História Aprendendo A Amar - Um Enorme Problema

Assim que desligou, Lucero correu para o quarto de Viviane e a encontrou esperando Ana terminar de pentear seu cabelo.

− Filha, o seu pai vem te ver mais tarde.

Lucero sorriu ao ver o enorme sorriso que Viviane abriu.

− É mesmo, mamãe? Ele te falou?! –Viviane perguntou ansiosa.

− Sim. Acho que ele vem depois do trabalho.

− Então eu vou me arrumar bem linda para receber o papai. – Viviane não conseguia parar de sorrir.

− Mas você já é linda de nascença, meu amor. – Ana sorriu acariciando o cabelo de Viviane.

Lucero sorriu observando as duas e imaginando se Viviane também ficava naquela alegria quando antes era ela quem mal tinha momentos com a filha. Provavelmente sim, mas eram casos diferentes. Ela tinha certeza de que Fernando só havia se afastado da moça para não precisar cruzar com ela depois do que aconteceu enquanto ela se afastava de Viviane por culpar a menina pelo que Manuel e seu pai fizeram. Como se arrependia disso, nem mesmo uma vida seria suficiente para Lucero reparar aquele erro com o seu bem mais precioso, porque agora ela via que não conseguiria viver sem a sua filha.

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HORAS DEPOIS

Ana estava indo deixar um lanche para Viviane no quarto enquanto Lucero ia tomar um banho, até que a campainha tocou e a loira deu um pulo, assustando a outra.

− Vai atender! – Lucero sussurrou alarmada.

− Mas eu tenho que levar o lanche da menina. – Ana falou no mesmo tom.

− Deixa que ele leva quando for. Eu só não posso me encontrar com ele. – Lucero correu para o próprio quarto e se trancou.

Ana franziu o cenho, olhando por onde a mulher passou. Na verdade, ela nunca entendeu bem a relação dos patrões. Eles tiveram uma filha, mas só agiam como amigos. Por mais que a história deles estivesse no passado, não era possível que eles nem se lembrassem mais. Tudo que sabia era que Fernando ainda era louco por Lucero, todo mundo via isso, menos ela. Ana soube também que eles brigaram feio há poucos dias porque Viviane lhe contou que ouviu gritos de madrugada, mas ela era só a babá e estava ali para cuidar da sua menina e não questionar a vida dos pais dela. Ana abriu a porta e Fernando sorriu, entrando.

− Oi, Ana.

− Bem vindo, senhor. – Ana sorriu nervosa.

− Está tudo bem? – Fernando franziu o cenho, estranhando o comportamento de Ana.

− Sim. Eu... – Ana abaixou a cabeça e pigarreou. – Eu estava levando o lanche da sua filha.

− Ah, pode deixar que eu levo. – Fernando sorriu pegando a bandeja da mão de Ana. – E... Cadê a Lucero? – ele perguntou hesitante.

− Ela correu... – Ana falava sem pensar, até que se tocou. – Digo, ela foi para o quarto dela.

Fernando assentiu, entendendo bem o que Ana quis dizer. Ele conhecia Lucero, sabia que ela era expert na arte de fugir dos problemas e naquele momento, era o que ele significava para ela, um enorme problema que ela nunca se livraria.

− Bom, eu vou ficar com a Vivi. Com licença. – Fernando sorriu e foi para o quarto de Viviane.