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História Arranged Marriage (Sehun Long Imagine) - Do you wanna go?


Escrita por: TaeSmile

Notas do Autor


E mais ameaças de morte chegando e eu apenas observando... além dessa vontade súbita de perdoar o Sehun...

🌝🌝🌝🌝🌝🌝🌝🌝


P.s.: muito obrigada pelos mais de 300 favoritos! Sério, não imaginava isso. Quando escrevi, não achei que teriam nem 50 favoritos. É muito bom saber que as pessoas gostam do que escrevo, comentam e aguentam minhas piadas e trocadilhos péssimos😘😘😘😘😘😘

Capítulo 29 - Do you wanna go?


-Você ta grávida? - Sehun perguntou aparecendo no banheiro e eu realmente me assustei.

 

A caixa da sua mão estava toda a mordida e rasgada onde ele conseg… Han! Ele nunca gostou de dividir os brinquedos e agora foi levar pra o Sehun brincar com ele. Aposto que Deus agora está rindo da minha situação.

 

-Sim.

 

-Você ia me contar certo? - minha resposta foi o silêncio. Claro que eu ia, só não sabia quando nem como.

 

-Não acredito que você não ia me contar.

 

-Você também não ia me contar que tinha transado com outra - falei sem ao menos pensar e vi o olhar dele se encher de culpa, confesso que me arrependi muito.

 

Ele sentou na minha cama e ficou olhando pra caixa enquanto a rodava com os dedos. Ficamos em silêncio, não nos ollhavamos e a tensão no ar era palpável.

 

-Você vai ter ele né? - ele perguntou ainda sem me olhar.

 

-Claro, a culpa disso tudo não é dele - falei jogando fora todos os testes usados.

 

-Eu sei, é minha - ele disse e senti meu corpo todo gelar, ve-lo assim era muito doloroso. Em seguida ele levantou a vista e a pousou na minha mão, vendo que o anel que ele tinha me dado não estava mais lá e seu rosto ficou visivelmente mais triste. - você jogou fora? - ele me perguntou olhando nos meus olhos e minha respiração quase parou.

 

-Não - respondi desviando o olhar e pude ver que ele se levantou e veio até mim.

 

-Promete que vai tomar cuidado? - levantei a vista e vi que ele estava muito perto. - Por mi… por ele - concordei sem conseguir desviar o olhar e ele se aproximou mais, me dando um beijo na testa

 

Assim que ele saiu do quarto, tive vontade de correr e abraçar ele e dizer que era pra ele esquecer isso e que eu precisava dele. Mas o que eu fiz de verdade? Chorei, mais do que das outras vez.

 

Continuei na cama, agora chorava por estar grávida e não estar feliz. Isso é confuso, mas na minha cabeça faz todo sentido. Dormi encolhida sentindo meu travesseiro úmido em baixo do meu rosto. Eu queria abraçar ele e ficar feliz, falando dos possíveis nomes do bebê e acordar ele pra pedir uma comida estranha que satisfizesse meu desejo de grávida e ouvir ele reclamar que estava muito tarde. E eu tenho certeza que ele ia fazer isso.

 

-Jagi, sério? São 03:00 da manhã e você quer comer? - ele perguntaria abrindo um pouco os olhos e me olhando.

 

-Eu não, seu filho, agora deixa de chatice e vai comprar logo. - eu o empurraria pra ele acordar

 

-Jagiiiii - ele ia resmungar com o rosto no travesseiro.

 

-Por favor oppa! - eu ia pedir segurando a mão dele e ia sacudir até ele acordar

 

-Eu te odeio - ele ia dizer levantando a cabeça e eu ia dar um beijo na ponta do nariz dele, e ele ia sorrir mesmo estando com raiva.

 

Minha imaginação pode ser fértil, mas essa é uma cena que consigo imaginar com facilidade. Tão imaginável que foi o que sonhei, única coisa boa e que me acordou tão feliz que estava sorrindo.

 

-------------

-Sua vida é uma novela mexicana! - Eunsoo disse do outro lado da linha.

 

-E você acha que eu gosto? Nunca quis uma vida tão emocionante, por mim, tem uma casa e minha independência já era o suficiente.

 

-Esse seu marido também não coopera! Custava ele ao menos te respeitar? Não seria muito difícil.

 

-E agora imagina como eu to sabendo que tem um bebê, filho dele, crescendo dentro de mim.

 

-Você vai deixar ele fora de tudo?

 

-Não, quer dizer, não devo.

 

-Pois é amor, dedos não engravidam. Esse bebê é tanto seu quanto dele.

 

-Mas eu não aguento nem olhar pra ele. Como vou dividir as coisas de uma gravidez?

 

-Não precisa amar ele. Nem conviver no mesmo lugar. É só falar com ele e pronto.

 

-Mas eu não quero.

 

-Olha, um filho não é coisa fácil, então é melhor você falar com ele, nem que seja por puro interesse.

 

-Que baita conselho viu?

 

-Olha depois eu ligo, daqui a pouco meu chefe chega e não vai ser legal me ver ver aqui no telefone.

 

-Ta certo, tchau.

 

-Tchau

 

Hoje decidi que não ia voltar pra casa logo depois que meu horário na empresa acabasse. Decidi passar em um lugar e comer uma lanchonete e comer algo nem um pouco saudável mas muito gostoso. Enquanto comia, olhava as pessoas e tentava desvendar o que elas estavam pensando, descobrir o que elas passavam e coisas assim. Olhei meu celular e vi uma mensagem do Suho.

 

-Vocês conversaram? - Suho

 

-Não to afim de falar com ele. - ________

 

-Mas você sabe que devia - Suho

 

-Nesse momento, a única coisa que eu sei é que batata frita e refrigerante são uma dupla perfeita - ________

 

-Ei! Não coma essas coisas! Faz mal comer tanta gordura e açúcar

 

-De vez em quando não faz mal!

 

-Onde você tá? Preciso garantir que só vai comer uma vez.

 

Não sei devo dizer realmente, ele vai vir pra cá e nós vamos ficar conversando… o que isso tem de errado? É só não deixar nada acontecer. Dei o endereço e ele me pediu pra espera-lo lá.

 

-Não sabia que era tão difícil achar uma vaga essa hora - ele disse quando chegou, depois de quase uma hora.

 

-A comida daqui vale a pena - falei e ele sorriu. Tinha esquecido o quanto o sorriso dele era bonito. Não tanto quando o do Sehun, mas muito bonito.

 

-Então, o que você me recomenda? - ele perguntou olhando o cardápio.

 

-Esse aqui - eu apontei depois de me debruçar sobre a mesa pra conseguir ver.

 

-Eu vou me arrepender… - ele disse franzindo a testa ao ler o que tinha no lanche.

 

-Não vai, eu prometo - falei voltando ao meu lugar e ele sorriu.

 

Não demorou muito pra que chegasse uma atendente e anotasse o pedido.

 

-As pessoas aqui devem tá se perguntando por que um cara de terno e gravata ta sentado em uma lanchonete esperando por um hambúrguer - brinquei ao perceber que muitas pessoas o olhavam.

 

-Eu esqueci completamente que tava com essa roupa - ele disse desfazendo os botões do paletó e o tirando, fazendo o mesmo com a gravata, enquanto ele fazia esse mini stripp tease, eu não consegui fazer contato visual, então fingi beber o refrigerante e olhar o copo.

 

-Agora você tá atraindo mais atenção ainda - falei rindo quando percebi que algumas pessoas, em sua maioria mulheres, o olhavam.

 

-Eu vou parar de sair de casa - ele brincou enquanto soltava os primeiros botões da camisa e erguia as mangas.

 

-Daqui a pouco elas vêm pedir seu número - ele riu e negou com a cabeça.

 

-Essa eu deixo passar. - ele disse sorrindo e logo depois o pedido dele chegou.

 

-Você não vai comer? - perguntei depois de alguns minutos que ele ficou encarando a bandeja com a comida.

 

-Eu só tô pensando o quanto eu vou precisar ir na academia depois disso - ele respondeu ainda olhando o hambúrguer.

 

-Deixa de frescura e come logo! - falei séria e ele riu, dando a primeira mordida.

 

-Nossa! Isso é muito bom!! - ele falou animado com a boca cheia e eu acabei rindo daquela cena.

 

-Não se anime tanto criança - brinquei mas ele me ignorou e continuou comendo.

 

-Eu era triste e não sabia.

 

-Dramático!

 

-Isso deve ser fome. - falei e ele continuou comendo.

 

-Você ta bem? - ele perguntou depois que já tinha comido metade do hambúrguer.

 

-Sim.

 

-Você parece preocupada.

 

Droga de transparência emocional.

 

Será que devo contar? Tudo bem que não é algo totalmente preocupante e grave, mas mesmo assim, não gosto de envolver terceiros nos meus problemas.

 

-Pode contar pra mim.

 

-Eu to grávida - falei de uma vez e ele se engasgou com a comida.

 

-Você o que?! - ele perguntou um pouco alto chamando a atenção de algumas pessoas mais próximas da nossa mesa.

 

-Fala baixo!

 

-Desculpa. Você realmente ta esperando um bebê dele?

 

-Sim.

 

-E ele sabe?

 

-Sabe.

 

-Então vocês tão se falando? Mas você disse que não tinha falado com ele.

 

-Ele meio que descobriu. Mas eu ia contar, juro que ia.

 

-Mas ele só descobriu e pronto?

 

-Basicamente.

 

-Você realmente ta com muita raiva dele né? Nem uma gravidez ajudou.

 

-Não é assim, quer dizer, é , mas… eu não sei - resmunguei escondendo meu rosto nas minhas mãos.

 

-Só precisa dar tempo ao tempo. Você vai saber o que fazer.

 

-Não vejo a hora de descobrir.

 

------

 

Mesmo depois da conversa com Suho, eu não me sentia pronta pra ter ao menos uma convivência saudável com ele, e como é de se imaginar, nossa relação estava péssima. De manhã, tomávamos café, que ele só tomava porque eu fazia pra mim e eu fazia pra ele por pura pena. Eu ia trabalhar e ficava a tarde toda pensando nele e em como seria ter uma família com uma pessoa com quem não falo.

 

-Sua barriga não cresce? - Jun, minha amiga de trabalho, perguntou colando minha blusa na barriga.

 

-Calma, eu to com menos de 2 meses, se ela tivesse grande seria um tanto estranho - falei rindo e afastando a mão dela.

 

Ainda não consigo acreditar que passaram quase dois meses desde aquilo tudo, o tempo voa sem ao menos percebemos. Por mais que eu pense “nossa, o tempo não passa”, ele simplesmente anda sem que seja possível se dar conta.

 

-E aí, já fez alguma ultrassom?

 

-Amanhã eu vou fazer a primeira - falei e não pude deixar de transparecer felicidade, mesmo sendo difícil tudo, eu ainda vou ser mãe.

 

-Seu marido deve ta morrendo, geralmente os homens ficam ansiosos, mas escondem porque não gostam de mostrar sentimentos.

 

Bem, eu não tinha falado nada pra ele. Nem que fui ao médico, nem que comprovei que estava grávida, nem que já tinha marcado minha a primeira ultrassom. Eu sei que é egoísmo, porque esse filho é tanto meu quanto dele, eles não existiria se não fosse por nós dois juntos. Também sei que ele provavelmente ia adorar ver uma imagem, mesmo que sem muita definição, do próprio filho.

 

-Sim, ele está - falei sorrindo por pura educação, não queria morgar ela.

 

-Amanhã você me conta como foi ok? - ela perguntou me dando uma abraço e se despedindo.

 

No caminho até em casa, eu fui pensando se devia falar pra ele ou não. Na verdade, eu sabia que devia, era mais que óbvio que eu devia, mas ao mesmo tempo, eu tinha um pé atrás. Nada de sexto sentido ou coisa do tipo, era só um receio de falar com ele.

 

-Qual é _______! Você sabe o que precisa fazer!- reclamei comigo por conta dessa indecisão.

 

Cheguei em casa, tomei um bom banho, botei uma roupa folgada e fiquei na sala comendo pipoca com refrigerante. Vez por outra olhava minha barriga, imaginando o que podia estar acontecendo ali.

 

-Oi … eu sou ______ , ou melhor, sua mãe. As pessoas dizem que vocês ouvem na barriga, então acho que agora, você vai ser minha nova companhia por enquanto… caso você esteja pensando em onde está a outra pessoa que gerou você , se é que você sabe, digamos que é complicado. Mas eu tenho certeza que ele está tão ansioso quanto eu, talvez estivesse mais se ele soubesse do que está acontecendo, passo a passo - parei minha mão na barriga e fiquei encarando o chão - talvez você gostasse de ver seu pai… mesmo que não veja de verdade. Ouvir a voz dele talvez seja bom, posso te dizer que com certeza você vai achar a voz dele linda… e ele também. Talvez ele não seja exatamente o tipo de pessoa que pensa muito antes de fazer alguma coisa, mas é uma pessoa que você vai amar, com certeza. Eu amo, e você não imagina o quanto ele não pensou antes fazer coisas que machucaram muito. Mas ele é seu pai, e você não deve desrespeita-lo de forma alguma, mesmo tendo pouco menos de 2 meses e não se formado completamente. Agora eu acho que vou parar de falar, você deve ter bem cansado, ou cansada, se formar deve ser bem desgastante, mesmo que você esteja usando minhas energias. Mas antes de ir, eu queria dizer que não vejo a hora de ver você amanhã, mesmo que não veja muito, e espero que esteja tudo bem com você. Agora pode ir dormir, eu prometo que me calo.

 

Terminei a conversa e fiquei olhando a barriga por um tempo e voltei minha atenção à tv. Terminei de comer e levei as coisas pra cozinha as lavando rápido, e enquanto bebia água, ouvi a porta de frente ser aberta e Sehun entrando em seguida. Ele estava lindo, como sempre, a gravata um pouco folgada o cabelo peteado um pouco bagunçado, sem o paletó e com a camisa erguida até a altura dos cotovelos. Enquanto eu o babava, ele percebeu que eu o olhava e deu um pequeno, quase imperceptível, sorriso e eu virei meu rosto com pressa, mas pude imaginar que agora ele sorria de verdade. Assim que ouvi a porta do quarto dele fechar, voltei pra sala e continuei vendo meu filme, quando ele saísse do quarto eu falaria da ultrassom.

Alguns minutos se passaram até que a porta abriu e ele passou pra a cozinha, quando ele apareceu novamente, eu me levantei e ele me olhou.

 

-Não precisa sair, eu vou pro quarto - ele falou voltando ao caminho do quarto.

 

-Não! - falei e vi ele parar e me olhar surpreso - eu quero falar uma coisa.

 

-Pode falar - pude ver seus olhos ficarem mais iluminados, e posso até imaginar o que ele pensou.

 

-Amanhã, pela manhã, eu vou fazer a primeira ultrassom e queria saber se você queria ir- falei um pouco baixo devido ao nervosismo.

 

Juro ter visto os olhos deles terem perdido um pouco do brilho de antes, mas não se apagou, afinal eu sabia que ele queria muito ver isso.

 

-Claro- ele disse um pouco empolgado.

 

-É de manhã, então…

 

-Eu vou, prometo - ele disse com um sorriso de canto e senti meu coração acelerar.

 



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