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História Armadilha do Destino - Capitulo 93


Escrita por: arthurftlua

Notas do Autor


Heeeey, voltei!!
Espero que estejam gostando, quero muito ver o que vocês estão achando da fic, então por favor comentem!!
Beijinhos de luz 💖

Capítulo 93 - Capitulo 93


Arthur P.O.V

Peguei um táxi e com a ajuda do google tradutor falei o meu destino para o motorista, na medida que o carro andava, o meu celular tocava, oras Mel, oras Chay, oras Mica, oras Sophia.. Eu apenas as ignorava em meio a angustia que se instalava no fundo do meu peito. Ela precisava estar lá, minha unica esperança era aquele lugar. Assim que cheguei, desci do carro, e olhei envolta, eu realmente não sabia o que fazer, se ia ou se ficava. Aos poucos me acostumei com a ideia de encontrar Lua de novo, e encontrar aqueles olhos odiosos para mim. Caminhei até aquele monte, vi aqueles cachos loiros de longe, e morrendo de medo de toda e qualquer reação da garota, fui até ela 

Lua – falei tão baixo que nem eu mesmo ouvi, depois de mais algum tempo tomando a devida coragem, sibilei seu nome novamente – Lua

O que você ta fazendo aqui? – ela perguntou, um tom raivoso saia de sua boca, mas ela permanecia imovel, olhando para o horizonte, respirando forte, sentada embaixo daquela árvore, naquele monte

Ta todo mundo te procurando feito um doido, eu... eu precisava te encontrar, eu tava morrendo de preocupação, e... lembrei de uma conversa nossa, achei que você pudesse estar aqui – falei tentando usar as palavras certas

Parabéns, achou... agora vá embora – Lua falou

Eu não vou me explicar, porque eu sei que você não quer ouvir, e outra coisa que eu também sei, é que no fundo você sabe que eu não fiz isso – falei e ela não moveu um músculo sequer – Volta comigo por favor, não por mim, mas pelos outros que estão mal e preocupados 

Você tem noção do que você fez na minha vida? – Lua perguntou, seu tom era embargado, ela queria chorar. Engoli seco

Sinceramente?! – indaguei – Não! – ela se levantou sem dizer nada e sem olhar pra mim, veio até mim de um modo sombrio

Você é um ser humano medíocre – ela cuspiu as palavras em um tom raivoso. Lua emanava ódio, e em segundos senti algo arder em meu rosto. Ela havia me dado um tapa o qual eu merecia, ela desviou sua atenção e voltou a sentar embaixo daquela árvore, eu vi em seu rosto a decepção e os seus olhos se encherem de lágrimas. Silêncio.

 Eu não sei, mas eu prometi a mim mesmo, e agora a você, assim que eu te levar sã e segura para o hotel, eu pego minhas coisas e vou para o Brasil, eu paro de andar com Chay, Mica, Sô e Mel, eu mudo de colégio, evito sair quando eu ver você na rua... eu juro que eu vou fazer de tudo pra você achar que eu não existo mais, esquecer que um dia eu existi, e fiz isso tudo na sua vida.. Eu sumo, pra você ser feliz – falei meio desesperado, a pior coisa do mundo foi sentir o ódio de Lua por mim tão vivo e irradiando tão forte

Lua P.O.V

Aquele foi o primeiro momento da conversa em que eu olhei pra Arthur, ele parecia desesperado. Parecer não era estar... eu entrei em conflito interno comigo mesma, mais uma vez, pra variar. As palavras de Arthur cairam como uma bomba em cima de mim, me bateu um desespero horrivel, era como se ficar sem Arthur fosse pior, era como se tivessem me avisando antecipadamente que iam arrancar um pedaço de mim, eu não sei! Por acaso eu sou retardada?! Eu quis chorar, eu precisava chorar, mas eu não ia dar mais uma vez esse gostinho para  Arthur, respirei fundo , e percebi que Arthur permanecia imovel, ele estava respeitando meu silêncio, ou fingindo tal. Olhei para frente e esqueci por alguns minutos que ele estava ali, e só pensei na minha vida como um todo, a brisa passava por mim o tempo todo, como os flashes que vinham sem parar na minha cabeça. Ou eu tinha levado uma martelada na cabeça, ou eu havia crescido na marra. Agora eu era uma nova Lua Blanco, aliás eu tinha que ser uma nova Lua Blanco, para meu próprio bem... Uma nova Lua, talvez sem mágoas, eu precisava daquilo, e daquela libertação. Ia ser complicado, estranho, mas eu sabia que era o certo... eu precisava de uma nova eu, de uma vida de verdade!

Não – falei depois de vários e vários minutos em silêncio –Não precisa disso não... eu não sei se eu to fazendo o certo, mas... eu vou fazer! Vamos dar uma trégua e nunca mais falar sobre esse assunto, ou sobre o passado! Vamos esquecer tudo isso, não vale a pena... eu espero que você mude Aguiar, eu realmente espero! Eu vou ser feliz, assim que eu esquecer isso tudo! Vamos esquecer o passado nossas brigas, tudo o que dissemos um para o outro, nossas diferenças, vamos ser amigos, ou ao menos tentar... vamos nos suportar, por todos nós! Paz?! – perguntei

Oi? Você tem certeza disso? – Arthur perguntou com uma cara estranha. Parecia não entender nada... era óbvio Lua! Uma mudança assim tão repentina não era lá essa normalidade, e logo você que sempre era tão... tiro, porrada e bomba com ele – Você ta bem?

Não dificulta... – pedi e ele franziu o cenho

É só porque eu não quero que você se arrependa depois... que fique agoniada com minha presença, nem que tenha que se acostumar comigo na marra... Você sabe que agora pra eu sair da vida de todo mundo é mais fácil, depois vai ser meio complicado e talvez mais frustrante e decepcionante pra você, afinal... eu sou todo errado né Lua?! – Arthur falou desconcertado 

 Não faz o coitado Aguiar – falei e olhei pra o lado oposto, suspirei.. seja o que Deus quiser – Eu te julguei  todos esses anos e por esses julgamentos que eu fui ficando mórbida desse jeito... E eu não quero mais isso pra mim! Então pode ter certeza que eu to fazendo isso por mim, pra meu bem, e não pra você... – falei me justificando e ele apenas assentiu olhando pra baixo 

Então pra você tudo bem? – ele perguntou 

Aham – respondi – melhor pra mim, e pra todo mundo... Paz?! – estendi a mão e ele logo apertou 

Claro, paz! – ele falou ainda meio sem jeito 

Aguiar, eu só preciso te pedir uma coisa – falei e ele fez um sinal com a cabeça prs que eu prosseguisse – Não faz mais aquelas coisas ta bom?! Aqueles joguinhos, não fica me testando, não faz mais isso... pra a gente ter uma boa convivência e relação 

Tudo o que você quiser – ele falou – Agora por favor vamos voltar para o hotel, eu já perdi a conta de quantas lágrimas cairam de Mel e Sophia, e de quantos atos desesperados eu, Chay e Mica cometemos

 

Lua P.O.V

Eu queria muito chorar de verdade, ali, mas era questão de honra ficar na minha, assenti sem muito entusiasmo pra ele, pensando no quanto tinha apavorado meus amigos, eu agia mesmo sem pensar... Mel deveria estar muito puta, Sophia descabelada, quero nem pensar no que Chay e Mica estavam fazendo para acalmá-las. Vi Arthur ligar para o taxi, e sem trocar muitas palavras, fomos embora daquela pedra e deixei pra trás com ela, todo e qualquer resquicio de minha vingança! Depois de me explicar, re-explicar tudo para todo mundo, de levar várias broncas de todo mundo, fui descansar, eu precisava desse tempo pra mim, pra pensar em tudo, acabei adormecendo, mas senti alguns minutos depois alguém deitar e me abraçar, era Mel. Acordei no outro dia com uma ressaca, parecia que era de bebida, mas era por causa do choro, Mel contou que vez ou outra eu chorava no meio da noite. O clima ainda era meio tenso na hora do café da manhã, mas ninguém tocou no assunto. Os dias se passaram, e Arthur não fazia mais gracinha nenhuma, aliás, pelo contrário, Arthur estava bem quieto, o clima estava menos tenso e conseguíamos nos distrair um pouco. Logo chegou o dia de voltar para nosso país, juntamos todas as nossas malas, e fomos para o aeroporto. As ordens das poltronas continuaram as mesas, Sophia com Micael, Chay com Mel, e eu com Arthur, mas Mel inventou uma desculpa de que queria falar coisas importantes comigo e trocou de lugar com Arthur. Eu e Arthur não estávamos as mil maravilhas, isso era fato, mas nos referíamos um ao outro normalmente. Em algumas horas estávamos no Brasil, e cada um se dirigiu para sua casa. Eu e Mel estávamos mortas, e pra completar meus pais resolveram dar carinhos exacerbados, e um questionário enorme sobre a viagem, paisagens, nossa alimentação, boys. Mel logo contou do seu namoro com Chay, e meus pais ficaram vibrantes com a noticia. Arthur estava conosco, Mel não deixou o garoto chamar a mãe ou pegar um táxi, fomos todos juntos no carro de papai. O casal que me colocou no mundo chegaram juntos e estavam sentados nos bancos da frente do audi, e atrás fomos eu, Arthur e Mel, respectivamente. O caminho do aeroporto até em casa foi um converseiro só, entre Mel e meus pais, Arthur ficou quieto o tempo todo e só falava quando se dirigiam a ele, e eu basicamente fazia a mesma coisa que o garoto, respondia meus pais com simples ‘uhuns’, vez ou outra cochilava e acordava olhando para Arthur que parecia um anjo, um anjo distraído. Diabos! O homem faz o que faz com você e você ainda tem a coragem de pensar o quão bonito ele é?! Assim que chegamos, Arthur agradeceu, pegou suas malas e voou para sua casa. Não questionei, e nem escutei muito o que meus pais falaram.O cansaço tomou conta do meu corpo, fui direto para meu quarto, tomei um banho rápido, apenas para relaxar e tirar aquele cheiro de viagem e escoar meu cansaço. Assim que sai do banheiro, com meu ‘pijama’, vulgo um moletom qualquer, minha mãe entrou no quarto com uma bandeja de comida, e pelo barulho no quarto ao lado, minha mãe devia ter levado também algo para a morena comer. Comi uma coisa bem leve, eu estava morrendo de fome mas já ia dormir, dito e feito, mal botei a bandeja na escrivaninha, desmoronei na cama e dormi, amanhã cedo tinha colégio e eu precisava realmente de uma noite sem preocupações. Acordei com meu pai me chamando na porta, a rotina já havia voltado, eu ia voltar pra o inferno. Tomei meu café, totalmente sonolenta, e só falava quando precisava responder algo. Mel tagarelava sem parar, eu não entendia como a garota podia acordar de bom humor aquela hora da manhã. Meu pai logo tratou de nos apressar, e nos levar bonitinho para o inferno, digo, colégio! Subimos as escadas e lá estava nossa sala, cheia de pessoas e com todos nossos 4 amigos. Arthur estava quieto desde que chegou e isso não mudara até agora, isso estava me dando nos nervos. Bufei. Eu mesma não me entendia, ficava louca da vida quando o Arthur fazia algo, e ficava louca da vida se ele não fizesse. Eu sou bipolar, só pode! O sinal tocou nos informando que a aula de matemática ia começar. Os minutos passaram se arrastando e assim que a sirene soou, Arthur inventou uma desculpa qualquer e sumiu. Dei de ombros, se ele queria ser o estranho, que fosse!

Tô moído! – Mica falou tentando se estralar

Nem me fale, parece que eu não dormi – falei revirando os olhos

Vocês perceberam o quão estranho Arthur está?! – Sophia perguntou

E quem não? – Chay perguntou – Eu estou me preocupando com ele... Nunca vi esse viado assim!

Nem eu – Mica concordou – E olhe que eu conheço esse viado a pelo menos 15 anos, e a gente tem 17, então é tempo pra porra!

SE VOCÊ NÃO CALAR A PORRA DESSA BOCA, EU JURO QUE QUEBRO TODOS ESSES DENTES – ouvimos em grito, vindo de lá de fora com uma voz bem familiar

O que é isso?! – Mel perguntou  fazendo uma cara estranha. Manoela, uma das meninas da nossa sala, entrou, acompanhada por Pedro, super afoita

Eu acho melhor vocês irem lá fora – Pedro falou apontando para Chay e Mica, que se entreolharam sem entender

Ué, porque?! – Chay questionou

Lucas arrumou briga com o Arthur, e eu acho que ele ta caindo na pilha, porque ele ta muito nervoso – Cassiano explicou

Porra – Chay falou tirando os braços da cintura de Mel

Nada bom, nada bom mesmo – Mica sibilou nervoso e fez um sinal com a cabeça para Chay, e os dois foram rapidamente em direção da porta

Lua P.O.V

Eu que não iria ficar ali sabendo que Arthur estava prestes a foder com sua vida acadêmica. Assim que Chay e Mica passaram pela porta, minhas pernas, sem aviso prévio, tamborilou e me levou para fora da sala. Escutei Sophia e Mel chamarem meu nome, mas não dei muita atenção, assim que sai da sala vi Arthur segurando Lucas pelo famoso colarinho. Eu via fúria nos olhos de Arthur, coisa que eu nunca havia visto na vida, Chay e Mica puxavam o garoto pela cintura, que se recusava a deixar ser levado pelos dois .

Vamos cara, deixa esse idiota pra lá – Mica argumentava para Arthur, que não dava ouvidos nenhum a ele

Sabe porque o senhor todo poderoso Aguiar está assim? – Lucas perguntou sarcástico – Porque ele amarelou! Amarelou em uma aposta, é um frouxo – Lucas riu – Não conseguiu comer a.. – antes de Lucas terminar a frase, vi Arthur socar a cara do garoto no ápice da raiva

Lua P.O.V

Vi Arthur  e Lucas rolarem no chão do corredor, arregalei os olhos, enquanto ouvia Sophia dar um gritinho, e Mel me segurar pelos ombros. Nós todos sabíamos o que Lucas estava falando, nós todos sabíamos onde essa briga ia dar. 

NUNCA – Arthur gritou e socou Lucas – Eu disse NUNCA – socou mais uma vez – Toque no nome dela, ou fale dela pra qualquer um, você ta me entendendo? – Lucas gargalhou – Pode ir rindo, porque eu vou acabar com você filho da puta

 



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