História Arruma um cantinho... - Se joga na minha vida.

POR Cecilia. 

Eu sempre coloque meu trabalho em primeiro lugar, mas depois que me mudei para cá ele se transformou na minha segurança, eu me apegava nele para não enlouquecer. Com o tempo fui mudando a visão dele eu amo demais o que faço; assumo que tem dias que é bem complicado, pois, de dez atendimentos eu perco nove pacientes e chegar nas famílias e dar essa notícia nos faz questionar tantas coisas. Em contra partida tem aqueles dias que são tranquilos no sentido de não haver tantas perdas, teve um plantão que eu atendi no mínimo sete gestantes em trabalho de parto essa é a beleza da medicina. 

Quando descobri que estava gravida tratei de mudar o horário dos meus plantões e quase sempre tenho os finais de semana livres, mas naquele momento nada disso importou para o Henrique, ele me magoou muito com suas palavras. “Minha filha” essas palavras ainda ecoam na minha cabeça. Eu jamais faria alguma coisa que a prejudicasse ele não conhece, porém eu sei bem o que é perder uma filha. Isso te corrói por dentro, um pouco de que você é vai embora com ela... 

Eu não fiquei brava com o que mina mãe fez, ela só queria me proteger e eu entendo isso. Fiquei triste mesmo pela reação do Henrique ele apagou tudo que tenho feito e só colocou a atenção nos últimos acontecimentos. Ele me ofendeu e isso eu não ia deixar passar. 

_Filha me desculpa, eu nunca poderia imaginar que ele teria essa reação. -Falei me sentindo culpada. 

_Fica calma mãe, eu entendo que só queria cuidar. O errado foi ele que me ofendeu; o Henrique é protetor e as vezes ele exagera. -Tentei sorrir, mas estava com raiva demais para conseguir. 

_Trouxe uma sopinha leve que fiz só para você. -Ela olhou com carinha de criança gulosa. 

_Obrigada mãe, agora que o enjoo passou está me dando uma fome. -Eu comi tudo com o olhar da dona Lucia sobre mim. Conversamos muito até que a Ana chega me pedindo que cuidasse do Ben, pois ela tinha que ir até a escola fazer dar monitoria para os alunos menores e eu claro aceitei. Minha mãe foi leva-la e ficou só nós dois. 

(...) 

Estava deitada na cama brincando com meu sobrinho quando meu telefone começou a tocar insistentemente peguei e vi o nome do Henrique ainda estava brava então decidi ignorar. Se ele pensa que ia conseguir meu perdão fácil estava muito enganado. Então começou as mensagens: “Amor me desculpa eu não queria te magoar, eu falei sem pensar.”; “Eu não pensei par falar, mas eu sei que está fazendo o seu melhor pela nossa pequena Beatriz.” Ele conseguiu achar todas as pistas e involuntariamente dei um sorriso, mas como estava brava fechei a cara. “Cecilia eu sei que está vendo as mensagens me responde”. 

Em algumas horas minha mãe voltou com a Ana que tratou logo de pegar seu pequeno. Ele chorou um pouco, mas quando sentiu o cheiro da mãe ficou todo risonho como eu amava esse mocinho. Dona Lucia foi para sala assistir à novela dela e eu fui junto. Eu não era muito fã de novela, mas amava ficar com ela. Depois do jantar eu fui pro quarto respondi quase todas as mensagens só deixei as do Henrique, mas sei que ele não ia desistir de concertar as besteiras que falou. Bateram na porta. 

_Posso entrar? - Diz ele olhando para mim com quase todo o corpo para dentro do quarto. 

_Já entrou não é mesmo? -Finge desinteresse. 

_Cecilia me desculpa pelas merdas que falei, eu sei de todo seu esforço para manter sua saúde bem cuidada e também sei que essa garotinha é a sua vida e nada faria você deixar de pensar nela um minuto sequer. Desculpa eu te amo e amo muito nossa filha. -Disse todo bobo me aproximando dela. 

_Agora ela é nossa? Pois, mais cedo ela era apenas sua. -Caramba ela não ia se render tão fácil então vamos ao plano B.  

POR Henrique. 

Fui ignorado o dia todo, sem dúvida a Cecilia era muito meiga, mas o lado doutora encrenca jamais sairia do corpo dela, eu mandei muitas mensagens e nada dela me responder. Fiquei na casa dos meus pais o dia todo estava quase anoitecendo quando decidi que iria na casa dela assim ela não poderia se recusar a falar comigo, mas pensando bem ela era bem capaz de pedir para o porteiro não me deixar subir. No caminho liguei pro cheira modis para pedir ajuda e além de desligar na minha cara disse apenas: “Fez besteira né gordo? Agora se vira para concertar na briga sempre ficarei ao lado dela. Estou aqui com a May então fui”. 

Quando cheguei minha entrada ainda era liberada sorri, no entanto, estava nervoso. Segui em direção ao apartamento e toquei a campainha e quando minha sogra abriu, porém não me cumprimentou como sempre fazia apenas me deu espaço para entrar assim que estava na sala ela me pediu para sentar e começou a falar e eu fiquei com vergonha, mas dei razão a ela. 

_Henrique eu te contei para que você conversasse com ela, com carinho e atenção. Mas o que você fez? Você magoou minha menina ela está gravida as emoções estão a flor da pele e o que fez a machucou de verdade. Eu não permito que faça isso de novo com ela. Ela tem mãe e eu nunca falei com ela dessa maneira e aposto que a Maria Beatriz também nunca falou dessa maneira. -Eu estava brava e ele não falou uma palavra sequer apenas baixou o olhar em sinal de vergonha. 

_Me desculpa dona Lucia, eu prometo que nunca mais farei nada parecido. 

_Não é a mim que deve desculpa e sim a Cecilia e se ela te desculpar então eu também o farei. 

Eu estava envergonhado com minha atitude e depois da fala da minha sogra fiquei pior, mas segui em direção ao quarto. Quando cheguei lá ela estava irredutível tentei conversar, convencer ela foi se fazendo de difícil. Eu sabia que ela tinha me desculpado, mas queria que eu tivesse consciência de que errei com ela e que não deveria mais fazer isso. Eu entendi e me comprometi e não fazer ou falar nada antes de parar para escuta-la. 

_Ela sempre foi nossa meu amor. -Comecei a beija-la e senti seu corpo tremulo a se arrepiar ela podia tentar resistir, porém seu corpo tinha uma ligação mágica com o meu. Um simples toque no lugar certo e ela se rendia a mim da mesma forma que eu me rendia a ela. Deixávamos nosso amor falar pela gente. 

Fazer amor com ela era uma poesia linda, não precisava de palavras... _Cantor não faça isso comigo é tortura. 

_Eu não seria capaz de tanto minha linda. -Falo beijando sua barriga enquanto puxo sua blusa para cima, seus seios estavam maiores devido a gravidez e estava lindo demais. 

_Apreciando a beleza cantor? -Ele fez que sim com a cabeça e sua cara era de tesão, de desejo eu podia ver fogo aumentando então num momento de lucidez desabotoei meu sutiã bem devagar e ele quase teve um orgasmo só de olhar e eu amava ter ele assim nas minhas mãos com um simples gesto...