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História Aqueles olhos. - Creepypasta. - Duas dimensões.


Escrita por: bizk

Capítulo 3 - Duas dimensões.


Fanfic / Fanfiction Aqueles olhos. - Creepypasta. - Duas dimensões.

Tobias apenas ficou parado, olhando a menina sair pela janela, vendo o sangue escorrem por suas pernas, observando como ele escorria e, mesmo que estivesse tonta e trêmula, ela corria. Teve outro tic costumeiro, mas não estava bravo por ela ter fugido. Estava bravo porque não era essa a primeira impressão que ele queria que a garota tivesse dele.


 - Seu... Doente.- Sussurrou para si mesmo, tossindo logo em seguida. 


  A casa já estava em um estado de chamas avançado, possibilitando que alguma parte dela caísse a qualquer momento. Foi até a poltrona onde tinha jogado sua machadinha e a pegou, passando logo em seguida pela mesma janela que a garota passou, quebrando alguns vidros que ficaram nas laterais da janela, deixando que ele passasse sem muita preocupação se ia se cortar ou não.


   Parou do lado de fora da casa, olhando para a esquerda e direita, agora teria que confiar em sua intuição, por qual caminho a garota seguiu? Direita ou esquerda, direita ou esquerda... olhava para ambos os lados, confuso, tinha que ser rápido, então decidiu ir pela esquerda, começando a correr pelas sombras das árvores que tinham na calçada, não queria ser visto por ninguém, mas também não era como se as pessoas fossem o ver de novo. Antes previnir doque remediar.


     Então ele viu o rastro de sangue na rua, não era muito chamativo, eram só algumas gotas, entretanto ficou... feliz? Afinal, estava indo para o lugar certo. Agora só dependia que ele seguisse as pequenas gotas escarlate.


   As seguiu até encontrar o corpo da menina, na floresta, desacordada e febril.


                                   ..................................



      Eu olhava o corpo dela, desmaiada aos pés da árvore, com uma expressão triste no rosto, mesmo que estivesse "dormindo", ainda sim tinha as sobrancelhas franzidas e a boca trêmula.


       Me abaixei, colocando minhas machadinhas no cinto, onde eu as deixada penduradas com um encaixe perfeito para elas. Com a mão direita, comecei a levar em direção ao seu rosto, voltando logo em seguida, com medo de acorda-la, com medo de machuca-la, mas minha vontade de sentir sua pele nos meus dedos era tanta... Ignorei as vozes da minha cabeça que pediam para eu não a tocasse. Queria a muito tempo fazer isso, nem que fosse só uma única vez.


     Levei a mão até seu rosto, colocando meu dedo em sua pele suada e quente, suavemente, afastando os cabelos que estavam grudados em sua testa por conta do suor, colocando-os para trás, dando mais visão para seu rosto adormecido. Sua respiração fazendo leves cócegas em meus dedos.


     Fui descendo o olhar, vendo a camiseta suja e amarrotada, os braços com pontos vermelhos e alguns arranhões... até ver suas coxas fartas, um corte fundo e feio um pouco abaixo do joelho, que ainda escorria sangue. Me movi, ficando perto de sua perna, pegando algumas bandagens que levava comigo caso algo acontecesse, eu era obrigado a levá-las. Engoli em seco, levando as mãos até a perna da garota, vendo como a pele era macia. Balancei a cabeça com os pensamentos. Eu era doente, não um depravado.


    Ergui um pouco sua perna, apenas o suficiente para poder enfaixar a região sanguinolenta. Comecei a passar as bandagens em volta do local, apertando para que o sangramento se estancasse mais rápido, dando um nó forte, mas não o suficiente para prender o sangue da região e deixar a perna roxa e sem circulação.


     Agora só faltava pegar o corpo desacordado dela e levar para casa, passei os braços por baixo do corpo da jovem, levantando-a e colocando-a em meu colo no estilo nupcial. 


      Eu olhei para o tapa olho hospitalar que ela tinha em um dos olhos... decidi tira-lo, sabia que um de seus olhos era vermelho, mas nunca tive a chance de vê-lo de perto, sempre estava fechado quando eu tinha a oportunidade. Levei a mão que estava rodeada em volta de seus ombros até o empecilho que me incomodava em de seu rosto, puxando-o com cuidado, fazendo o mesmo se soltar.


      Senti um certo receio assim que a menina se remexeu em meu colo, abrindo um pouco os olhos e olhando nos seus, aqueles olhos.... Que rapidamente perderam a consciência de novo e se fecharam.


                                .......................................


    Toby andou até a mansão, onde Mello ficaria, por bem ou por mal. O caminho do local de onde estavam anteriormente era bem longe de seu destino final mas ele não se importava, estava com a menina nos braços e sim, ela era mais pesada doque ele tinha calculado, entretanto, ele ainda sim não se importava de andar todo o caminho até a mansão, na pior das hipóteses pararia ou colocaria o corpo desacordado em cima de uma sacola grande ou lona e iria puxando com uma corda.


    Olhou para a lua. Deveriam ser por volta de 01:15 da manhã. A garota respirava devagar agora, como se seu corpo tivesse se acalmado, mas ainda estava suando e quente, ela provavelmente estava com febre ou com muita dor de cabeça. 


    Tobias ainda não sabia porque Slenderman queria ela, claro, ele deu algumas explicações mas não o suficiente para quem ficou meses observando a garota, decorando o cronograma dela, para onde ia, oque fazia, suas comidas favoritas, hobbies. Todos os seus passos. Queria saber porque ela tinha esse olho avermelhado, queria saber quem ela era de verdade e o que a tornava tão cativante aos pensamentos de Slenderman. O que também deixava Tobias extremamente irritado, ele poderia ter simplesmente a matado e matado esse sentimento confuso e desgraçado dentro de si. Ele odiava sentir isso, ele nunca sentiu então porque agora seria diferente? Ele se sentia ridículo, patético.


                        .....................................

  


  Mello agora estava na maca da "enfermaria" da mansão, e se Toby sentisse dor, com certeza seus braços estariam muito doloridos porém no momento apenas estavam trêmulos, não por medo mas sim por cansaço. 

 

   Ann, uma mulher ruiva, que tinham ambos os olhos vermelhos escuros. Muitas partes de si mesma costuradas, algumas em outros tons de pele, pois sua própria pele era acinzentada. A mesma usava uma máscara hospitalar preta, com um " " vermelho no meio, assim como o resto de seu vestido, que também ficava no estilo de enfermeira porém preto ao invés do abitual branco.


     Ann estava examinando a menina em uma maca, enquanto Toby estava olhando tudo sentado na maca ao lado, balançando as pernas levemente. 


   Não parecia como os outros jovens da casa, ela parecia bem mais... suave? Como se fosse inocente ou algo parecido, mas Ann voltou a realidade quando ouviu a voz de Toby.


 — Ela t-tá bem? — Perguntou o garoto, segurando o estofado da maca, apertando-o para conter seus tics, não queria fazer barulho e acordar a menina por mais que fosse bem difícil. E ele mesmo se achava ridículo por isso, era quase humilhante para quem prestasse bastante atenção.


 — Só com um pouco de febre, nada grave. — A voz de Ann era calma, enquanto tocava a testa da menina. Era óbvio que tinha alguns machucados, mas nada fora do comum.


— Hm... — Resmungou, olhando para o rosto da garota desacordada, vendo Ann retirar as bandagens de sua perna, com cuidado.


 — Já tomou seus remédios hoje? — Toby se encolheu com a pergunta, abaixando a cabeça. Ele não tinha tomado.


 — Sim...? — Disse, na tentativa de ser convincente e falhando miseravelmente. Ann já o conhecia.


— Vá os tomar, estão em cima da minha mesa. — Enquanto falava, terminou de tirar as bandagens de Mello, estavam cheias de sangue. Teria que suturar o local que sofreu a lesão, mesmo que sejam poucos pontos, mas não podia deixa-los como estavam.


 Tobias revirou os olhos e levantou irritado, tendo mais tics. Começou a pisar fundo no chão, xingando palavrões aleatórios em voz baixa. Pegando os seus remédios e enfiando-os goela abaixo, sem água ou algo para molhar a garganta.

 

  Ann apenas suspirou baixinho, conhecia o jeito do adolescente, e sabia que ele não fazia por mal, pelo menos não isso em específico. A mulher levantou, pegando as coisas de enfermagem que deveria usar para suturar o corte, abrindo o armário e pegando uma seringa, colocando a anestesia na mesma.


   Começou pensar do porque Toby ter perguntado se ela estava bem, com aquele tom. E que, provavelmente ele a trouxe no colo e não te-la colocado em cima de algum papelão qualquer e vir puxando. O corpo dela não estava tão surjo assim, ou com uma folha sequer. Por quê? Ela não sabia e decidiu não perguntar a razão, o rapaz já estava irritado. Mas sabia que havia algo que ela não sabia e uma hora ou outra ia descobrir.


   Puxou uma mesinha de metal de rodinhas para o lado esquerdo da maca da garota, com as coisas em cima dela. Seus movimentos pararam quando ela viu que, o machucado da menina não parava de sangrar, e isso era ruim, bem ruim. Já deveria ter se estancado naturalmente, mesmo que fosse fundo, as bandagens estavam lá para isso.


— Toby, oque ela tem? — Disse com um tom preocupado, olhando para a ferida que não parada de escorrer sangue. Ela não sabia bem porque perguntou isso para o garoto, mas lá no fundo, sua intuição gritava que ele sabia.


  Tobias se virou meio preocupado com o tom que foi usado pela mulher. Olhando agora o mesmo ponto que Ann olhava. Merda, ele tinha se esquecido que ela tinha isso.


— Hemofilia. — Disse, começando a puxar os pelos do braço. Por conta do nervosismo de ter deixado ela se machucar desse jeito e esquecer desse pequeno - Grande. - detalhe.


Notas Finais


Hemofilia: Distúrbio em que o sangue não coagula normalmente. Sangramento excessivo (externo e interno) ocorre após qualquer lesão ou dano.


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