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História As Cinzas do Confronto REVISÃOHIATUS - A incumbência.


Escrita por: Yasminhoca

Notas do Autor


Hi Minna!<3

Quero agradecer a @fireplume que me ajudou bastante! Valeu <3

Beijos, Yasminhoca!<3

Capítulo 1 - A incumbência.


Seu coturno estava encharcado e seus pés tão gélidos que mal os sentia. Sua farda estava molhada e a lama e grama a cobriam até a cintura. A tempestade não havia dado trégua e eles sabiam exatamente disso, por isso que estavam lá.

-Vamos! Não deixem cair! – Um dos homens berrou.

Seus ouvidos eram bombardeados com gritos, gemidos, palavras de incentivo e até mesmo dor . O som do helicóptero que pairava sobre eles era alto e o vento sobre a pele gelada fazia a arrepiar-se.

-A tora está caindo! Força, porra!– Um homem de olhos claros e que se encontrava quase intacto, gritou.

O grito agudo e feminino pôde ser ouvido por todos. A bala de borracha que foi desparada por um dos atiradores no helicóptero, acertara sua costela.

Sabia que o pensamento da maioria seria de que cairia e deixaria a tora para os outros, mas fez exatamente ao contrário.

-Vamos! – Gritou e com mais força e agilidade deu impulso com a tora, fazendo os outros seguirem um novo ritmo até chegarem a tenda na entrada da floresta.

Suspirou de alívio e cansaço. A tora estava no chão junto com ela e todos os homens que ofegavam fatigados. Sabia que havia se superado naquele treinamento e cada vez mais sentia orgulho de ser uma das únicas mulheres que estavam treinando com um esquadrão especial, onde todos – agora, quase todos – eram homens.

-Sakura, você está bem? – Ouviu um sussurro arfado em seus ouvidos.
-Sim...estou. - A garota não precisou se virar para saber que era seu amigo, Uzumaki Naruto. – E você Naruto?- Evitou virar, já que seu comandante, Hyuuga Hizashi, não tolerava conversas paralelas.
-Bem. – Foi curto e objetivo.

Já no alojamento e em sua cama, quase não conseguia conter a ansiedade. Era a única mulher daquela unidade, a única que foi aceita com muito esforço e dedicação. Para ela, a unidade feminina era subestimada e mesmo querendo mudar aquele conceito, não pode recusar a oferta que recebeu.

Dali a dois dias se formaria e assim poderia seguir a carreira que tanto almejava. Seria uma defensora da lei e protegeria aqueles que estariam á mercê de pessoas que despreza, mãos asquerosas e escrupulosas que tiraram a vida de sua mãe quando criança. Decidiu fazer de tudo para que mais pessoas não sentisse aquilo que sentiu, mas mesmo com este incentivo honroso e plausível, a vingança se velava.

                
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-Mais um? – Ela analisava a foto de um homem morto. – Esse "U" no peito...–  Comentou enquanto divagava em pensamentos.
-Sim. – Disse o homem. Seus cabelos eram acinzentados e arrepiados, sua boca era coberta por uma máscara branca que normalmente usada quando se está doente, porém este a usava diariamente e em todos os lugares. Uma das coisas que mais chamava sua atenção era uma cicatriz fina e vertical em seus olhos que desaparecia em sua máscara. – Com este, é o quinto em três meses.
-Mas se já sabemos quem são, por que não mandamos alguém para lá? – Perguntou ainda checando a foto.
-Bem, por isso mesmo que te chamei, detetive Haruno – Ele disse e logo conseguiu a atenção total da mulher.
-Bem...com o que posso ajudar, capitão? – Perguntou tentando esconder a misera desconfiança.
-Irei lhe introduzir nesta máfia. – Disse direto e reto, sem nenhum tipo de comoção.
-Co-como? – Ela franziu o cenho e seu tom era preocupado – Eu? Mas capitão, eu não estou preparada...
-É? Pensei que ainda carregasse o título de destemida. – Soltou um riso sarcástico por debaixo da máscara.

Respirou fundo e desviou o olhar. Passou por tudo aquilo para negar destruir uma chance de aniquilar boa parte daquela máfia? A mesma que aniquilou sua mãe sem dó?

-O que tenho que fazer? – Perguntou obstinada.
-Tsc...- Sorriu e pousou uma pasta com papéis sobre a mesa. De lá, começou a tirar alguns papéis e Sakura começou a lê-los. – Diga olá para seu novo “eu”,  Yoshie Hitomi.

Sakura pegou alguns papéis e pôde perceber que se tratava de algo que falava sobre passado, como coisas de crianças, pais, mortes e algo sobre...
-Prostituição? – Perguntou indignada.

Kakashi suspirou e sentou em sua cadeira de couro.
-Sakura, você tentará entrar como traficante. Nada mais. – Disse e pôde ver a calma voltar a mulher
-E por isto está aqui? Se eles descobrirem...sabe o que vai acontecer comigo lá dentro, né!? – Balançou o papel em sua mão.
-Sim, por isso quero deixar claro que será necessário entregar este tipo de informação caso seja extremamente necessário. – Recolheu os papéis, inclusive o que estava em sua mão e guardou dentro da pasta lhe entregando – Conseguimos um jeito de você entrar. Você terá apenas três dias para decorar sua nova vida.
-Hai. – Disse séria
-E Sakura...-Analisou bem a garota que conhecia desde adolescente, desde que pisou pela primeira vez naquele antigo quartel e só ali pôde observá-la melhor. Havia se tornado uma mulher, um mulher honrada e formada, uma mulher decidida, independente e forte. – Não quero que se sinta pressionada, você...
-É minha obrigação, Kakashi. É minha chance.- Disse se virando para a porta e antes de sair disse – Eu vou fazer o que tem que ser feito. Obrigada, capitão.

Não pôde evitar a preocupação. Ele era uma das únicas pessoas que sabia sobre a vingança e a ira que Sakura escondia, sabia que poderia ter cometido o maior erro de sua vida, mas confiava tanto em Sakura que havia tido plena certeza de que ela seria a pessoa ideal para aquele caso. Ele precisava confiar.
                  
                                                                                                                       //

                                
Antes de sair do estacionamento, já dentro do carro, pousou as mãos no volante e o fitou. Seus olhos estavam no volante, mas sua mente estava no dia em que sua mãe morrera, aquele dia a marcou de uma forma que seus olhos marejavam só de lembrar.
A cena de sua mãe sendo degolada em sua frente, fazia seu sangue ferver e sua pele implorar pelo sangue do culpado.

Sua idealidade foi roubada pela vibração do celular.

-Alô, detetive. – A voz feminina soou sarcástica
-Meu dia não estaria completo se você não me ligasse – Sua voz foi carregada de sarcasmo, o que arrancou um breve riso da mulher
-Tudo bem? – perguntou a mulher.
-Aham e você? – Perguntou ativando o viva-voz e ligando o carro.
-Sim. Enfim, pelos meus cálculos você deve estar saindo do departamento agora né!?
-Tenho medo de responder, mas sim, estou. – Soltou um riso de canto.
-Ficou sabendo que abriu um pub no centro? Que tal sairmos um pouco do Japão e irmos para Londres?
-Não posso Ino, tenho que trabalhar é totalmente inadiável. – Sentia mesmo. Sakura gostava de sair com sua amiga, mas aquele caso não podia ser adiado
-Tudo bem, eu passo na sua casa então, pode ser?
- Não...tenho que estudar um caso, Ino. -
-Ah, ok – a voz saiu um tanto que trsitonha – tudo bem, qualquer coisa me manda mensagem.
-Pode deixar.
-Kissu. Até mais.
-Até, boa noite. – Sakura se depediu e logo desligou o celular.


Realmente, sua vida social lhe fazia falta. Há quanto tempo não saia com ela, até mesmo com Naruto que havia se formado junto com ela e mesmo estando em outro distrito, mantinham contato e saiam direto.

“É Sakura, trabalho...trabalho”

                                                                                                                //

A fachada que indicava ser uma loja de sofás, era cinzenta, pequena e mal cuidada. Quem passasse por ela não daria atenção ou muito menos se sentia tentado a entrar, e isto era o que realmente queriam.

Quem entrasse na loja realmente pensariam que se tratava de uma simples lojas que vendiam simples sofás e poltronas, mas que ousava a passar pela estreita porta, no fim do estreito e longo corredor, encontrava um lugar totalmente diferente.

O local era parcialmente nublado pela fumaça que ebulia dos charutos e cigarros. O cheiro de bebidas alcoólicas era nítido e forte.
Gargalhadas de homens e mulheres eram ouvidas, eram vistas mesas rodeadas por homens e na maioria do colo destes homens, uma e até duas mulheres eram encontradas. A luz avermelhada e intensa marcava o local.

Um homem de terno e gravata preta era ladeado por mulheres e depois por homens, a sua frente uma mesa média onde alguns dados rolavam e dinheiro era posto e outrora era retirado.

Seu cabelo era longo e preto, seus olhos parecidos com duas turmalinas, carregavam a baixo de si, duas riscas que aprofundavam os traços de seu rostos. Seu corpo esguio e bem formado chamava a atenção das garotas que passeavam com as mãos sobre ele.

-Saiam! – Bastou uma palavra e as duas garotas se distanciaram do colo do homem. O homem de cabelo longo olhou para o que acabara de parar em sua frente, e entendendo seu sinal, se levantou e o acompanhou.

O rapaz que havia chegado, era alto porém um pouco mais baixo do que parecia ser seu irmão. Seu cabelo era tão negro quanto do outro e era mediano fazendo algumas mechas caírem sobre seu rosto. Seu rosto era feito por traços firmes e rijos, seus olhos eram firmados e o tom ônix combinavam com o terno e a calça que usava.

Chegaram numa parte mais vazia do local e logo o mais velho disse:
-O que foi Sasuke?
-Itachi, fiquei sabendo que você vai contratar uma garota para ser a nova traficante? – Sua feição era pesada e desconfiada

Itachi suspirou e logo riscou um sorriso “inocente”.
-Otooto-san, não confia mais em seu onii-san? – Seu tom de sarcasmo fazia o maxilar de Sasuke trincar- Ah não! Há não ser que você se apaixone de novo pela traficante, ai seria um grave problema.

Sasuke o encarou com ódio. Tengoku, a única mulher com quem havia tido uma verdadeira aproximação, uma aproximação que não foi impulsionada apenas pelo anseio carnal, mas sim o efeito que ela causava em si.
Tenkogu foi morta pela polícia ao descobrirem que trabalhava para a máfia Uchiha. Ah, a vingança viria! Viria por ela e por aqueles que morreram em nome de sua família.

-Você acha que estão brincando. – Disse negando com a cabeça – Você é quem está brincando...cuidado, “Onii-san”

Itachi havia sido deixado para trás com aquelas palavras. Sabia o quanto o irmão havia sofrido com a perda da fiel, porém, alguém tinha que ser sacrificada.

“Pelo bem da família...”


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Olhou para o relógio de mesa e somente aí se deu conta que havia passado das duas horas da manhã. Bufou e se rencostou na cadeira, suas mãos foram para o cabelo e logo para a caneca com café que já estava morno.

Pensava como iria “sumir”, não podia dizer para as pessoas que iria para uma missão de espionagem, mas isso também era algo que o departamento deveria lidar.

Havia passado dois dias, naquela noite daria adeus para Sakura Haruno e daria um “aconchegado” olá para Yoshie Hitomi. Como que iria acostumar ser chamada como Hitomi? Não sabia, mas de uma coisa havia tido a plena certeza, não seria fácil.

“Não mesmo...”


Notas Finais


Hi Minna!<3

Espero que tenham gostado e eu peço desculpa para aqueles que estavam acompanhando a última fic, sobre SasuSaku.
Eu tive que excluir pq eu achei o enredo fraco dms e eu NUNCA postaria algo de baixa qualidade para vocês lerem!

Não que eu seja um " Stephen King ", mas faço o meu melhor para que aproveitem a hst, e realmente espero que gostem!

*E não, eu não irei excluir esta*

Enfim, até a próxima!

Beijos, Yasminhoca!<3


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