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História Arquitetos do Eclipse - Naruhina - Prólogo


Escrita por: Perola-hime

Notas do Autor


Olá pessoal,

Essa é a minha primeira fic, então agradeceria mto se me contassem suas opiniões sobre a história, estilo de escrita e eventuais erros; peço, também, por paciência, pois com certeza não terei o mesmo ritmo que tantos autores consagrados q temos por aqui.

Confesso que tenho esse capítulo, curtinho, pronto há alguns meses, mas nunca tive coragem de postar. Como vi no twitter um pessoal falando de naruhina month, e, embora eu n saiba ao certo o q isso significa, rs; esse fator combinado com o niver da hinatinha, q será em breve, me fez criar coragem e postar algo logo (p, talvez, ter coragem de postar algo pro aniversário da minha favorita). em outras palavras: isso aqui é um treino, rs.

Capítulo 1 - Prólogo


Naruto estava petrificado. Jamais cogitou ver sua amiga de infância, Ino Yamanaka, tão vulnerável. Poderia cogitar qualquer pessoa nesse estado deplorável, até mesmo sua ex noiva; mas, Ino, jamais. Ela era uma mulher atraente, loira, olhos claros, corpo bem definido e de postura confiante. Sempre muito segura de si e do que era capaz. Tinha uma paixão platônica por Neji Hyuuga nos tempos de academia, mas hoje era noiva de Choji, seu antigo companheiro de equipe.

 

Porém, nada daquela figura charmosa e imponente se fazia presente. Seu olhar estava sem brilho e seus ombros extremamente caídos. Suas roupas amassadas representavam bem seu estado de espírito, além de seus cabelos desgrenhados. Pela primeira vez, não conseguia definir Ino como sinônimo de formosura.

 

Os dois se encontravam na sala de inteligência da Torre Hogake. Naruto, como anbu, precisava afasta-la de lá, em virtude dos segredos guardados naquele lugar. Enquanto que Ino continuava à procura de algo, que nem ela sabia o que era.

 

- Ino, por favor, você sabe que não pode fazer isso - disse Naruto, vendo a amiga vasculhando diversos papéis.

 

- Você não pode entender, Naruto - choramingou Ino - ninguém entenderia.

 

E então Ino pegou o “pergaminho dos selos” e, nesse momento, Naruto sentiu-se estranho. Como se tivesse se esquecido de algo importante. Já Ino, com aquilo em mãos, perguntou-se o quão fácil seria roubá-lo. Por que ninguém nunca havia tentado, afinal? Apostaria que até um genin idiota conseguiria.

 

Com a distração de Ino, Naruto então deu alguns passos, se aproximando da amiga.

 

- Entendo o suficiente para saber que a resposta do que você procura não está aí – disse com a voz rouca e preocupada

 

- Se eu fosse você, não faria isso - alertou Ino, ao perceber que Naruto estava cada vez mais perto

 

- Por que não? Eu posso...

 

- Eu tenho SDFM - interrompeu Ino rapidamente.

 

A situação era ainda mais grave do que Naruto achava. Já fazia algum tempo que a Vila da Folha estava com um problema curioso: alguns shinobis relataram ter falsas lembranças de uma outra vida; lembranças vividas, e muito ilusórias.

 

No início, pensaram ser cansaço, depois, algum jutso inimigo. Contudo, esse mal-estar passou a afetar pessoas que sequer havia saído em missões, civis, pessoas de diversas idades, clãs e categorias ninjas. O parâmetro era extremamente aberto, e nem sabiam quem ou o que havia trago aquela doença para a aldeia.

 

Embora o Conselho do Hogake tenha julgado por bem definir esses eventos neurológicos como uma doença, a verdade é que a Tsunade Senju, com sua equipe altamente especializada, que incluía os prodígios Sakura Haruno e Shizune, não conseguiram sequer definir se tratava-se de uma doença, tampouco se era uma doença contagiosa. Estavam às escuras, portanto, o protocolo era permanecer longe dos portadores desse malefício.

 

A única coisa que tinham até o momento era o nome: SDFM, cuja sigla significava “Síndrome de Falsas Memórias”. Nome dado, curiosamente, pelo Inoichi Yamanaka, pai de Ino, que buscou anomalias cerebrais nas pessoas infectadas, e teve tão pouco sucesso quanto a equipe inteira de medicina.

 

Mas Naruto, como o anbu que tinha orgulho de ser, e, sonhando em sua futura aposentadoria - que ocorreria apenas com trabalho exemplar e em muitos, muitos anos, já que o hogake tirano havia tirado seus direitos, correria o risco de pegar tal dano cerebral pelo bem dos seus amigos. A gravidade era tamanha que até uma Yamanaka tão forte quanto Ino não conseguiu lidar com os efeitos.

 

Se a situação não fosse trágica, ele sorriria. Desde muito jovem dizia que se aposentaria na flor da idade para curtir a vida. Agora estava arriscando tudo o que sempre sonhou...um cara que não pudesse salvar seus amigos, não poderia se tornar aposentado, certo? Com isso em mente, prosseguiu:

 

- Eu não me importo, Ino, se esse for o preço para te ver segura – informou com sinceridade.

 

- e-eu queria a-achar algo – Ino tremia e gaguejava enquanto tentativa encontrar as palavras certas - ta-alvez haja u-uma fo-orma de...

 

- Não há - dessa vez quem interrompeu foi Naruto - se aí tivesse a cura, Sakura-chan já teria achado

 

- e-eu não quero a cura - olhou para Naruto - eu quero a vida que perdi

 

Aquilo pegou Naruto de surpresa. Tudo bem, as falsas lembranças poderiam gerar uma certa confusão. Mas querer viver numa ilusão? Será que Ino estava delirando? Naruto não sabia o que fazer. Cogitou que talvez exaltar suas qualidades, para uma pessoa presunçosa como Ino, poderia surtir efeitos positivos

 

- Ino, você é uma das figuras mais divertidas de konoha, melhor amiga da Hanabi Hyuuga, futura Akimi...

 

- NÃO! - gritou Ino - eu sou melhor amiga da Sakura Haruno, esposa do Sai e tenho um filho chamado Inojin Yamanaka

 

- Sai? É isso o que está nas suas falsas memórias? Ele é casado, Ino! Com a Tenten, sua antiga rival! - Naruto se perguntou se a rivalidade que Ino tinha com Tenten durou até hoje. Não poderia Ino ser tão infantil

 

- Eu sei, mas é tão...nítido - e então ela passou a olhar para um determinado ponto daquela sala, buscando uma lembrança linda, ainda que não tivesse vivido - eu lembro dele me chamando de gostosa na primeira vez que nos encontramos, do sorriso que ele dava sempre que me desenhava, da sua sinceridade absurda que sempre o fazia ser grosseiro...

 

Naruto respirou fundo. Não sabia o que dizer. Era muito específico, muito detalhado para ser apenas uma doença neurológica, mas também não tinha fundamento algum. Sai, aquele que cresceu com ele, e se tornou seu parceiro na anbu, não costumava desenhar pessoas. Mas talvez ele fosse o próximo a ter que sofrer com essa pegadinha.

 

- E como é? Qual é a sensação de visualizar essas...memórias? - a pausa para afirmar que tratava-se de memórias não passou despercebida por Ino

 

- As lembranças são num tom acinzentado. Se eu fosse dar um significado para elas, diria que são mortas - respirou fundo - eu não lembro de nos casarmos, por exemplo, mas o cheiro dele sempre vem à minha mente pelas manhãs, porque ele era o primeiro a acordar. O olhar também é inesquecível. Só pelo olhar eu sabia quando ele tava afim de transar - e então encarou Naruto novamente - eu não sou feliz, mas eu era. Pela forma como me sentia ao lado dele, percebi que não amo o Choji. Minha vida é uma mentira, e eu quero retornar à verdade.

 

Ino parecia estar sendo sincera, mas isso não impediria Naruto. Os danos dessa doença eram muito maiores dos imagináveis. Por isso, não teve outra escolha que não prender Ino por mexer nos pergaminhos proibidos da Vila. A Tsunade Senju decidiu deixar Naruto de quarentena, haja vista que as causas de transmissão eram desconhecidas.

 

Naruto se sentia mal pela amiga, mal por todos na vila e mal pelo futuro. Não sabia o que o futuro poderia reservar para todos. Se sentia sendo engolido por um buraco, e nem sabia o porquê. Tinha um encontro com sua ex-noiva, Sakura Haruno, mas não sabia se seria uma boa ideia. Se mataria se, por culpa sua, ela sofresse ainda mais por pegar essa doença.

 

Ali, deitado em sua cama do pequeno apartamento no qual vivia, se perguntou o porquê sentir-se assim. Provavelmente as alucinações de Ino mexeram mais consigo do que pôde perceber. Invocou um sapinho e mandou um recado para a Haruno, cancelando o encontro.

 

Não que fosse um encontro romântico. Longe disso. A perda do filho, que sequer nasceu, foi extremamente doloroso, e o casal se separou alguns meses depois. Hoje, entretanto, faz 8 anos de tal perda, e, desde o primeiro ano, passou a ser tradição deles se encontrar e ir no orfanato de konoha, criado por Sakura, para ajudar crianças órfãs.

 

Inclinou-se para o lado e decidiu tentar dormir. Divagar sobre a vida não lhe traria quaisquer benefícios naquele momento.  


Notas Finais


Obrigada por acompanharem até aqui :)


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