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História Aquela Masmorra - Condições


Escrita por: IaScarlet

Notas do Autor


Cheguei pessoal! *-* escrevi o capítulo em quatro dias, sempre que pensava em postar tinha vontade de sair apagando tudo, queria colocar um pouco mais de emoção nele mas não consegui, ahsuahsussh.

BOM CAPÍTULO, ESPERO QUE GOSTEM <3

Capítulo 4 - Condições


Fanfic / Fanfiction Aquela Masmorra - Condições

[Capítulo 4 • Condições]

 

A loira chorava agarrada aos travesseiros de Sting, mas não eram lágrimas de tristeza, e sim, confusas.

Lucy esfregou seus olhos com uma certa força, deixando-os levemente vermelhos, ela queria cessar aquele choro, o mesmo não a levaria a lugar algum, precisava manter sua mente calma para analisar a situação de todos os ângulos possíveis.

Ela largou os travesseiros e sentou-se, cruzando as pernas em borboleta, a loira colocou suas mãos na cama, apoiando-se.

Deu um longo suspiro, fechando seus olhos, estava tentando se concentrar. 

Lucy mergulhou em suas memórias, mas a única coisa que encontrava em sua infância era Rogue, não havia nenhum vestígio de Sting. 

Mesmo assim, ela não desistiu de sua procura, tinha acabado de começar, e os resultados não costumam vir tão facilmente. A loira permitiu-se meditar por alguns instantes, entrando em suas memórias mais profundas, e por um instante, ela pode vê-lo. Não podia ter certeza de que era ele, mas viu um garoto de cabelos bagunçados, eles tinham uma forte tonalidade loira, ao lado do garoto havia um moreno que Lucy conhecia muito bem, os dois garotos estavam sorrindo para ela com os braços estendidos. Isso foi tudo que ela pôde ver.

Lucy levantou-se depressa, ela pôs suas mãos sobre sua boca, que insistia em formar um pequeno sorriso. 

Aquele garoto loiro, ela não conseguia assimilar com Sting, Lucy não foi capaz de ver o rosto do pequeno.

- Lucy? Está aí? - Uma voz abafada pela porta ecoava pelo quarto em que a loira estava, junto com algumas batidas.

Lucy não respondeu, mas se dirigiu até a porta, abrindo-a.

- Rogue, tenho algo para lhe perguntar. - Ela disse enquanto saía do quarto de Sting, o moreno balançou a cabeça positivamente, cobrando a pergunta da garota. - Você já viu o príncipe Sting quando era criança?

- Por que o interesse? - Perguntou Rogue, ajeitando sua postura.

- Apenas responda.

Rogue suspirou.

- Sim, eu já o vi, ele fez uma visita ao seu reino quando éramos pequenos. - Rogue arqueava as costas, sentia algo desagradável quando lembrava do príncipe. 

- Como foi? Como ele era? 

- Ele era um garoto mimado, entrou no castelo com cinco soldados, ele não aceitou que eu ficasse no palácio enquanto ele fazia a visita. - O tom de desprezo e nojo era perceptível na voz do moreno. - Isso porque eu sou  filho de uma viúva pobre e era o ajudante do limpador de estábulos. - Lucy parecia surpresa, não imaginaria que Sting fizesse isso. - Claro que não lhe deixaram saber disso, apenas lhe disseram que...

- Você estava ocupado ajudando sua mãe. - Lucy completou, por muito tempo ela havia acreditado nessa desculpa para não ver seu melhor amigo na infância.

- Exatamente.

- Mas vocês nunca brincaram juntos? 

- Não que eu me lembre, e eu tenho boas memórias. 

Lucy sentiu-se confusa novamente, todas as teorias em que a loira pensou estavam indo por água abaixo, e isso a deixava frustrada.

- Posso saber o motivo das perguntas?

- Desculpe, mas ainda não.

Rogue sentiu-se enciumado, Lucy estava perguntando sobre Sting, e isso o deixava irritado, ele não gostava do loiro, de maneira alguma, nos pensamentos de Rogue, Sting não passa de um homem egoísta.

Lucy percebeu uma inquietação no moreno, então decidiu abraçá-lo.

Sim, abraçá-lo. Rogue tinha uma memória impecável, tão perfeita que o mesmo odiava, ele conseguia lembrar de tudo o que acontecia em sua vida, muitas das coisas ele queria apenas esquecer. O problema do moreno é que quando ele começa a explorar suas memórias, ele não consegue parar, é como se fosse involuntário, e ele sempre chegava ao extremo, em momentos do passado em que o deixavam arrasados. 

Mas Lucy tinha uma cura para isso, sempre que acontecia, ela o abraçava, deixando o moreno descansar em seus braços, ele sentia-se mais calmo com aquilo, e tudo voltava ao normal.

- Obrigado. - Sorriu. - Eu precisava disso. - Rogue apertou o abraço. 

- Eu sei. - Lucy pousou sua cabeça no ombro do rapaz, deixando-se ser invadida pelo doce cheiro que ele emanava. - Eu sempre sei o que você precisa, e vou te dar se tiver ao meu alcance. 

Rogue deixou escapar uma risada, reconfortando os ouvidos da loira, que amava aquele som raro.

- É claro que sim. - Rogue desfez o abraço, mas manteve uma distância curta entre os dois. - Mas vou ter que duvidar um pouco, do que eu estou precisando nesse momento Lucy? 

- Disso. 

Lucy quebrou a mínima distância entre os dois, beijando o moreno, que não pode conter um sorriso, o beijo era calmo e apaixonante, Rogue não tinha a menor pressa quando se tratava de beijar Lucy, e ela adorava isso nele. Adorava o fato de como ele é gentil e amoroso com ela.

Rogue levou suas mãos à cintura de Lucy, apertando-a levemente, ele cortou o beijo para que pudessem recuperar o fôlego, mas logo retornou a beija-la. Lucy tinha suas mãos na nuca do rapaz, bagunçando o cabelo do mesmo na área que lhe era permitida.

O rapaz a encostou na parede, num movimento ágil Lucy usou suas pernas para agarrar a cintura de Rogue, que rapidamente levou suas mãos para as coxas da loira, impedindo-a de uma possível queda.

- Eu te amo. - Sussurrou Rogue no ouvido de Lucy.

- É claro que ama. - A loira respondeu sorrindo vitoriosa.

- Que falta de amor no coração, nem para dizer um "eu também te amo"? 

- Para que dizer quando está tão óbvio? 

- É porque eu gosto de ouvir quando vem de você.

- Ah Rogue, cala a boca. - Lucy o beijou ferozmente, não gostava quando o moreno começava a brincar com as palavras, era perigoso para ela, ele conseguia controla-lá quando falava demais, e ela tem orgulho demais para permitir que ele fique no comando.

Rogue terminou o beijo com um selinho, ele ligeiramente atacou o pescoço da loira, distribuindo vários beijos.

- Se você deixar alguma marca eu te mato. 

Rogue sorriu, e encostou um dente no pescoço de Lucy, ameaçando mordê-la.

- Não faça isso, ninguém pode ver, seu idiota! - Lucy se desesperava, empurrando a cabeça do moreno e cobrindo a boca do mesmo com suas mãos.

- Eu sei, só queria ver sua reação. - Rogue beijou a mão da loira.

- Você não presta. - Lucy riu, mas sem tirar suas mãos da boca do rapaz.

                                                                [...]

Yukino pressionava seus olhos, engolindo suas lágrimas, deixou seus lábios formarem um sorriso triste, ela soltou-se dos braços de Sting, mudando de posição, já que estava sentindo um incômodo em suas costas, a garota pousou sua cabeça no colo do príncipe e esticou seu corpo pelo banco, ela observava calmamente o céu, ela adorava observar aquela imensidão azul, aquilo a fazia lembrar-se de seu amado.

Tão perto, mas tão longe. Sim, o céu era daquele jeito, ela podia apreciar suas tonalidades fortes todos os dias, mas nunca poderia aproximar-se. Era exatamente sua situação em relação à Sting.

Yukino deixou seu sorriso alargar, e sua risada doce cortou o silêncio do local, ela pensava no quão ridícula poderia ser, ou melhor, no quão imbecil era seu coração, sempre considerava estupidez quando uma mulher se apaixonava por um homem que já tem alguém em seu coração. Yukino achava que esse tipo de mulher não valia um centavo, e para seu desgosto, ela se tornou esse tipo de garota.

A única coisa que lhe restava era rir de sua própria desgraça.

Sting acariciava a cabeça da albina, deixando suas mãos entrelaçadas com todos aqueles fios macios e bem cuidados. Yukino fechou os olhos, adorava aquela sensação, queria poder senti-la mais vezes, mas sabia que não teria esse luxo.

- Sting, o quanto você a ama? 

- Muito. - Um sorriso se formou nos lábios do príncipe, lembrar-se de sua loira era sempre um motivo para acalmar sua alma.

- Se pudesse medir, o quanto seria? 

- Eu não posso medir isso, eu a amo tanto que é impossível comparar a qualquer coisa. 

Yukino olhou triste para Sting, ele sentia-se culpado por ver aquela expressão no rosto da garota, mas não podia fazer nada, ele a considerava como uma irmã, nunca pensou em ter sentimentos amorosos por ela. Até porque, sempre esteve apaixonado por Lucy.

Sting se perguntava como Lucy poderia ter o atraído de forma tão intensa, talvez fosse aquele jeito único que ela possuía, ele não conseguia explicar, ela parecia tão perfeita, rígida, doce, irritada e amável. Sting amava todos os jeitos de Lucy.

- Se a ama tanto, vá até ela. - Disse Yukino firme, levantando-se, caminhando até um arbusto, retirando já flor do mesmo. 

Ela odiava ter que dizer isso, mas a felicidade de Sting era sua felicidade.

O príncipe assentiu e correu em direção ao seu quarto, talvez Lucy ainda estivesse lá, ele não deveria ter saído a final de contas, deveria ter persistido em ficar ali, acalmando sua amada.

Por um momento ele se odiou, se ficasse com ela poderia acalma-la, mas sua covardia o fez fugir, não conseguindo vê-la chorar.

Sting apertou os passos, andando apressadamente pelos corredores do castelo.

- O que é isso... - Pronunciava Sting, ele não podia acreditar no que via, era Lucy e um rapaz moreno, que ele não se preocupou em lembrar o nome.

O príncipe se sentiu um lixo, observando aquela situação, ele não podia chegar perto a garota que sempre estava tão defensiva, então porque aquele homem a beijava? Ele teria a forçado a isso?

- Guardas! 

Lucy arregalou os olhos, ela olhou para o lado e viu que estava no corredor, do lado do quarto do loiro. Ela havia sido imprudente.

Rapidamente Rogue se afastou de Lucy, deixando-a por os pés no chão. Ele estava em choque.

Imediatamente quatro soldados invadiram o local.

- Prendam este homem! - Sting apontou em direção ao moreno, os soldados correram até o alvo, dois deles seguravam Rogue, e os outros dois ameaçavam utilizar suas armas caso houvesse tentativa de fuga. - Eu quero ele na masmorra, agora! - O príncipe não pensava duas vezes, ele estava cego pelo ódio, levando assim aquele pobre homem à sua sentença de morte.

- Não faça isso Sting! - Lucy gritou, seus olhos encheram-se de lágrimas, ela tentou empurrar os guardas que seguravam seu amado, mas um que estava apenas de olho em Rogue a segurou, levando-a para perto do príncipe. - Me larga seu idiota!

Sting sentiu uma pontada no coração, ver Lucy lutar por aquele cara era como pisadas em seus sentimentos.

- Calma Lucy, vai ficar tudo bem. - Disse Rogue com um sorriso de canto, na tentativa de acalmar a loira. Obviamente, uma tentativa falha.

Os soldados o levaram, não houve resistência por parte do moreno, ele sabia que se tentasse morreria. Rogue abaixou a cabeça e acompanhou os guardas, evitando olhar para trás, qualquer tortura não poderia ser pior do que ver sua Lucy chorando.

Rogue foi levado até um lugar escuro, iluminado por poucas tochas, havia poucas celas, o moreno foi levado á última, sendo jogado brutalmente.

Ele não se virou para olhar os soldados, escutou o som do cadeado fechando, e foi o suficiente para perceber a situação em que estava.

O local era podre, haviam cadáveres ali, e o cheiro o causava náuseas, Rogue virou-se de costas para os ossos jogados no chão e sentou-se, as paredes do lugar estavam sujas e arriscavam desmoronar a qualquer momento, a grade de ferro que o prendia estava enferrujada, teias de aranhas não faltavam ali.

Alguns insetos estavam presentes em sua cela, rodeavam os ossos em estado de decomposição, o rapaz pôs suas mãos em sua boca, mas não conseguiu se conter, acabou vomitando, ele não estava acostumado com aquela situação, e agora precisava conviver com aquilo.

                                                                [...]

Sting arrastou Lucy até seu quarto, trancando a porta, e loira chorava intensamente e ele estava começando a sentir-se mal por isso, mas não permitiria algo como aquilo.

- Você pode me explicar o que estava ocorrendo ali? - Sting cruzou os braços esperando uma resposta, ele queria ouvir algo como "aquele homem me agarrou quando eu estava saindo do quarto". Ele tentava inventar qualquer desculpa para seu coração não achar que Lucy estava com outro.

Mas era inútil, Sting sabia que ela não o amava, mas não esperava que o coração de Lucy pertencesse a outra pessoa.

- Não tem o que explicar, eu estava com o homem que eu amo! O homem no qual eu passaria o resto da minha vida, se não fosse por você, você tirou a minha felicidade, eu te odeio! - Lucy gritava, jogando todas essas palavras para cima do príncipe, a loira permanecia chorosa. 

Sting caiu de joelhos no chão, ele não queria que fosse desse jeito, em sua cabeça tudo estava perfeito, ele se casaria com a loira e seria uma questão de tempo até a mesma se apaixonar por ele. Mas Sting não contava com esse obstáculo. 

- Eu vou sair daqui. - A loira correu até a porta, na tentativa de destranca-la, mas o príncipe a segurou, puxando-a.

- Por favor, fique aqui.

- Por que eu deveria? - Perguntou Lucy irritada.

- Por mim. 

Ele sabia que ela negaria, mas não conseguiria deixá-la ir, ele a amava e sentia-se despedaçado, se a deixasse ir seu coração se quebraria ainda mais. Infelizmente, Sting sofria com um amor não correspondido.

- Eu nunca faria algo por você, eu te odeio!

- Então faça por ele. - O príncipe puxou a garota para si, abraçando-a, ela tentava empurra-lo, mas não tinha sucesso. - Eu posso soltá-lo, mas isso dependerá de você.

- Como assim? 

- Eu tenho algumas condições, se você aceita-las, ele estará livre, caso o contrário morrerá... - A loira arregalou os olhos, ela não podia deixar seu moreno morrer. - Ninguém que esteve naquela masmorra voltou de lá vivo.

- Quais são suas condições? - Lucy olhou nos olhos de Sting, ela tentava engolir suas lágrimas para parecer forte, mas parecia quase impossível.


Notas Finais


E aí? O que acharam? *-*

Estou ansiosa para saber a reação de vocês a este capitulo <3
Beijos meus lindos, até a próxima <3


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