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História As cores do nosso amor - Naruhina - Posa pra mim?


Escrita por: _millesousaa

Capítulo 7 - Posa pra mim?


Todos acomodaram-se nas poltronas do cinema: Tsunade e Jiraiya mais ao canto e Hinata no meio dos meninos, enquanto isso ela mal olhava para Naruto. Estava morrendo de vergonha por ter dito que estavam namorando, também temia que Shikamaru tivesse se enganado e que levaria um fora do garoto.

 Mas Naruto não perdeu tempo e logo segurou a mão de Hinata por cima do braço da poltrona, depois, vendo que poderia levantá-lo, tratou de se achegar mais à ela. Hinata afirmara que estavam juntos por causa daquela garota? Ela gostava dele, afinal? As engrenagens do cérebro de Naruto moviam-se frenéticas a procura de uma resposta, porém, no fundo, a que ele queria acreditar, era que Hinata o correspondia. Talvez não com a mesma intensidade com que ele era apaixonado por ela; no entanto, já era um começo, certo?

Com esse pensamento em mente, ele se moveu em direção a Hinata e cochichou bem rente ao seu ouvido.

— Hinata, eu gosto de você desde o primeiro ano. Aliás desde que a vi pela primeira vez na escola.

Ela, por sua vez, sentiu o corpo todo arrepiar, ao ouvir aquela voz rouca e baixa tão próxima ao seu ouvido. Entretanto, o que mais bagunçou tudo dentro de si, foi a confissão.

Naruto de fato gostava dela? Não era viagem do Shikamaru?

— Você gosta de mim? — Hinata moveu-se minimamente, ficando a centímetros de distância do rosto de Naruto, que a olhava com os olhos brilhando em expectativa.

— Gosto. — afirmou, apenas.

E seu tom soou grave e decidido.

— Gosta ao ponto de querer me beijar? — ela insistiu, querendo entender a extensão de seus sentimentos.

— Gosto ao ponto de morrer de vontade de te beijar.

Hinata engoliu seco, sentindo como se várias borboletas dançassem balé em seu estômago, causando-lhe cócegas. Ela respirou fundo, jamais sentira-se assim antes, nem em seu primeiro beijo, quando achava que iria morrer de nervosismo e ansiedade.

"O que Naruto está causando em mim, afinal?", pensou e apertou a mão do loiro em resposta.

— Eu acho que também gosto de você assim, Naruto. Tipo, eu também quero te beijar. — Hinata mordeu o lábio inferior, querendo muito avançar o sinal.

Só que talvez ali não fosse o lugar, seria melhor um ambiente mais reservado. Sem os padrinhos de Naruto e Shikamaru segurando vela.

— Eu estou sonhando? — Naruto questionou, sentindo até uma vertigem.

— Não está. — ela afirmou e sorriu. — Quer ir para minha casa depois do cinema? Meus pais saíram com minha irmã, eu estarei sozinha. — Hinata o convidou baixinho, para somente ele ouvir.

Naruto prontamente aceitou, fazendo que sim com a cabeça.

Eles sorriram, cúmplices e viraram para acompanhar os trailers, ainda de mãos dadas.

Enquanto isso; Shikamaru, que fingia estar alheio ao flerte dos dois, apenas ria com a situação. Ele precisava encontrar um amor para si, ficar de vela era muito ruim. Suspirou e enfiou a mão na pipoca que Jiraiya havia comprado para eles e que Hinata e Naruto haviam recusado.

O filme em si foi seguindo com gritos, palmas, choro e tudo o mais que pudessem imaginar. E, ora Naruto deitava no ombro de Hinata, ora ela deitava em seu peito. Ele acariciava seu rosto delicadamente, ela devolvia acarinhado sua mão, pousada entre a perna de ambos. E assim se seguiu, os dois absortos um no outro, até que os créditos subiram na tela. Shikamaru que chorava descontroladamente era amparado por Tsunade e Jiraiya que lhe dava tapinhas solidários nas costas.

Na verdade; Naruto também ostentava lágrimas nos olhos e Hinata correu para ampará-lo. Ela tinha todo o cuidado do mundo para com o loiro, pois queria do fundo do coração que ele voltasse a ser o garoto animado que Hinata via pela escola.

— Você está bem? — Hinata questionou, abraçando-o pela cintura.

— Estou sim, o filme foi bem legal, você não acha?

— Arrã. — ela sorriu, apertando a ponta do nariz de Naruto.

— E agora, o que faremos? — Tsunade, que abraçava Shikamaru pelos ombros, questionou. Estava adorando àquele passeio.

— Bem... — Hinata iniciou, insegura.

— Pode deixar a gente na casa da Hina? — Naruto emendou.

— Agora? — Jiraiya perguntou.

— Isso. — Naruto afirmou sorrindo.

Shikamaru deu uma risadinha maliciosa e Jiraiya assentiu, estava satisfeito com a melhora de Naruto. Então todos foram caminhando para o estacionamento do shopping.

No meio do caminho, os adultos fizeram questão de deixá-los antes; pois assim, poderiam sabatinar Shikamaru com perguntas sobre o rumo do relacionamento dos dois. Ou seja, tudo foi arranjado e logo Hinata e Naruto já estavam sozinhos.

— Tua casa é muito legal. — Naruto sentou no grande sofá.

— Obrigada. — Hinata agradeceu. — Você quer tomar alguma coisa?

— Não, na verdade, ele levantou-se e aproximou-se de Hinata. — ela permaneceu imóvel. — Eu queria saber se falava sério no cinema, quando disse sobre querer me beijar. — Naruto coçou a nuca, envergonhado.

Todavia, não queria deixar a oportunidade passar, ele sempre sonhara com esse dia. O dia em que teria Hinata só para si.

— Hã, Naruto. — Hinata venceu o resto da distância existente entre eles. — Eu sempre te achei lindo e divertido, só que eu pensava que você não gostava muito de mim.

— Como pôde pensar isso? Eu expliquei que tinha muita vergonha de você, Hina. Por isso agia feito um idiota.

— Mas como? Se você era tão extrovertido e falava com tudo mundo? Inclusive com as meninas?

— Eu não gostava delas, então era fácil. Já contigo, eu nunca sabia o que fazer. — Naruto explicou. — Eu não sabia como chamar sua atenção, você vivia rodeada de garotos; aliás, a maioria dos garotos do colégio gostam de você. Então eu achava que não tinha chances.

— Como não tinha chances? — Hinata revidou, incrédula.

— Vem cá. — Naruto a puxou abruptamente e colou sua boca na dela, cessando assim a discussão.

Iniciando um beijo cálido e intenso. Hinata rapidamente correspondeu, subindo as mãos para a nuca de Naruto, enquanto ele a puxava ainda mais contra si.

 Saboreando aquele momento.

— Como eu queria isso. — ele falou baixinho, rente aos lábios de Hinata.

— Eu descobri só hoje que eu também queria bastante. — ela confessou.

Naruto riu.

— Antes tarde do que nunca, por você valeu a pena esperar. — ele devolveu.

Hinata retirou seu boné e enroscou os dedos por seu cabelo macio, enquanto dava leves mordidinhas em seu lábio inferior.

Naruto, que não era tão experiente assim com garotas, não queria fazer nada de errado e tentava conduzir o beijo sem afobação. Ele só queria sentir Hinata próxima de si daquele jeito por muito tempo, ou seria para sempre?

Aos poucos, no entanto, foram cessando o beijo e recuperando o fôlego. Contudo, as carícias continuavam.

— Me conta está história direito, Hina. Por que seu pai jogou seu material fora e cadê meu retrato que você me prometeu? — ele a pegou pela mão e ambos sentaram-se novamente no sofá confortável.

Naruto não queria só ficar com Hinata, ele queria conhecê-la, cuidá-la, protegê-la e amá-la; isso incluía ouvi-la também e entender seus sentimentos mais profundos. Portanto, sentiu necessidade de questioná-la sobre isso. Apesar de querer muito beijá-la novamente, até toda a vontade que tinha de Hinata passar. Se é que era possível isso acontecer algum dia.

Hinata suspirou longamente.

— Meu pai quer que eu seja advogada, não pintora. Por isso jogou todo meu material fora, só que eu escondi algumas coisas. — ela explicou, se enroscando ao corpo de Naruto. — Se ele sonhar que eu ainda pinto, nem sei o que faria.

— Nossa, hime. Por que seu pai não deixa você fazer o que ama?

— Porque aqui em casa é assim, Naruto. Neji, meu irmão, também gostava de pintura, acho que é de família. Porém, meu pai o fez desistir e hoje ele é advogado no escritório dele. Eu não tenho escolha.

— Claro que tem! — Naruto retrucou, indignado.

Hinata suspirou novamente, dessa vez resignada.

— Eu queria pintar alguém de quem eu gosto, sabe? Antes de abandonar isso de vez. Então pintei você, só que não acho que tenha ficado bom, daí eu desisti de levar o retrato. Também fiquei com medo de meu pai ver eu saindo com a tela.

— Me mostra? — Naruto pediu, com os olhos brilhando.

Sempre quis que Hinata pintasse um retrato seu, mas jamais teve coragem de pedir.

— Não ficou muito bom, Naruto. Eu queria que ficasse perfeito, igual a você. Na verdade, queria te pedir para posar pra mim agora.

Naruto sorriu.

— Sério? Mas eu não sei fazer isso.

— Eu te direciono. — Hinata o pegou pela mão e correu com ele escada acima.

Ela o sentou no sofá branco que havia no canto de seu quarto e ficou corada imediatamente. Parecia querer dizer mais alguma coisa; porém, não conseguia.

— O que foi, Hina?

— Hã, eu queria testar um novo estilo de pintura com você, que eu nunca usei antes com ninguém. — confessou sentindo o rosto cada vez mais quente.

— O que eu preciso fazer para te ajudar?

Tirar a camiseta.

Naruto tossiu.

— Como? — questionou, sentindo um calor subir por seu rosto de uma hora para outra.

— Eu sempre quis pintar alguém de quem eu gostasse de um jeito mais...

— Eu acho que entendi. — ele completou, vendo que Hinata relutava em usar o termo sexy. — Só me diga o que eu preciso fazer e eu farei.

Hinata engoliu seco e aproximou-se de Naruto, ajudando-o a retirar a camiseta. Ela o fitou demoradamente nos olhos e bagunçou seus cabelos, enquanto ele permanecia imóvel. Um pouco envergonhado, não por estar sem camisa, pois era atleta e para ele isso não era problema. Contudo, ter os olhos de Hinata nos seus daquele jeito tão intenso, causava em seu interior um reboliço sem fim.

— Posso? — Hinata perguntou, pedindo permissão para tocar em Naruto.

— Pode. — respondeu em um tom muito rouco.

Hinata assentiu e abriu o botão da calça de Naruto delicadamente — arrepiando-o dos pés a cabeça com o toque sutil em sua barriga —, também deixando a mostra sua boxer vermelha. Ela o encarou fixa e intensamente, notando o quanto Naruto era lindo. Não era como se já não tivesse visto ele correndo sem camisa na quadra da escola. No entanto, ali na sua frente, com os olhos nos seus; Hinata constatou que Naruto era uma bela visão. Hinata queria guardar uma recordação daquele momento e, para ela, um momento era eternizado através da tinta.

— Está bom pra você? — ele perguntou, olhando nos olhos perolados de Hinata.

Ela moveu o braço direito dele, colocando-o displicentemente sobre o meio de suas pernas. Encostou suas costas no sofá e a outra mão ficou espalmada em sua perna. Hinata levantou o queixo de Naruto com o indicador e, por fim respondeu.

— Perfeito.

Apesar do embaraço, ela sustentou o olhar, passando firmeza sobre suas habilidades a Naruto.



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