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História As Cores da Liberdade - Entre mato, abraços e tempestade


Escrita por: semondok

Notas do Autor


Eu disse que postaria ontem, mas eu sou meio mentirosa, tava muito quente e eu não conseguia escrever sem derreter toda. Enfim, está aí

Capítulo 7 - Entre mato, abraços e tempestade


Fanfic / Fanfiction As Cores da Liberdade - Entre mato, abraços e tempestade

SEULGI

- Você não vai fazer isso.

- Ela riscou minha lente – Respondi enquanto me arrumava na frente do espelho – Ela vai ficar sozinha no meio do mato até alguém sentir sua falta.

Joy pensou em dizer algo, eu sei disso porque ela puxou o ar, mas depois balançou a cabeça e foi embora do quarto sem dizer nada. Ela preferiu não insistir porque sabia que nada me faria mudar de ideia, era hora de Jennie Kim pagar de verdade por tudo que me fez passar essa semana. 

O dia estava com um sol absurdo, então nada mais justo do que usar roupas mais leves. Hoje é um dia importante, finalmente eu colocaria a mão na massa fazendo o que gosto, já estava cansada de cumprir as tarefas chatas que Jennie mandava só para depois fazer anotações sobre como eu era uma péssima funcionária.

- Aquela idiota não perde por esperar.

Finalmente daríamos início aos ensaios, hoje seria apenas uma preparação e nem os modelos foram definidos, mas seria importante eu ter noção do lugar para que tudo fosse do jeito que a Bae queria. Isso cortava uns cinquenta por cento da diversão, mas já era um avanço eu ao menos pegar na câmera. E o humor da minha casa melhorou tanto apenas por eu ter um emprego, que o ambiente de trabalho nem me parecia mais uma caminhada para a morte.

Bae nos disse que o ensaio seria fora da cidade, então pedi uma carona para um dos seus estagiários, eles são sempre tão prestativos, me trazem café e me levam de carro para onde eu preciso ir. Não poderia julgar, Bae Irene era muito inteligente de se cercar dessas crianças desesperadas por uma oportunidade, porque elas estão sempre de prontidão pra lamber sua bunda por onde quer que você vá. 

Mal tive tempo de explicar porque estava saindo em plena terça feira com roupas tão simples para meu trabalho, porque o carro já estava de fora da minha casa. Apenas gritei um tchau para minha mãe que estava arrumando cozinha e Joy que estava sentada na mesa comendo. Assim que entrei no carro com o garoto, acho que se chama Taeyong, acelerou e saiu quase voando. Eu sei que estava um pouco atrasada, mas eu não era muito boa com compromissos matinais.

Seoul era uma cidade incrível, com seus “arranha céu” enormes, e pessoas indo e vindo de todos os lugares, era realmente a cidade onde tudo poderia acontecer. Onde sonhos se realizam, mas também era onde sonhos poderiam ser destruídos. O capitalismo nada mais é que um sistema movido pela desigualdade, enquanto uma dezena comandava esses prédios enormes, outras centenas se dividiam entre a classe média que conseguia uma pequena mobilidade financeira mas sem grandes chances de um crescimento realmente considerável, e outra parcela que se estapeava no fim da pirâmide, sendo os funcionário que não ganham o suficiente para pagar suas despesas.

E assim a roda econômica de Seoul gira, devorando os mais fracos e fortalecendo os mais fortes, e essas pessoas seguem caminhando zonzas e cegas em seus terninhos e sempre ocupados, trabalhando para chegar onde não querem para ter dinheiro e comprar o que não precisam. O que mais temia, era me perder para isso, me tornar um deles. Me cegar de ambições que não quero, perder todas as cores dentro de mim.

Depois que saímos da cidade, Tayeong seguiu um caminho que eu não conhecia, estávamos no meio do mato e seguimos em frente por cerca de duas horas, fomos entrando mais afundo daquele lugar que estava se tornando de certo modo meio aterrorizante. Com certeza Irene tinha ouvido conselhos de Wendy sobre onde fazer esse ensaio. 

Depois de um caminho sobre estradas de terra muito ruins, encontramos uma tenda com alguns carros parados em volta. O lugar era de um verde que quase cegava. Era de fato perfeito, mas o que me chamou a atenção foi o carro vermelho de Jennie Kim, parado bem ao lado de onde eu estava.

- Posso pedir uma coisa? 

- Hm.

- Pega leve com a Bae – Eu queria dizer que aquele garoto magricela disse isso com alguma confiança, mas só de olhar nos meus olhos ele se tremeu. Por algum motivo, todos funcionários pareciam ter medo de mim, acho que porque sou única que fala alguma coisa quando Jennie critica algo, a julgar pelo modo como ela reage, sei que ela não está acostumada a ter alguém questionando seus questionamentos.

- Não acredito que Joohyun contratou uma incompetente como você. Você tem uma função aqui, para de corpo mole e faz direito, está sempre com a resposta na ponta da língua mas deveria ter essa mão mais ágil e fazer logo seu serviço, até quando vai ser peso morto aqui dentro?"

A voz dela me irritava, e a forma passiva como Bae Irene reage a tudo isso me irrita ainda mais. Mas eles são assim, se protegem, eu estava ponta própria e teria que demarcar meu território. 

- Sem corpo mole, Jennie, espero que saiba se virar no meio do mato.

Talvez você esteja me julgando como infantil, e sinceramente, eu não tenho a mínima intenção de mudar sua cabeça, o que eu quero é deixar muito claro para Jennie Kim que ela não pode brincar de patroa comigo. Talvez dentro de quatro parede eu não possa fazer nada, afinal de contas elas são duas, mas fora dali eu poderia fazer da vida dela um inferno. E eu estava muito disposta.

Não sou tão idiota como pareço e sei que ela não me trata assim atoa, ela se sentia ameaçada, ainda não sei porque. Talvez tivesse ciúmes de mim com Bae Irene, porque desde que entrei ela não me dá descanso e não deixa a mais velha se aproximar. Não que eu tivesse muita vontade de roubar dela o posto de cadela favorita da patroa, mas se isso fosse irritar muito Jennie Kim, eu poderia pensar.

- Seulgi, onde estava? – Irene perguntou com aquela voz calma que me dava nos nervos. Ela vestia um sobretudo preto que nada tinha a ver com o calor que estava fazendo ali, eu quis rir mas me segurei porque poderia passar a impressão errada da ocasião.

- Dá próxima eu ligo GPS – Caminhei no meio daquele campo, e já não podia se ouvir nada da grande Seoul, apenas os pássaros cantando e insetos fazendo seus barulhinhos relaxantes. Quase fui em direção de qualquer árvore para deitar de apenas contemplar o lugar. Meu primeiro instinto foi pegar minha câmera e fotografar tudo ali. Depois de algumas boas cotos senti a presença de alguém parar ao meu lado, e sabia que era a Bae, seu cheiro cítrico era inconfundível - Quem vou fotografar? 

- Eu – Me virei para Irene que agora estava sem o sobretudo e com uma coisa na cabeça que eu não saberia dizer o que é, mas a tornava mais intensa.

Não era a intenção ficar reparando minha chefe, mas devo dizer que com a cena que estava bem diante dos meus olhos, seria impossível fingir que não estava vendo nada daquilo. Bae Irene tinha perdido seu semblante doce com aquelas roupas, e sua pele alva se misturava com o tecido branco de tal forma que o sol a reluzia, era como se Irene brilhasse. O céu azulado com o campo de grama baixo verdinho pintava a cena como um quadro, onde Irene se tornava o centro, era impossível não olhar. Seus cabelos negros escorriam por debaixo daquele arquinho com telinha, esse que caía sobre seus olhos. Ela se tornara uma madame dos anos trinta. Sua presença estava mais ameaçadora, e eu me sentia completamente afetada por sua presença.

 Eu estava curiosa, ela tinha entrado em algum personagem? Não sei, mas minha atenção era toda sua e não sei que seria fotografá-la, pela primeira vez na minha vida, eu não senti a menor vontade de fotografar. Queria apenas continuar olhando aquela fotografia viva que a própria Irene fez de si.

Com um suspiro longo ergui minha câmera, e sob meus comandos ela fazia exatamente o que eu queria. Seus movimentos eram delicados, ela me olhava com intensidade, vez ou outra me sentia quase como uma presa, munida apenas de uma câmera, sei que também a devorava com meu olhar, modelo e fotógrafa em uma metamorfose em uma antropofagia artística. Os pensamentos que tive sobre ver em Bae Irene uma musa voltaram a tona como um tornado. Agora era real, ela estava bem diante das minhas lentes, e seu corpo de desdobrava em pura poesia fotográfica. Quando o vento bateu e balançou sutilmente os cabelos da modelo, senti meu corpo se arrepiando.

- Seulgi? 

- Hm – Sai daquele transe com um pequeno susto ao ouvir a voz da mulher, mesmo que em um tom baixo – Já está bom – Disse qualquer coisa que veio a mente.

- Vou me trocar e retocar a maquiagem – Ela se aproximou olhando as fotos junto comigo, seu perfume cítrico combinava com aquele calor. Ela sorriu.

- Que foi?

- Nada.

Enquanto Irene se arrumava, fiquei olhando suas fotos para saber quais poses favoreceriam seu traje. Tudo dependia do lugar exato e a pose exata, e isso varia de acordo com a modelo. A garota que fosse de fato fazer o ensaio, não passaria a mesma imagem que minha chefe. Entre uma e outra foto, a que Irene estava completamente distraída foi a que me chamou mais atenção, além de ser meu jeito preferido de capturar imagens, Irene tinha esse semblante calmo que em nenhum momento deixava de ser sensual, ainda mais com essas roupas. 

Sentia que aos poucos eu ia perdendo todos os motivos para não gostar de Bae Irene, e aplico esse pensamento a sua sensualidade, ela é muito boa em ter pessoas junto a si, suas falas e gestos, tudo nela é convidativo e soa como um pedido de amizade. Enquanto Jennie estivesse ao seu lado, eu me recusava a ficar perto, mas a partir do momento que estamos a sós, tudo se perde. Não saberia bem dizer o que ou porque, mas tudo se torna confuso só que não de um jeito ruim. 

- Podemos ir quando quiser.

Durante toda a tarde repetimos esse processo, entre um roupa e outra Bae Irene posava para mim, e quando eu dizia “para mim” era exatamente isso, pois só havia nós duas, o resto da equipe se ocupava em organizar o próximo figurino, penteado e maquiagem. Vez ou outra Irene tropeçava sobre os galhos caídos e eu acabava soltando algumas risadinhas, mas ela também. Eu estava começando me sentir confortável perto dela, e isso é perigoso.

- Só não me empurra – Irene disse entre risadas, ao perceber que estava no pico de um pequeno morro.

Apenas sorri, sua presença era agradável e eu não conseguia mais vestir esse personagem mal humorado perto dela, queria sorrir e interagir. Isso me assustava, e muito, eu não era a mulher das palavras ou dos diálogos, não era alguém que sabia fazer amizade. Mas de repente me vi querendo ser amiga dela, querendo que ela também gostasse de mim.

O dia já estava praticamente no fim, e a gente consideravelmente longe da tenda, todas as poses e fotografias me fizeram perder a noção do tempo. Bom, e a culpa não foi só minha porque Bae Irene era uma pessoa que adorava conversar, na maior parte do tempo eu ficava apenas escutando, mas comecei a gostar de ouvir sua voz, mesmo que não fosse admitir isso.  

*O link para as fotos vai está nas considerações finais*

- Esse ensaio vai consagrar de vez a RBB.

- Por que isso é tão importante? 

- Por que é bom ser reconhecido pelo seu trabalho duro, olhar a capa de uma revista e saber que aquela imagem é perfeita porque eu estava por trás organizando tudo. É no que eu sou boa, e acho que um dos maiores privilégio da vida é ser reconhecido naquilo que você é bom. 

- E por que você precisa tanto da aprovação de alguém? Ele ser perfeito pra você não é o suficiente?

- Qual o problema e dividir isso com os outros? Um desfile não é como uma fotografia, Seulgi. Eu crio uma cena, eu endeuso minhas modelos, todos as desejam e desejam ser elas. O glamour da moda, eu o crio, é excitante.

Eu não compreendia nada daquilo, mas Irene dizia com tanta convicção que eu não queria questionar. Que irônico. Logo eu não querer questionar algo.

- Você não entende – Ela concluiu por si mesma – Só precisa saber que é importante pra mim. Você não faz questão de ter um nome ou reconhecimento, mas eu quero, a ideia de ser lembrada fazendo meu trabalho é algo que me incentiva a seguir.

- Não tem medo de confundir suas emoções ao valor que as outras pessoas atribuem ao seu talento? Quando a plateia não estiver mais lá, e os holofotes se apagarem, quem você vai ser? 

- Eu vou ser o conjunto de tudo que eu criei, todas as pessoas que eu impulsionei, eu vou ser alguém para minha irmã se orgulhar e acreditar que ela pode.

- Você está enganada – Parei de caminhar e ela também parou me olhando curiosa – Quero um nome, eu só não quero seja do jeito deles, quero que seja do meu.

Enquanto as duas caminhavam de volta para tenda, uma conversa calma se instalou. Sem discussões, sem palavras mal intencionadas, apenas uma conversa normal. 

Irene tinha muitas opiniões sobre tudo, e elas eram muito bem formadas, apesar da maioria baterem de frente com as minhas, ainda sim não podia negar que elas eram interessantes. Ela sorria após cada resposta minha, notei que era um hábito, ou ela realmente achava engraçado todas minhas pontuações. 

- Por que fica rindo toda vez que eu falo algo?

- Porque tem mais ou menos umas cinco horas que você esqueceu de me insultar, ouso dizer que você está começando a gostar da minha companhia. E há alguns minutos elogiou umas fotos, também devo estar convencida que você me acha bonita – Não aguentei segurar o riso que veio com sua fala travessa.

- Você se reconhece assim, eu não vou ter o trabalho de me opor. Mas quanto as fotos, eu diria que o trabalho por trás das lentes é que consagram a beleza do material. Veja bem, pouco importa sua aparência se eu não combinar todo o resto, eu preciso achar sua essência e o que quer me dizer, então eu posso tornar sua imagem linda.

- Mas para reconhecer minha essência, precisa me conhecer também, e acredito que assim me tornei muito mais agradável aos seus olhos. Tudo bem Kang, é realmente difícil não gostar de mim, você tentou, mas é hora de se dar por vencida – Mais uma vez eu parei de andar e mais uma vez ela parou na minha frente.

- Nem nos seus sonhos – Voltei a andar sobre o olhar indignado de Bae Irene – Vai ficar ai sozinha, já está bem escuro e mesmo se você gritar eu não vou voltar – Poucos segundos depois Irene deu passos largos até ficar mais uma vez ao meu lado. 

Já estava bem escuro e o caminho era horrível, nossos celulares estavam com as lanternas ligadas, e a nossa sorte é que Irene conhecia bem o caminho, mas ainda sim era uma mulher meio desastrada, o que se provou muito real quando tropeçou em uma pedra e só não caiu porque eu consegui segurar seu braço e a puxar em um reflexo que eu nem sabia que tinha. Pela força, nossos corpos ficaram colados, e eu sentia a respiração de Bae Irene no meu pescoço, seu nariz estava gelado, senti quando ele tocou em minha pele. Foi nesse momento que percebemos como o clima tinha mudado, e mesmo de uma forma estranha foi bom ter o corpo de Irene junto ao meu, pq juntos eles ficaram quentes. Não sei que se deu conta primeiro da situação constrangedora na qual estávamos, as duas abraçadas no meio no mato, era uma cena bem peculiar aos olhos de qualquer um que nos visse assim. De qualquer jeito, não importava, porque tudo que eu percebi naquele momento é que mesmo não gostando de contato, o toque de Irene não foi estranho ou repulsivo, pelo contrário, era bom sentir de tão perto seu cheiro. Foi só quando ela se mexeu que percebi que meus braços estavam envoltos ao seu corpo, e em um novimento rápido, a afastei. 

- Tenha mais cuidado, por Deus, você parece ter dois pés esquerdos. 

Irene não respondeu, e eu não poderia imaginar o que ela estava pensando já que nem ao menos eu conseguia enxergar seu rosto. Após longos minutos naquela trilha, voltamos para onde antes a tenda estava montada. Mas agora tudo que restava era um carro parado no meio daquele campo de vegetação baixa onde tiramos as primeiras fotos. 

- Cadê todo mundo? 

- Foram embora – Irene respondeu – Eu disse que eles poderiam ir porque essas seriam as últimas fotos, então eu vou te deixar em casa.

- Espera, onde está Jennie? E o seu carro? – Perguntei esperando que nada daquilo estivesse realmente acontecendo – Irene, onde está Jennie?

- Ela não veio hoje, ela não esteve aqui nenhum momento – Fechei os olhos levando as mãos a cabeça, aquilo não podia ser real, agachei ainda com os olhos fechados – Mas esse é o carro dela – Não tinha como piorar.

- Peguei emprestado, o meu está na concessionária para revisão, Seulgi que foi? Vamos embora.

Antes de responder alguma um relâmpago rasgou o céu, seguido de um barulho estridente que me vez sobressaltar. 

- Vamos logo, hoje fez muito calor e isso sempre indica uma grande tempestade. A estrada é muito ruim, não podemos esperar começar a chover.

Acabou de piorar.

Irene correu para o carro, e eu nem tinha forças pra acompanhar a mulher de vestido branco, mas mesmo assim o fiz. Ela ligou o carro e ele não andou, e naquele momento eu me dei conta de que era a maior idiota que já tinha colocado os pés na terra, e provavelmente Deus estaria rindo da minha cara enquanto me castigava pelo sentimento vingativo que alimentei durante toda semana. O carro não andou, e nem andaria. Porque no auge da minha ignorância, eu rasguei o pneu traseiro do carro de Jennie Kim, imaginando que passar a noite naquele lugar desconhecido seria uma boa lição. Mas acho que eu mesmo teria essa resposta, eu e Bae Irene que agora me olhava com os olhos mais assustadores que eu já vi em toda minha vida.



Notas Finais


Até que enfim um avanço, um abraço e melhor que nada né? Pena que a Seulgi só faz cagada.

Criei um insta pra colocar as fotos que a Seulgi tira da e vcs poderem ter de imagem mental:
https://www.instagram.com/p/CGDnDpajSZz/?igshid=o1x2yy9edgn3

Um beijo e até a próxima 😘


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