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História Contos Sobrenaturais ( Akatsuki ) - Capítulo: Sempre existe algo no armário.


Escrita por: AutorBaka

Notas do Autor


Primeira fic que escrevo inteiramente pelo gênero de horror...
Por favor participem da campanha, faça um comentário e deixe um autor baka feliz :3

Capítulo 1 - Capítulo: Sempre existe algo no armário.


Fanfic / Fanfiction Contos Sobrenaturais ( Akatsuki ) - Capítulo: Sempre existe algo no armário.

Abrindo a persiana bruscamente o doutor cruzou a sala indo em direção a poltrona.

-Melhor?- O médico apanhou a prancheta. –

-Sim.- O ruivo desviou o olhar para o chão.

-Pode me chamar de Kakuzu... – Psicólogo fez uma leve pausa para conseguir ler a ficha clínica. – Então... Hã Sasori aqui diz que tem dificuldades para dormir, e algumas alucinações...-

-Elas são reais.- Sasori coçou os olhos enquanto tremia. – Ou melhor ele é!-

-Aqui diz esquizofrenia.- Deixando os papéis de lado, Kakuzu fitou o paciente.-

-Não quero remédios.- Ruivo se antecipou. -Preciso só desabafar...- Fazendo uma breve pausa ele reclinou o corpo no sofá verde musgo.-

-OK.- Kakuzu pronuncio rápido.- Pode começar.-

-É bem difícil escolher o ponto pra começar Dout... Kakuzu, mas a princípio vivi a vida toda em Konoha, desde pequeno soube que era diferente, as crianças zombavam de mim. Eu só fui entender o que eu realmente era no ensino médio...-

-Gay?- Doutor cruzou as pernas.

-Sim... Foram tempos difíceis, na verdade senti a minha vida mudar para melhor no último ano de escola, conheci o garoto que seria meu futuro marido. Deidei era tudo o que não conseguia ser. Decidido, forte, otimista e assumido. –

-Você acha que de alguma forma, sua sexualidade reprimida te tornou uma pessoa violenta?-

-Eu não matei os meus filhos!!!- Sasori agarrou almofada, e a pressionou contra o rosto.

-Está na sua ficha que assumiu ter matado os dois.-

-Eu sou responsável. Mas nunca conseguiria matar eles. Eu... Eu ainda consigo ouvir os ossos do Deidara sendo partidos.-

-Se acalme. – Kakuzu retirou os óculos, e caminhando até a jarra próxima localizada na mesa de centro, estendeu a mão oferecendo um copo de agua.

- Obrigado. - Após dar um longo gole o ruivo suspirou. – Onde eu parei?-

- Em Deidara ser otimista.-

-Ele realmente era um máximo, brigávamos a cada instante, e eu realmente sentia que podia esgana-lo. Um dia sem perceber, eu estava roubando um selinho dele atrás da quadra de esportes. –

- Mas todo esse amor não foi o suficiente para manter ele vivo?!-

-Não...- Se revirando no colchão Sasori voltou a falar de um modo pesado. - Eu sempre... Digo sou muito egoísta, as vezes quero que o mundo obedeça as minhas vontades, como se eu fosse o dono da verdade. –

-A verdade é algo relativo, nunca encontraram uma verdade autentica e única. Mas não pode se culpar pelo resto da vida...-

-Eu sei. Por isso procurei o senhor, quero tirar isso da minha alma.- Engolindo seco ruivo prosseguiu. – Depois do ensino médio veio uma fase um tanto quanto ruim, fui expulso de casa pela minha avó. Uma senhora de idade com muitos preconceitos, e conservadora. Arrumei um trabalho temporário como garçom e passei a morar com o Deidei em uma casa humilde em um bairro em desenvolvimento. Tivemos muita sorte, o lugar já estava todo mobiliado quando chegamos. E para quem não tinha nada, aquilo era um palácio. –

-E quando começaram a visões?-

-Na mesma época. De frente para cama havia um grande armário. Daqueles antigos de madeira vermelha, resistentes ao tempo...- Sentindo um calafrio percorrer a nuca, Sasori parou por um instante. – Eu ouvia grunhidos a noite, as vezes uma risada sussurrada e distante. E por mais que eu fechasse as portas do guarda roupa, sempre amanhecia semi aberta, nada mais que alguns centímetros centímetro. Quem realmente não gostava era Deidara, sempre fazia um escândalo, pedia a todo custo que me livrasse do móvel.-

-E se livrou?-

-Não... Eu sempre caçoava dele. As vezes me odeio tanto por ser assim. – Respirando fundo Sasori fitou Kakuzu.- Quanto tempo temos ainda?-

-Trinta e oito minutos.- O moreno pronunciou olhando para pulso.

-Então... Depois daquele ano de prova, o período seguinte foi o melhor, nada nos afetou. Eu comecei a minha faculdade de artes, e o Deidei arrumou um emprego meio expediente. Comprávamos tudo o que tínhamos vontade, saiamos com muita frequência. As vezes tenho vontade de voltar no tempo, e reviver o ano passado inteiro. –

-Mas não pode.-

-Realmente não... Deidara volta e meia me acordava de madrugada, dizendo ouvir algo sobre sons estranhos. Mas estava tão cansado pelo trabalho e pela faculdade, que a única coisa que fazia de útil era rolar e dormir. –

- Ele também o via?-

-Sim... Acho que para ele era bem pior, lembro que chegou a ficar uma semana sem dormir. Foi o maior fator decisivo para ele se demitido, e passar mais tempo daquela maldita casa... Um dia cheguei em casa e tive uma surpresa. Deidara estava em cima da cama com uma criança em seu colo. – Sasori remexeu novamente no sofá e passou a olhar fixamente para a janela. – Um bebê de um ano e meio, loiro de olhos azuis igual ao do Deidei o nome dele era Naruto. Ele me explicou que a criança era filho da vizinha que havia sumido, e queria ficar com ele. –

-Mesmo sendo rígido você permitiu ele ficar com a criança?-

-Relutei bastante Kakuzu, mas não sou um robô. Sabia que Deidara estava bastante atormentado e que a criança seria um divisor de águas. E mesmo sabendo que as chances de adoção seriam mínimas entramos com o processo de adoção.-

-Um passo bastante ousado.- Kakuzu observou que faltava apenas vinte e cinco minutos para o fim da sessão.-

- Sim, éramos jovens sem casa própria ou estabilidade financeira, nossas chances eram escassas. Mas provisoriamente Naruto era nosso. Não passou nenhum mês direito, o pequeno virou nosso xodó. Até mesmo eu que sou um saco, me peguei comprando aqueles mobiles para pendurar no teto... Imagina eu. –

-Realmente...-

-Eu o amava doutor, os dois. Eu os amava muito.- Usando a manga do moletom o ruivo secou as lagrimas. – Mas não deu dois meses, e o garoto começou a falar papão... –

-Bicho papão?!- Kakuzu questionou recebendo um aceno positivo como resposta.

-Eu sei... Não é loucura. Todos me dizem que estou sem nenhuma sanidade. Eu agi do mesmo jeito com o Deidara, em uma noite Naruto dormia na cama conosco. Tivemos uma briga feia, mas eu sempre ganhava uma discursão, e ficou decidido que aquela noite Naruto dormiria no outro quarto.s–

-Aconteceu algo?-

-Sim. Acordamos no meio da noite com os gritos dele. Deidara o abraçava enquanto eu fiquei imóvel ao ver a quantidade de sangue em cima da cama, passamos a noite na delegacia.-

-E o que houve?-

-A perícia constatou que ele teve um ataque cardíaco.-

-E o sangue?-

-Uma artéria se rompeu, pelo menos é o que me disseram. Eu e Deidara ficamos arrasados. Não conversamos muito, mas ficou decidido em se mudar. Aquele lugar estava amaldiçoado e só queríamos fugir.-

-Da criatura, ou do passado?-

-Os dois. Como eu já estava estagiando deu para dar entrada em uma casa na área nobre. Demorou bastante para reatarmos o relacionamento e por algum tempo tivemos paz.-

-Talvez vocês estivessem assumindo os próprios erros e su...-

-Não Kakuzu. Aquilo estava a nossa procura, sumimos. Aposto que ficou louca ao saber que tínhamos ido embora. Infelizmente ela nos descobriu e o inferno voltou. Deidara voltou a ver e ouvir.-

-E você como procedia?-

-Fingia, fui covarde. O chamei de louco e o deixei morrer. Naquela noite de sexta, brigamos mais uma vez, e não sei o porquê tocamos no nome do Naruto. Deidara ficou tão magoado que me acertou um soco.-

-Você devolveu?-

-Não... Nunca seria capaz. O tranquei no quarto, passei horas ouvindo ele chorar e falar coisas que não gostaria... Só me lembro de acordar com os gritos dele. Imediatamente destranquei a porta, e o vi morto. Com os olhos abertos e sangue por toda a parte. – Sasori fungou sentindo lagrimas quentes escorregar. – E mais uma vez fui um covarde, corri para fora e fui para um bar...-

Ruivo foi interrompido por uma mulher baixa de cabelos azuis.

-Senhor Kakuzu vim informar que horário do paciente se encerrou a dez minutos.- A secretaria fechou a porta deixando os dois sozinhos.

-Realmente vai ser um trabalho árduo, mas creio que vamos conseguir aliviar essa culpa que sente.- Kakuzu estendeu uma folha. -Aqui estão dois remédios, para insônia, e outro para ansiedade, só seguir os passos. –

-Obrigado doutor.-

-Imagina Sasori, antes de sair, não se esqueça de marcar outra consulta com a Konan.-

Ruivo saiu do consultório e caminhou rumo a bancada, uma placa vermelha estava escrito “Sai para almoço.”

-Kakuzu?!- Sasori bateu algumas vezes na porta antes de entrar. -Tentei marcar hora com a...- Ruivo parou de falar ao ver uma trilha de sangue que desdobrava se até a parte de trás do sofá. – Doutor está tudo bem?-

Por alguns breves segundos ele não obteve resposta.

-Estou bem.- Uma voz rouca ressoou pela o ambiente.

Subitamente a porta fechou e algo rolou em direção ao Sasori que por reflexo correu para outro extremo.

-Meu deus.- Ele balbuciou ao ver a cabeça do Kakuzu para de rolar e estacionar perto da porta.

-Estou bem!!!!!- Novamente a voz rouca prenunciou.

 Sasori tentou gritar, mas algo segurou o pescoço dele. E rapidamente foi ouvido o estalar do pescoço do ruivo sendo quebrado.



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