História Arruma um cantinho... - Granada.

_SEU DESGRAÇADO SE TOCAR NELA EU MESMO TE MATO. -Ele mirou a arma para mim eu podia sentir o medo me tocar a pele foi quando ele disparou mais uma vez... 

... 

Dessa vez eu não fechei os olhos eu permaneci ali o encarando, eu tinha que mostrar para ele que era homem suficiente para defender a minha família, ele riu debochado do gracejo que fez o que causou inúmeros danos. Ao olha em volta os socorristas tinham feito um curativo provisório no Emil, meu irmão e pai estavam ali temendo o pior e a dona Lucia eu acho que depois dessa ela não se recuperaria. Ela estava com a mão no peito e um semblante de dor neste momento meu deu um frio na espinha em pensar que ela poderia não aguentar. 

_OLHA QUE PARA UM CANTORZINHO DE MERDA ELE É CORAJOSO. -Eu tirei em uma arvore só queria ver até onde ia a coragem dele. 

_Me larga Bruno me deixa em paz. AI ai ai –Coloquei a mãe na barriga eu sentia uma dor grande. _HENRIQUE AMOR... 

Fui me aproximando deles eu sabia do risco, mas o fato da minha mulher estar com dor e a nossa pequena correndo risco de vida foi minha força motriz para avançar nos passos. Ele me olhava-me desafiando eu fui sem medo, ele podia não ter nada a perder, porém eu estava diante do único significado da minha vida. 

_Você vai fazer a mesma coisa novamente? VOCÊ MATOU A SUA FILHA, vai fazer o mesmo com a minha. -Ele ficou quieto pude ver um sinal de fraqueza. _ME RESPONDE! -Eu tinha a atenção dele, olhei para o Vicente que estava atrás dele, ele fazia um gesto com a mão me incentivando a continuar. 

_EU NÃO QUERIA MACHUCA-LA, MAS... 

_Mesmo assim você o fez... você foi o ÚNICO RESPONSAVEL por sua filha ter partido. -As lagrimas da Cecilia caiam feito cachoeira, eu estava abrindo uma ferida que ela estava tratando, mas eu tinha que continuar pelo bem da nossa filha. _VOCÊ AGREDIU A CECILIA, MESMO SABENDO QUE ELA ESTAVA GRAVIDA...

_CALA A BOCA, CALA A BOCA CANTORZINHO DE MERDA!!!! 

_VOCÊ CONSEGUE SE LEMBRA DAQUELE DIA? ELA ESTAVA CAIDA NO CHÃO COM DOR E O QUE VOCÊ FEZ?? PAROU? NÃO, VOCÊ CONTINUOU A AGREDI-LA. CADA VEZ MAIS E MAIS. 

_ELA ... ELA MERECIA. -Ele se rendeu as lagrimas. 

A conversa por mais que estivesse matando a minha mulher e provocando uma dor imensa só de lembrar daquele momento terrível era necessária pois ele estava deixando as emoções falarem mais alto e eu sentia que ele ia desmoronar a qualquer instante. Tanto o Vicente com o investigador Alex me incentivavam a continuar. Eu nem sei como consegui falar tudo aquilo, minhas pernas tremiam, meu coração estava acelerado e tudo podia dar errado e ele ficar nervoso e começar a atirar. 

Eu tinha que tentar, sabe quando dizem que quando está à beira da morte passa um filme em sua cabeça? Na minha passava desde o primeiro encontro quando aquela doutora encrenqueira me esculachou por ter batido no carro dela: 

FLASHBACK ON. 

_Era só o que me faltava. - Esbravejei alto saindo do carro _Me fala tirou sua habilitação por correio moça? - estava puto de raiva essa a segunda vez que usava meu carro nem tinha perdido o cheiro de novo.  

_Ou imbecil, você que não olha por onde anda. - Falo assim que sai do carro encarando um homem barbudo em minha frente. Admito que quase me perdi naquele olhar.  

_Calma aí moça, confesso que me distrai, mas podemos resolver isso conversando.  

_Tem a cara mais lavada e ainda assume que é um irresponsável. -Revirei os olhos enquanto ele falava, dei uma conferida e vi que só estragou a pintura então resolveria sozinha.  

_Eita que moça mais petulante.  

_Pelo menos eu sou responsável. - disse dando-lhe as costas e entrando no meu carro.  

_Ou mal-educada volta aqui. - Realmente sua beleza desconcerta demais. Fui atrás dela e logo ela arrancou com o carro, então voltei para o meu e fui embora. 

FLASHBACK OFF. 

Por segundos foi inevitável não fechar os olhos com as lembranças invadindo minha mente. Quando abri os olhos ele me encarava seu olhar tinha raiva e uma certa tristeza, será que ele sentia pela morte do bebe? Ele estava se rendendo eu ficava feliz por isso ao mesmo tempo que inseguro dele resolver fazer uma besteira no último minuto. 

_CECILIA SERÁ QUE UM DIA V... VOCÊ ME DEU MOTIVOS ENTÃO FOI SUA CULPA.  

Ele gritava apontando a arma para minha Cici. _Bruno foi você o ÚNICO CULPADO É VOCÊ. VOCÊ MATOU A SUA FILHA E AGORA QUER FAZER O MESMO COM A MINHA. 

_VOCÊ NÃO ENTENDE ELA TINHA QUE ME RESPEITAR. 

_Eu te respeitava, eu deixei de viver a minha vida para viver a sua. -Respirei ainda estava com dor. _Você que nunca valorizou meus esforços para ficar ao seu lado. Eu te amei muito, mas hoje eu te desprezo eu tenho nojo de você. VOCÊ MATOU A MINHA FILHA! A minha bebezinha que eu não pude segurar em meus braços ou ir ao seu enterro, pois, estava na cama de uma UTI inconsciente graças a você. Você me tirou tudo. -Nesse momento ele colocou a arma no chão e eu pra cima dele, dava vários tapas nele que não reagia apenas chorava, não sei de onde me veio força e burrice para tal atitude, mas eu precisava extravasar toda a dor que ele me causou. 

O Bruno não impediu que ela se afastasse dele, a Cecilia logo foi amparada pelo primo e eu fiquei ali frente a frente com aquele que foi o maior causador de dores para a minha mulher, eu queria esmurra-lo, falar tudo que estava preso na minha garganta. Mas não conseguia nem mesmo sair do lugar; foi quando ele pegou novamente a arma apontando pra mim, eu respirei fundo olhei para a Cecilia meu olhar era de devoção à aquela que foi a salvadora da minha alma. 

Ele mirou a arma pra si, “EU SAIO DESSA VIDA, MAS SAIBA QUE FAÇO ISSO POR AMOR A VOCÊ CECILIA...”, eu não permitiria que ele acabasse desta forma, não poderia ser fácil assim. Ele tinha que ser preso pagar pelos crimes que cometeu então em um descuido dele juntei minha mão em direção a arma e ela disparou... 

_HENRIQUE!!!!!! -Gritei perdendo as forças nas pernas caindo sobre meus joelhos sendo amparada por meu primo

_FILHO, MEU DEUS ... FILHO! -Meu Ricelly meu filho amado, lagrimas caim sem controle.