História Arruma um cantinho... - A culpa é dele.

POR Henrique.
 

Chegamos em Palmas por volta das oito da manhã eu estava só o pó então fui direto para minha casa quando cheguei lá estava um silêncio só. Estranhei, pois nada estava fora do lugar, não tinha brinquedos espalhados pelo tapete; fui em direção ao quarto da Bia e  estava impecável, dei meia volta e fui pro meu ele parecia que não tinha sido mexido a dias. Tomei um banho e  deitei.

Acordei era umas onze horas da manhã e fiquei na cama criando coragem até que meu telefone começou a tocar; era a minha mãe me chamando para almoçar la então me obriguei a levantar me arrumei peguei as chaves e fui para a casa dos meus pais.
_Oi minha rainha. -Digo me aproximando dela a enchendo de carinho.
_Oi filho, como você está?
_Estou bem mãe cadê todo mundo?
_Seu irmão ainda ta dormindo, seu pai ta pela fazendo cuidando dos afazeres. A Paulinha e a Moh foram para a cidade. -Ele sorriu em concordância e se sentou.
_Ah sim, mãe você falou com a Cecília hoje?
_Não meu amor, a essa hora ela ta no hospital, mas eu falei com a Lúcia para trazer a Bia para mim depois do almoço.
_Como assim mãe? Achei que você que cuidava da Beatriz. -Estava confuso.
_Ricelly quando você viaja a minha nora vai pra casa do pai dela, ai fica muito mais pratico pra Lúcia ficar com ela. Mas confesso que vou lá todos os dias. -Falo sorrindo.

Pelo jeito eu sou um trouxa mesmo, acusei a Cecília a toa; achei que a responsabilidade de cuidar da nossa filha ela tinha depositado sobre a minha mãe e na verdade ela fez bem o contrário; ela buscaria apoio na família dela e não na minha talvez por medo do que eu poderia falar. Eu tinha que me desculpar.

(...)
 

Era quase uma hora da tarde quando o senhor Gustavo estaciona o carro, ele desce com a bolsa de mão da minha filha então da a volta no carro e abre a porta. A dona Lúcia saiu com a Bia no colo.
_Boa tarde a todos. -Ele diz com toda a educação que lhe é característico.
_Boa tarde Gustavo cadê nossa netinha linda?
_Aqui vovó. -Falei com voz de bebê. A Maria a pegou no colo. _Maria na bolsa tem tudo que precisa. Ah na bolsa termica estão as mamadeiras e o leite que a minha menina tirou convém colocar na geladeira.
_Pode deixa Lúcia a propósito vamos entrar tomar um café?
_Fica pra outro dia Maria, eu prometi a Ana que ficaria com o Ben para ela ir ao cinema com as amigas.

A dona Lúcia em momento algum me olhou nos olhos para falar a verdade acho que ela ignorou a minha presença como se eu fosse um desconhecido. Fiquei meio chateado nós sempre tivemos um ótima relação e ela não fazer caso da minha presença doeu. Eles se despediram e se foram.
Eu sabia que uma hora ou outra eu teria que lidar com as consequências das minhas ações, e estava na cara que iriam ficar do lado da filha deles apesar que acho que a minha mãe também ficaria ao lado da nora.

(...)
 

Passei a tarde com a Bia, ela não deu trabalho algum só chorava quando a fome batia ou quando a fralda estava suja. Ela ainda dorme muito, porém o período de vigília já é grande.

Ela amava dormir com a mão na minha barba e eu me sentia o cara mais sortudo do mundo. Ela estava com aqueles olhinhos pretos abertos me encarando.
_O que você tanto olha papai? O que meu amô. -Eu comecei a dar beijinho no seu pezinho e ela dava umas gaitadas gostosas...
_Cadê a princedinha do papai??
_Ahh ahh ahh. -Eu de derretia só de escutar os gritinhos dela imagina quando ela começar a falar, acho que não vou aguentar...

(...)
 

Ficamos ali só nós dois quase que o dia todo e nenhum sinal da Cecília, com a Bia no colo fui até a cozinha chegando lá a Paulinha a pegou no colo.
_Mãe que horas termina o plantão da Cecília?
_As cinco da tarde Ri. -Assim que escutei sua resposta olhei no relógio e marcava seis e meia.
_Que estranho ela ainda não ter chego.
_Ela ligou e eu disse que você estava com a Bia então ela iria aproveitar para separar umas roupas para doar algo assim filho.
_Hum. -Ta na cara que ela não ta nem ai para nosso relacionamento.
_Ricelly nós temos que ter uma conversa séria.
_Mãe por favor...
_Por favor digo eu senhor Ricelly Henrique, vem agora!

A segui até seu quarto e sentei na cama esperando o sermão dela. Porém ela ficou em silêncio eu não entendia o porque até que meu pai entrou e se juntou a nós na conversa._Oi filho. -Ele me deu um beijo na cabeça.  _Nós queriamos que você nos explicasse essas notícias que sairam nos sites da internet? -Estavamos calmos, sempre valorizamos o diálogo e não seria diferente agora.
_Você pode confiar na gente Ri. -Minha mãe tinha uma doçura na voz.
_Mãe são apenas fofocas nada importante.
_E a Mayara Henrique?
_Mãe e pai achei que gostasse dela. Nos crescemos juntos ou ja se esqueceram?
_Não filho eu não me esqueci e também não tenho nada contra. Mas o que tem acontecido com você e a Cecília?
_Mãe eu...
_Olha filho eu não admito que comece agir como um moleque até porque eu te eduquei muito bem! -Falo serio e ele manteve a cabeça baixa.
_Olha eu não devia me meter, pois você ja é grande e sabe cuidar da própria vida. Mas vou ser bem sincera a Cecília é uma pessoa maravilhosa e merece todo o respeito do mundo; ela tem se virado em mil para ser uma excelente mãe e ainda ser uma médica incrível. E eu não vou permitir que a machuque então pense bem antes de fazer alguma coisa, pois as coisas tem consequências e um erro por mais pequeno que seja nem sempre tem concerto.
_Não estamos falando isso pro seu mal muito pelo contrário, queremos te ver bem Filho. Pense em tudo que dissemos filho.

Meus pais sairam, mas me deixou ali com as palavras presas na garganta e com o coração pequenininho eu tinha que cuidar para não meter os pés pelas mãos. Eu não podia falhar não com ela...