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História Arcano (Jeon Jungkook - BTS) - Convite inusitado


Escrita por: xpeachy

Notas do Autor


Oi, meus amores! Como vocês estão?? Espero que bem!
Voltei e dessa vez com um capítulo enorme pra compensar esse tempo IRRUU! Pra falar a verdade, é um capítulo bem monótono, ainda não entendi porque ele ficou tãao grande, sou muito exagerada demais, cruzes KKKKKKK
Eu espero de coração que vocês gostem e me perdoem por qualquer erro ou incoerência, tô meio sonolenta mas queria postar o capítulo de qualquer forma hoje! Amanhã eu dou uma revisada nele 🥺💜
Boa leitura, amo vocês!

Capítulo 32 - Convite inusitado


Exatamente uma semana havia se passado após o ocorrido naquela fatídica noite. Devo confessar que fui atormentada por pesadelos durante dias seguidos, que só me deixavam em paz quando Jungkook estava ao meu lado. Apenas o calor do corpo do meu namorado colado ao meu, e o som da sua respiração suave próximo a minha orelha conseguiam me reconfortar e me trazer alguma segurança. Por essa razão, ele esteve dormindo comigo desde então, se desdobrando para que meus pais não descobrissem o inquilino sorrateiro pulador de janelas que habitava o quarto de sua filha todas as noites.

Por conta de recomendações dadas por Jin, Jungkook e eu resolvemos evitar manter contato em público por esses dias, até então apenas para fazer um teste. Se a pessoa que queria me matar tivesse como motivação uma vingança contra Jungkook, ela perderia o tempo se ele demonstrasse que não tinha mais interesse por mim. Ao menos isso parecia fazer sentido na cabeça do Jin.

Claro que Jungkook achou tudo aquilo um absurdo, afinal, ele estava certo de que Lola poderia estar por trás de tudo, mas mesmo assim concordou relutantemente depois de muita insistência da parte do Kim. Para falar a verdade, eu também concordava que isso era uma perda de tempo, e também tinha quase que 100% de certeza que a Lola poderia estar por trás de tudo, mas enquanto não tivéssemos alguma prova concreta, tudo aquilo não passaria de apenas suposições.

Jungkook sorriu de lado e me jogou um beijo assim que seus pés tocaram no chão de concreto da rua e eu mordi os lábios, reprimindo um sorriso bobo e apaixonado. Olhei novamente ao redor para ter certeza que nenhum vizinho fofoqueiro me entregaria novamente e devolvi o beijo para Jungkook, que o "agarrou" no ar antes da dar as costas e ir até o próximo quarteirão onde ele sempre deixava a sua moto. 

Ele saía da minha casa direto para uma cafeteria, onde ele tomava o seu café e depois ia para o colégio. Eu sabia que era uma rotina cansativa, mas Jungkook fazia questão de estar comigo todas as noites, e assim como eu, ele dizia que depois de tudo ele só conseguiria dormir em paz se eu estivesse nos seus braços.

Após vestir o meu uniforme, desci as escadas de casa e joguei a minha bolsa no sofá antes de entrar na cozinha.  Murmurei um bom dia sonolento para os meus pais e me sentei na mesa, servindo os flocos de milho e o leite para tomar o café da manhã.

— Hm, querida... será que não é melhor a gente chamar a polícia? — meu pai, medroso como sempre, bisbilhotava o outro lado rua por uma minúscula fresta da cortina de renda da cozinha enquanto carregava uma xícara cheia de café nas mãos.

Eram 06:00 da manhã, o dia mal havia começado e eles já estavam lá. Na verdade, acho que nunca nem saíram dali, quando queriam eram tão sorrateiros que nem os vi quando esperei Jungkook pular a janela.

— Não seja exagerado, querido — minha mãe respondeu com pouco interesse enquanto mantinha os olhos focados na tela do seu celular — São só jovens conversando, nada demais.

— O que? Jovens?! Um deles tem mais entradas no cabelo do que eu! — o mais velho apontou para a sua cabeça, indignado e retorceu os lábios — _____, venha aqui confirmar que o seu pai não está louco.

Enfiei uma colherada cheia de cereal na boca e me levantei ficando ao seu lado. Olhei para fora e os vi parados do outro lado da rua enquanto fumavam e conversavam casualmente.

— A mamãe está certa, são só jovens conversando — menti, dando de ombros e voltando para o meu lugar na mesa.

Meu pai me olhou com as sobrancelhas levantadas e colocou a mão livre sobre a cintura.

— Até parece, jovens... eu sou mais jovem que eles... — ele murmurou, me fazendo rir.

— Querido, pare de se intrometer na vida dos outros e venha comer o seu mingau antes que esfrie — minha mãe o olhou e o mesmo suspirou, voltando a se sentar na mesa e a obedecendo.

— Ah... alguém já colocou o lixo para fora? Se eu não me engano, hoje é o dia da coleta — eu disse, já com um objetivo em mente.

— Bem lembrado, pode fazer isso por mim, filha? — minha mãe perguntou e eu mais que rapidamente acenei positivamente a minha cabeça.

— Claro!— sorri.

Terminei o meu cereal em tempo recorde e recolhi o lixo antes de vestir meu casaco e sair de casa. Após colocar cada lixo em sua devida lixeira, atravessei a rua com as mãos dentro do bolso do meu casaco e parei na frente dos dois homens, que me olharam com tédio.

— Vocês poderiam tentar ser menos mal-encarados, né? — eu disse, enquanto olhava para os lados sondando para ter certeza que a rua estava mesmo vazia.

— Não somos mal encarados — um ralhou e eu levantei uma sobrancelha — Você é mal encarada.

Fiz uma careta.

— Argh, que seja! — disse sem paciência — Só tentem ser mais discretos, meu pai já está querendo chamar a polícia com medo de que vocês dois sejam ladrões.

Um riu e olhou para o outro.

— Podemos ser mais discretos se você nos trazer mais um maço de cigarro, ptichka — um deles disse e jogou a fumaça fedorenta conta o meu rosto, me fazendo tossir. 

— Dois — o outro completou.

— Tá... mas é a última vez, ok? — balancei o meu braço para afastar a fumaça e tossi outra vez — E sejam discretos, caralho que espécie de segurança vocês são?

— Não somos seguranças, somos mercenários — o mais alto, que possuía cabelos tão loiros que quase chegavam em um tom platinado reforçou.

— Até parece... — soltei uma risada soprada — Querem uma marca diferente ou continuam com aquela mesma que é o olho da cara?

— A mesma que é o olho da cara! — responderam juntos. 

Os dois homens, que eu carinhosamente tinha apelidado como Castor e Pollux (nomes que haviam ficado na minha cabeça desde a última aula extracurricular sobre mitologia grega) após os mesmos se recusarem dizer os seus respectivos nomes, estavam me acompanhando desde o ocorrido. Eles ficavam nos arredores da minha casa e também do colégio enquanto eu estava em aula. Jungkook os conhecia e dizia que apesar de tudo eram pessoas "boas" e que eu poderia ficar tranquila, então isso acabou me deixando um pouco mais confortável na presença dos dois e até criando uma estranha "amizade" com eles.

— Canalhas — resmunguei — Preciso ir agora, depois das aulas eu compro os maços de cigarro... sejam discretos!

— Sim, senhora! — um deles caçoou e eu revirei os olhos.

(...)

Deixei a sala de aula sentindo os meus músculos tensos após finalmente terminar a última prova do ano, e fui andando com passos lentos até o meu armário. Assim que abri a pequena porta de metal, tirei de dentro uma cartela de relaxantes musculares e joguei na minha boca, fazendo um esforço para engolir o comprimido sem água mesmo. Meu corpo ainda estava um pouco dolorido após a perseguição, e aquelas carteiras duras do colégio não ajudavam nenhum pouco a minha situação.

Por sorte, o próximo jogo de lacrosse havia sido adiado para o início do próximo ano, então os treinos haviam sido suspensos por hora. Eu agradeci aos céus por isso, sabia bem que se eu jogasse com o meu corpo nessas condições, não ia conseguir dar o meu melhor e acabaria passando vergonha com o olheiro de Oxford e perderia a oportunidade de conseguir uma bolsa.

— Boo! — dei um pulinho de susto quando senti a minha cintura ser cutucada e me virei brava para pode encontrar Meredith parada na minha frente com cara de criança atentada. Seus olhos estavam mais brilhantes que o normal e ela mal conseguia disfarçar o sorriso no canto dos lábios — Você se assusta com muita facilidade, parece até que está sempre fazendo coisa errada.

Olha só, acertou na mosca!

— Meri! — exclamei ao colocar a mão no meu peito fazendo a minha amiga rir — Que animação toda é essa? Por acaso foi bem na prova?

— O que? — ela sorriu mais ainda — Claro que não, eu fui péssima!

Levantei uma sobrancelha e fechei o meu armário antes de voltar a encarar a minha amiga com uma expressão desconfiada.

— Parabéns...? — ri soprado — Anda, Meri, pode ir abrindo o bico.  O que aconteceu?

Ela soltou uma risada e entrelaçou nossos braços enquanto começamos a andar sem pressa pelo corredor em direção do refeitório do colégio. Meredith olhou desconfiada para os lados e esperou que a gente passasse por um grupo de garotos para finalmente falar algo.

— A Yeri... bom, a gente conversou e, caramba, foi incrível — suspirou — Esse tempo foi bom para que ela pudesse pensar com calma e... ela admitiu que está apaixonada por mim! Você tem noção disso?

— Tá brincando! — falei um pouco mais alto do que eu esperava e logo coloquei a mão sobre a boca para evitar chamar atenção, afinal, sabia que as paredes e até os armários daquela escola tinham ouvidos — Pra falar a verdade, eu meio que estou fingindo surpresa, porque tava na cara que a Yeri está doidinha por você!

— Deixa de ser boba — Meredith sorriu envergonhada e passou uma mecha do cabelo para trás da orelha — Não estava tão na cara assim não, e... AH! — ela exclamou de forma repentina — Ela me chamou para passar o Natal com a família dela onde vai me apresentar oficialmente para os seus pais!

Paramos de caminhar e eu me virei para encarar a minha amiga.

— Meu. Deus — um sorriso largo escapou dos meus lábios — Meri, você tem noção de que os pais da Yeri são extremamente conservadores? Se ela está disposta a enfrenta-los e te assumir, ela realmente está muito apaixonada por você.

O sorriso da minha amiga murchou parcialmente.

— Merda, eu não tinha pensando muito bem por esse lado... acha que a reação deles pode ser muito ruim? — perguntou um pouco desanimada — A última coisa que eu quero é prejudicar a Yeri.

— Não importa a reação, eles tem que aceitar. Se amam a Yeri de verdade, devem aceitá-la do jeito que ela é e se sentirem gratos pela felicidade da filha.

Meredith deu de ombros.

— Queria que todos os pais fossem como o meu, o mundo seria bem mais compreensivo nesse quesito.

— Isso é verdade, o seu pai é um homem incrível e criou uma filha incrível! Não é atoa que eu sou fã de tudo o que ele faz — pisquei.

— Ei, pode parar de puxar o meu saco, não vou te apresentar para o meu pai — ela brincou me dando um leve empurrão com o ombro e eu mostrei a língua — Mas e você e seu namorado e-boy? Por que eu não tenho visto os dois pombinhos juntos mais, hein? Você nem se sentou com ele durante essa semana — Meri perguntou desconfiada — Problemas no paraíso?

Ponderei por um momento. Não sabia bem o que responder, estive aliviada esses dias por Meredith não ter notado a distância entre Jungkook e eu, então nem pensei muito para arquitetar uma boa desculpa que convencesse a minha amiga.

— Hã... — tentei parecer um pouco alheia enquanto inventava uma desculpa menos óbvia do que simplesmente dizer que nós terminamos. Jin me pagaria por fazer com que eu gastasse os meus dois últimos neurônios restantes após as provas para inventar uma desculpa dessas — Sobre isso, eu...

— ... porra, ainda bem que não tinha nenhum cachorro, se não eu ia tá ferrado, tô falando sério... mas foi assim que eu consegui uma passagem na polícia por invasão de propriedade privada, e... ah, oi para vocês duas!  — escutei a voz do Hoseok e nos viramos, encontrando o nosso amigo junto com Jungkook ao lado. O mesmo trocou olhares discretos comigo e abaixou a cabeça em seguida. Suspirei. Eu tinha acabado de vê-lo pela manhã, mas o que eu mais queria naquele momento era pular nos seus braços e sentir seu perfume cítrico e refrescante — Estava aqui contando para o Jungkook daquela vez em que cheguei bêbado da festa e invadi a casa daquele desembargador sem querer achando que era a casa da minha avó — ele sorriu.

Salva pelo gongo! Ou não.

—  Nem me lembre disso, a Yeri me ligou desesperada dizendo que você havia sido preso — soltei uma risada soprada — Seu encrenqueiro.

— Mas não foi uma experiência ruim, depois disso choveu garotas na minha horta — piscou —Elas gostam de um bad boy, sabe como é.

— Um bad boy que apanhou do papai logo que chegou em casa — Meredith riu e Hoseok arregalou os olhos — O que foi? As noticias correram rápido aquele dia.

— Bando de fofoqueiros — Hobi resmungou.

Dei uma risada e reparei pelo canto dos olhos que Jungkook tinha se afastado um pouco e estava com as costas coladas contra um dos armários. Ele tinha as duas mãos dentro do bolso da calça e tentava olhar para todos os pontos do corredor para evitar deixar com que o seu olhar caísse sobre mim.

Mordi meus lábios quando senti uma imensa vontade de rir. Ele era péssimo tentando fingir que não ligava para a minha presença ali, sua atuação era quase caricata como em um filme ruim de comédia dos anos 80. 

Acabei deixando um sorriso de canto escapar quando Jungkook percebeu que eu o olhava. Ele tentou parecer indiferente, mas a única coisa que conseguiu foi abaixar a cabeça para disfarçar o sorriso enquanto pegava o celular no seu bolso para digitar algo e logo senti meu celular vibrar.

Antes que eu pudesse pegá-lo para ler a mensagem do Jungkook, Hoseok entrou na minha frente com uma carinha desconfiada. Ele cruzou os braços e com os olhos estreitados, alternou o olhar afiado entre Jungkook e eu.

— Tudo bem... isso aqui tá bem estranho — franziu a testa — Já perguntei o Jungkook e ele não quis me responder, mas você eu já sei que é fofoqueira e vai falar. Porque vocês dois estão esquisitões assim?

— Olha só, mas que coincidência! Eu estava perguntando a mesma coisa antes de vocês chegarem —Meri disse.

Arregalei os olhos e limpei a garganta enquanto pensava no que responderia. Por que de repente a gravata do uniforme pareceu ficar tão apertada? Maldito Jin, maldito Jin!

— Espera, isso é um daqueles métodos de esquentar o relacionamento? Tipo, você fica longe da pessoa por um tempo e quando vocês finalmente voltam a ficar juntos faltam botar fogo na cama? — Meredith ponderou.

Franzi a testa.

— O que? De onde você tirou isso? Foi bem específico, Meri! — eu aproveitei o seu momento de distração.

— Para com isso sua boba, eu vi isso em um dos filmes do meu pai — ela riu.

— Oh! É aquele em que ele é um co-piloto de avião e se apaixona por uma aeromoça? — Hobi  perguntou, euforico.

— Esse mesmo! É horrível, quase acabou com a carreira do meu pai, a gente nem toca no nome dele lá em casa, virou até lenda urbana.

— "Trem de Pouso do Amor", é definitivamente o classico dos classicos! — Hoseok disse — Melhor do que aquele em que o seu pai é um agente secreto, isso já saturou a muito tempo.

— Que mentira, é um dos melhores da carreira dele! Como você acha que ele ganhou aquele Oscar, hum? 

Hoseok revirou os olhos.

— É só mais uma cópia mal feita dos filmes do James Bond só que recheada de dramas desnecessários. Onde estavam todas as explosões e mulheres bonitas, hm?

— Ora seu... você não é um cinéfilo de verdade! Seu filme favorito é Ace Ventura você não pode opinar — Meredith respondeu Hoseok sem paciência.

— Qual o problema com Ace Ventura? O Jim Carrey é engraçado! — Hoseok protestou.

— Que seja! — dei uma risada e isso acabou atraindo a atenção da minha amiga — Espera, acho que nos perdemos um pouco, Hobi — Meri disse, fazendo o meu sorriso sumir completamente — Você estava falando sobre o que está rolando entre os dois, pode continuar.

Pragueijei mentalmente. Eu esperava que a discussão entre a Meri e o Hobi fosse um pouquinho mais longa como normalmente era.

— Hm, é meio... óbvio, né? —  disse meio incerta e olhei para Jungkook, que ainda tentava disfarçar fingindo estar alheio a tudo aquilo, o que me deu mais uma vez vontade de rir — A gente meio que terminou?

Jungkook lançou um olhar rápido para mim e pude ver a sua testa franzir enquanto ele cruzava os braços.

— O que?! Meio que terminou? Tá brincando, isso não é nem possível! —  Hobi levantou uma sobrancelha, desconfiado e se aproximou de mim, colocando o braço ao redor dos meus ombros — Ei, Jungkook! — chamou a atenção do meu namorado que lançou um olhar "desinteressado" na nossa direção. O meu amigo passou os braços ao meu redor e quase me sufocou com um abraço apertado e desajeitado — Tô abraçando a sua mina, vai fazer o que?

Jungkook ficou sério, mas não disse nada, só deu de ombros e direcionou o olhar para um dos armários.

Meredith riu e balançou negativamente com a cabeça.

— Hoseok, Hoseok... você vai acabar apanhando — ela alertou em tom de brincadeira.

— Vou nada! Se a _____ está solteira, então não tem problema nenhum a gente dar uns beijinhos na brotheragem, não é? — sua pergunta foi direcionada a Jungkook. 

— Eu não me importo — Jungkook ralhou, mas eu pude ver a sua voz dar uma leve fraquejada.

Não tive nem tempo de falar alguma coisa, Hoseok atacou a minha bochecha com um beijo estilo desentupidor de pia que fez com que eu curvasse o meu corpo para trás enquanto tentava o afastar entre gargalhadas.

— H-hobi, saí! Você está babando a minha bochecha — eu disse tentando recuperar o meu fôlego entre as risadas.

— Pare com isso — Jungkook falou em tom de voz sério e puxou Hoseok para trás pela mochila, fazendo com que ele se afastasse a força de mim — Vamos embora logo, eu estou com fome.

Limpei a minha bochecha com as costas da mão e troquei olhares com Jungkook. Ele parecia estar realmente com ciúmes do Hoseok, estava sério e sua mandíbula travada e tensa. 

— Que isso cara, não precisa ficar com ciúmes, tem um beijinho pra você também, bem cá seu russo safado — Hoseok fez um biquinho e segurou o rosto do Jungkook, que jogou a cabeça para trás, enquanto o nosso amigo tentava lançar mais um de seus beijos desentupidor de pia na bochecha do meu namorado.

— Para de ser carente, caralho —Jungkook resmungou enquanto ainda tentava afastar Hoseok.

— Essa é a minha deixa! — Meredith se manifestou entre risadas e voltou a entrelaçar os nossos braços — Estou sentindo que vou ser a próxima vítima do Hoseok e não quero passar por esse trauma na minha vida — ela disse um pouco mais alto propositalmente para Hoseok escutar.

Jungkook conseguiu se livrar de Hoseok mas não saiu ileso, já que assim como eu, precisou limpar o rastro de saliva deixada por Hoseok na sua bochecha com cara de nojo. Dei uma risada vendo aquela cena hilária. 

— Não fica felizinha assim não, eu vou te pegar na próxima, Meredith — Hoseok disse fazendo biquinho para mandar um beijo para a minha amiga.

— Deus me livre e guarde!

Tirei o celular do bolso interno do meu blazer enquanto nós duas fazíamos o caminho para o refeitório e abri a mensagem do Jungkook.

"Vamos para a minha casa esse final de semana? Estou louco de saudades de você"

Mordi o lábio e digitei uma resposta.

"Mas já? Acabamos de nos ver, Jungkookie" o provoquei.

Não demorou nem um minuto para ele responder.

"Aah, gatinha, quero passar o final de semana todo agarrado em você para compensar essa semana. A gente teve tão pouco tempo para conversar, namorar... sempre estávamos cansados demais durante a noite depois de estudar para as provas. Quero te dar atenção de verdade"

Ele estava certo. Apesar de estarmos dormindo juntos todos aqueles dias, tivemos poucas interações, praticamente não tínhamos tempo.

"Vou falar para o meu pai que vou passar o final semana com a Meri ;)" 

Voltei a guardar o celular no bolso quando chegamos ao refeitório e eu nem conseguia mais disfarçar o meu sorriso ou aquietar a ansiedade para o fim das aulas que tomou conta do meu corpo.

(...)

Acabei ficando uma hora a mais depois das aulas com o meu pai no colégio. O recesso de Natal estava próximo com o fim das provas, então ele sempre ficava ainda mais atolado, pois o prazo de entrega das notas eram muito mais curtos do que normalmente eram nessa época do ano, então eu sempre o ajudava.

— Muito obrigado, mi carinõ, conseguimos adiantar muita coisa — ele me deu um beijo na testa — Até domingo vou ter tudo pronto! Dessa vez não vou ouvir sermão do diretor — ele riu.

— Sabe eu não é nenhum sacrifício para mim, papá — sorri.

Ele bagunçou meus cabelos e saímos da escola em direção ao estacionamento. O mais velho franziu a testa e passou os olhos pelo lugar a procura de alguma coisa.

— Onde está o carro da Meredith? — colocou as mãos na cintura — Você disse que ela estaria te esperando aqui.

— N-não se preocupe, ela já está chegando! Pode ir tranquilo — sorri amarelo.

— Não quer que eu te deixe na casa dela?

— Não precisa, ela já me mandou mensagem aqui dizendo que está a caminho!

— Tudo bem... juizo, ok?

Concordei com a cabeça e acenei para o meu pai enquanto ele entrava em seu carro.

O meu plano era esperar o meu pai sair e pegar um táxi para a casa do Jungkook. Provavelmente Castor e Pollux já estavam avisados de que eu não iria para casa aquele dia e estavam por aí de olho em mim de algum lugar que eu não pudesse os notar. Eu até pensei em ir atrás deles para conseguir uma carona, mas só de pensar naquele carro lotado de fumaça me dava uma vontade involuntária de tossir. Por Deus, como eu odiava tabaco.

Estava ligeiramente distraída e quase não percebi quando um carro preto de luxo entrou no estacionamento do colégio logo após o meu pai sair. Não estranhei, afinal, era rotineiro ter carros como aquele circulando pelo estacionamento do colégio.

Porém, me surpreendi quando o carro estacionou ao meu lado e a porta se abriu, revelando aquela figura alta e elegante que eu conhecia muito bem. Ela sorriu para mim e veio em minha direção após apertar o botão para travar o seu carro.

Ajeitei a minha postura involuntariamente e passei a mão pela parte de cima do meu cabelo para ter certeza que não tinha nenhum frizz ou fio solto da minha trança.

— Senhora Kim — sorri — Como é bom te encontrar!

— Olá, _______. A quanto tempo que não nos vemos — retribuiu o meu sorriso e me olhou de cima a baixo como sempre fazia — Parece coisa do destino você estar aqui hoje, eu precisava mesmo conversar com você.

— S-sério? — perguntei surpresa.

—Sim. Eu vim aqui resolver a questão do professor particular da Yeri, mas acho que tenho um tempinho para um café, o que acha? 

Entreabri os lábios e acenei positivamente com a cabeça. 

A senhora Kim poderia ser a minha ex-sogra, mas isso não mudava a grande admiração que eu sentia. Ela era a editora chefe da Vogue Coreana e uma mulher extremamente influente no meio jornalístico, chegando onde chegou unicamente por seu mérito, sem nenhuma ajuda ou interferência do marido. Era uma mulher extraordinária.

Nos sentamos na pequena mesa de dois lugares da cafeteria da escola e a senhora Kim pediu dois expressos. Aproveitei o momento em que ela estava fazendo os pedidos e mandei uma mensagem para o Jungkook dizendo que me atrasaria mais um pouco.

— Obrigada, querido — ela agradeceu ao atendente quando o mesmo deixou as duas xícaras de café na nossa frente — Ah, eu adoro o café daqui — sorriu para mim e eu acenei a cabeça como uma boba.

— É muito bom mesmo — concordei e dei uma bebericada na bebida quente. 

— Você está muito bem, _____ — ela disse — Achei que estaria acabada depois que o Taehyung terminou com você.

Levantei uma sobrancelha.

Então o Taehyung tinha dito a sua mãe que ele terminou comigo e não o contrário? Que panaca.

— Ah... sim! Eu estou muito bem, às vezes tudo o que precisamos é apenas da sua própria companhia.

— Eu concordo — ela bebeu o seu café — Vejo muito de mim em você quando eu era jovem, _____. Por isso gosto tanto de você.

— Obrigada — dei um sorriso sem graça que foi retribuído pela mais velha.

— Eu tenho uma proposta para te fazer — ela começou — Como você já foi várias vezes na nossa festa beneficente de Natal, creio que esteja bem familiarizada com esse evento. Estou certa? — concordei com a cabeça lentamente, sem saber aonde ela queria chegar — Bom, eu precisei dispensar a minha assistente na semana passada e não queria ter que passar por toda a burocracia de contratar uma nova agora tão em cima da hora, e gostaria de perguntar se você teria interesse de ser a minha assistente. Não se preocupe, será temporário e não vai atrapalhar os seus estudos. Será somente para me ajudar com a festa desse ano.

Arregalei os meus olhos e abri a boca, completamente surpresa. 

Por essa eu não esperava, sabia o quanto essa festa beneficente era importante para os Kim's, e todos os filantropos da Inglaterra e mesmo assim ela estava ali me pedindo para ser a sua assistente. Eu, uma simples estudante do ensino médio.

— E então? Posso contar com você? 

— Uau — deixei escapar um sorriso nervoso — Você está falando sério mesmo, senhora Kim?

— Sabe bem que eu não viria até aqui se não estivesse falando sério, _______ — ela disse, sem paciência — Eu preciso de você.

— Eu... posso pensar um pouco? — disse um pouco incerta — Amanhã eu te dou a resposta, tudo bem?

Ela suspirou.

— Claro, você tem o meu telefone — disse casualmente — Só pense com carinho, sabe que isso vai ser bom para você. Para o seu futuro.

Concordei.

Ela terminou o seu café e colocou o dinheiro sobre a mesa. Dinheiro o suficiente para pagar os dois cafés e dar uma boa gorjeta para o atendente.

— Eu preciso ir agora, ______. Mas estarei esperando o seu retorno — sorriu — Até mais.

— Até, senhora Kim — disse fazendo um "tchauzinho" com a mão enquanto ela saia da pequena cafeteria.

Fiquei sentada por alguns minutos em silêncio, olhando fixamente para o meu café enquanto ainda tentava absorver toda aquela informação. Eu? Assistente da senhora Kim? Isso só podia ser um sonho.

— Ei, quem era a véia gostosa? — tomei um susto quando Jin se sentou de supetão no lugar em que a senhora Kim estava antes. Meredith estava certa, eu me assustava com facilidade, mas era justificável depois de ser perseguida e quase morta por um russo lunático.

— A senhora Kim não é "véia", Jin, deixe de ser deselegante — chamei a sua atenção — É a mãe do Taehyung.

— Hum, interessante... — ele passou a língua pelos lábios e sorriu. Eu fiz uma careta enquanto olhava aquela cena — É casada?

— Sim...? — respondi como se fosse óbvio.

— Oba, melhor ainda!

— Pelo amor de Deus, Jin... 

Ele riu.

— O que foi? — disse com a maior cara de inocente  — Bora, o Jungkook pediu para que eu te deixasse na casa dele hoje — se levantou e fez um sinal com a cabeça para que eu o seguisse.

— Tá maluco? O que as pessoas vão pensar se me verem entrar no carro de um "professor"? — fiz aspas com as mãos

Jin suspirou.

— Não vão pensar nada porque você é a minha ajudante da semana, sua encrenqueira.

— Eu sou? — franzi a testa enquanto me levantava.

— Agora é, meus parabéns! — ele me entregou os livros que levava debaixo do seu braço e pelo susto eu quase os deixei cair — Leva a minha bolsa também, ajudante. O seu querido professor de história está muito cansado hoje — ele colocou a sua bolsa tiracolo escura no meu ombro e seguiu na frente, saindo da cafeteria.

Bufei irritada e o segui até o estacionamento andando de forma desajeitada enquanto tentava não derrubar aqueles livros e lutava para ter equilíbrio com a minha mochila e a bolsa do Kim no mesmo ombro.

— Se aparecer um boato de que eu estou tendo um caso com um professor eu acabo com a sua raça — resmunguei quando finalmente me vi livre de todo aquele peso ao sentar no banco do seu carro.

— Olhe pelo lado bom, ao menos eu sou o único professor bonito e carismático do colégio, todos vão morrer de inveja de você — ele piscou.

Soltei uma risada nasal e joguei sua bolsa em seu colo, vendo Jin fazer uma careta.

— Que tal você parar de conversar fiado e começar a dirigir logo, professor bonitão? — eu o provoquei.

— Menina, você não tem medo do perigo mesmo, não é? — ele soltou aquela risada engraçada que mais parecia com o som do atrito de um rodo limpando vidro e deu partida no carro — Gosto disso, se os seus pais não te quiserem mais eu vou querer te adotar.

— Se você me adotar, me deixar alguma herança pra mim quando morrer?

— Eu não.

— Então não quero.

O caminho até o apartamento do Jungkook foi um pouco demorado por causa do trânsito ruim, mas não foi um tempo totalmente perdido, já que Jin estava estranhamente confortável em falar sobre a sua vida pessoal comigo.

Descobri que, diferente do Jungkook, Jin era 100% coreano e a sua família tinha se mudado para a Rússia quando ele ainda era criança para trabalhar com a pesca. Eles obtiveram muito sucesso nessa área, chegando a possuir mais de um viveiro para criar esturjões para a extração do caviar. 

— Espera, então você vem de uma família bem sucedida e mesmo assim entrou para a máfia? Ou foi forçado como o Jungkook?

— Eu não fui forçado a nada — ele sorriu — Sabe, eu adoro mexer com os peixes, mas apenas como um hobbie, o meu negócio mesmo é...

— Estorquir, matar, traficar e ser cafetão?

Jin me olhou com as sobrancelhas juntas.

— Nossa, eu ia dizer ser o chefe — ele resmungou — Tenho três irmãos mais velhos e os meus pais nunca me deixariam no comando.

— Ah, e você é o chefe de alguma coisa agora? — cruzei os braços.

— Ainda não, mas pode ter certeza que eu vou ser.

Estreitei meus olhos.

— Hum, está me dizendo que quer tomar o lugar do Dimitri? — sussurrei, como se tivesse acabado de escutar a maior fofoca do ano.

Jin pareceu perceber que havia falado mais do que o planejado, e para disfarçar, soltou uma risada forçada e bagunçou meus cabelos, ainda mantendo os olhos na rua.

— Ai, ai, você é muito engraçada, ______! — ele limpou a garganta  — Mas deve ter cuidado com a sua língua, ou vai acabar perdendo ela — sua voz atingiu um tom mais sombrio de forma repentina e meu sorriso diminuiu.

— Nossa, não está mais aqui quem falou!

Jin me olhou de canto e piscou um olho antes de ligar o rádio do carro, uma forma indelicada de terminar de uma vez por todas com aquele assunto.

Depois de alguns minutos depois, o coreano estacionou em frente ao pequeno prédio do Jungkook.

— Tá entregue. Já pode dar o fora que eu tenho um compromisso — ele destravou a porta do carro para que eu pudesse sair — E juízo vocês dois, não quero nenhum sobrinho catarrento agora.

— Ah, vai ver se eu tô na esquina, Jin — dei uma risada e me despedi dele. 

Jin buzinou algumas vezes enquanto esperava eu entrar no prédio e apenas deu partida no carro quando eu já estava do lado de dentro.

Antes que eu pudesse levantar o braço para bater na porta do apartamento, Jungkook a abriu rapidamente com um pequeno sorriso de canto que cresceu ao me ver parada ali. Ele estava casual, sem camisa e com uma calça de moletom que me era muito familiar, afinal, foi a mesma que ele vestiu em mim depois que eu tive aquele porre por causa do Taehyung.

— Carinõ, você demorou — ele me puxou para dentro pela cintura e colou nossos corpos, fechando a porta atrás de mim — O Jin se comportou? 

— Até que sim, dessa vez ele não matou ninguém na minha frente — ironizei arrancando uma risada do mais alto — Não está com frio? — perguntei enquanto descia os dedos pela pele arrepiada do seu braço.

Jungkook sorriu, negando com a cabeça.

— Não mais! Agora que a garota mais quente do mundo está aqui na minha frente, eu estou até sentindo um pouco de calor, sabe? — ele brincou enquanto abanava a mão sobre o próprio pescoço.

— Ah meu Deus, você é muito bobo — espalmei o seu peito desnudo e selei nossos lábios rapidamente — Nossa, que cheiro gostoso é esse? 

Os olhos do meu namorado se arregalaram e ele foi apressado em direção da cozinha. Curiosa, coloquei a minha mochila sobre o sofá e o segui, encontrando Jungkook de frente para o fogão onde virava uns "bolinhos" no óleo quente.

— Ufa... não queimou — ele riu — Acabei me distraindo.

— Jeon Jungkook, você está cozinhando ou eu estou tendo uma alucinação? — perguntei boquiaberta. Não tinha muito conhecimento sobre suas habilidades culinárias, até então, eu achava que o Jungkook vivia a base de comidas de restaurantes baratos e macarrão instantâneo

— Engraçadinha. Eu queria te surpreender com algo — ele sorriu envergonhado — Então resolvi me aventurar e fazer algo para a gente comer, até liguei para a minha mãe me ajudar.

—O cheiro é muito gostoso, o que é? — perguntei curiosa me colocando ao seu lado para olhar dentro da panela.

— Um drániki. Ou de modo simplificado, uma panqueca de batata ralada com queijo e cogumelos — ele explicou — É minha receita favorita, me lembra muito a minha infância e aposto que você também vai gostar — piscou e eu sorri.

— Tenho certeza que sim, a cara tá ótima — dei um beijo na sua bochecha — Quer ajuda com algo? 

— Não precisa, carinõ — ele disse — Eu dou cont... porra! — ele grunhiu quando uma gota de óleo espirrou da panela direto para a sua mão — Cacete de óleo quente!

— Tadinho, deixa que eu faço pra você — tentei pegar a escumadeira de silicone da sua mão, mas ele a levantou em uma altura que nem na ponta dos pés eu conseguia alcançar — Vamos logo, Jungkookie, vai acabar queimando!

— Nada disso, você vai acabar se machucando também — Jungkook riu, se divertindo às minhas custas. Apertei o seu mamilo esquerdo, já careca de saber dos efeitos que isso causava nele e o moreno rapidamente abaixou as duas mãos, fazendo com que eu pudesse pegar a escumadeira — Porra, gatinha, isso é golpe baixo...

— Sabe que eu posso ser muito mais baixa que isso, amor — dei um beijinho no canto dos seus lábios, fazendo o mesmo esboçar um sorrisinho — Eu tenho mais experiência com frituras, prometo que não vou me machucar! 

— Tudo bem... — ele concordou a contragosto — Então eu vou lavar as vasilhas enquanto fico de olho em você — Jungkook acertou um tapa na minha bunda e deixou um beijo na lateral da minha nuca, me fazendo arrepiar — Quero te olhar bastante, já que no colégio eu não estou podendo te secar do jeito que eu gosto — sussurrou.

Mordi o meu lábio e soltei uma risada soprada

—Imagina se pudesse, eu estaria desidratada!

(...)

Jungkook estava certo. Nunca pensei que fosse experimentar um prato russo, ainda mais feito por Jungkook, mas precisava admitir que os dránikis eram deliciosos. Era como uma versão melhorada e mais saborosa das populares batatas fritas e com um creme branco a base de iogurte chamado smyetána, que deixava tudo ainda melhor.

— Eu não entendo como você consegue, juro! — Jungkook sorriu — Você é bom em tudo, é bonito, tem um coração enorme, tudo o que você faz é gostoso... eu preciso saber o seu segredo.

— Então tudo o que eu faço é gostoso, hm? — ele perguntou sugestivo, me fazendo rir  — Não tenho nenhum segredo, só procuro dar o meu melhor em tudo o que eu faço, odeio decepcionar as pessoas que eu amo.

Um sorriso apaixonado brotou dos meus lábios e eu me levantei da minha cadeira para me sentar de lado no seu colo. Jungkook segurou a minha cintura com as duas mão e fez um carinho naquela região.

— Eu te amo — eu disse, colando as nossas testas. Os olhos brilhantes de jungkook se encontraram com os meus e ele passou a língua sobre os lábios — Muito.

— Muito mesmo? — perguntou baixo. Seu rosto já estava perto o bastante para que nossos lábios roçassem um no outro — Quanto? — sorriu de lado.

Soltei uma risada soprada.

— Até a lua. 

— Uau — levantou as duas sobrancelhas — É realmente muita coisa

— Pois é! Eu disse — capturei o seu lábio inferior com o meu e o puxei lentamente fazendo o meu namorado suspirar.

— Então eu te amo até a lua... ida e volta — senti sua mão gelada entrar por baixo da camisa do meu uniforme e acariciar as minhas costas, me fazendo arrepiar instantaneamente.

— Ora, seu trapaceiro — resmunguei.

Jungkook riu e colou nossos lábios em um beijo calmo. Ele não tinha nenhuma pressa, afinal, teríamos o final de semana todos juntos e sozinho, dessa vez não corríamos perigo de sermos flagrados pelos meus pais ou por algum vizinho bisbilhoteiro.

Éramos só eu e ele.

 — Jungkookie... preciso te contar uma coisa — disse após afastar os nossos lábios para que tomássemos algum fôlego — Eu meio que recebi uma proposta de trabalho hoje.

Jungkook levantou as sobrancelhas e entreabriu os lábios, surpreso.

— Sério? — ele perguntou, animado — Qual trabalho?

— A senhora Kim quer que eu seja a sua assistente — eu disse — Ela quer ajuda na organização da festa beneficente de Natal — Jungkook ficou em silêncio — Eu sei que pode parecer estranho que eu trabalhe com a mãe do meu ex namorado, mas ela pode me ajudar muito no futuro, já que eu pretendo estudar jornalismo... e eu entendo se você não achar isso legal.

Jungkook negou diversas vezes com a cabeça e acariciou o meu rosto.

— Não, não, isso é incrível, carinõ! — deu um pequeno sorriso de canto — É a oportunidade perfeita para você mostrar o seu potencial para ela... porra, eu estou orgulhoso de você, meu amor.

— Sério?— meus olhos brilharam — Eu estou tão aliviada, pensei que você não fosse gostar que eu frequentasse a casa do Taehyung.

— Não se preocupe com isso, o Taehyung é passado, gatinha — me deu um selinho — E eu sou o seu presente e futuro.

Sorri.

— Hm, você está cheio de frases bonitas hoje, senhor Jeon — passei os dedos por seus cabelos sedosos fazendo o moreno fechar os olhos por alguns segundos para apreciar o toque.

— Me sinto inspirado com você — umedeceu os lábios — O que acha da gente comemorar, hm? Não é todo dia que você vira assistente de uma mulher poderosa!

Jungkook começou a desabotoar os botões da minha camisa de baixo para cima, seus olhos focados nos meus enquanto ele me despia lentamente.

— Eu acho uma ótima ideia — esbocei um sorriso ladino.


Notas Finais


Ufa, parabéns pra quem conseguiu chegar aqui!! KKKKKKK prometo que vou tentar compensar no próximo capítulo e dar o meu melhor 💜💜💜
Até mais, amores!


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