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História Aquele cara por cima (e se eu gostar?) - Amor?


Escrita por: Nada_

Capítulo 6 - Amor?


Fanfic / Fanfiction Aquele cara por cima (e se eu gostar?) - Amor?


Capítulo anterior 

- F-foi o... -- Que não seja verdade! --  Naruto? -- Sorriu forçado, como se eu temesse a resposta. Nessa hora, o loiro entrou com os copos nas mãos, me encarando confuso. Talvez pela reação que eu demonstrava. Meu namorado trouxe seu ex-namorado, suponha-se que ainda sente algo, para a minha casa.
 

 

- Vou indo. Amanhã eu pego o resto das suas coisas. -- Pain apertou a mão de Naruto e se virou para a minha. -- Prazer em conhecê-lo. A gente se vê. -- O ruivo sorria simpaticamente, nós também e fecho a porta.

- Por que ele veio aqui mesmo? -- Perguntei, olhando para o loiro atrás de mim.

- Avisei que, o resto das coisas que estão no meu antigo apartamento, um amigo meu viria buscá-las. 

- Você disse seu amigo, não seu ex. 

- Não vem com ciúmes, Sasuke. -- Ele ergueu seus braços até a cabeça, ficando de bruços, de costas para mim, rumo ao sofá. 

- Como não?! Chego, ele está na minha cama, sozinho com o meu namorado, na minha casa. Nem se não fosse um ex seu. Se era para sentir outra coisa me diga que eu não sei.

 - Não aconteceu nada demais. Fomos para o quarto, pois a televisão da sala estava com defeito.

- Tambem? Hoje o meu carro não quis nem ligar. Nem sei como irei para a casa dos meus pais amanha. 

- Você vai? 

- Esqueci de contar. Também...não sabia que teríamos visita. 

- Conta logo. -- Revirou os olhos. Foi se sentar, fui em seguida. 

- Hoje, Mikoto apareceu no meu trabalho.

- Quem é?

- Minha mãe. -- Ele ficou surpreso, e mais atento. -- Ela quer que eu veja meu p... Fugaku. Está muito doente e ela teme o pior. Eu disse que nós iríamos vê-lo amanhã, no jantar.

- " Nós "? Por que quer me levar?-- Mal abri a boca. -- Espere, deixe me adivinhar. Quer que seu pai me conheça, nos apresentando como um casal, para que fique enfurecido. Desafiá-lo. -- Concordei. -- Acha mesmo que melhorará as coisas?

- Quem disse que é isso que espero?! Desejo mostrar a ele quem realmente sou e o quanto estou feliz. Sem ter medo de minhas escolhas serem expostas ao mundo. 

- Gostei. -- Sorri para mim. -- Parece que começou a desenvolver sua ousadia. -- Segurou minhas mãos pelos dedos, com ar de malicioso. -- Estou impressionado. -- Começou a me tocar.

- Sai. -- O empurrei um pouco.

- AAAHHH! Pain foi tão ruim para te deixar assim?!

- Não, ele é até...interessante. 

- Então esquece ele, vai. -- Tentou me abraça, estiquei o pescoço para o outro lado, agora em seus braços. -- Para de birra vai! Por favor. -- "Por favor"? Agora vai usar boas maneiras?! -- O que você quer? Quer que eu peça desculpas de joelhos? -- Não é uma má ideia. Dei os ombros.

- Fala sério. -- Ele fez. 

- Oh meu amado, será que um dia poderá me perdoar? -- Começou, sacudindo meus joelhos.

- Você só quer que eu aceite as desculpas para depois me levar pra cama.

- Estaria mentindo se esse não fosse um dos meus objetivos. -- Seu olhar me fez corar. Viro a face.

 

 Em meus braços, sinto seus dedos subindo devagar. Um arrepio. Cruzo os braços, procurando não demonstrar nada, e fecho os olhos. Suas mãos já estavam em meu rosto. Me puxou um pouco e já estava me beijando. Tentei resistir, tentei não corresponder, mas foi inútil.

O poder que tem sobre mim é muito grande. Imagino se posso deixar para lá e me permitir ser controlado. Porém vem o orgulho, algo que não suporto mas é tão...inevitável. Notei que o beijo se tornava intenso e preciso. Meu ódio por ele permanecia, junto com o amor. 

 

- C-como...con-segue? -- Digo, me separando lentamente, com nossas testas coladas.

- Hehe...é fácil...basta ser amado. -- Arregalei os olhos, o empurrei, fiquei de pé, de costas a ele, com a mão na boca. -- O-O que foi? -- Talvez não notou a gravidade de suas palavras.

- Na-da! Estou cansado, vou dormir. Boa noite. -- Ando de passos apressados até o quarto. 

 

Fecho a porta, encosto minhas costas nela. Angústia e agonia. Relembrar o fato de que não sei o que Dobe sente por mim. Medo. Será mesmo verdade? Ele só está me usando? Será que me ama? O que devo pensar? Ou fazer? Ergo minhas mãos e as passo do rosto ao fim dos meus cabelos. Troquei de roupa, apaguei a luz, liguei o ar e me escondi nas cobertas. 

Debaixo do edredom me senti seguro e confortável, por um tempo. Ele entrou, fecho os olhos, fingindo estar dormindo. O mesmo se deitou também. Percebi que seus braços me contornavam. O que fazer? Empurrar desmancharia o meu disfarce de estar dormindo, mas parecia ser a melhor opção do que continuar nos braços de alguém que estou com uma certa disputa duvidosa de sentimentos e emoções. 

Nada, apenas suspiro. Me concentro no sono distante, mas noite inteira foi uma tortura. A vontade de virar para encará-lo me permitia a loucura. Sair de lá também era um desejo. Gritar. Me mexer. Respirar. Tudo ao mesmo tempo. Terrivelmente desconfortável. Não lembro de ter piscado. Fujo do estado de terror quando ele acorda, já de manhã. 

 

- Sasuke. -- O loiro chama, segurando a xícara de café. -- Que horas vamos para a casa de seus pais?

- Esqueci. Nem pensava mas nisso.

- Hum...então estou certo. -- Não entendo. -- Era um dos motivos que eu tinha em mente ontem para você querer sair de mim daquele jeito. -- Naruto se levantou e foi para o quarto. O que pretende? Surgiu de novo com o telefone na mão. -- Liga para sua mãe e pergunte.

- Ta. -- Seu tom me assustou um pouco. Será que sabe o que eu estava pensando ontem? Mas...por que teria raiva disso? Disquei o número e pôs o aparelho no meu ouvido. -- Caixa postal.

- Bom, tenta o número da casa. -- Obedeci e esperei chamar.

- Alô? -- M-Meu...Fugaku. Fiquei paralisado.

- Alô? -- Dobe tomou o celular. -- Oi aqui é o Naruto, namorado do seu filho Sasuke. Quero saber que horas será o jantar! Conta ai sogrinho.

- AHHH! -- Após essa cena imaginada da minha cabeça, desliguei a ligação.

- Quem atendeu? -- Perguntou o loiro, me encarando confuso. 

- Meu pai atendeu. 

- O que ele disse?

- Só alô. Mas eu lembrei o horário. É as 18h. A-gora vai se lavar e trocar de roupa. Não é hoje que começa a " treinar " para ser recepcionista. -- O levantei e o levo para o banheiro. 

- Ah...sim. -- Entrego sua toalha e o jogo no banheiro. 

 

- Ficou ótimo. -- Falo quando ele aparece com o uniforme na sala.

- É apertado. Essa roupa é da Sakura? -- Dizia, lutando para se mexer direito.

- Ela já deve estar te esperando. -- Vou até a porta, destranca-la. -- Anda.-- Me viro, ele me analisa cuidadoso, com os olhos fixos aos meus. 

- Teme... -- Temi o que seria dito.

- Olha a hora! Conversamos mais tarde. Tchau. -- Lhe dou um beijo na velocidade de luz. 

- Ok. -- Responde, e vai pelas escadas. Tiro a mão da maçaneta e vou me atirar no sofá.

 

O que eu fiz? Por que estou agindo dessa maneira? É tanto medo que chega ser impossível descrever. Não quero pensar em nada. Quando começo a pensar, os pensamentos se tornam desagradáveis demais. Vou me distrair. Afazeres. Lavar a louça, limpar a casa, jogar o lixo...ver como ele esta se saindo. 

Lavo a louça, limpo a casa e preparo um lamém para ele. Deve estar com fome. Aproveito e me desculpo pelo que falará mais cedo. Espero que me perdoe. Agi como um imbecil e infantil. Não quero ser mais esse medroso. Saio de casa, com o almoço dele. 

 

- Parado ai. -- Olho por trás do ombro, e solto um suspiro tedioso. 

- O que quer? -- Pergunto apressado, um ar bem mal educado.

- Posso saber por que aquele idiota está no seu apartamento?

- Não, não pode. 

- Como n...

- KARIN! -- Grito, fazendo a calar a boca, ainda de costas a ela. -- Quando vai notar que eu não quero e não tenho nada com você? Porque você me irrita muito. Achava que era apenas uma brincadeira de mal gosto no início, mas acabou virando uma obsessão. Me deixe em paz. 

- Mas...-- Não tenho certeza se a fiz chorar, pois não ousei me mexer. -- NÃO IMPORTA! Você vai me amar. 
- Eu NUNCA vou te amar. -- A encaro com rancor e raiva. 

- Quer dizer que você o ama?! -- Continuo quieto. -- Mas ele não. Sasuke, meu primo já saiu com muitas pessoas, e nem todas foram homens. -- Nunca tive TANTA vontade de bater nessa ruiva. -- Ele te usa; para conseguir um lugar para morar, transas e outros benefícios. Mas eu te daria tudo. -- Consegui me controlar para não pular em cima dela.

- Mesmo assim...o problema é entre eu e ele. Antes um safado do que uma escandalosa.  -- Entro no elevador, sem falar mais nada.

 

Merda, Karin. O pior é que...se estiver certa? Confuso novamente. Não aguento, e soco a parede do elevador com todo o ódio que possuía. Percebi que a porta se abriu, Naruto e Sakura conseguiam me ver com a posse do soco.

 

- Quando dinheiro cair do céu, pode quebrar o que quiser. -- A rosada comenta sarcástica.

- Perdão, Saky. -- Digo, pois se quebrasse, sairia do bolso dela. -- Dobe, isto é para você. 

- C-comida? -- Vi brilho em seus olhos. 

- Lamém.

- L-LA-MÉM?!? -- Virei para a Haruno, para que explica-se. -- Ela não me deixa comer. Tem sido uma tortura, horrível, minha barriga não para de gritar... -- Ela riu maliciosa e pegou a tijela. 

-...e você de chorar...Vou colocar na geladeira, quando terminar de decorar todas as regras do condomínio, pode comer. -- A mesma vai para seu apartamento, que era atrás da recepção. Não se engane, mas o lugar era grande. 

- POR QUE? -- Berra o loiro, choramingando. -- Mas obrigado por trazer, Teme. 

- De nada. Também vim pedir desculpas por mais cedo.

- ... -- Ficou neutro, se inclinou mais pra perto, apoiado no balcão e abriu a boca.-- Quero que me conte o porquê de tanta insegurança. -- En-então ele sabe?






















 

 

- Pensei melhor e pode comer. -- Diz Sakura chegando, comendo o lamém. -- Vi que ele acabou de sair do forno. Delicia. -- Mostrou a língua.

- ISSO É SACANAGEM, SAKY. -- Ele pula por cima do balcão até a mesma. Murmurou e tomou a tijela. Provou um pouco, e de repente não se mexeu mais. -- Q-quem fe-fez i-s-so?

- O lamém ? Eu mesmo. -- Após terminar, não senti mais meus pés no chão. Dobe me carregou bem alto, que me fez bater a cabeça no teto. -- AI!

- ESSE É O MELHOR LAMÉM QUE JÁ SABOREEI NA MINHA VIDA INTEIRA. OBRIGADO. -- Me soltou, me beijou e voltou para a tijela, comendo como um condenado.

- De nada. -- Sorri, discreto.

 

As 17:13 , Naruto voltou exausto. Me encontrará pronto para o jantar. O mesmo estava tão cansado, que tive que lhe dar um banho.

 

- Mas para esquerda. -- Mandava, enquanto esfregava suas costas. 

- Folgado. -- Murmurei. 

 

O idiota, cheiroso e arrumado, me lembrou de que meu carro pifou. Não poderíamos ir pela sua moto, seria estupido demais ir lá assim. 

 

- Sakura? -- Falamos ao mesmo tempo.

- O que vocês querem? -- Perguntou, pondo a mão na cintura.

- Chamaria um táxi, por favor?! 

- Claro, um minuto. 

 

Após 7 minutos, o veículo chega. Ao entrarmos no terreno, me recordo de vários momentos em que passava correndo pelo lugar. Dobe colocou sua cabeça para fora da janela como um cachorro.

 

- Caralho. Esse lugar é enorme. Você é tipo da realeza? 

- Não seja exagerado. -- Francamente, não era um lugar tão grande assim. -- Minha mãe é atriz e...Fugaku é sócio de uma empresa de energia petrolífera. 

- Isso não é maior que um shopping, mas ainda acho enorme. 
 

O que ele quis dizer de "enorme" era o jardim, o passatempo favorito de minha mãe. A casa era simples porém elegante. "Grande" nem tanto. Um local claro e aconchegante, familiar demais, não conseguia tirar um pequeno sorriso. Toquei a campainha. Meu coração queria pular para bem longe. Itachi atende, o que me alivia. Não vou ter que suportar meu pai sozinho.

 

- Quanto tempo. -- Ele me abraça. -- E ai, Naruto?! -- Aperta a mão dele, uma forma de velhos amigos. -- Mãe está na cozinha. Entrem.

- E ele? -- Sussurro.

- Estou aqui Sasuke. -- Sua voz não mudou muito, era a mesma que me faz, e fazia sentir um arrepio na espinha. Se encontrava na poltrona da sala. Não próxima à porta, mas conseguirá me escutar. -- Quem é esse? 

 

- A comida está ótima mãe. -- Comento após outra garfada de lasanha. Na mesa se sentavam eu, Dobe, Itachi, Mikoto e Fugaku.

- Eu quem diga. -- Diz o loiro. -- Além de ter uma mãe bonita, ela é uma excelente cozinheira. Reconheço o talento que Teme tem. -- Sua alegria era normal, mas a educação me chamou atenção.

- Obr...

- Pensei que fosse gay. -- Fugaku interrompe ela, antes de agradecer, encarando o loiro. Sua fala fez todos mudarem a face para neutros, menos Naruto. Tive vontade de jogar a tijela de molho na cara dele, de tanta raiva.

- O que isso tem haver em ser gay? 

- Bom... -- O mesmo deu os ombros. -- ...elogiar uma mulher assim, viu a beleza dela. -- Que ridículo! -- Não entendo esse mundo de vocês.

- Então somos de outro planeta? -- Me levanto, batendo na mesa.

- Me respeite. -- Ele retruca, apontando pra mim. -- Essa é minha casa.

- FAÇA LHE MERECER ESSE RESPEITO. 

- CHEGA! -- Grita Mikoto. -- Não venha com essas suas grosseiras. Nosso filho veio aqui só para te visitar e o trata assim? 

- Não pedi para que ele viesse. -- Em seguida, fica de pé e sai até a sala. Olho para o Uzumaki, que entende o que eu pretendia, o que me faz agir.

- Com licença. -- Digo e vou atrás do rabugento. -- Por que tem de me envergonhar dessa forma?

- Explique-se você. Como pode trazer esse cara para a minha residência?!

- Não sou, nem fui proibido. Ele é visita, meu namorado, é motivo suficiente.

- Anda mal educado, viu?! -- Continua, andando de um lado para outro. -- Nao devo permitir que a família se desorganize desse jeito. Não sente mais amor, nem respeito pela própria. 

- PARE DE ME CULPAR PELOS SEUS ERROS. O QUE VOCÊ ENTENDE SOBRE AMAR?

- NÃO GRITE COMIGO. Se eu não amasse você, nem deixaria entrar aqui. 

- Se REALMENTE me amasse, aceitaria como sou e quero ser. Nunca viria aqui por você, vim pela mulher que te suporta, e te atura até hoje com sua arrogância e desgosto pra tudo. 

- CALE A BOCA. -- Ameaça me bater, mas seguro seu pouso. Se solta com fúria. -- Ainda tem o nome Uchiha, e o desperdiça com puras ilusões. Essa coisa de descobrir novidades polui a sua mente. O tornando essa tralha. MINHA FAMÍLIA ESTÁ AMALDIÇOADA.

- Sua família?! -- Me segurei, para não gritar e me tornar um imbecil como ele, para não quebrar o que estivesse a frente, para não sair de lá correndo soltando lágrimas sinceras, gritando palavrões e berros além do comum. -- Passe bem. Desejo NUNCA me comparar a alguém tão...horrível. -- Me afasto, indo até a escada. 

 

Lá pude ao menos desabafar. Aquilo doía. Muito. Ser odiado por alguém que passará a vida inteira ao lado. Quem me criou. Quem, um dia, era o meu maior orgulho. Começo a subir os degraus devagar, com a mão no corrimão, apoiando o outro lado na parede, quase escorregando.

Ao sair da escadaria, viro a direita. Paro na porta, do fim do corredor, e pouso minhas mãos delicadamente no centro. Meu quarto. O lugar mais seguro da humanidade, onde todos os meus sofrimentos e alegrias se guardavam com muito cuidado. Entrando, o analiso, com a ajuda da luz da lua que refletia pela janela aberta, junto ao vento que voava com as cortinas. 

Toco na escrivaninha, onde passará horas estudando e desenhando. Toco na parede, próxima à janela, onde me media. Toco no meu armário, onde foi um esconderijo em que brincava de esconde-esconde com Itachi e Tobi, enquanto aguardávamos os biscoitos da mãe. Toco no fundo falso da minha gaveta, onde meu diário morava com todos os meus sentimentos e descobertas sobre o mundo, que agora está no meu apartamento. 

Sento na cama, na mesma forma em que sentava quando chegava da aula de piano. O tempo passava tão depressa quando eu chegava e encarava o teto branco, imaginando o quanto eu pudera ter melhorado em certas notas das músicas. Fecho os olhos, permitindo lembranças flutuarem sobre a minha mente com total liberdade. Sinto minha mão colada em outra. Outra mão, uma quente, suave, e com unhas recém cortadas. 

 

- Hum...era aqui que o jovem Sasuke se masturbava. -- Solto uma risada leve. O puxo para perto e o beijo. Só ele para me fazer rir num momento como esse. 

 

- Obrigado pelo jantar, senhora Uchiha.

- Que isso, menino?! Mikoto ta?! Sou muito jovem ainda. -- Ela sorri e o abraça. -- Me perdoe pelo seu pai. Sinceramente...

- Relaxe mãe. Não tem culpa de nada. Obrigado por tudo. -- A abraço forte, sentindo seu aroma de morango nos cabelos. 

- Meu filho...ah ia me esquecendo. -- Sai procurando algo.

- Aqui oh. -- Surge Itachi com um papel na mão, entregando lhe para mim. -- É o convite de casamento de Izuna.

- Izune Uchiha...-- Leio em voz alta. -- ...e Ayumi Uzumaki??!?

- AYUMI? -- O loiro se espanta, pulando em cima de mim para ver. 

- Parente? -- Pergunta meu irmão. 

- Ta zoando?! Ela é minha irmã. -- Pensei em perguntar, mas não me sei se é confortável para ele falar sobre sua família. -- Me ligou alguns dias atrás, mas não prestei atenção, alguma coisa de eu ser padrinho.

- Que consciência. -- Mãe se surpreende. -- Olha quem vai ser também.

- Eu? -- Digo. 

- Sim, você. Agora vão. É tarde. 

- Verdade. Sabe o quanto nossa mãe é paranóica. Estou indo também. Querem carona?

- Clar...

- Não. Vamos a pé mesmo. -- Falo. Me despeço dos dois e pego na mão de Dobe e o guio ate o portão.

 

- Irá me contar? -- Ele diz, ao notar que eu encarava, por cima do ombro, a janela com a sombra de meu pai. 

- Digamos que se envolveu com o "amor" que ele sente por mim, e o conceito definido por ele mesmo. 

- O conceito de amor...interessante. -- Dobro um pouco a cabeça, ao perceber que a ideia que surgirá não era ruim e sim oportuna.

- O que é amor para você?

- Amor é algo que nos deixa completamente sem chão, mas quando o sente de volta, dúvida, remorço, curiosidade, insegurança, e outras coisas mais, surgem com o tempo. -- É como me sinto. -- Mas isso não é muito o meu caso. Defino amor como um jogo. 

- U-um jogo? -- Fiquei louco, porém não me segurei. -- UM JOGO? Acha que sentimentos são para diversão? -- Paro de andar e o examino nos olhos. Era sincero, e parecia não ver problema nisso. -- Vai se fuder. VAI SE FUDER. -- Viro para frente e saio correndo, jogando o convite no chão e os caralhos. Quero morrer.























 



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