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História Arte - ABO Mpreg - Pensamentos


Escrita por: ArcadeBurrito

Capítulo 6 - Pensamentos


Ah sim, aquilo tinha sido bem estranho... Como que pode a macieira estar exatamente sem as maçãs de um lado apenas do pomar.

Não tinha explicação... Depois de ficar o dia inteiro pensando nessa questão, acabou por ficar avoado e sem querer se machucar ou levar uma chamada de atenção vinda de sua mãe. Quando terminou suas tarefas, ficou livre e foi para o seu maior passatempo, seu jardim.

Desta vez, foi cauteloso e sempre olhava atento para as cestas vivas da área, procurando alguma coisa que denunciasse uma atividade 'estranha' por ali. Um tempo se passou e acabou por cansar de procurar, desistiu e voltou sua atenção para o quadro que pintava por horas e ainda não o havia terminado.

Se sentou em um banco e armou seu cavalete, pondo o quadro, abriu as tintas e começou a observar o lugar que tinha capturado como sua obra.

Começou a pincelar sobre a tela por alguns minutos, distraído e se sentia muito leve. Amava aquela sensação, sentia que podia fazer de tudo, até que...

Ouviu alguns galhos quebrando e olhou rapidamente para a macieira, que era possível ver alguma folhas caindo dela.

Se levantou e correu para a árvore frutífera e olhou em volta, mas estranhou por não ver ninguém e nada, nem mesmo um animalzinho.

Franziu o cenho, aquilo era impossível. Bufou e se sentiu um pouco invadido, como se algo estivesse ali sem sua permissão. Engoliu em seco com a sensação de ser observado, mas não sabia que era paranóia de sua cabeça ou se realmente tinha alguém ali.

Decidiu sentar-se novamente em seu banco e fingir que pintava algo para tentar descobrir algo. Ficou assim por alguns segundos até ouvir um som bem leve de passos que normalmente ouviria só se prestasse muita atenção. Ômegas não tem uma audição tão boa assim.

Olhou rapidamente para a cerca viva e desta vez viu um pouco de uma cabeça com cabelos negros e curvos por cima da cerca, do lado de fora. Ficou pasmo e se levantou, seguindo silenciosamente e segurando seu pincel com muita força. Por incrível que pareça não sentia nenhuma intenção de ameaça ou fazer mal a ele, e ômegas são peritos em sentir hormônios.

Paralisou quando viu o topo da cabeça negra parar também, provavelmente sentiu que estava sendo seguido.

Queria sair correndo daqui e gritar mesmo não sentindo perigo nenhum, seu instinto estava berrando por socorro mas se limitou a apenas ficar parado e quieto.

Sentiu um cheiro amadeirado forte ficar presente aos poucos mas não era ruim, pelo contrário. Fechou os olhos e inalou profundamente, sentindo uma calma invadir seu corpo, fazendo com que toda aquele horror sumisse de seu corpo por alguns segundos.

Quando se deu conta, não tinha mais nada por cima da cerca viva. Correu para onde estava, que o cheiro estava bem mais forte, pois era o centro da liberação de hormônios.

Não tinha absolutamente ninguém, a pessoa que estava ali era bem astuta e tinha experiência em ser ladino.

Sentiu uma decepção leviana e olhou para baixo, bufou e ficou mais alguns segundos ali na cerca viva, observando o bosque a sua frente com alguns pássaros cantores e roedores pulando de galhos em galhos.

Virou as costas e andou devagar em direção ao seu quadro, não estava mais com vontade de pinta-lo, apenas o guardou e entrou dentro do castelo com aquele cheiro em mente e aquele cabelo negro como a noite, parecia estar um pouco bagunçado.

Sem perceber, estava sentado na cadeira da mesa de jantar.

"Filho?" A rainha chamou pelo pequeno, que levou um susto e a olhou rapidamente.

"Sim mãe?"

"Você estava olhando para a parede de um jeito estranho, esteve o dia inteiro distraído, o que houve?" Perguntou colocando um pedaço de ave em sua boca.

Com essa pergunta, seu pai e irmão o olharam, curiosos.

"Ah!" Se sentou envergonhado com tanta atenção em cima de si." É que... Não, é que eu-" Juntou suas mãos em seu colo e seu olhar abaixou, junto com as bochechas vermelhas. "Não é nada." Fez um biquinho.

"Não me diga que conheceu alguém pra estar tão distraído e tímido assim." Seu pai perguntou com as sobrancelhas franzidas.

"Apaixonado só se for pelas rosas." Concluiu irritadiço olhando para o seu pai, que riu da situação de seu caçula. "Vocês sabem que não gosto que fiquem perguntando sobre parceiros comigo."

"Calma, ele só estava brincando." Cesar olhava para o seu irmão, rindo e com comida na boca.

"Não mastigue de boca aberta filho." Aly olhou para o seu filho mais velho, que engoliu na hora e abaixou a cabeça.

"Desculpe mãe."

"Querida, não acha que está sendo rígida de mais? Está na hora da janta."  Gunter, seu marido, a olhou com seriedade e amor. Sabia que a ômega apenas queria o bem para o futuro de seus filhos, mas também precisavam de uma pausa.

A mulher suspirou e continuou comendo silenciosamente.

Uma rainha se comportando como uma.

"Rafael, aconteceu algo grave que deveríamos saber?" Gunter olhou para o ômega, que se encolhia na cadeira visivelmente desconfortável com o assunto.

"Pai! Não é nada, só não gosto do assunto." Seu pai levantou as mãos em rendição e voltou sua atenção para a comida. Suspirou aliviado por ninguém insistir no assunto de estar tão alheio, mas percebeu que seu irmão o olhava de canto de olho, um pouco suspeito da situação.

Apenas ficou quieto e voltou a jantar junto com sua família, seu pai sempre rindo e fazendo piadas, enquanto sua mãe olhava terno para ele, sempre com um sorriso mínimo em seus lábios.

Admitia que queria poder sentir aquele aroma novamente nunca tendo sentido um igual ou parecido... Era um cheiro forte e bom, não era pra qualquer um.

Tinha certeza que aquela pessoa era um alfa para exalar tal coisa, ainda mais o deixando bem curioso sobre a existência do ser que visitava seu quintal, agora não sabia para o que exatamente era.

Mas quando se colocava no chão, era um pouco perturbador e assustador uma pessoa ter surgido em seu quintal de forma ladina, se escondendo. Não sabia o que ela fazia ou suas verdadeiras intenções, podia ser qualquer coisa, qualquer ação, qualquer pensamento.

Quando pensava na situação real da coisa, um medo terrível batia, não sabia desde quando isso acontecia.

Depois de tanto pensar no assunto, chegou a conclusão que seria melhor parar de ir ao seu jardim por um tempo apenas para tirar algumas dúvidas e talvez até pedir para um soldado vigiar a área, mas isso seria apenas uma opção mais crítica, pois até onde sentiu, aquela pessoa não queria o fazer mal...

O jantar teve uma boa aura apesar de todo o debate na cabeça de Rafael, que estava numa onde de sentimentos de medo, confusão, encanto e estranhamento.

°∆°



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