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História Arbitrage - Penult


Escrita por: Allera

Notas do Autor


Geeeeeeeeeeeeeeente, desculpa a demora. Cara, aconteceu tanta coisa e esse foi o capitulo mais difícil de escrever.
Não sei se ta lá aquelas coisas, maaas.
Espero que gostem e boa leitura.
Qualquer erro me desculpem.

Capítulo 19 - Penult


Arbitrage

Capitulo Dezenove: Penult
"Para onde irão as lágrimas como as de hoje?" - Huh Gak

 

Luhan implorou de joelho a uma das empregadas para que pudessem enviar uma mensagem. Ele despistou os seguranças dizendo que precisava falar a sós com elas por problemas íntimos, não foi a melhor desculpa que já inventou em uma situação de urgência, mas com isso conseguiu ganhar tempo. Se ajoelhou sem pensar em seu ego ou na situação presente. Implorou ajuda delas como se fosse seu ultimo suspiro e conseguiu.

Uma mensagem de socorro.

Sabia que com aquelas poucas palavras, Jongin, moveria o mundo atrás de Kyungsoo. Mesmo sentindo ódio por tudo que ele fez, parecia que tudo estava se dissipando naquela mensagem. Precisava dele como jamais precisou de alguém. E agora estava sendo feito.

.

-Precisamos de um avião! Rápido!- Jongin ditava abrindo as portas do seu escritório com tamanha força e passos largos para fora daquele local.

 

-Claro, quer para qual horário?- Sehun debochou- Um avião agora só nós fara chegar de manha.

 

-Então chame meu Jato, droga!

Jongin afrouxou a gravata como se a mesma estivesse o sufocando, porém essa sua euforia e ira. Quando rastrearam a mensagem de Luhan a localização além de dar no Japão também notificava como uma propriedade de JunMyeon e aquilo fazia o seu sangue ferver de ódio. Era claro! Ele havia se aproximado de Kyungsoo para obter sua confiança e no fim fazendo vira-lo contra si.

Ele ainda queria vingança.

O moreno contraiu o rosto tentando se controlar enquanto suas mãos passavam o tempo todo por seu cabelo, o bagunçando. Doía imaginar o que aquele desgraçado poderia estar fazendo com o seu esposo! E doía muito mais imaginar que Kyungsoo havia escondido que esperava um filho seu, ele poderia assinar aquele pedido de divorcio sem saber que nunca poderia ver ou saber que tinha um filho, porém enquanto estava no telefone com o mesmo pode sentir a relutância na voz dele. Podia ser loucura da sua cabeça, mas... talvez ele quisesse pedir ajuda naquele momento?

Eles entraram no carro em direção a área do Jato, Sehun falava no telefone com o motorista enquanto Jongin tremia uma das pernas, nervoso.

 

-Será três horas de viajem mais vinte minutos de carro.- O loiro informou.

 

-... Aquele maldito!

 

-Vamos pega-lo, Jongin. – O loiro garantiu deixando seu corpo descansar e fechar os olhos por um segundo.

 

-Por que eu não pensei nele? Ele sumiu do nada e nem percebi! Eu sou um idiota!- O moreno dizia com os dentes trincados, uma veia saltava pela sua têmpora.

 

-O subestimei mais do que imaginava também.

 

-Eu juro que se ele fizer algo á Kyungsoo...  Eu sei que posso mata-lo!- O moreno declarou com um olhar frio enquanto encarava o amigo, sim, Sehun sabia que o mesmo seria capaz daquilo.

 

~*~

Sua garganta doía pelo esforço que fazia ao vomitar, sua mão segurava com tanta força a pia que seus dedos estavam brancos, resquicios de lágrimas se acumulavam no canto do seu olho e aquele gosto horrível se espalhando pela sua boca. Não era apenas um enjoo matinal, pois não os tinha mais.

E sim por JunMyeon.

Apos sair do escritório do mesmo a vontade de vomitar subiu a bile o fazia subir rapidamente ao quarto onde vomitava o nojo entalado por JunMyeon. Assim que acabou limpou a boca com água e escovou os dentes, fitou sua imagem no espelho, estava pálido e cansado.

Queria chorar.

Sentiu seu coração se apertar ao ouvir a voz eufórica e desesperada de Jongin, céus, jamais imaginou que doeria daquela forma. Era obvio que precisava dele! Consigo! Com o seu filho. Deu meia volta indo ao quarto onde abriu o guarda-roupa e procurou por algo mais quente e folgado, sentia os leve chutes do bebê e não via a hora de poder te-lo em seus braços. Ainda não sabia o sexo, pois JunMyeon quis surpresa, mas Kyungsoo queria saber.

Queria saber se seria uma princesinha no qual seria bastante paparicada por Luhan ou se seria um pequeno príncipe competitivo igual a Jongin.

Enquanto pensava nisso sentiu uma superfície oca na madeira, franziu o cenho, bateu de leve e o mesmo som retornou. Tinha algo ali. Pegou uma escultura pequena de um artista qualquer e bateu com força até a madeira se romper. Isso o fez lembrar de quando era criança e achou na sua antiga casa, dentro da parede oca, moedas antigas com alguns aneis. Mas ali não havia nenhuma moeda ou anel.

 

-Um diário?- Se indagou o pegando com cuidado.

Limpou a poeria que tinha no mesmo e ficou observando a textura do mesmo, tinha uma capa grossa vermelho vinho, as paginas estavam obviamente amareladas e havia um nome bem no centro.

Kim Minseok.

Engoliu a seco, quem poderia ser? Será algum dono que havia esquecido? Ou algum parente de JunMyeon? Caminhou até a cama onde se sentou ainda o observando, havia algo ali, no qual não conseguiu resistir a curiosidade em abri-lo e começar a ler.

 

“Querido diário... Estou começando da forma mais cliché do mundo, pois estou apaixonado! E me sinto tão bobo ultimamente que não consigo deixar de viver essa fase romântica da minha vida. É tão recente. Quero que dê tudo certo,mesmo que ele ainda não me note direito e sim como um amigo que apenas o ajuda a traduzir a linguá chinesa.

Esquece de falar que ele é coreano.

E incrivelmente lindo! ❤

Quero que ele olhe para mim.”

 

A cada linha que Kyungsoo lia sentiu-se feliz pelo mesmo,um sorriso surgia em seus lábios. Achou tão linda a forma que o garoto estava apaixonado. Tão puro e inocente. Passou algumas paginas até se fixar em uma.

 

“Já faz um mês e ele me convidou para um jantar! Dizer que estou animado é tão pouco. Meu coração bate tão rápido que mal consigo respirar.Quando ele veio até mim e disse: Gostaria que fosse jantar comigo, Min.

Acho que disse o “sim” tão alto porque algumas pessoas começaram a nós encarar.

Mas dane-se.

Eu finalmente consegue que me olhasse.

Eu finalmente consegue Kim JunMyeon.”

 

-O que!- Kyungsoo exclamou arregalando os olhos.

Aquele diário então pertencia a um ex-namorado de JunMyeon. Não que fosse anormal o mesmo não ter relacionamentos, mas era estranho tão objeto na casa do mesmo. E ainda mais escondido. Franziu o cenho e começou a passar algumas paginas rapido demais, mencionava trabalho, faculdade, viagens até alguns desenhos no mesmo. Também comentava os passeios que tinha com o mesmo até parar em uma pagina que tinha manchas de água por toda folha.

 

“Já faz um ano que namoramos e tudo mudou. Queria poder dizer que para melhor, mas tudo parece estar decaindo pouco a pouco. JunMyeon me apresentou para sua família. Imaginei um cenário caseiro para essa situação, deve ser por que sou de cidade pequena... Mas foi horrível.

Eles são grosseiros por sua posição. O dinheiro que eles tem é como gloria. Deve ser por isso que JunMyeon não gosta tanto de estar com eles, apesar de agir como eles. Disseram até que eu deveria fazer uma dieta!

Durante esse tempo tenho ficado só, pois ele sai para resolver problemas da empresa. Odeio aquela empresa.! Mas consegue achar um ponto seguro de toda aquela gente, primo de JunMyeon, ele se chama Jongin...

 

Kyungsoo mordeu os lábios sentindo-se desconfortável por Jongin ter estado na vida  do tal Minseok. Nunca lhe disse nada. Tão pouco JunMyeon. Mas logo voltou a leitura.

 

Ele me defende, ele me afasta deles e me faz companhia. Sinto saudades de casa. E me conforma dizendo que logo voltarei. Mas parece que isso acabou deixando JunMyeon irritado já que me ordenou que me afasta-se dele, indaguei várias vezes o por que e ele não respondia. Decidi não o faze-lo. A mãe dele vivi achando defeito em mim que jamais imaginei ter e ele não faz nada para me defender!

Que droga! Estou chorando.

Por isso não quero me afastar de Jongin. Ele pelo menos diz algo para cala-la. Nessa noite não queria jantar, não queria vê-lo, mas JunMyeon achou que eu ia me encontrar as escondidas com seu primo. Ele parecer ter ficado paranoico com isso. Disse que imaginava coisas e em resposta ele me bateu.

Estou chorando cada vez mais.

Não posso acorda-lo.

Quero ir embora...”

 

Um soluço ficou preso na garganta de Kyungsoo enquanto seu dedo passava por uma marca d’ água, no qual, seria as lágrimas de Minseok. Olhou em volta e percebeu que era aqui que ele deveria ter estado, esse quarto deveria ser deles e onde ele fugia de todos. Sentiu uma lágrima escorrer e as limpou ineditamente para logo virar as paginas. Precisava descobrir o fim.

 

“Todos se foram. Fiquei apenas com ele. Havia dito que iria retornar para casa, mas parece que quando falo com ele, não parece me ouvir e me ignora cada vez mais quando digo que não quero mais estar ali.

Sem Jongin estou desprotegido.

E toda noite parece ser sem fim. As brigas. Os tapas e as ameaças.

Não aguento mais seus beijos, seus toques que deixam minha pele roxa. Lembro-me que antigamente meu maior desejo era saber o gosto do seu beijo, tinha gosto de doce... Hoje tem gosto de ferrugem.

Liguei para Jongin e ele disse que me tiraria daqui, mas JunMyeon descobriu e começou a surtar. Destruiu todos os vasos e qualquer coisa de vidro. Comecei a dizer que não o amava mais, que amava Jongin e que queria viver com ele e até inventei uma carta de despedida e que iria atrás dele.

Eu tentei, eu tentei de tudo.

Não aguento essa prisão. Estou aqui a meses. Jongin veio me buscar como prometeu mais JunMyeon me prendeu no quarto e me ameaçou se eu gritasse. Eu chorei tanto ao ouvir o carro de Jongin se afastar, era minha ultima esperança.

Não aguento mais!

Tudo doí!

Quero voltar para casa, quero nunca ter me apaixonado por ele, quero parar de chorar desse jeito. A dor é tanta, não aguento mais.

Sinto muito”

 

O som do diário caindo no chão ecoou pelo quarto, não havia nenhum som para misturar, até mesmo os passáros estavam calados. Kyungsoo tinha as mãos na boca e lágrimas, seu coração doía com cada palavra, com cada  pedido de ajuda do mesmo.

Agora tudo fazia sentindo para si.

 

~*~

 

-Esta gostando da comida, Kyungsoo? – JunMyeon indagou observando seu lindo triunfo sentando do outro lado da mesa.

Era noite,estava em um dos habituais jantar com o mesmo, ninguém podia estar ali e isso incluía Luhan. Aliás, não o viu durante toda tarde. Mas também ficou imerso em seus pensamentos em apenas em cada palavra de Minseok.  Assim que pós os olhos em JunMyeon foi como se deixasse de ser cego e descobrir que beijava o inimigo.

 

-Claro. – Respondeu abrindo um enorme sorriso.

Precisava ir embora daquela casa ou acabaria como... Não,iria proteger seu filho!

 

-A essa altura Jongin já deve ter assinado os papeis- Comentou sorrindo- Então sera só eu e você, quer dizer, você, eu e o nosso bebê.

 

Ouvir aquilo embrulhava o estomago de Kyungsoo, teria que fazer força para não vomitar naquele lugar. Mas JunMyeon parecia tão orgulhoso que sorria a cada momento que comia.

 

-Já pensou nos nomes? Deveríamos escolhe-lo junt...

 

-TaeOh! – Respondeu rapidamente erguendo o rosto, confiante- Se for menino se chamará TaeOh.

 

JunMyeon franziu o cenho com a atitude do mesmo, não gostava quando sua opinião era descartada, como se fosse um qualquer. Exibiu um sorriso obviamente forçado onde não se preocupava fingir.

 

-Então espero que seja uma menina. –Comentou bebendo seu vinho com os olhos fixos em Kyungsoo.

Kyungsoo comeu o resto da comida com desdem, um belo prato, porém não tinha um gosto especial. As vezes tinha lembranças das comidas que Jongin preparava para si e sentia tanta vontade de prova-la novamente, porém não podia chegar para JunMyeon e dizer “Estou com desejo, quero a comida de Jongin” porque naquele tempo tinha confiança no mesmo, uma confiança que até mesmo devia sua vida,mas agora só vinham as palavras daquele diário em sua mente.

Observou ele se levantar e ir até o bar próximo com uma safra que utilizava em momentos de brindes, o que parecia ocorrer todo jantar, mas com a diferença que só ele bebia enquanto tomava suco, antigamente pensava que era pela sua segurança. Como era tolo. Agora via que JunMyeon comemorava por se vingar de Jongin.

 

-Vamos brindar a nossa nova família. –Declarou exibindo um enorme sorriso.

 

-Estou sem o suco- Respondeu mostrando a taça vazia, na verdade não queria comemorar nada ao lado dele.

 

-Não vai tomar suco hoje- JunMyeon disse com um tom debochado- Me acompanhara dessa vez.

 

Kyungsoo franziu o cenho com o “pedido”. Ficou o encarando por alguns segundos achando que fosse uma piada, porém fixou perplexo ao vê-lo encher sua taça até a metade, uma quantia considerável.

 

-Não posso beber isso.

 

-Pelo amor de Deus, Kyungsoo. Sera apenas uma taça.

 

-Não! Isso pode fazer mau a criança. –Respondeu o olhando estático, suas mãos rapidamente se puseram na barriga, uma auto defesa.

 

JunMyeon deixou a garrafa na mesa, assim como seu copo, e pegou o de Kyungsoo e caminhou lentamente até ele. O olhava com uma pontada de irritação pela desobediência, odiava esse simples ato. Estendeu a taça a ele com um olhar desafiador.

 

-Beba! –Ordenou.

 

-Ou o que? Vai me bater igual fez a Minseok?

Dizer aquelas palavras também pegou Kyungsoo de surpresa, não as queria dizer, porém elas escapuliram de sua boca como se tivesse o objetivo de ferir aquele homem. Mas acabou indo para um lado perigoso. JunMyeon o encarava completamente estupefado, ao dizer aquele nome, havia atingindo o ponto crucial no mesmo. Engoliu a seco e limpou as mãos na calça por começarem a suar, todo ar que envolvia eles estava tenso, difícil até mesmo em respirar. Mas logo JunMyeon voltou a tomar postura e o encarou com raiva no olhar.

 

-Como sabe disso?- Ele indagou com a voz rouca, como se controla-se ao máximo por dentro- Como sabe de Minseok?

 

Kyungsoo senti um enorme calafrio percorrer por seu corpo, suas mãos tremiam,mas tudo que queria naquele instante era ferir aquele homem do mesmo jeito que estava fazendo Jongin. Estava cansado de toda aquela situação, dele sempre controlando tudo que comia e falava, tudo que queria e tudo que o ordenava. Estava farto dele sempre dizer “nosso bebê”. Aquela criança não era dele e sim de Jongin! E a situação de Minseok fora o ponto final para isso tudo.

 

-Agora tudo faz sentindo... –Disse levantando-se da cadeira o fitando completamente determinado- Você me usou para se vingar de Jongin e ainda o culpo pela morte de Minseok.

 

-Como ousa defender aquele filho da puta na minha frente?! – Indagou elevando sua voz irritada.

 

-Você matou Minseok!

 

-Eu?! Jongin causou a morte de Minseok! Ele o seduziu! E VOCÊ VEM ME DIZER QUE EU SOU O CULPADO DAQUI?!- JunMyeon gritava que podia ecoar pela sala, ele apertava com tanta força os punhos enquanto encarava Kyungsoo, que respirava fundo, não querendo demonstrar o medo, tudo que queria era feri-lo da forma mais profunda.

 

-Você o prendeu aqui contra sua vontade!- Gritou de volta.

 

-Cala boca, Kyungsoo...

 

-Você nunca o defendeu! Um covarde!

JunMyeon tinha os dente cerrados enquanto encarava o menor, seus punhos estavam tão apertados que sua unha o feria. Diante daquelas acusações que começava a sentir era raiva e dor acompanhado das lembranças de Minseok.

 

-O amor que ele tinha por você se acabou por sua culpa!- Kyungsoo apontou o dedo falando cada vez mais alto, a sensação de jogar a verdade sobre ele era tão prazerosa- Era divertido bater nele? Era divertido vê-lo chorar e ser humilhado daquela forma?!

 

-Cala a boca... –Ordenou em um sussurro, estava tentando se controlar ao máximo, mas aquelas palavras feriam cada vez mais.

 

-Jongin estava apenas o salvando de você porque Minseok não o queria mais!

 

-Cala a boca, cala a boca, cala a boca... CALA A BOCA!

Kyungsoo virou o rosto automaticamente quando  o tapa de JunMyeon atingiu seu rosto ficando completamente vermelho no local, sentiu um pequeno resquício de lágrima no canto dos olhos, porém não permitiria chorar com apenas aquilo. Sabia muito bem que havia atingido o ponto fraco dele, mas não podia pensar só em si, devia por seu filho em primeiro lugar. Se encolheu dando alguns passos para trás sentindo um arrepio de medo ao vê-lo se aproximar.

 

-Com licença.

 

Qualquer movimento foi completamente cessado com a entrada de um dos seguranças de JunMyeon.

 

-O quer aqui?- Ele indagou irritado

 

-Recebemos noticias de que seu primo acabou de chegar a cidade.

 

-Jongin?!

O segurança assentiu nervoso voltando a fitar o chão. JunMyeon estava estatico com a noticia assim como furioso com a mesma. Ele estava aqui. Alguém havia o avisado então obviamente ele sabia de tudo. Sua mente processava cada pessoa que devia ter informado e Kyungsoo era alguém descartado, não era confiante o suficiente para tal, mas... Mas havia alguém.

 

-Onde esta Luhan? – Indagou elevando sua voz- Traga-o aqui... AGORA!

 

Kyungsoo sentia seu coração se apertar, sentiu um leve chute em sua barriga e acariciou como se quisesse dizer que estava tudo. Papai estava vindo.

Não demorou muito para os seguranças arrastarem Luhan até a sala de jantar e o joga-lo no chão sem qualquer cuidado. O loiro sabia que uma hora ou outra acabaria sendo descoberto, mas se isso fosse parte para sair daquele lugar com Kyungsoo não se importava. Encarou o amigo, que estava notavelmente com medo e deu um leve sorriso, tudo iria ficar bem.

 

-Eu não sei se você é valente ou um completo imbecil, Luhan. –JunMyeon comentou com uma expressão na qual tentava se controlar mais que saia um sorriso psicopata.

 

-Talvez eu seja os dois- Respondeu com desgosto.

 

-Moleque ingrato... Eu salvei vocês dois.

 

Luhan deu uma risadinha debochada para logo encarar completamente sério aquele homem, cuspiu perto do pé dele.

 

-Jongin vai nos tirar daqui- Garantiu com uma audacia inexplicavel.

JunMyeon ergueu a sobrancelha com aquela firmação e riu,andou lentamente até um pote no canto da sala no qual sustentava guarda-chuvas e e bengalas do seu antigo pai. Escolheu um a dedo, com uma calma que deixa o local tenso. Voltou a caminhar até o loiro com uma bengala feito a madeira e bastante volumoso, com olhar de relance percebeu que Kyungsoo se movia em sua direção, mas foi mais rápido e ergueu o objeto e o acertou com tamanha força na cabeça de Luhan que ineditamente caiu para trás com o sangue imundando o carpete branco. Kyungsoo gritou encarando o corpo do amigo desacordado, queria toca-lo, queria envolve-lo em seus braços, mas devido a gestação não podia se abaixar e tudo que fez naquele instante foi chorar descontroladamente enquanto JunMyeon sorria de canto.

 

-KYUNGSOO!

A voz de Jongin preencheu o local fazendo Kyungsoo se encher de esperança. Dava para ouvir seus gritos juntos de Sehun e como eles batiam e socavam a porta.

 

-Ele não vai tirar mais nada de mim!- JunMyeon ditou jogando a bengala no chão e puxando com força o pulso de Kyungsoo, o mesmo estava nervoso e irritado. Como ele ousava? Se achava que iria tirar mais algo de si estava muito enganado. Olhou pela janela e viu havia o carro deles lá fora e com isso abriu uma das gavetas tirando uma arma de lá.

 

-N-não faça isso!- Kyungsoo pediu deixando algumas lágrimas caírem.

 

-Esse será o fim dele- Disse encarando o menor, levou calmamente a arma até o rosto de Kyungsoo encostando em sua bochecha molhada, fez  um carinho pelo o objeto enquanto fitava seu rosto tomado pelo medo- Então nós seremos felizes juntos, Minseok.

 

Kyungsoo tremia completamente enquanto o encarava. Parecia que ele havia perdido totalmente a sanidade ou a razão, sentia como ele não lhe enxergasse.

 

-Por favor, para- Pediu chorando com a voz embargada. –Não faça na-nada contra ele.

 

-Mas se eu não fizer... –JunMyeon começou a dizer rindo como se tudo fosse uma piada enquanto lentamente as lágrimas começaram a cair- Você vai fugir com ele.

 

-... Eu posso ir com você , eu juro que não tentarei escapar- Kyungsoo pedia entre soluços, ao fundo ainda podia ouvir os chamados de Jongin e também seus passos, temia o pior.

 

-Pr-promete?- O maior indagou igual ao uma criança animada.

No fundo não queria, mas concordou chorando ainda mais. Sentiu seu pulso ser puxado mais uma vez  até uma porta ao lado que dava a cozinha. Queria reagir e correr, mas não era essa vida que devia proteger.

 

-Larga ele!

A voz autoritária de Jongin surgiu na sala onde ele se mostrava completamente ofegante e irritado. Seus olhos foram de encontro aos de Kyungsoo, que o olhava perplexo, assim como o moreno que desceu seu olhar até avistar a enorme barriga do menor. Era uma sensação estranha em saber que era pai durante esse tempo e não sabia, mas era uma sensação melhor que o homem que amava carregava seu filho e por ele lutaria até o fim.

JunMyeon rapidamente pós Kyungsoo na sua frente e a ponta da arma ao lado da cabeça do mesmo, um gosto amargo em ver seu primo crescia.

 

-Primo, devo dizer que é um desgosto em recebe-lo na minha casa- Disse com uma risada nervosa.

 

-Seu desgraçado- O moreno murmurou o encarando com um ódio que fervia dentro de si.

 

-Não seja desrespeito no meu lar.

 

-Solta ele agora! Não sabe o quanto doentio você esta sendo.

 

-Doentio? Acha que ver seu próprio parente seduzir a única pessoa que amava e ainda causa a morte dela não te faz o doentio, Kai?! Hein?- JunMyeon gritou pressionando a arma na cabeça de Kyungsoo ainda mais.

 

-VOCÊ MATOU MINSEOK!- Jongin gritou de volta irritado.

 

-É MENTIRA!

 

-Quantas vezes ele vinha até mim chorando por causa do seu ciúmes doentio, quantas e quantas vezes ele me ligava pedindo ajuda- Jongin declarava andando até o maior que estava completamente estático com as verdades ditas e isso só servia para o moreno se aproximar mais.

 

-Eu o amava...

 

-O amava a ponto dele cometer suicídio nessa casa?!

As mãos de JunMyeon tremiam , suas lágrimas caiam no ombro de Kyungsoo que mantinha seus olhos fixos em Jongin. Mas tudo que JunMyeon sentia dentro de si se tornava intenso, assim como a dor começava a ser intensa assim como a saudades do seu amor, lembrava de seu sorriso e seu modo engraçado, era essa imagem fixa que tinha dele, mas então recordava de seu choro, de seus gritos e apelos e essa era imagem que o perseguia.

 

-Por favor, desista disso- Jongin pediu com a voz calma, podia sentir ódio dele, mas tinha pena do que ele havia se tornado.

 

-Talvez tenha razão... –JunMyeon começou a dizer.

 

-Solta ele.

 

-Com todo prazer.

Segurando Kyungsoo com toda a força, JunMyeon, o jogou no chão batendo fortemente sua cabeça e causando uma dor muito forte em seu ventre. O grito dele ecoou pela sala inteira onde começou a chorar desesperadamente enquanto segurava sua barriga, sentia suas pernas molhadas mais a dor se tornava cada vez mais profunda.

Jongin tentou correr até o mesmo, porém imediatamente JunMyeon se pós na sua frente lhe apontando a arma.

 

-Sabe qual é um dos meus maiores desejo, primo?- Indagou com deboche  em chama-lo.

 

O grito de Kyungsoo novamente preencher o local e isso fazia Jongin se desesperar.

 

-Por favor, JunMyeon, eu preciso ajuda-lo!

 

-EU FIZ UMA PERGUNTA!

Antes mesmo que o maior pudesse ajeita o gatilho sentiu seu corpo ser chutado com força fazendo sua arma cair, quando tentou se levantar totalmente irritado, sentiu seu pescoço sendo apertado com força por Sehun que agora estava encima de si o praticamente o esganando.

 

-Ninguém se importa para o que você fala, filha da puta. –Disse Sehun começando uma serie de socos no tal. –Isso é por Luhan.

Jongin se jogou perto de Kyungsoo que respirava já com dificuldade, sentiu sua mão molhada e quando viu havia sangue nela começou a tremer com o nervosismo, viu que o mesmo chorava e chiava baixo pela dor, limpou o suor do rosto dele. Um soluço ficou preso em sua garganta enquanto o observava, não queria chorar, tudo ficaria bem, não é? O salvaria.

 

-Kyungsoo, vai ficar tudo bem- Disse tentando o pegar no colo com dificuldades- Sehun, me ajuda! Precisamos leva-lo até o hospital.

 

~*~

A cada segundo luzes fortes apareciam, parecia que corria deitado desse jeito. Irônico.

Seu corpo inteiro doía, exclamava pela dor e chorava ao mesmo tempo. Não recordava de como estava naquela maca, não recordava de tinha apagado, mas se lembrava de Jongin o incentivando a não fechar os olhos e como suas lágrimas caiam em seu rosto. Ele parecia tão frágil na sua frente. Queria abraça-lo, queria dizer tudo ficaria bem, queria dizer que sabia que seria um menino, queria dizer que o amava.

Os médicos gritavam alguma coisa, mas tudo tornava-se um grande mudo para si. Ao deitar no que seria a sala de cirurgia, observava aquela luz mais forte que qualquer outra. Uma das enfermeiras começou a lhe injetar algo que o fez chorar ainda mais, talvez fosse por ver que estava sujo de sangue. Não queria perde a criança, queria tê-la em seus braços e beija-la ao lado de Jongin.

Queria ser feliz ao lado deles.

Pode ouvir o medico dizendo para acalmar, mas por que dentro de seu coração parecia haver uma tempestade violenta cheia de raios.

 

-Jongin... – O chamou enquanto lentamente fechava os olhos.

 

~*~

Continua

 

 

 

 


Notas Finais


Foi um sacrificio para postar esse capitulo, um bando gente vinha e atrapalhava. Bom, ha cinco dias foi meu aniversário, e nesse dia tive várias ideias de fic. Logo ela vai estrear.

✦INSTA: @miihamarall
✦TUMBLR: wtfprada.tumblr.com
✦BLOG: http://teoremasit.blogspot.com.br/

Mas então? O que acharam? Eu espero, mesmo, que tenham gostado. Esse já é o penúltimo capitulo então deixem vários comentários.
XOXO.


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