1. Spirit Fanfics >
  2. Aquele cara por cima (e se eu gostar?) >
  3. O medo de Dobe. ( parte 1 )

História Aquele cara por cima (e se eu gostar?) - O medo de Dobe. ( parte 1 )


Escrita por: Nada_

Notas do Autor


Demorei ne, sorryyy
Pc quebrou umas 3 vezes e tive fazer esse às pressas antes de levar para concertar

Capítulo 9 - O medo de Dobe. ( parte 1 )


Fanfic / Fanfiction Aquele cara por cima (e se eu gostar?) - O medo de Dobe. ( parte 1 )

Capitulo anterior

Pegamos-nos jogados na cama, um em cima do outro, cansados, exaustos. Da janela via se que amanhecerá. A luz do sol refletia em nossos corpos molhados e despidos. Levanto-me, sento-me na beira da cama, pego uma camiseta e a visto. Envergonhado e agradecido, definitivamente satisfeito.

 

- Vou tomar um banho.

- Vou com você. – Sorri travesso, ainda deitado na cama, acabado.

 

 

A semana passou rápido. No trabalho; fazendo horas extras, voltando para casa cheirando a pipoca de cinema. Em casa, eu e Dobe estamos na mesma; ele sempre me surpreendendo com suas palhaçadas e imprevisões (sem que eu entenda e ele se divertindo com isso). E no sábado, amanhã, será o casamento do meu primo com a irmã do loiro. Mas nem tudo estava como o planejado; Sakura não foi viajar.

 

- Não a vejo desde quarta. – Naruto dizia, se jogando no sofá, enquanto eu o seguia com os olhos, pendurando meu casaco na cadeira. – Ela me disse que iria para a casa da mãe dela, passar um tempo lá, e que era para eu tomar conta da recepção na sua ausência.

- Na casa da mãe dela? Mas ela, e o pai, não moram em outra cidade?!

- Sei lá. Acho que ela poderia ter vindo de carro.

- Sozinha? Mas e o Sasori?

- Ela nem pronunciou ele nas ultimas conversas que tivemos. Achei que Sakura havia comentado algo para você.

- Mas não comentou. Estranho. Além do mais, segunda, eu avisei sobre o casamento de amanhã. A mesma me respondeu que iria sem falta.

- Bem, não podemos discordar da palavra dela. Talvez ela já tenha chegado.

- Será?

- Vamos ao apartamento dela ver. – Dobe diz correndo até a porta, chamando o elevador.

- A essa hora da noite? – 1h da manhã.

- Cala a boca e vamos logo. – Fala, me puxando pela camisa.

 

- Sakura? SAKURA? ABRE A PORTA. – Dobe berrava, enquanto eu olhava para os lados para ver se não vinha algum vizinho reclamar.

- Você quer parar de gritar?! – Sussurro, com uma voz meio engraçada.

- Hahahaha... Que voz foi essa? – Ele ri um pouco, depois volta para a porta. – Lembrei. – Se virou rapidamente para o balcão. Lembrou de que?  – Lembrei-me da chave extra que ela esconde na gaveta. Aqui. – Para de ler meus pensamentos. O mesmo a encontrou e destrancou a fechadura.

 

Paramos assustados ao vermos o que se escondia atrás da porta; uma escuridão inigualável, almofadas jogadas no chão, arranhadas e descosturadas, latas de sorvete, caixas de pizzas e latas de cerveja atiradas em todos os lugares, e uma garota com mechas rosa, encarando a televisão desligada, coberta por edredons sujos, em cima do sofá.

 

- Sakura? – Digo, esperando ela se virar, mas ela não se move, nos deixando mais assustados.

- O que Sasori fez? – Naruto pergunta, encostando a porta, deixando um fio de luz entrar, e caminhando até ela. Pergunto-me se eles conversaram telepaticamente, pois sua pergunta me impressionou.

- Foi pelo que ele não fez. – Sakura responde, quase em sussurro. – Ele nunca me amou. – Naruto senta do seu lado. Vou para sentar no outro, sem explicar, viro-me para a tevê, vejo o controle pendurado no meio da tela; definitivamente, o aparelho estava quebrado, ela deve ter atirado o controle.

- Pode falar, Sakura. – Falo, sem pensar. Ergo minha mão para fazer um cafuné em seu cabelo, quase que automático, ela abaixa para pousar sua cabeça em meu colo, e as pernas desnudas em Naruto.

- Vocês tinham razão. Ele era realmente um canalha. – Dizia, quase a ponto de chorar, mas pelos olhos inchados, suponho que tenha chorado o suficiente. – A troca de ´´ eu te amo ´´ era em vão. As vontades de vir-me ver eram falsas. Tudo era mentira. TUDO.

- E a viagem? – Naruto sussurra, a fitando preocupado.

- Há. – Ela ri sarcástica. – Aquilo era para ver sei lá quem; uma pessoa que se mudou, e ele queria revê-la.

- Uma amante? – Pergunto.

- Uma, ou um. Não sei. Mas foi assim: Estávamos na sala, ai ele falou que precisava ir ao banheiro. Por causa da demora, eu fui atrás dele. Eu o vi falando com essa pessoa no telefone, dizendo o quanto a amava e os caralhos.  Também falava umas provocações. Ainda mais, disse que levaria uma AMIGA com ele. E essa AMIGA era eu. Não aguentei e sai correndo do apartamento dele com minhas coisas, sem ao menos, olhar para cara daquele cretino numa última vez.

- E ele veio atrás de você?

- Veio, mas entender para que eu não sei, Sasuke. No mesmo dia, ele me ligou umas vezes. No dia seguinte também, mas eu não atendi. Ele até veio aqui no prédio. Naruto estava dormindo. – Sakura virá para o mesmo. – Você fez bem. – Ambos sorriem um pouco. Aproveito e pego o celular da rosada que estava na mesa de centro.

- 84 ligações?! E 112 mensagens?!

- O QUE? – Ela pula, arrancando o aparelho de mim. – Não podem ser SÓ dele.

- Mas são. – Naruto diz.

- Do mesmo jeito, não estou nem ai. – Ela joga o aparelho para longe, que cai em cima de uma almofada (duvidaria muito se ela dissesse que jogaria seu iPhone no chão). – Tudo o que ele fez foi me usar para se satisfazer, agora lhe entendo melhor que antes. – Parece que Sakura se arrepende pelo seu ultimo comentário, ela vira para mim, depois instantaneamente para o Dobe. – Naruto...

- Tudo bem, Saky. – Senti que minha presença tinha algo haver com isso. Sakura sai do meu colo, ajeitasse no meio de nós, limpa os olhos e abraça suas pernas. O loiro me encara neutro, como se estivesse a ponto de me contar alguma coisa. Lembro-me de um comentário seu, daquela noite, talvez, o comentário mais importante.

 

Flackback ON

 

- Nunca pense que brinco com você. Nunca faria isso com você, nem com qualquer outra pessoa. Eu entendo a dor de ser usado. 

 

Flackback OFF

 

- Tem algo que eu precise saber?! – Mudo o tom da minha voz.

- Pain deve ter falado algo não é?! Naquela noite em que voltamos da casa de seus pais. – Ele continuava neutro para mim. Lembro-me de ter me encontrado com ele na varanda, deve ter nos visto na rua por lá.

- Conversamos sobre diversas coisas. – Tento imitar seu modo de falar e de encarar. – Sobre o que exatamente está falando?

- Não me diga que se esqueceu. – Ele para, abre um sorriso sem dentes e diz. – Eu até mencionei, e aposto que deve ter pensado nisso: eu já fui usado. – Olhei para Sakura, que apenas concordou com a cabeça, apertando mais ainda suas pernas.

- Vai mesmo contar a ele? – Ela pergunta ao loiro. – Não é muito agradável contar assim.

- E você acha que o que vou contar foi agradável? – Seu tom ficou amargo. Virou seus olhos azuis para os verdes inchados.

- Você não precisa fazer isso. – Senti como se eu ainda tivesse 6 anos, e com meus pais estivessem na minha frente discutindo de leve. – Ele não precisa saber.

- Por que não Sakura?! – Era definitivo; eu não estava ali.

- Por quê? – Ela se vira totalmente para ele. -- Naruto, por favor, como pode perguntar isso a uma pessoa que passou semanas do seu lado, vendo seu sofrimento?! Aquilo foi horrível. Tanto para mim quanto para você. Tenho medo. Medo de que aquilo volte. Alias você não vai conseguir contar.

- Aquilo já passou. Não irá voltar só por eu contar a ele. E eu vou conseguir. Agora deixa de drama. – Nunca o vi falar assim, e vejo que não estava exagerando ou fazendo drama. Eu quero realmente saber. – Desculpe-me, Sakura. – Ele diz sem olhar para um de nós dois. – Mas não vejo problema em ele saber. – Ergue os olhos e me encara, engulo seco.

- D-Do que estão falando?

- Não vou sair daqui. – Haruno declara.

- Tudo bem. – Naruto começa. – Eu consegui um trabalho como burro de carga...

 

Flackback ON (narrado por Naruto)

 

Não era nada demais. Apenas tinha que levar os instrumentos de um lugar para o outro. Sempre usava o metrô da cidade. Comecei com 10, ou 11 anos. O musico, para quem trabalhava, era um velho divertido, mas um de seus problemas era ser muito tarado, e queria espiar as mulheres na maioria dos lugares onde passava. Seu nome era Jiraya; ele foi como um pai, mas também um tio que nunca tive.

Como eu tinha 8 anos, quando fugi do orfanato, tive que morar no porão de Pain,  mas, após quatro anos trabalhando com o velho, quando tinha 14 anos, havia parado de estudar, e aluguei o apartamento aqui no condomínio, com a ajuda da Sakura claro.

 Porém...isso ocorreu quando estava faltando uma semana para eu completar 15. Eu estava pegando o metrô para ir embora, mas só que como cheguei tarde, ele já estava em movimento e a porta quase se fechando. Um cara ergueu a mão para mim enquanto corria para a porta. Segurei sua mão e fui puxado antes da porta me amassar.

 

- Valeu, cara. – Digo, pondo as mãos no joelho, tentando controlar a respiração. Ergo os olhos e ele continuava lá, me encarando com um sorriso.

- Não há de que. – Ele sorri mais ainda. O seu sorriso era lindo, por mais que doa admitir.

- Valeu mesmo. – Quase gaguejo. – Se não tivesse me ajudado estaria até tarde esperando outro.

- Entendo. Qual é o seu nome, garoto?

- Naruto. Naruto Uzumaki.

- Boa apresentação. – Comenta. – Nome diferente. – Sorrio, coçando a cabeça. – Mas parece combinar com você. E então, Naruto Uzumaki, volta de onde?

- Do trabalho.

- Trabalho? Já? Não parece ser tão velho. – Sua voz era tão serena, que dava para estranhar, mas no dia, conclui que ele era um homem calmo. – Sem contar que sempre pego esse metrô e nunca o vi por aqui.

- Tenho 14 anos. É que hoje eu terminei cedo. – Estranhei tantas perguntas, então resolvi perguntar. -- E você? Como se chama?

- Kakashi Hatake. Tenho 25. Trabalho como professor, de uma faculdade por aqui. – Como notei sinceridade em sua voz, e total confiança no que me contava, decidi acreditar nele.

 

Esse foi meu maior erro. Continuamos conversando até seu ponto. Onde desembarcou se despedindo:

 

- Espero lhe ver amanhã, Naruto.

 

Continua....


Notas Finais


buahahah sou do mal


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...