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História Arienai. (NaruHina) - Ligação.


Escrita por: uzumakiistan

Notas do Autor


400 comentários 🥺🥺🥰🥰🥰 vocês são tudo

Capítulo 22 - Ligação.


Às vezes, a vida podia ser transformada em um inferno. E os seus demônios podiam ser piores do que os bichos papões.

Era isso o que Hinata pensava, encolhida contra a cama de lençóis de seda e sentindo cada parte do seu corpo doendo, os seus músculos queimando.

Shinji suspirou.

— É bom estar com você de novo — ele disse enquanto fechava a braguilha da sua calça jeans e arrumava a blusa social que havia por cima. – As rapidinhas com você sempre são as melhores.

O estômago de Hinata se revirou diante aquelas palavras.

Sentia-se suja, imunda, cansada e, acima de tudo, usada como um brinquedinho.

Cobriu o seu corpo com o tecido da cama e tentou em vão ignorar a dor entre as suas pernas ou a queimação em suas costas. Ela precisava dormir, urgente, para sair daquele pesadelo. Entretanto, Shinji segurou o seu rosto e colou um beijo em seus lábios.

Os olhos castanhos dele sorriam.

— Eu volto mais tarde, querida. E nem pense em fugir, eu estou de olho em você.

Assim, ele saiu, parecendo feliz e contente, trancando a porta após fechá-la.

Hinata olhou para a algema que havia em seu tornozelo.

Como ele queria que ela fugisse?

Esperava que ela fosse algum tipo de mutante? Só podia ser idiotice.

Não olhando para o líquido vermelho que escorria pelo seu corpo, Hinata caminhou para o banheiro e abriu o chuveiro. A água que caía era rosada.

Tentava não ligar para o seu couro cabeludo doendo ou para a ardência nos cortes de seus ombros, por isso, se forçou a pensar em Naruto.

Como queria que ele estivesse ali.

Ele não permitiria, mas tão pouco teria sobrevivido se ela não tivesse feito aquilo. Shinji podia ser bem cruel quando se tratava dela. Ela sempre foi o prêmio dele.

Um prêmio quebrado.

Hinata se encolheu sob a água e chorou.

Estava perdida. 

×××

Naruto socou mais uma vez o saco de areia à sua frente.

— Não vai adiantar nada quebrar todos os ossos dos seus dedos — Sakura disse, sentada em algum lugar dali.

Coisas que ele não ligava.

Estava cansado, estava estressado e acima de tudo ele estava preocupado com Hinata de um modo que ele nunca ficou em relação a ninguém. E a culpa só aumentava ao pensar que ela fez aquilo por ele. Socou com mais força o saco.

Sua culpa.

Ele devia tê-la protegido, mantido-a perto, cuidado dela.

Mas, não, ele tinha permitido que o maior pesadelo da vida dela a tivesse em suas mãos outra vez.

Droga.

Naruto parou hiperventilando, encarando o modo como o saco ia e vinha. A sua blusa estava suada, as suas mãos queimavam e o seu peito doía daquele modo maldito que havia sido a causa dele ter ido lutar.

Hinata.

A sua Hinata estava por aí. Com um louco.

— Sakura?

— Sim, Naruto?

— Há alguma lei em que se possa mexer para que uma pessoa se livre da prisão perpétua?

— Hum... — o tom dela era confuso. — Tem, por quê?

— Porque quando eu pegar o Shinji, eu não vou parar. — e encarou os olhos verdes da garota. — Eu vou matá-lo, Sakura. 

Olhos esses que ficaram ainda mais sérios.

— Considere-me como sua advogada, Naruto.

×××

Naruto passou três semanas procurar por Hinata.

Três malditas semanas, procurando tudo o que ele podia encontrar sobre Shinji, com Sakura ao seu lado, assim como grande parte do pessoal de seu pai também estava fazendo. Mas tudo o que ele encontrava eram milhares e milhares de prédios e casas no nome Taguchi.

Ele estava seriamente pensando em que merda aquilo daria.

Suspirou.

— Eu preciso achar ela, Sakura. Droga. Nem pra ela estar com o celular.

— Provavelmente ela não queria ser encontrada.

— Foda-se... Porra.

— Naruto, se acalma por que eu não preciso de uma mente conturbada aqui — e ela entregou mais um maço de papéis em sua direção. – Eu também estou preocupada, então relaxa aí.

Sabendo que o que Sakura dizia era verdade, Naruto tratou de procurar dar doses de maracujá para os seus músculos e ia começar a sublinhar algo quando o seu celular tocou.

Como ele andava tocando loucamente durante esses últimos dias, apenas o atendeu, colocando-o entre o ombro e ouvido.

— Alô?

Não havia nada.

Era um silêncio profundo.

Então, havia o som de um choro, um som baixinho que ganhou volume até que ele prendeu com força o celular no ouvido. Os seus olhos encontraram os de Sakura.

— Hina? É você?

Um soluço. Som de água.

— Naruto.

O seu alívio foi tão imenso de escutar ela, ouvir a sua voz baixa e tímida, que teve de se segurar contra a parede para não voltar a cair em sua cadeira.

— Oh, Deus. Hina, ainda bem... Onde você está?

— Eu... Eu... Eu não posso dizer, Naruto, eu não deveria nem estar no telefone. — ela chorou ainda mais. — Eu precisava ouvir a sua voz.

— Hina, está tudo bem, respire... Agora, o Shinji está por aí?

— Não, ele saiu há... Algum tempo.

Naruto fechou os olhos, tremendo.

— Ok, Hina, continue conversando comigo. Como você está?

— Com... Frio — outro soluço. — Com medo, Naruto.

— Eu sei, Hina, eu sei. — e ouvir aquilo sem poder fazer nada, sem nem poder tocá-la, fez Naruto se sentir mais impotente do que nunca, estava completamente devastado. Abaixou a cabeça. — Eu vou te tirar daí, tudo bem?

–— Não, Naruto, você não pode... Ele vai matar você.

— Shh, está tudo bem, eu vou dar um jeito… Onde você está?

— Eu... Eu não sei... Parece alguma casa antiga... Mas eu não consigo ver pela janela, ela tá fechada com madeira... Tá tudo muito escuro, Naruto... Eu... Eu — e ele quase podia vê-la encolhida, chorando em um canto. — Naruto...

— Eu estou aqui, Hina. Feche os seus olhos e se concentre em minha voz.

Sakura apareceu ao seu lado, apontando com um polegar em um sinal positivo. Eles haviam conseguido rastrear a ligação com êxito.

Às vezes, Naruto amava a tecnologia.

Ele suspirou.

— Eu quero que você se lembre daquele dia no banheiro, Hina... Você se lembra como foi segurar a minha mão?

Uma fungada.

— Lembro.

—Então, finja que está sentindo agora a minha mão sobre a sua... Eu estou passando o meu polegar no meio da sua palma... Você está olhando nos meus olhos... Está tudo bem, Hina, tudo tranquilo. — ele suspirou. — Isso, relaxa, só há eu e você. Ninguém mais para te machucar. Nada.

A voz dela era estável ao sussurrar:

— Estamos bem.

— Isso, Hina, está tudo bem.

Então, havia o som de algo estranho batendo no chão, algo caindo.

O celular quicou, fosse lá o que tivesse acontecido, fazendo Naruto gritar o nome de Hinata.

Logo, só o mudo da linha.

E Naruto pensou duas vezes ao jogar o celular no bolso, correr escada abaixo e pegar o que ele sabia o que era sua arma mais letal.

Mas quem disse que ele se importava naquele momento?

Hinata havia aguentado três semanas. Faziam vinte e um dias que ele sabia que ela sofria e tudo o que havia de mais importante era tirar Hinata de lá.

E Sakura pareceu compreender bem a sua fúria, pois no instante em que ela desceu, segurava as chaves do seu Porsche e havia um endereço em um pequeno papel.

— Isso é de onde veio a ligação. — ela disse. — Eu já irei começar sua defesa agora. E, Naruto, por favor, tome cuidado.

Poucas palavras ele arquivou.

Só havia uma coisa em sua mente: salvar Hinata.

E matar Shinji.

 

próximo capítulo:

 

Com o pé, Naruto empurrou a porta do quarto, e ele que viu, o fez perder toda a respiração.

Hinata.

A sua Hinata estava nua, machucada de uma forma que ele nunca tinha visto antes, cheia de sangue e com Shinji segurando os cabelos escuros de Hinata nas mãos, enquanto deixava exposto o pescoço dela. Esse que ele fazia pequenos cortes com uma faca.

Ela parecia não conseguir mais lutar contra ele, apesar de manter as mãos no pulso em que segurava os fios negros, sentada no chão imundo e chorando.

— Me solta... — ela implorava, com um fio de voz saindo de sua garganta. – Shinji, por favor.

— Eu quero que implore mais, sua vadia, isso não é o suficiente.


Notas Finais


o Bolsonaro chamou o temer mano vai se fudeeeee


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