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História Aprisionado - Drarry - 35


Escrita por: Tiiago

Notas do Autor


Bom, Postei esse capítulo hoje porquê Dumbledore me pediu! simples assim e ponto final. espero que vcs curtam.

Capítulo 35 - 35



Minha garganta se fechou ao ver que todos estavam ali, era tão surpreendente que pisquei várias vezes para ter certeza de que estavam realmente vivos.

- Ei, Dray.- fechei os olhos com força e assim fiquei.- Abra os olhos, anjo. 

Uma mão grande e quente tocou a minha bochecha, arquejei e abri os olhos lentamente.

A primeira coisa que meus olhos focaram foi no verde, depois o cabelo bagunçado entraram no meu campo de visão. Lentamente levantei a mão para tocá-lo, eu estava tremendo tanto que Potter segurou-a e deixou um beijo em meus dedos.

- Ha-har- 

- Shhh.- ele me pegou no colo e, como se eu fosse um filhotinho, escondi o rosto na curva de seu pescoço. 

Ele está bem, todos estão.


§§§§§


- Isso é suicídio!- Cedric levantou os braços exasperado. 

- Será se não tentarmos.- Simas rebateu calmamente.- Eu estou aqui há mais tempo do que todos vocês juntos. 

- Quanto?- entrei na discussão. Senti os braços de Potter me apertando suavemente e me aconcheguei para sentir mais de seu abraço.- O ano eu digo, você se lembra? 

- Eu acho que foi no fim de 1995, eu tinha vinte e um na época.

Alguém assoviou surpreso e fiz as contas mentalmente.

- Vinte anos preso.- sussurrei.

Ele sorriu e parecia um pouco envergonhado com a atenção repentina. Os gêmeos, percebendo a atenção, levaram isso como ciúme se aproximando mais dele.

- Achei que fosse menos.- Simas suspirou.- Fez as contas, Oliver? 

Franzi as sobrancelhas e voltei minha atenção a Comárco e seu parceiro, Oliver. Ele revirou os olhos e bufou irritado; quando o vi achei seu rosto engraçado e um tanto quanto fofo; seu cabelo em total desordem o deixava com um ar mais jovem.

- Ninguém se importa.- Oliver resmungou. 

- Malfoy, suponho que, se minhas contas estiverem certas, estamos em 2016?- Simas chutou. 

- Talvez, eu fui preso em Novem...- parei um pouco pensativo. Quando me dei conta de que não fazia ideia do tempo que estou aqui um peso se instalou em meus ombros.- Eu-eu não sei ao certo. 

- Vamos acreditar que foi em Novembro de 2015.- Simas olhou para Oliver e com receio falou o resultado.- Você tem vinte e seis anos. 

- Espera...- Cedric contou rapidamente em seus dedos e não conseguiu esconder a surpresa em sua voz.- Você foi preso com nove anos?! 

Oliver suspirou e sorriu grato quando Comárco se aconchegou nele.

- Foi em 98.- ele respondeu sem vontade.- Nem todos aqui são ruins. Ou não eram.- todos se aproximaram um pouco mais para não perderem nem um segundo sequer.- Quando você está com fome e as ruas não te alimentam vale a pena furtar um pão. 

Apertei a mão de Potter que me abraçou mais forte. Quantas pessoas inocentes não tiveram suas vidas arrancadas por Mors? Pensei em uma pequena criança indefesa no meio de todo esse horror e senti repulsa, achei que as pessoas não pudessem mais me surpreender, mas estava errado. 

- Mors é mais do que apenas uma prisão para monstros.- Simas completou.- Quando o garoto entrou aqui eu o acolhi. Uma criança! Eles prenderam uma criança no meio de homens que não pensariam duas vezes antes de atacá-lo.

- E fim.- Comárco acabou com a conversa rudemente. Oliver estava com o maxilar tenso e com a feição nervosa.

- E o tamanho dessa tal chaminé?- Nev sorriu amarelo e tentou fugir do assunto, creio que se continuássemos falando sobre isso alguém iria surtar, e esse alguém estava com as mão fechadas fortemente, deixando os nós dos dedos mais brancos, e tinha um Comárco tentando acalmá-lo.- A maioria aqui não está em condições de subir metros à fio. 

- Bem...esse é o problema, eu não sei o tamanho dela.- Simas demorou para se dar conta do que Nev estava fazendo mas logo se recompôs.

- Ótimo.- Blásio bufou. 

O falatório reiniciou e todos parecia brigar pela ideia de subir a chaminé ou morrer de fome em uma montanha.

- Simas...- o chamei fazendo o grupo se calar.- Como você sabe disso? 

- Essa fornalha funcionava como um monstro faminto.- sua voz mudou de tom na medida em que ele parecia se afundar em lembranças.- Um sinal era tocado e todos sabiam que era a hora de trabalhar. Eu comecei a perceber que o primeiro sinal significava que lá fora a noite dominava e o segundo sinal era o dia. Depois do primeiro sinal nós trabalhávamos como loucos, nessa época alguns soldados ficavam nos observando, se você saísse da linha um único tiro resolveria o problema. Depois do segundo sinal, a fornalha deveria ser desligada.

- Você.- murmurei 

- Sim.- ele sorriu amargo.- Ninguém tinha coragem o suficiente, ou força para aguentar. Durante alguns metros subindo a chaminé tudo que você encontra é poeira e as paredes ásperas, depois surgiam uns tipos de aberturas nas paredes, onde eu descansava. 

- Por que você nunca contou isso?- Potter parecia bravo mas não a ponto de matar alguém. 

- Você realmente acredita que eu seria louco o suficiente para deixar aqueles homens saírem? Eu cometi muitos erros na minha vida, Potter, esse não seria mais um. 

- Ele tem razão.- foi a primeira vez que Viktor falou depois que nos encontramos.- O mundo já é ruim o suficiente sem pessoas como as que temos por aqui. 

Eu raciocinei tudo em silêncio, mesmo que Simas esteja preso há duas décadas, ele ainda tem a parte humana que o mundo precisa. O encarei e vi os gêmeos abraçados a Simas como se ele fosse o lugar mais seguro que pudessem ter.
- Por que fecharam a fornalha?- Cedric o encarou receoso. No fundo todos sabiam a resposta. 

- Vocês não são os primeiros que pensam em uma fuga; a diferença é que naquela época o minério era encontrado em uma quantidade enorme, hoje não sobrou nada. 

- O que o minério tem com a fuga?- Blásio perguntou impaciente. 

- A fornalha estava prestes a ser fechada por conta da saída do exército que estava em Mors e junto a um grupo eu tentei fugir.- Simas beijou o topo da cabeça de um dos gêmeos e demorou para continuar; quando voltou a falar sua voz saiu dolorosa.- Eu não queria morrer aqui, e ainda não quero. Então tentei subir; quando estávamos subindo alguém acendeu a chaminé. 

Foi como se todos tivessem prendido a respiração.

- ...eu estava perto de uma das aberturas e consegui me esgueirar para uma delas, o resto não suportou a fumaça e despencou por metros e metros. Quase que eu morri, a fumaça parecia me queimar por dentro, mas no meio da bagunça eu percebi que nenhum sinal havia sido tocado. 

- Era dia.- Viktor concluiu. 

- Exato. Depois disso eu demorei para descer, os tiros pareciam nunca acabar. 

- Tiros?!- Nev se assustou levantando um pouco a voz.- Os caras entraram aqui?! 

- Eles tinham que limpar a sujeira para criar outra. Mas eles não fizeram a limpeiza por inteiro. 

- Você sobreviveu.- Potter riu sem humor algum. 

- Por sorte, sim, eu consegui escapar. 

O silêncio veio repentinamente e junto o medo. A saída que temos pode ser a nossa morte, nem mesmo fazemos ideia de quantos metros teremos que escalar.

- Se preparem.- Potter anunciou.- Vamos escalar aquela merda o quanto antes. 

- E se a gente não conseguir?- sussurrei sentindo desespero.- E se alguém cair e levar nós todos para baixo? 

Estremeci só de imaginar alguém despencando de volta para a escuridão e morte.

- A vida não pode ser feita apenas de 'e se?- ele sussurrou confiante.

- Mas... 
 
- Nós vamos conseguir.- Potter falou em voz alta, passando confiança para todos. 

E que a nossa fuga se inicie.

umbledore me pediuy,


Notas Finais


se quiserem comentar eu agradeço.


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