História Are We Just Sisters? BILLIE EILISH - 'Bad Ass'

《JOYCE》

Bom, vou resumir minha semana pra vocês, eu e Billie estamos bem, nada que uma boa foda não resolva.

Estive mais em casa também, por causa do lançamento, que no caso é hoje.
E eu estou me arrumando pra isso, estou sentada na cadeira de Sulen que é um amor de pessoa, Dylan passava meu vestido com um ferro a vapor.

Eu só iria a passarela uma vez e não seria com nenhuma das peças que eu fotografei e sim com um vestido impecável, preto, com renda, estilo sem alças e um bojo que deixava seus seios num formato perfeito.

O que eu estava falando mesmo?
Ah.. sobre minha semana, foi chata e um tanto monótona.

—Sua namorada chegou— Sophie me avisa e eu assenti.

—Você namora?— Elliot, o fotógrafo pergunta e eu murmuro em concordância.

Billie entra na sala com uma calça social e um suspensório, que umideceu minha calcinha.
Encarei a mesma com o lábio inferior entre dentes, enquanto ela se aproximava.

A esverdeada deixou um selinho em meus lábios e foi até a frente do espelho mexendo em suas milhares de correntes.

—Joyce para de me olhar assim— Franzi as sombrancelhas e ela sorriu prendendo o lábio inferior.

—Assim como?— Perguntei fingindo inocência e Billie passou a língua nos dentes.

Ela se aproximou, ficando próxima de minha orelha.

—Com a cara de quem quer ser fodida de quatro até não conseguir mais andar— Sussurrou em meu ouvido com uma voz rouca, mordendo meu lóbulo.

Minha respiração se desregulou, levei a caixinha de suco até minha boca, enquanto a mesma tinha um sorriso presunçoso nos lábios.

—Joyce! Daqui a pouco você não entra no vestido— Dadna retrucou arrancando a caixinha de minhas mãos.

《BILLIE》

Faltavam mais duas garotas antes de Joyce e eu estava tão entusiasmada e animada que sei lá...

Sara estava do meu lado se empanturrando de doces.
Joyce entrou na passarela com o vestido preto, que na minha opinião estava muito aberto, ignorando o fato, ela estava divina.
Aplausos e vozes se fizeram presente.

Senti meu celular vibrar e o peguei, engolindo em seco ao ver que era um número privado.

"E o Leão se apaixonou pelo cordeiro, cordeiro tolo Billie..."

Apaguei a mensagem e tentei me concentrar no desfile.

Joyce, tinha trocado o vestido, por um mais confortável.

—Billie!— Me assustei com Joyce.

—O que foi?— Neguei com a cabeça e sorri.

—Você está linda— Beijei seu pescoço e ela sorriu lindamente.

Ouvi meu celular vibrar, vendo o mesmo número, só que agora era uma foto.
Abri a mesma e vi que a foto era eu beijando o pescoço de Joyce, me engasguei com a bebida.

Clarice está aqui? Olhei ao redor, o local estava super lotado e escuro, seria impossível.

—Joy já podemos ir pra casa? Tenho uma surpresa pra você— Falei e a mesma virou sua taça.

—Dá sim, vou só falar com alguns sócios, vem.– Me puxou, nos despedimos de diversos homens engravatados que me entediam.

Entramos em meu carro e eu suspirei, senti seu olhar queimar em mim.

—Billie, o quê aconteceu?— Encarei minhas mãos e decidi contar à ela.

—Eu...— Fui interrompida por Sara, que entrou no carro.

—Caralho, a única coisa boa dessa noite foi ver a Joyce de calcinha e aquele doce rosa lá— Sorri amarelo e liguei o carro.

Chegamos no apartamento da Joyce, Sara desceu cambaleando, fixei meus olhos em um lugar qualquer e pude sentir seus olhos verdes queimar em mim.

—Vamos numa festa amanhã?— Perguntei  e ela mordeu o canto da boca assentindo.

—Dorme aqui?— Neguei deitando a cabeça no banco enquanto a olhava.

—Meu irmão tá' lá em casa, preciso terminar uns negócios— Beijei seus lábios com ternura e senti uma imensa vontade de chorar.

Vi Joyce adentrar seu prédio, só depois dando partida.

A verdade é que não tem nada pra mim terminar, mas se eu ficasse lá, eu iria acabar falando e ela está tão bem, não quero estragar isso.

Ouço meu celular vibrar e novas duas fotos chegam.

Uma minha nesse exato momento e uma da Joyce deitada em sua cama mexendo no notebook.

Perco o equilíbrio deixando meu celular cair, me certifico que as portas estão trancadas, fecho todas as cortinas da casa com os olhos marejados.

Me jogo em minha cama, tampando minha boca com um travesseiro, gritando em seguida.

Com ódio, ódio de tudo, dessa merda, dessa mulher infernal.

Engulo em seco ao ver a foto que Joyce me manda.
Deitada em sua cama mexendo no notebook.

Ouço meu celular vibrar e suspiro, já receosa.

"Sentiu minha falta vadia?"