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História Armário Otário - Quando o mundo inteiro não é suficiente para uma pessoa só.


Escrita por: DanshinQueen

Notas do Autor


Uhuul, consegui manter atualizações, viadons. Não tenho muito para falar dessa vez, só vai.

Boa leitura e até as notas finais! o/

P.S: ESQUECI DE AVISAR QUE A HISTÓRIA ESTÁ DE CAPA NOVA GRAÇAS A LOBERTOR \O/
Muito obrigada, moza1 <3
Vão buscar as histórias dela que também são muito boas.

Capítulo 4 - Quando o mundo inteiro não é suficiente para uma pessoa só.


Infelizmente, Son Wendy não foi capaz de evitar o acidente, mas seu grito foi alto o suficiente para assustar Kang Seulgi e impedir que a garota fizesse mais do que encostar na forma quente por alguns segundos com a ponta dos dedos. Mesmo assim, o pânico teria sido o mesmo se Seulgi tivesse queimado toda a palma da mão. A Kang gritou e pela primeira vez Wendy a ouviu xingar. Mais desesperada que a própria Seulgi, que dava pulinhos e gemia de dor, Wendy foi rápida em abrir a torneira e guiar as mãos de Seulgi para baixo da água corrente.

Aos poucos a água deixou a situação mais confortável para Seulgi, pelo menos enquanto seus dedos estavam em contato com ela. E enquanto isso, Wendy teve que revirar os armários da cozinha e do banheiro principal da casa em busca de uma pomada para queimaduras que nem Seulgi sabia ao certo onde era guardada. Wendy a encontrou no gabinete do banheiro, e Seulgi, ainda com cara de choro, quando viu Wendy, retornar se recostou a bancada e estendeu a mão direita para que a Son pudesse tratar dos seus dedos avermelhados.

- Desculpa... – Seulgi choramingou, em parte porque ainda ardia, e muito, mas também por lamentar sua própria falta de jeito para as coisas. Como podia ser tão desastrada?

- Desculpa por quê? Eu devia ter me ligado antes! – Wendy tomava tanto cuidado para passar a pomada suavemente que até meio vesga estava.

- Aigo... Será que meus pais escutaram? – Seulgi olhou para cima. Os dois tinham subido para o quarto havia algum tempo.

- Espero que não, não quero levar uma bronca por ter deixado a filha deles se machucar logo no meu primeiro dia aqui. – Wendy negou com a cabeça apenas por pensar naquela possibilidade.

- Provavelmente não, eu levaria a bronca por causar pânico nas visitas. – Seulgi suspirou desanimada. – Como eu vou fazer para desenhar assim? Saco...

- Fazendo compressas de água e aplicando protetor solar sempre que sair, logo estará boa. Quem sabe não serve de inspiração para uma versão engraçada da coisa? – Wendy tentou animá-la com aquela possibilidade, mas Seulgi continuava com os olhos lacrimejando e com um biquinho revoltado. Parecia um nenê.

- Que merda... – Seulgi lamentou mais uma vez, mas suspirou, desistindo de entrar em mais lamúrias, e simplesmente aceitou o seu estado atual. – Sobre o Lucas... – Seulgi começou, atraindo a atenção de Wendy. – Como você deve saber, ele é capitão do time e faz parte da banda marcial, então não tem muito tempo para fazer os deveres a tempo. Eu empresto o meu caderno quando ele está muito ocupado. Nós achamos que usar o armário seria mais discreto, então...

- Oh... – Wendy se viu chocada, sim, pela informação. Um pouquinho decepcionada também, após saber que Lucas Wong não era exatamente o bom aluno que tinha a fama de ser, mas, bem... Ele ainda era excelente em todas as outras coisas, não?

- Ele não me paga para isso nem nada, ok? – Seulgi se apressou em dizer, tanto para tentar aliviar o visível luto de Wendy quanto para limpar sua barra em uma possível denúncia à direção ou algo do tipo. – Ele não copia exatamente minhas palavras, e eu só faço isso porque ele é um grande amigo!

- Não esquenta, eu não tenho nada a ver com isso! – Wendy negou com a cabeça e fechou a pomada após terminar seu trabalho. – Mas e você, não fica sobrecarregada? Não é como se tivesse menos obrigações com o clube e os webtoons.

- Bem, não é como se eu tivesse uma vida social... – Seulgi disse em tom de brincadeira e ouviu uma risadinha vinda de Wendy, que já colocava uma luva para retirar a forma do forno. Seulgi encarava a ponta dos dedos avermelhadas. Ainda ardiam como se houvesse fogo sob sua pele, mas tomaria cuidado para não sujar as coisas com a pomada. – Corte alguns pedaços para você e leve para casa, por favor.

- Imagina, não precisa! – Wendy recusou educadamente ao deixar a forma sobre a bancada e pegou uma faca que havia sido deixada ali para partir o bolo. – Corto em quadradinhos? – Perguntou e teve como resposta da Kang o balançar positivo de sua cabeça. – Certo.

- Prove um pedaço. – Fingindo que a queimação não existia, Seulgi foi até os armários e retirou de lá um pratinho e um garfo, deixando-o ao lado da forma. Tudo isso usando a mão sã, obviamente.

- Ficou com uma cara boa, pelo menos. – Wendy retirou um dos pedaços do bolo e o deixou sobre o prato. Com a ajuda do garfo, levou uma porção do brownie à boca. Seulgi observou atentamente a reação da Son ao mastigar, essa que foi lentamente arregalando os olhos conforme o bolo desmanchava em sua boca. – Ficou ótimo, sério!

- De verdade? – Seulgi desconfiou, ainda que tivesse um sorriso bobão e orgulhoso no rosto.

- Prove só. – Wendy garfou um pedaço generoso para Seulgi também e, mesmo achando aquilo gay demais, levou até a boca da Kang, com cuidado para não derrubar farelos. A Kang também ficava fofa fingindo não estar constrangida. Wendy assistiu a expressão de Seulgi mudar aos poucos, ao ponto que não se tornou muito diferente da sua.

- Esse é o primeiro bolo que eu faço que não fica com gosto de borracha, sério! – Seulgi cobriu a boca com a mão ao falar, parecendo até assustada com o resultado de sua obra-prima.

- Borracha? – Wendy não conseguiu não rir alto daquela comparação. Seulgi tinha um jeitinho engraçado de dizer as coisas. – E não esquenta, estou agradecida por ter ajudado.

- Tem certeza que não quer levar nem um pedacinho? Eu insisto, por favor. – Seulgi perguntou e, após pensar um pouquinho melhor, Wendy acabou aquiescendo.

- Já que você insiste... – Wendy disse em um tom divertido que causou risadinhas nas duas, que negaram com a cabeça. Seulgi trouxe uma pequena vasilha para que Wendy colocasse ali alguns brownies para si e para a família. – E de novo, desculpa sobre o lance com seu amigo.

- Tudo bem, de verdade, não esquente com isso. – Seulgi enfatizou ao negar com a cabeça e sorriu para a Son. Wendy, sem jeito, só conseguiu sorrir constrangida e voltar a repartir o bolo.

Seulgi era tão gentil enquanto ela precisaria do resto da vida para se redimir de seus pecados...

...

- Mas o que é isso? – Sooyoung e Yeri esperavam Seulgi do lado de fora da casa, como em toda segunda-feira, e ambas ergueram a sobrancelha quando Seulgi apareceu com dois potinhos e uma das mãos cheia de curativos coloridos nas pontas dos dedos.

- Brownies para você e para Yeri.  – Seulgi entregou os lanchinhos para suas devidas donas, que estranharam ainda mais a situação.

- Você que fez, né? – Yeri buscou confirmação ao abrir a tampa do pote.

- Yah! – Seulgi reclamou ao ver a Kim dar uma boa farejada em busca de algum cheiro estranho. – Eu juro para vocês que está bom, até o oppa gostou!

- Só para checar. – Yeri deu de ombros e tirou a mochila das costas, assim como Sooyoung, para que pudesse guardar o lanchinho.

- E isso nos dedos? Conseguiu cortar todos eles? – Sooyoung perguntou e, logo em seguida, seguiram caminho para a escola. Seulgi entre as duas, como sempre.

- Na verdade eu os queimei na hora de pegar a forma. Eu não sei se devia ter posto curativo, mas incomoda ainda se ficar raspando nas coisas. – Seulgi explicou e na mesma hora as amigas começaram a rir de sua cara, sem pudor algum. – Eu estava distraída, ok? Acontece com todo mundo!

- Tá, que você é desligada a gente já sabe. Mas e como foi com a tal garota da carta, já que você nos enrolou até hoje para dizer algo? – Yeri fez a pergunta e a postura de Seulgi refletiu o seu desânimo para com o assunto.

- Abortem qualquer plano que vocês tenham elaborado para hoje. Ela me contou quem era, um garoto. – De repente, a desmotivação de Seulgi pareceu contagiar as outras duas.

- E quem é? Aposto que não chega nem aos seus pés! – Sooyoung perguntou. Ela e Yeri tinham um jeitinho estranho. Ou estavam fazendo Seulgi passar vergonha, ou a elogiando gratuitamente dessa forma.

- Isso não é relevante! – Seulgi protestou e Yeri fez um biquinho infeliz. – Enfim, eu ofereci ajuda.

- VOCÊ O QUÊ?! – Yeri até parou de andar, tamanha a sua indignação, obrigando as outras duas a também diminuírem seus passos.

- Unnie, assim fica difícil te defender... – Sooyoung compartilhava do sentimento da Kim, mas o expressou com um facepalm.

- Ela sempre foi querida comigo, por que eu não iria ajuda-la? – Seulgi questionou, sem entender o porquê de toda aquela polêmica. – Não é como se eu tivesse chance alguma desde o começo, de qualquer forma.

- Eu queria que você fosse um pouquinho mais egoísta. – Yeri gesticulou fazendo um espaço relativamente grande entre seu polegar indicador. Sooyoung concordou, mas a discussão não se prolongou. Simplesmente desistiram da amiga e voltaram a caminhar. – Sério, Kang Seulgi, onde já se viu...

...

A missão de entregadora de Kang Seulgi não havia terminado com as melhores amigas. Sentia-se um pouco como o protagonista de Death Stranding, mas seus dois maiores obstáculos já tinham ido para as ruas respectivas salas de aula.

Ao chegar a sua, Seulgi precisava chegar aos seus últimos dois destinatários, e um deles já estava devidamente sentado em sua carteira, com os materiais organizados na mesa e focado em um livro. A classe estava uma bagunça e faltava algum tempo para a aula começar. Seulgi decidiu simplesmente entrar, já tirando o penúltimo pote de sua mochila.

- Bom dia! – Cumprimentou e, na mesma hora, Bae Joohyun interrompeu a sua leitura. – Isso é de sexta, mas estavam na geladeira, então... Não sei se estão tão bons quanto os de Seungwan, mas... – Seulgi entregou os brownies para Joohyun que, ainda que confusa, aceitou o pequeno presente.

- É para mim? – Joohyun fez questão de confirmar e viu Seulgi assentir. – Uau, obrigada! Não precisava, de verdade!

- Tudo bem, a receita deu uma forma gigante! – Seulgi balançou a mão, sem dar importância.

- E sinto muito pelo acidente, Wendy me contou. – Joohyun fez uma expressão de dor ao apontar para a mão direita de Seulgi.

- Ah, isso está bem melhor, nem chegou a fazer bolhas. – Seulgi falou ao observar os próprios band-aids com diferentes ilustrações meigas. – Só é ruim não poder desenhar e tudo mais...

- Eu posso te emprestar minhas anotações depois, se quiser tirar fotos ou algo assim. – Joohyun ofereceu, e Seulgi pareceu se animar com a ideia.

- Eu agradeceria, de verdade! – A Kang pareceu até um pouco aliviada, mesmo que por alguns segundos. Logo depois, sua expressão se tornou um pouco temerosa. – Hm, Joohyun... Seungwan-ssi me contou sobre o lance com a cartinha, você sabia, né?

- Bem, sim... – Joohyun se ajeitou no assento, ligeiramente desconfortável por ter que assumir aquilo. – Desculpa não ter dito nada, mas eu achei que ela deveria contar. Eu fiquei feliz sabendo que ela tenha superou a vergonha para isso.

- Não, tudo bem. Eu também não tinha entendido por que ela mandaria algo do tipo para mim, agora faz um pouquinho de sentido. – Seulgi respondeu, coçando a nuca.

- Você acha que faz? – Joohyun cruzou os braços sobre a mesa ao questionar.

- Bem, acho que sim. Não seria a primeira vez que alguém se aproxima de mim por conta dele, então... – Seulgi disse sem dar importância, mas percebeu que não fora uma resposta muito bem recebida quando Joohyun a encarou boquiaberta.

- Não era em relação a ele que eu falava. – Seulgi tinha a impressão de que a Bae não estava muito feliz.

- Faz sentido... Eu disse demais, não é? – Seulgi sorriu sem graça e Joohyun simplesmente assentiu. Mas, para a surpresa da Kang, Joohyun puxou uma cadeira para o seu lado e indicou para que ela sentasse ali. Seulgi se sentiu compelida a obedecer.

- Você se importa se eu desabafar um pouco contigo? Eu tento falar com Wendy, mas ela não me ouve... – Joohyun respirou profundamente e Seulgi apenas aquiesceu. – Você acabou de dizer que não faria sentido se Wendy te mandasse uma carta, sendo que mal se conhecem. Então por que faria sentido ela mandar uma para o seu amigo?

- Por que ela o acha bonito, talvez. – Seulgi sugeriu e Joohyun respirou fundo outra vez. Não era possível que Son Seungwan e Kang Seulgi compartilhavam o mesmo neurônio.

- Tá, isso faria sentido se ela falasse apenas em ficar com ele, mas ela o trata como se fossem se casar, ter cinco filhos, três cachorros e dois gatos! – Seulgi riu da revolta de Joohyun, mas a entendia. Ela e Yeri também não suportavam nenhuma das quinhentas mil vezes que Park Sooyoung dizia ter encontrado o seu príncipe encantado.

- Talvez ela só seja romântica... – Seulgi deu de ombros. Era realmente uma situação engraçada.

- E talvez eu tenha nascido para ser tia, mesmo. – Joohyun franziu o nariz e apoiou o cotovelo na mesa, descansando o queixo na palma de sua mão. – E o que você tem a me dizer sobre ele para que eu aceite esse fato com um pouco mais de paz de espírito?

- Hm... Ele não é melhor nem pior que a maioria dos garotos...? – Seulgi mais pensou em voz alta do que afirmou alguma coisa. – Ele já teve um relacionamento de quase um ano, e apesar de ter ficado com algumas garotas, eu nunca o vi sendo um garoto escroto com nenhuma delas.

- Então acha que eu poderia ficar de consciência limpa se acontecesse algo de fato entre eles? – Joohyun perguntou e, após pensar um pouco, Seulgi assentiu.

- Eu fico de olho e dou umas broncas no meu irmão, por que não faria o mesmo com um amigo? – Seulgi respondeu e Joohyun riu da resposta. Poderia contar com Seulgi, pelo menos.

- Era só isso, muito obrigada. E o assunto acabou de chegar. – Joohyun indicou com os olhos, discretamente, o garoto que havia acabado de passar pela porta. – Ah, e Seulgi, sei que Wendy pode ser meio desnecessária às vezes, mas não leve a mal. Eu tento, mas ela é cabeça dura às vezes.

- Não esquenta, eu sei que ela é uma pessoa boa, no fim das contas. Eu tenho a expectativa de que Yeri e Sooyoung ainda representam uma minoria. – Seulgi deu de ombros.

- Certo, vá se gabar na sua carteira. – Joohyun revirou os olhos e enxotou Seulgi com um gestou de mãos, desviando o olhar como se não aguentasse mais encarar a Kang, que apenas riu e levou consigo a cadeira, a arrastando para a mesa ao lado antes de se sentar.

- E aí, o que cê aprontou que a Bae estava te dando uma bronca? – Lucas, que já estava sentado na cadeira logo atrás, perguntou, observando a amiga revirar a mochila. Ao invés de responder, Seulgi apenas o entregou a última vasilha com brownies que havia em sua bolsa. – Uau, você que fez?

- De nada. – Seulgi sorriu amarelo e revirou os olhos quando o garoto abriu a vasilha e farejou o conteúdo. – Aish, por que vocês fazem isso?

- Depois que você nos deu aqueles cookies com gosto de farinha e ovo no dia dos namorados, é esperado, não? – As sobrancelhas de Lucas se ergueram rapidamente. Parecia tudo certo com a aparência e cheiro do bolo.

- É, mas com esse deu tudo certo. Na verdade, Seungwan só faltou pegar na minha mão para ajudar. – Seulgi franziu a testa para si mesma. Estranhou o silêncio do Wong, e não se surpreendeu quando o viu rindo para si de forma nada ambígua. Seulgi sabia muito bem o que aquilo significava, então só negou com a cabeça e se virou para frente.

- Oh, valeu, foi mal! E que porra é essa no seu dedo? – O garoto insistiu, mas a Kang fingiu não ouvir. – Ah, qual é, Seulgi, que sensibilidade é essa? Eu aguento quando é você enchendo o meu saco!

...

Son Wendy estava indignada. Parecia que metade do refeitório havia ganhado os brownies de Seulgi. Joohyun, logo a sua frente, as amigas da garota, à algumas mesas de distância, e até Wong Lucas! O que ela teria falado para ele sobre sexta, se é que dissera algo?

- Kang Seulgi é impossível... – Falou em voz alta, atraindo a atenção de Joohyun, que estava prestes a levar uma garfada a boca e interrompeu sua ação.

- Por que? – Perguntou, temerosa com o que viria em seguida.

- Como alguém pode ser tão altruísta? – Wendy parecia mais chocada do que qualquer outra coisa.

- Por que, ela não te deu bolo também? – Joohyun riu da visão típica de Wendy de olhos arregalados.

- Deu, e eu comi tudo no fim de semana. Ou seja, estou me sentindo uma baleia. – Wendy suspirou desanimada. – Eu não queria ter que confessar isso, mas você venceu.

- Venci o que? – Joohyun franziu a testa.

- O mundo realmente não merece Kang Seulgi. – E a postura caída de Wendy refletia muito bem sua derrota. Ainda que surpresa, Joohyun soltou o garfo e bateu palmas lentas para a amiga. Fora iluminada, finalmente. – Você não vai acreditar, e eu não falei nada antes porque não sabia o que fazer a respeito. Não que agora eu saiba, mas... Ela me ofereceu ajuda com o Lucas, e eu não sei se seria certo aceitar...

- Uau... – Ao contrário do que Wendy esperava, a expressão de Joohyun foi apenas uma gigantesca cara de paisagem. – Eu acho que você deveria considerar se realmente precisa da ajuda dela, mas já que ela se ofereceu para isso, é por que não tem problema nenhum com isso, não?

Wendy se viu sem resposta por uma fração de segundos.

- Você bateu a cabeça ou ela te enfeitiçou com esse brownie, para estar aceitando tudo tão bem? – Questionou a Son, desconfiadíssima.

- Eu conversei com ela. – Joohyun deu de ombros e o queixo de Wendy caiu. – Ela disse que confia o suficiente no Lucas e que ficaria de olho nele mesmo assim. Confio em Seulgi, então não vou questionar mais sua paixonite... Em voz alta.

- Eu vou agradecer Kang Seulgi de joelhos mais tarde... – Wendy riu desacreditada. – Mas eu ainda não sei se seria certo. Ok, ela me ajuda, eu consigo ficar com Lucas, mas eu tenho medo de nossa relação se perder depois e parecer que foi apenas interesse, entende?

- E não era assim que você queria antes? – Ai. Como sempre, Bae Joohyun não tinha medo de jogar as coisas em sua cara. Wendy levou as mãos aos cabelos e resmungou frustrada, fazendo Joohyun rir baixinho. – Se pedir ajuda para falar parece demais, você ainda pode fazer algumas perguntar a respeito dele para ela, não? Talvez conhecê-lo melhor de antemão te dê mais confiança.

- Por isso que eu te amo, Bae Joohyun... – Wendy falou quase assombrada com a genialidade da amiga.

- De nada. – Joohyun sorriu, convicta, erguendo o seu garfo como se fosse uma taça de um vinho chique. – E estou orgulhosa por você. Honestidade sempre torna as coisas mais fáceis no longo prazo.

Agora que tinha um plano excelente em mente, só faltava a Son Wendy saber como executá-lo...

...

Wendy precisou de mais três dias para decidir o que fazer, e solução veio num lampejo de genialidade misturada com desespero. Não era possível que ninguém no mundo nunca houvesse feito uma lista com coisas a se levar em conta para decidir se um cara vale a pena, não? Em uma rápida consulta ao pai dos burros do século XXI, também conhecido como Google, Wendy encontrou dezenas delas.

Teve que filtrar as perguntas, pois muitas eram completamente estúpidas e poucas ela já sabia a resposta. Talvez seu TOC a tenha feito escrever todas as perguntas que julgava serem importantes em um bloquinho de notas e, tendo suas respostas, decidiria se e como devia chamar Lucas para sair. E talvez Kang Seulgi pudesse ajudar o processo a ser mais rápido...

Por isso, aproveitou o horário de almoço da sexta, naquele momento em que todos já terminaram de comer e começam a se espalhar pelos quatro cantos da escola, num momento de relaxamento antes das aulas da tarde. Wendy suspirou para tomar coragem e, sem dar muitas explicações para Joohyun, foi atrás da garota que sentava com as duas amigas, como sempre.

- Hm... Seulgi, será que podemos conversar por um segundo? – Wendy pediu, atraindo a atenção das três para si. Desentendida, Seulgi trocou olhares com as amigas antes de assentir.

- Claro.

- Por aqui. – Wendy pediu para que a Kang a acompanhasse a esperou para que seguissem lado a lado até o pátio central, onde havia um jardim que aos poucos voltava a recuperar as folhas perdidas no inverno. Wendy só voltou a falar quando pararam a sombra de uma árvore. Estava ligeiramente nervosa, por algum motivo, estando sozinha ali com Seulgi. – Eu pensei naquela sua pergunta.

- Que pergunta? – Seulgi perguntou. Wendy ficou sem saber se deveria rir, achando que era uma brincadeira, ou se deveria rir pela memória de amendoim da outra.

- Sobre o seu amigo... – Wendy esperou não precisar ser mais específica do que aquilo. Para sua sorte, Seulgi aquiesceu lentamente e bateu na própria testa ao se lembrar. – Eu decidi que vou fazer isso sozinha, mas tenho umas perguntas a te fazer, se você topar, claro.

- Ah, certo. Tudo bem. – Seulgi reafirmou com um sorriso e meteu as mãos nos bolsos do paletó, se preparando para o que quer que viesse em seguida. Ela era horrível para responder perguntas sobre si mesma, quem dirá sobre Lucas. Mas Wendy não precisava saber disso e ela podia tentar.

- Ok... – Inesperadamente, Wendy tirou um bloquinho de notas do bolso do uniforme. – Por favor, não tire sarro, é só para eu me organizar.

- Eu não julgo, eu devia fazer a mesma coisa. – Seulgi disse, apesar de rir baixinho.

- Aliás, como eu sou mal-educada. – Wendy fechou os olhos com força, indignada consigo mesma. – Como está sua mão?

- Melhor agora. – Seulgi tirou a mão direita do blazer e os estendeu em direção a Wendy. Estavam minimamente vermelhos, mas já davam sinais de cicatrização. E Seulgi não usava mais curativos. – Só é estranho que ficaram mais ásperos do que eram antigamente. – Sentindo que tinha a permissão, Wendy tocou gentilmente a ponta dos dedos da Kang, confirmando a sua fala. A única coisa estranha era que Seulgi tinha cheiro de canela, mas sua mão cheirava a pêssego? – Joohyun disse que eu devo hidrata-la sempre para voltar ao normal, então ela me emprestou o hidratante mais cedo. Eu achava que era coisa de internet as pessoas andarem com isso na bolsa.

Claro, Bae Joohyun. Bae Joohyun tinha cheiro de pêssego desde quando, a propósito?

- É, realmente, é uma boa ideia. – Wendy coçou a garganta e afastou suas mãos da de Seulgi. Talvez ficar segurando demais a sua mão fosse estranho.

- É cheirosinho, também. – Seulgi literalmente levou a mão ao nariz para cheirá-la. Teria sido bizarro também, se não fosse fofo.

- Então você gosta de pêssego? – Wendy sorria confiante, como se tivesse descoberto aquilo como Sherlock Holmes.

- Eu gosto de tudo que é cheiroso, na verdade. – Seulgi tentou se explicar, mas Wendy só achou a resposta ainda mais engraçada e interessante. – E o seu perfume favorito?

- O meu? – Wendy apontou para si própria, como que para confirmar. – Eu já tive fases mais florais e frutais, mas recentemente tenho gostado bastante dos amadeirados e orientais... – Como toda pergunta feita a ela, Wendy levou aquela a sério demais.

- Combinam contigo. – Seulgi tirou aquela conclusão e Wendy, sem saber da onde aquilo vinha, ergueu uma sobrancelha para ela. – Têm algo de mais maduro e elegante.

- Eu pareço ser madura e elegante? – Wendy quase engasgou ao mesmo tempo em que riu. Aquela era a última maneira que descreveria a si mesma. Se via mais como infantil e desastrada. De novo era um daqueles elogios inesperados vindos de Seulgi que a deixavam constrangida, até porque não condiziam com a realidade. Sacudiu a cabeça, após toda aquela distração. – Enfim, de volta as perguntas.

- Ok. – Seulgi voltou a posição atenta, com as mãos nos bolsos.

- Ele é solteiro? – Wendy perguntou e Seulgi imediatamente assentiu. – Ele está interessado em alguém no momento?

- Não que eu saiba. – Seulgi negou com a cabeça.

- Ele costuma te contar sobre os interesses românticos dele, então? – Wendy foi tão ligeira com a pergunta que pegou Seulgi de surpresa.

- Eu não sei sobre todas as garotas com quem ele fica, mas quando o interesse parte dele, ele me conta, geralmente... Acho. – Seulgi coçou a nuca ao refletir.

- Tá... – Wendy passou os olhos pela lista, pensando o que seria relevante perguntar. – O que ele quer da vida?

- O que ele quer da vida? – Seulgi repetiu a pergunta, para saber se tinha ouvido direito. – Bem, sei que ele está se esforçando bastante no futebol para tentar uma bolsa esportiva na faculdade, mas, desculpa, eu não lembro o que ele quer fazer...

- Tudo bem, relaxa. – Wendy gesticulou com a mão, pedindo para que Seulgi não esquentasse demais com as perguntas. – Que tipo de música, filme e livro ele gosta?

- Hip-hop, definitivamente. – Seulgi olhou para cima ao pensar. – Filmes de ação e heróis... Não é o tipo que lê livros, exatamente, mas ele é bem fã de Slam Dunk.

- É, eu já esperava algo do tipo. – Wendy deu de ombros. – Ele é do tipo festeiro ou filme em casa?

- Comigo, em casa. Ele vai a festas também, mas como eu quase nunca topo, ele nem sempre me chama. – Seulgi coçou o queixo ao dar aquela resposta que, para Wendy, não podia ser mais inconclusiva.

- A última agora. – Wendy coçou a garganta. Aquela seria uma pergunta de extrema importância. – O que você tem a dizer sobre os amigos e garotas com as quais ele já ficou? São boas pessoas ou você se envergonharia delas?

- Hm... – Seulgi coçou a cabeça. Não sabia nada dos garotos do time de futebol ou das garotas, sinal de que ela não era do tipo que fazia muitas perguntas as amizades. – Se te ajuda, a namorada dele era até que bacana. Você deve conhece-la, a –

- Prefiro não saber com tantos detalhes. – Wendy a interrompeu, causando risos em Seulgi. – O resto terei que responder por mim mesma, mas já me sinto um pouquinho mais preparada, obrigada.

- Se precisar, já sabe. – Seulgi fez um movimento estranho com os dois olhos. Aquilo era para ser uma piscadinha? Wendy não soube como reagir, mas também não conseguiu controlar seu ataque de risos. A Kang ficou sem entender o motivo das risadas ou do soquinho que levou no ombro, mas riu mesmo assim. – Hm... O que foi?

- Você é única, Kang Seulgi. – Wendy negou com a cabeça e guardou seu bloquinho de volta no bolso do blazer. – Podemos voltar agora, não quero te prender aqui durante todo o intervalo.

- Tudo bem, vamos? – Seulgi indicou com a cabeça e, após Wendy aquiescer, seguiram de volta em direção ao prédio do refeitório, lado a lado e sem nenhuma pressa. Seulgi só não contava em ver Park Sooyoung e Kim Yeri aguardando por elas na passagem do corredor que ligava a área externa aos demais espaços. Engoliu em seco, pensando que o pior estava por vir quando Sooyoung estendeu sua mão para a Son.

- Park Sooyoung. – Mesmo sem aparentemente entender muita coisa, Wendy estendeu a mão para a Park. – Já que Seulgi não nos apresenta ao resto das amigas.

- Kim Yeri. – A mais baixa se apresentou com um simples aceno. Seulgi estava ocupada revirando os olhos.

- É um prazer, conhecê-las, sou Son Wendy. – Wendy se apresentou, fazendo breves reverências que foram retribuídas.

- Eu só não apresentei antes porque vocês ainda não tinham se encontrado. – Seulgi estralava os próprios dedos, desconfortável com aquela situação que tinha tudo para ser constrangedora. Para sua sorte, conseguia enxergar Bae Juhyun vindo em direção a elas.

- O sino acabou de bater. – Joohyun chegou avisando, com um sorriso amigável às amigas de Seulgi. – Yeri-ssi, Sooyoung-ssi, boa tarde.

- A gente só estava se apresentando a sua amiga, já que agora ela anda com a Seulgi também. – Yeri apoiou o braço ao redor dos ombros de Sooyoung, que cruzou os braços e aquiesceu sorridente.

- Seria legal fazer algo juntas qualquer dia! – Sooyoung sugeriu, com seu sorriso brilhante de sempre. Apenas Joohyun e Yeri pareceram animadas com a proposta. Wendy ainda tinha um pouquinho de medo daquelas duas, e Seulgi não se encontrava de maneira diferente, ainda que por motivos diferentes.

- Claro, Seulgi tem nosso número! – Joohyun assentiu, também puxando Wendy para um abraço de lado. – Bem, até qualquer hora, meninas!

- Até! – Sooyoung e Yeri responderam em voz alta, mas Seulgi só se limitou a acenar, emudecida, e Wendy se deixou ser arrastada, igualmente paralisada.

- Você realmente conhece todo mundo na escola? – Wendy indagou em um sussurro, mas tão áspero que deixava óbvio sua indignação.

- Ah, não. Eu não conheço a maioria das crianças do primeiro ano. É que Kim Yeri é famosa na direção e secretaria, por falar demais nas aulas. – Joohyun explicou de uma forma que tudo parecia tão simples e óbvio que Wendy só pode aquiescer, mesmo achando estranho.

Por que diabos Joohyun não contava a ela tudo de uma vez, para não a tomar de um susto diferente a cada dia? Sinceramente, ela era a maior tagarela do mundo, era tão difícil assim para Joohyun retribuir?

...

Até o fim do dia letivo, Son Wendy tinha chegado a um objetivo, ainda que turvo: teria o fim de semana para pensar e, independentemente do quão consistente fosse o seu plano – até se ele de fato não existir -, iria falar com Lucas na segunda feira.

Manteria tudo em sigilo, para poupá-la da vergonha, caso tudo desse errado. Era difícil manter a boca fechada, com Joohyun caminhando em silêncio ao seu lado, em direção ao armário da Son, que deixaria ali uns livros dos quais não precisaria para diminuir o peso da mochila em suas costas. O silêncio não era incômodo, só não era fácil para Wendy conter sua natureza faladeira para dar a Joohyun igual tratamento de silêncio sobre sua vida pessoal.

Pararam em frente ao armário da Son, que desbloqueou o armário com cuidado suficiente para não errar a senha outra vez. Abriu a mochila para retirar os livros, mas, antes mesmo de colocar o primeiro deles ali dentro, a quebra de silêncio por Joohyun chamou sua atenção.

- O que é aquilo? – A Bae perguntou, observando o envelope em formato de carta deixado ali. Dizia “para: Son Seungwan”, na parte da frente, mas não havia remetente. Se algo acometeu Wendy, foi pânico total. Seu coração disparou, a voz sumiu e podia jurar que sentia suas pernas tremendo.

- O universo me odeia... – Wendy riu forçadamente, sua expressão completamente atormentada ao que tomou coragem para alcançar o envelope. Olhando mais de perto, Joohyun franziu a testa. Aquela caligrafia... Não teve tempo de olhar com mais atenção, porém, pois os dedos de Wendy hesitaram entre abrir ou não a carta naquele momento.

- Yah, abre logo! Você vai acabar me contando depois, mesmo! – Joohyun reclamou, irritada com a repentina vergonha da amiga.

- Tá bom, tá bom! – Wendy tentou acalmá-la ao abrir aquele adesivo de um emoji famoso do KakaoTalk sem muito cuidado, por conta da ansiedade multiplicada pela pressa de Joohyun.

Havia mais de uma folha ali dentro, uma que aparentemente era sulfite e outra provavelmente arrancada de um caderno, ambas dobradas para caberem no envelope. Wendy puxou a folha de caderno primeiro, a desdobrando. Joohyun chegou mais perto para ler o que estava ali escrito.

“Primeiro, eu peço desculpa se a sua surpresinha estiver amassada, é que era o único jeito de fazer caber na carta e passar pelo seu armário, eu não queria invadir sua privacidade. Eu sei que você pediu aquilo por brincadeira, mas ficou na minha cabeça desde então. Eu teria feito antes, se não fosse pelo pequeno incidente (não se culpe por isso, eu sou muito desligada TuT). Eu não sei exatamente quando você vai ver essa carta, mas desde antes de ontem – da data que escrevo isso – já consigo segurar o lápis sem problemas e resolvi retornar com o seu presente. Algo como “está tudo bem, apesar das situações desastrosas”.

Eu espero que goste, pois eu fiz com muito carinho. Essa é a versão que fiz a mão, eu achei que tivesse mais significado entregar ela do que uma versão digitalizada impressa. Eu posso fazer isso também, se você quiser, as impressoras lá do clube são muito boas, e eu não quero que você gaste dinheiro com isso, então, qualquer coisa, só me peça! Ah, e assim que terminar de ler isso e quiser a imagem digital, mande o emoji do lacre da carta para mim, assim eu sei que você leu tudo e não confundo as coisas, pois eu passo vergonha muito facilmente. Bem, nem sei se você vai querer a imagem para deixar de wallpaper ou qualquer coisa assim, talvez eu esteja esperando demais uma reação positiva sua, por algum motivo, enfim...

Emoji, Kakao. Espero que goste ><

KSG.”

- Ownt... – O sorriso inconsciente de Wendy desapareceu no momento que sua amiga pedra de gelo surtou daquele jeito absurdo, como se tivesse acabado de ver a coisa mais fofa do mundo. Talvez fosse, mas aquela não era uma reação esperada de Joohyun, pelo amor de deus. – Por que é no Lucas que você está interessada, mesmo? Me diga se isso não foi extremamente fofo.

- Ahn... Por que eu sou hétero? – Wendy se deu o trabalho de responder pergunta tão óbvia. – Você mesma me diz que Kang Seulgi é uma pessoa fofa, agora a cada demonstração de fofura você vai ver coisa onde não tem?

- Wendy, eu leio fanfic. Minha especialidade é ver coisa onde não tem. – Joohyun respondeu no mesmo tom de obviedade, fazendo a Son revirar os olhos. – Agora, rápido, quero ver o desenho.

- Você sabe que eu não sou obrigada a te mostrar, não é? – Wendy indagou e Joohyun apenas deu de ombros. Wendy suspirou e, em desistência, tirou a segunda folha dali. Tinha uma textura diferente da sulfite, e Wendy supôs que fosse algum papel de desenho.

Ao contrário dos desenhos típicos em estilo manhwa de Seulgi, aquele era mais como um retrato colorido de si, provavelmente de uma foto capturada em um momento distraída na cafeteria. Wendy ficou extremamente surpresa, assim como Joohyun. Era de fato um desenho excelente e transmitia o cuidado de Seulgi com os pequenos detalhes. E fazer aquilo em dois dias? Seulgi não fora apenas atenciosa, mas também dedicada.

Nunca recebera um desenho tão lindo de si mesma. Se é que recebera algum, fora os rabiscos monstruosos de Joohyun tirando sarro de sua cara. Como os cabelos eram repartidos do exato jeito que ela costumava usar, como o formato de seus olhos, nariz e boca eram tão precisos que Wendy sentia como se olhasse para uma foto sua.

- Heol... – Ouviu Joohyun murmurar.

- Pois é, Heol... – Daquela vez, Wendy teve que concordar. Era realmente impressionante e merecia todos os ownts que Joohyun quisesse dar. Tudo bem que Son Seungwan era uma manteiga facilmente derretida, mas se desse o mundo para Kang Seulgi, ainda assim acharia que não seria agradecimento o suficiente. – Por que ela tem que ser assim? Sério...

- Viu só? Eu amo estar certa sobre a índole das pessoas. – Joohyun sorriu convencida, dando uns tapinhas no ombro da Seungwan, que admitiu sua derrota com uma respiração profunda, dobrando o desenho e a carta com cuidado para guarda-los em sua mochila. Por pouco não esqueceu de deixar os livros no armário. Só não podia se esquecer de mandar o tal emoji para Seulgi.

Ah, e claro, pensar a respeito de como se aproximar de Lucas.


Notas Finais


Prioridades, Wendy. Prioridades.

Como sempre, tentei corrigir, mas me avisem de qualquer coisa.

Até o próximo capítulo e beijos no heart! *3*


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