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História Arcano (Jeon Jungkook - BTS) - Dívida hereditária


Escrita por: xpeachy

Notas do Autor


Oioi, amores!! Como vocês estão?
Espero que gostem e boa leitura! ♥️♥️♥️

Capítulo 11 - Dívida hereditária


Antigamente eu era uma roedora de unhas assídua. Com o tempo, paciência, terapia e até hipnose, consegui controlar essa compulsão e já estava praticamente 1 ano inteirinho sem roer unhas. 

Ah, claro, isso até eu ficar no meio de traficantes Russos perigosíssimos com a porra de uma arma apontada para a minha cabeça!

Lá fora estava muito escuro e mesmo que eu tentasse escutar o que tanto eles falavam dentro da casa seria impossível entender alguma coisa. Minha unha do dedo indicador direito, que antes estava belíssima em um tamanho médio e pintada com um esmalte nude, agora só estava o cotoco.

Finalmente a porta da frente se abriu e eu olhei esperançosa naquela direção esperando Jungkook sair. Mas só aqueles homens passaram pela porta. Eu estava sentada na fonte desativada e me encolhi quando eles vieram na minha direção, Dimitri estava no meio deles e pediu para que os brutamontes parassem e apenas ele se aproximou. Ele era um homem muito magro e alto, seus olhos eram tão azuis que mais pareciam gelo cristalizado e os cabelos pretos e ralos.

— Olá — ele disse em inglês — Qual o seu nome, ptichka? —  seu sotaque forte era perceptível.

— _____ Sanchéz — respondi com a voz trêmula.

—  Lindo nome para uma linda moça — Dimitri sorriu, ele tinha alguns dentes de ouro. Que coisa mais brega — Sou Dimitri Kovalevskiy — ele pegou minha mão e a levou aos lábios gelados, deixando um selar quase imperceptível. 

— Onde ele está? — disse tentando manter a minha voz agora mais firme — O Jungkook.

— Chernyy drakon? — ele me perguntou em russo e eu franzi a sobrancelhas — Dragão negro. Esse é o nome que chamamos o seu Jungkook por aqui. Chernyy drakon.

— Cadê ele? — disse pausadamente mais uma vez, agora me levantando e ficando de frente para ele, olhando diretamente para seus olhos sinistros.

Dimitri estalou sua língua e sorriu para os seus brutamontes, como se eu me impor daquela forma fosse algum tipo de piada entre eles.

— Eu gostei de você, ptichka. Considere-se sortuda — ele me chamou por esse nome novamente, o qual eu não fazia ideia do que significava — Ele está la dentro, vá ajuda-lo.

Ele me deu as costas e foi até o carro, junto com os outros. Não perdi tempo e corri para dentro da casa chamando por Jungkook, o procurando com os olhos pela sala. Escutei um gemido de dor vindo atrás do sofá e corri até lá, encontrando Jungkook estirado no chão gemendo de dor. Eu levei a mão até os lábios sentindo meus olhos encherem d'água, me ajoelhei ao seu lado e coloquei minha mão nos seus cabelos. Ele estava péssimo, seu rosto estava bem ensanguentado e ele parecia sentir dores no corpo. 

— _______? — ele disse logo após me ver. 

— Por Deus, Jungkook! O que fizeram com você? — coloquei sua cabeça no meu colo.

— Ah... eles não lidam bem com surpresas — Jungkook, mesmo com dificuldade sorriu, sujando seus dentes brancos com o sangue que saía do seu nariz.

Eu o ajudei a se levantar e com muito esforço o sentei no sofá. 

— Aqueles filhos da puta me chutaram como uma bola de futebol — ele gemeu de dor novamente e colocou as mãos nas costas. Eu levantei a sua camisa nesse mesmo lugar, vendo hematomas enormes de cor arroxeada que se formavam na sua pele — Mas acredite em mim, alguns pontapés não são nada perto do que eles são capazes de fazer, ______.

— M-merda, Jungkook. O seu nariz está torto... — comentei apavorada olhando para seu rosto.

Jungkook, que antes não parecia ter notado, levou a mão até o nariz e o tocou, soltando um urro de dor. Segurei no seu rosto para olhar mais de perto, descobrindo o por quê do seu nariz sangrar tanto daquela forma.

— Acho que eles quebraram o seu nariz, temos que ir para o hospital agora!

— Não! — ele disse rapidamente — Isso pode levantar suspeitas... vamos apenas voltar para a pousada, eu dou um jeito — ele se levantou com dificuldade e eu coloquei um de seus braços em volta do meu ombro para dar um tipo de suporte.

— Você tem certeza? 

— Sim — ele disse firme — Pode pegar aquelas duas mochilas para mim?

Jungkook apontou para duas mochilas pretas em cima da mesa. Deixei ele apoiado no sofá e peguei as mochilas colocando ambas no mesmo ombro.

— Você está com o seu celular? Eu esqueci o meu.

Ele assentiu e tirou do bolso o celular, me entregando. Abri o aplicativo e pedi um Uber colocando a nossa localização por GPS, já que eu não fazia ideia de onde nós estávamos.

— Fique com a cabeça abaixada — disse para ele após guardar seu celular no bolso do meu casaco — Se ficar com a cabeça para o alto, o sangue pode te sufocar.

— Certo, doutora — ele murmurou e fez o que eu disse.

Demorou um pouco até o uber chegar, já que ele tinha vindo de uma cidade vizinha para nos buscar. Por sorte o motorista não teve a curiosidade de perguntar o motivo de Jungkook estar todo machucado, ou o que nós fazíamos em uma casa abandonada no meio do nada.

Já era madrugada quando nós chegamos na pousada. Com muita dificuldade, ajudei Jungkook a subir todos aqueles lances de escada do lugar até chegar no seu quarto, sempre tentando ser o mais silenciosos o possível.

— Cadê o Hobi? — perguntei logo após entrarmos no quarto e o achar vazio.

— Ele conheceu uma garota irlandesa e foi dormir fora — Jungkook foi até uma das camas, se sentando. Ele retirou seu moletom que estava sujo por conta do sangue e eu vi que os roxos na sua pele não se restringiam apenas as suas costas.

— O Hobi não tem jeito mesmo — murmurei e me sentei ao lado dele — O que vamos fazer com o seu nariz?

Jungkook fez uma careta de dor e levou o dedo até seu nariz, encostando apenas a ponta.

 — Você acha que consegue coloca-lo no lugar? — eu arregalei os olhos — Por favor...se for para eu fazer não vou conseguir.

— M-mas eu não sou médica nem nada do tipo. E se eu arrancar o seu nariz fora? — falei, assustada.

Jungkook deu uma risada e logo gemeu de dor por conta do esforço.

— Você vai só colocar o osso no lugar, é simples... e eu só confio em você para fazer isso —  ele olhou para mim — Por favor, gatinha.

— Tudo bem —  suspirei — É melhor a gente ir para o banheiro, não podemos sujar o quarto com sangue ou a moça da limpeza vai achar que nós matamos alguém aqui.

O ajudei ir até o banheiro e fui para a pia, começando a lavar as minhas mãos tremulas como se fosse fazer uma rinoplastia em Jungkook. Olhei para ele refletido pelo espelho do banheiro e o vi desabotoar suas calças. Me virei para ele e ergui uma sobrancelha.

— O que está fazendo aí? 

— Eu não quero sujar a minha calça de sangue — ele disse um pouco envergonhado — Pode me dar uma mão aqui? 

Respirei fundo e fui até ele. Coloquei minhas mãos no cós da sua calça e fui descendo, tive que ficar de joelhos na sua frente para facilitar o processo. 

Quando retirei totalmente a sua calça e a joguei para o lado pude finalmente olhar ele melhor. Suas coxas fortes também tinham marcas arroxeadas, porém bem menos fortes do que as das costas. Ele usava uma cueca boxer cinza escuro que se acomodava perfeitamente no seu belo corpo, era impossível não notar o volume natural que tinha. Um belo volume.

— O que foi? Quer ver alguma coisa? — Jungkook riu e fez com que eu o olhasse, levantando levemente o meu queixo para cima, em sua direção. Dei uma risada baixa, balançando a minha cabeça negativamente — Vem cá.

Ele me ajudou a levantar e ficamos frente a frente.

— Entra na banheira, vai ser mais fácil a gente limpar depois — eu disse.

Jungkook fez o que eu disse sem contestar, entrando na banheira vazia e se sentando na mesma. Me ajoelhei ao lado da banheira, e quando levava as minhas mãos para o seu rosto ele as segurou, me impedindo. 

— Entra comigo, se você ficar assim de lado vai ser mais difícil.

Ele estava certo. Me levantei e comecei a tirar o meu sobretudo, deixando-o em cima da pia e entrei também na banheira ficando de joelhos entre as suas pernas.

— Quer algo para morder? — disse baixo e ele fez que não com a cabeça.

— Não... pode ir — respirou fundo. 

Peguei suas duas mãos e as posicionei bem em cima daquele osso do quadril. Ele me olhou confuso, porém manteve suas mãos lá.

— Pode me apertar se sentir dor.

— Não quero te machucar — ele passou a língua nos seus lábios secos e me olhou de baixo.

— Você não vai me machucar — o tranquilizei — Agora feche os olhos e... tente ficar relaxado.

Jungkook riu e eu o olhei sem entender.

— Como você quer que eu feche os olhos com uma visão dessas na minha frente? — ele disse apontando com os olhos o "decote" que havia se formado no meu pijama por estar com dois botões abertos, os quais eu nem havia me dado conta — Coloca-los assim tão próximo da minha boca e eu não poder fazer nada é covardia... — Jungkook tirou suas mãos do meu quadril e as levou até os botões da camisa do meu pijama, os abotoando em seguida — Agora sim eu posso fechar os meus olhos sem ficar com pesar em pensar estar perdendo algo — ele retornou as mãos para o meu quadril e piscou.

— Você é uma piada — dei uma risada vendo ele sorrir para mim. Como ele conseguia ficar bonito mesmo com o nariz torto daquela forma? — Agora fique quieto.

Minhas mãos estavam tremendo, mas mesmo assim as levei até o seu rosto. Uma delas eu posicionei no seu maxilar e com a outra eu toquei o seu nariz, na mesma hora Jungkook gemeu de dor apenas com um toque suave como aquele. Me perguntei se eu realmente conseguiria fazer aquilo, nos dois estávamos muito tensos.

Contei até três silenciosamente e movi o seu nariz para o lugar, escutando um estalo após conseguir. Jungkook me apertou bem forte e abriu a boca para gritar, porém não saiu nenhum som. Quando eu voltei seu nariz para o lugar, saiu bastante sangue e acabou sujando o meu pijama.

— Como você se sente...? —perguntei receosa.

— Estou um pouco tonto — ele disse e deitou a cabeça para trás, na borda da banheira  — Mas a dor diminuiu agora que o nariz está na posição correta. 

— Promete para mim que quando a gente voltar você vai procurar um médico e olhar se eu fiz isso certo.

— Prometo — ele sorriu — Obrigada — ele desceu os olhos para o meu pijama sujo — Você deveria ter tirado ele.

— Não tem problema, eu vou trocar quando ir para o quarto — dei de ombros — Mas agora que você está melhor, acho bom ir me contando. Me contando absolutamente tudo. 

Jungkook desviou o meu olhar e suspirou.

— Eu queria tomar um banho primeiro, tudo bem?

— Ok, mas quando terminar eu acho bom você abrir o bico, entendeu?

— Sim senhora — ele riu — Tire esse pijama sujo, tem algumas blusas grandes na minha mochila — Jungkook apontou para o meu pijama.

Concordei e sai do banheiro, fechando a porta atrás de mim. Procurei na sua bolsa e peguei uma blusa preta de mangas curtas, a vestindo em seguida. 

Resolvi me deitar em uma das camas e quando eu menos esterava já havia caído no sono. Acordei quando senti a cama em que eu estava afundar e alguém tocar os meus cabelos, fazendo um leve carinho. Abri os olhos e encontrei Jungkook, ele parecia ter saído do banho aquele momento, já que seus cabelos estavam molhados, porém ele já estava vestido.

— Eu dormi por muito tempo? — perguntei com a voz sonolenta e me sentei.

— Foi apenas um cochilo — ele sorriu — Pode dormir se quiser, amanhã nós conversamos.

— Não! — eu disse prontamente — Você não vai fugir dessa conversa.

— Tudo bem — Jungkook suspirou — Eu nem sei por onde começar... é uma história longa.

— Comece pelo inicio — disse o óbvio.

— Bem, provavelmente você não sabe, mas eu nasci na Coreia. Minha mãe é Russa, mas ela havia ido para a Coreia quando era bem jovem e conseguiu um emprego de doméstica na casa dos Kim's.

— Na casa dos pais do Taehyung? — perguntei.

— Sim — ele respondeu — O meu pai trabalhava a anos como motorista da família, ele conheceu a minha mãe e um tempo depois eles se casaram e eu nasci — Jungkook sorriu — Foi assim que eu virei amigo do Taehyung, nós praticamente crescemos juntos naquela casa — sua expressão foi se fechando — Mas algo aconteceu e o meu pai resolveu se mudar as pressas da Coreia, foi muito difícil para mim ter que sair do lugar que eu passei toda a minha vida, mas eu resolvi não contestar o meu pai.

— Onde seus pais estão? — o cortei.

— Calma, mi carinõ...eu vou chegar lá —  ele umedeceu os lábios — A gente se mudou para a Rússia, na cidade natal da minha mãe. Foi muito difícil de me acostumar, as pessoas eram muito estranhas, o clima era frio demais...no inicio foi horrível. Mas o meu pai estava disposto a ficar lá, voltar para a Coreia estava fora de cogitação naquele momento. Com o tempo o meu pai começou a ficar estranho, ele tratava a minha mãe mal, dizia coisas horríveis a ela — Jungkook respirou fundo — Ele começou a fazer dívidas com pessoas perigosas, se viciar em jogos, apostas... nós estávamos prestes a perder a nossa casa e eu só tinha 10 anos naquela época. E tudo piorou quando minha mãe o achou enforcado, pendurado por uma corda no pescoço bem no porão da nossa casa.

Levei minhas mãos até os lábios, horrorizada.

— E-eu sinto muito — eu disse, olhando nos seus olhos que já se enchiam d'água.

— Tudo bem, já passou —  ele secou os seus olhos com a barra da camisa — No dia do enterro dele, quando eu voltava sozinho do cemitério para tentar pensar em tudo o que tinha acontecido, um homem parou o carro ao meu lado e pediu que eu entrasse. Minha mãe sempre dizia que era perigoso conversar com um desconhecido, então eu o ignorei e continuei andando. Mas saiu um outro homem desse carro, um homem bem grande... eu era só um garoto de 10 anos, então foi fácil para ele me arrastar até o carro contra a minha vontade.

— Isso é horrível —  disse com os meus olhos marejados.

— Eles colocaram uma espécie de saco na minha cabeça e me levaram para um galpão abandonado. Eu gritava para eles me deixarem ir, chorava, mas isso não parecia surgir nenhum efeito neles, achei que ia morrer — Jungkook desviou o meu olhar — Foi quando o Dimitri apareceu, todos ali o respeitavam então eu deduzi que ele fosse o chefe. Ele me contou sobre as dívidas que o meu pai havia feito com ele, e que agora que ele estava morto eram minhas dívidas —  Jungkook fez uma pausa — O Dimitri disse... e-ele disse que se eu não pagasse essa dívida do meu pai, ele machucaria a minha mãe.

— Ah meu Deus, Jungkook! — peguei a sua mão e entrelacei os nossos dedos, esse ato fez com que Jungkook se assustasse, mas logo ele relaxou e segurou mais forte.

 — Eu disse que não tinha dinheiro, nem eu nem a minha mãe... então ele fez uma proposta para mim, pediu para escolher entre duas coisas. Duas coisas horríveis. Eu trabalharia com ele para pagar a divida, ou eu venderia drogas para ele ou... — Jungkook olhou para as nossas mãos entrelaçadas — Eu mataria para ele. Eu nunca poderia escolher a segunda opção, então eu aceitei a primeira opção sem pensar.

— Mas você não pensou em ir a policia? — perguntei, horrorizada.

— Foi a primeira coisa que eu fiz, assim que fui liberado daquele galpão. O problema é que a policia daquela cidade era praticamente toda comprada por ele, eles me fizeram parecer louco e eu ainda levei uma surra por causa daquilo.

— E a dívida... ainda não está paga?

— Não exatamente, ele fez um espécie de contrato que me obrigaria a trabalhar para ele por 8 anos. Em teoria esse é o ultimo ano que eu vou fazer essa merda —  ele sorriu — Estou ansioso para sair dessa vida o mais rápido o possível.

— O que a sua mãe achou disso?

— Ela não sabe e nunca pode saber, seria doloroso demais descobrir que o seu único filho é um traficante...

— Mas você fez isso para proteger ela!

— Mesmo assim, eu prefiro que ela nunca descubra — ele soltou a minha mão e se levantou.

Ficamos em silêncio e eu suspirei.

— Como está a dor? — perguntei tentando mudar um pouco de assunto.

— Está melhor, eu tomei um analgésico enquanto você dormia — ele escorou as costas na parede.

— Isso é bom — eu murmurei e mordi o lábio — Jungkook... por que você me beijou na frente deles? — fiquei de pé e andei até ele, parando em sua frente.

Jungkook arregalou os olhos.

— _____, não fique brava comigo — ele disse baixinho e levou uma mão até a minha bochecha, a acariciando — Eu tive que improvisar naquela hora, fiquei com muito medo que eles fizessem algo com você — Jungkook pareceu nervoso.

— Desembucha, homem!

— E-eu disse que você era a minha namorada — eu arregalei os olhos e ele suspirou — E que estava me ajudando nas vendas dentro do colégio.

— Você o que?! Está maluco? — coloquei minhas duas mãos no seu peito e o empurrei — Como pode fazer isso?

— Eu precisei! — ele tornou a se aproximar de mim — Se eu dissesse que você estava lá apenas para bancar a Nancy Drew xeretando por aí eles teriam te matado! Acredite em mim, eu jamais me perdoaria se eles te fizessem algum mal, eu tive que improvisar!

Encostei as minhas costas na parede, ainda tentando absorver toda aquela informação.

— Diga alguma coisa — ele sussurrou.

— Eu... — suspirei e organizei minhas palavras — Está tudo bem, Jungkook — passei a mão pelos meus cabelos, os jogando para o lado — Você só fez isso para me proteger — ele concordou com a cabeça diversas vezes — E provavelmente eu nunca mais vou ver aqueles homens — dei uma risada nervosa — Eu espero. 

— Se depender de mim você não vai — ele veio até a mim, colocando uma mão encostada na parede, bem próxima a minha cabeça — Eu não vou deixar ninguém te machucar — Jungkook disse olhando nos meus olhos e se aproximou o bastante para encostar levemente seu nariz machucado no meu — Nunca. 

Ele sussurrou a ultima parte e roçou nossos lábios suavemente. Seu corpo foi colando aos poucos no meu, quando me dei conta já estava praticamente prensada por Jungkook naquela parede. Coloquei minhas mãos no seu peito e fui descendo até a sua barriga definida, contornando os gominhos com o dedo.

— O que você faria se eu te beijasse outra vez? — o moreno disse baixinho, fazendo com que seus lábios mexessem contra os meus — Hm?

Meu corpo todo se arrepiou. 

— Não sei, acho que você vai ter que me beijar para descobrir — o provoquei e vi Jungkook morder o próprio lábio. 

Dei um gritinho de surpresa quando Jungkook me suspendeu do chão, colocando minhas pernas em volta da sua cintura. Sua boca foi para o meu pescoço e começou a distribuir selares gentis naquela região sensível. 

— Não faça isso... — eu disse com a voz fraquejada e segurei seus cabelos molhados com meus dedos — Você está todo machucado, não pode fazer esforço dessa forma.

Jungkook não disse nada, apenas caminhou comigo em seu colo até a cama e se sentou. O quarto estava sendo iluminado apenas o abajur que ficava ao lado da cama, e aquela luz em tons quentes deixava toda aquela situação mais excitante ainda. 

— Você não imagina o quanto que eu te desejo — ele disse próximo ao meu ouvido. Suas mãos, que antes estavam na minha cintura desceram sorrateiramente até a minha bunda, se enfiando por baixo do tecido daquela camisa e apertando a carne ali com vontade. Suspirei ao sentir suas mãos grandes me tocarem daquela forma e não pude deixar de imaginar o que mais elas poderiam fazer —  Desde a primeira voz que eu coloquei os olhos em você — rosnou.

— É? — ele assentiu com a cabeça na mesma hora — Talvez esse sentimento seja mútuo.

— Talvez, é? — Jungkook capturou o meu lábio inferior com a sua boca e o puxou lentamente — Por que você não admite que também é louquinha por mim, hm? Da mesma forma que eu sou por você.

Sorri e me acomodei melhor no seu colo, fazendo Jungkook arfar baixinho. 

— Se você tem tanta certeza disso, me faça admitir então... — mordi de leve o lóbulo da sua orelha que continha algumas argolas — Jungkookie.

Isso foi como um combustível para Jungkook. Ele atacou os meus lábios com um beijo caloroso e necessitado, me apertando contra ele como se quisesse se fundir com o meu corpo. As mãos atrevidas agora não se limitavam apenas a minha bunda, elas passeavam pelo meu corpo como se quisesse o conhecer por completo. Eu estava tão quente e excitada, mal percebi quando eu estava me esfregando no seu membro duro que pulsava por dentro daquela calça de moletom.

— Ah... — gemi sofrega contra os seus lábios e coloquei mais força no seu membro. Minha calcinha já estava encharcada.

Jungkook arfava deliciosamente contra os meus lábios, e isso só fazia a minha intimidade ficar cada vez mais quente e pulsante.

— Admite, vai — ele disse manhoso e ofegante, mordendo os meus lábios com certa força — Admite pro seu Jungkook.

Eu espremi meus lábios e olhei para Jungkook fazendo ele rir.

— Que garota teimosa, o que eu vou ter que fazer para você admitir? — ele levou os dedos até a lateral da minha calcinha, próxima a parte interna da coxa. Ele contornou um dedo na costura, porém não entrou dentro da calcinha, apenas olhou para mim sorrindo — Você está fazendo uma confusão aqui em baixo... está molhada pra caralho e só pela costura eu pude perceber — ele sorriu safado e passou a língua pelos lábios — Acho que você não precisa admitir, o seu corpo já faz isso por você.

Quando Jungkook capturou novamente seus lábios nos meus, escutamos o som da tranca porta. Cortamos imediatamente o beijo e olhamos assustados a porta do quarto ser aberta com tudo. Hoseok entrou em seguida todo ofegante, fechando a porta e escorando as costas na mesma com a mão sobre o peito.

— Cara! Meu Deus, você não vai acreditar o que aconteceu! Puta que pariu, o pai dela nos flagrou e porra... eu nunca corri tanto na minha vida! O maluco tinha uma espingarda e ele disse que ia enfiar um tiro no meu... — Hoseok parou de falar quando finalmente percebeu o que estava acontecendo ali. Jungkook e eu ficamos congelados na mesma posição que estávamos antes e a cara de espanto de Hoseok logo se transformou em um sorrisinho perverso.

— Não diga nada — eu falei pausadamente saindo do colo de Jungkook, vendo o sorriso do meu amigo se aumentar mais ainda. 

— Ô coisa boa! — deu uma risadinha — O que os pombinhos estavam fazendo, hein? Safadinhos.

 


Notas Finais


KKKKKKKK HOSEOK FDP
Então, amores, eu queria pedir vocês para seguirem o meu perfil no wattpad. Vai ser meio que vai ser a minha conta reserva, se por um acaso essa aqui sumir (vocês sabem como o spirit é), eu vou continuar a postar minhas fanfics lá! ♥️
https://www.wattpad.com/user/xxpeachy1
É isso, beijinhos e até o próximo 😘


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