História Are We Just Sisters? BILLIE EILISH - Estamos De Acordo?

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Me deitei e senti um peso encima de mim.
Alicia se sentou em minha barriga e me olhava.

-Você é uma vadia bonita!- Eu gargalhei

-Ah pronto, agora minha mente está dando encima de mim- Ela riu e revirou os olhos

-Acho melhor você dormir- Revirei os olhos

-Está clareando já Alicia!- Ela riu e um silêncio se instalou

Olhei pro lado e Alicia não estava mais ali.

-Alicia cadê você?- Sua risada doce soou pelo meu ouvido

-Durma vadia!- Revirei os olhos

Fechei meus olhos e acabei pegando no sono.

Quinta feira/ 19 de Junho de 2018

10:00/-09°graus 

《BILLIE》

Acordei com meu braço ardendo, me levantei e tomei um banho, escovei os dentes, passei a pomada e tomei um analgésico.

Sai do quarto e caminhei em direção às escadas.

A porta do quarto da Joyce está aberta.

Não sei por que diabos mas entrei no quarto dela.

Aquilo estava uma verdadeira bagunça, tinha agulha, seringas, lâminas, isqueiro jogados no chão.

Espera, a Joyce está se drogando?

Andei até a parte da cômoda e terminei de abri a gaveta que já estava a metade aberta.

Peguei um pacote vazio já.

Isso é cocaína!

Neguei com a cabeça e deixei o quarto, ela está fudida comigo.

[13:46]

《JOYCE》

Acordei, tomei um banho quente, escovei os dentes e tomei um remédio para dor de cabeça.

Desci as escadas e caminhei até a cozinha.

-Bom dia Joyce- Me assustei assim que vi Billie sentada na bancada.

Ela riu e eu revirei os olhos.

-Cadê meu pai?- Billie desceu da bancada com seu copo na mão.

-Eles saíram, estamos só nós duas- Fiz uma cara de tédio e murmurei um "hurum".

-Temos assuntos para acertar garota!- Arregalei meus olhos.

Será que é porque eu queimei o seu braço?

-Não, eu não sou louca igual a você, não vou te queimar e nem fazer nada do tipo, de você eu quero é distância!- Suspirei aliviada.

-O que você quer então?- Sentei na bancada e derramei um pouco de suco no copo.

-Eis que eu saiba que você estar se drogando e sei o quanto seu pai odeia isso- Me levantei e esbarrei no copo o fazendo cair e quebrar em mil pedaços.

-Billie você não vai falar nada, está me ouvindo!- Ela negou.

Eu suspirei pesado.

-Somos amigas caralho!- Gritei já desesperada.

-Amigos, amigos, negócios a parte!- Senti um ódio se forma, e uma vontade imensa de quebrar a cara da Billie.

-Tá porra o que você quer?- Ela passou a língua nos dentes.

-Seu carro maninha- Arregalei meus olhos.

-Billie quê? Tá louca? Não, você sabe o duro que eu levei pra conseguir este carro?- Ela deu de ombros.

-Escolha sua Joy, perde o carro ou perde as drogas- Billie falou simples.

-Que vontade de te matar sua filha da puta!- Gritei com o ódio que tinha em mim.

Seu sorriso debochado só fez esse sentimento aumentar.

-Ah qual é Joy? Você quase descolou a pele do meu braço o que é um carro perto disso?- Meus olhos encheram de lágrimas.

-Billie ele nem chegou ainda- Senti uma lágrima descer.

-Foda-se cansei de ser boazinha com você, além de que você é esperta e uma drogada fudida, consegue arrumar dinheiro rápido- Ela andou até a minha frente e deu três tapinhas no meu braço.

~Tem até amanhã de noite pra me dá a resposta!~ Billie sussurrou perto do meu ouvido.

Ela começou a subir as escadas e parou me olhando.

-Melhor limpar essa bagunça maninha- A mesma piscou pra mim.

[14:21]

Terminei de limpar e subi correndo pro meu quarto.

-Ora,ora vadia. Acho que sua irmãzinha cansou de ser otária- A risada de Alicia soou atrás de mim.

Me virei e vi a mesma com uma lâmina na mão.

Ela colocou a mesma encima da cama.

-Você sabe o que fazer Joyce!- Minhas lágrimas desciam sem parar.

Peguei a lâmina e fechei meus olhos, eu não acredito que eu vou fazer isso.

Não de novo.

Tirei meu casaco e subi a manga das blusas.

Olhei pro meu pulso com cicatrizes e fechei meus olhos, passei a lâmina pela pele e logo senti a pequena dor na região e o sangue melar meu dedo.

Repeti esse processo umas sete vezes, até a dor virar um incômodo.

Me levantei e tomei um banho, a dor já estava virando algo insuportável.

Enfaxei meu braço e coloquei vários casacos por cima.

Liguei o aquecedor do quarto e "limpei" o mesmo, peguei um cigarro de nicotina e abri a porta que dava em direção a varanda do meu quarto.

Sentei na cadeira e acendi o cigarro, levei o mesmo até a boca e dei uma tragada, logo sentindo a droga invadir meu corpo.

A chuva caía, e trazia aquele cheiro de terra molhada, aquele dia frio,feio e escuro como todos os outros.

Por que eu tinha que ser assim?

Por que eu sou tão doente e problemática?

Eu só queria acordar morta e livrar as pessoas de mim!

Eu só queria me livrar de mim.