar. – Ela para de dançar e sorri para Dorian. – Se me dá a licença, preciso de uma bebida. – E se retira, sem dar a Dorian a oportunidade de falar qualquer coisa. Ele, intrigado, a observa partir. Alguma coisa em Catriona desperta nele um interesse e uma curiosidade ímpar. Ele precisa saber mais sobre ela.

 

Victor chega bêbado e, no meio da escada para o seu apartamento, encontra Marjorie caída. A mulher está em um estado deplorável. Magra, como se não comesse há dias, suja, com olheiras profundas e uma tosse incessante. Suas roupas apresentam marcas de sangue. Ao ver o médico ela tosse e expele uma quantidade razoável de sangue, que cai aos pés de Victor. Ele se assusta com a imagem e por um breve momento recupera a sobriedade.

MARJORIE: Doutor, eu te imploro, me ajude. Não permita que eu sofra mais. Deixe-me encontrar com meu marido e meu filho. Por favor. Só o senhor é capaz disso.

Victor se apavora sem saber o que responder. Essa mulher novamente. Ele não quer se lembrar do que fez e não quer repetir seus experimentos. Marjorie abraça as pernas do jovem médico em um suplício.

MARJORIE: pelo menos um remédio para a tosse, o senhor é médico. Jurou que ajudaria os doentes.

VICTOR: Não, eu não posso. – Ele diz se desvencilhando da mulher. – Sinto muito, mas eu não posso fazer isso. Eu não posso te ajudar.

Victor deixa a mulher sozinha deitada na escada e sai atordoado, correndo noite afora.

 

Na casa de Dorian, uma carruagem preta para na porta e um mensageiro entra procurando Mr. Lyle. Ele diz breves palavras no ouvido do egiptólogo, que demonstra desespero ao ouvi-las. Tentando manter a discrição, ele rapidamente sai acompanhando o homem.

Catriona que observava a cena mais afastada corre atrás dos homens e consegue falar com Mr. Lyle antes da carruagem partir.

CATRIONA: Mr. Lyle?

MR. LYLE: Aconteceu uma emergência no Museu Britânico. Reúna os outros, pode ser assunto de nosso interesse. Pardon-moi, chèrie.

A carruagem parte ligeiramente deixando Catriona ansiosa na calçada.


Notas Finais


Desculpem pela demora para atualizar, mas estava sem tempo para escrever. Espero conseguir retomar o ritmo anterior da escrita.
Mas sinta-se a vontade para comentar, criticar, indicar para os amigos...
Obrigada a todos os comentários. Quando bate o bloqueio criativo releio tudo e eles me motivam a continuar.
Próximo capítulo tem novidades acontecendo no Museu e Sir Malcolm e Mr. Clare aparecerão na trama.
;)


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