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História As Crônicas da Legião - Sementes da Destruição - Estáticos


Escrita por: CollorfullFox

Capítulo 124 - Sementes da Destruição - Estáticos


Isa e João reapareceram em um lugar bem diferente. Parecia um tipo de penhasco. O

lugar era todo feito de pedras, rochas e areia. O céu com cores crepusculares era bem

visível, e ao longe via-se também uma densa floresta.

-Onde nós estamos? – Isa perguntou ainda frenética.

-Não sei. – João respondeu. Realmente se transportara para qualquer lugar longe dali.

– Vamos descobrir.

João saiu andando para uma direção aleatória. Isa o seguia de perto. Os dois andavam

tensos e devagar. Os dias estavam muito estranhos, insanamente perigosos. Era isso

que deveriam esperar daquela floresta. Ao longe, um rugido se ouve. Um rugido de um

animal, provavelmente um felino. Mas após o rugido, ouve-se também um grito. João

para de andar. Ele reconhecera aquela voz. Mas de onde?

-O que? – Isa não ouvira a voz. E se tivesse ouvido, talvez não tivesse reconhecido.

-Alguma coisa naquela floresta. – João respondeu com o olhar fixo em um grupo de

árvores. – Vamos pra lá.

João nem esperou a resposta de Isa. Ele voou penhasco abaixo em direção às árvores.

Isa tentou acompanhá-lo, mas logo ficou para trás. João chegou antes na floresta.

Tudo estava calmo, silencioso, tenso. Ele olhou em volta e caminhou na direção de

uma das árvores. João respirou fundo e então colocou sua mão no arbusto. Uma mão

negra saiu do arbusto e o puxou para trás do arbusto. Do outro lado, Lua lhe apontava

uma de suas facas. Mas ao vê-lo, ela parou e o soltou.

-Vocês! – João gritou, abrindo um sorriso leve.

Caio e Cathy o abraçaram. Ele abraçou os dois em volta.

-O que estão fazendo aqui? – João olhou para os dois. Pareciam aliviados, mas

exaustos.

-Na verdade, também não sabemos. – Lua respondeu essa pergunta. – Simplesmente

estamos aqui.

-Mas por que estão se escondendo? – João já imaginava a resposta.

-Duchèll. - Clare respondeu de prontidão. João pode notar uma expressão debochada de Catherine, mas não perguntou.

João olhava para os três companheiros. Todos, sem exceção, pareciam fracos, cansados, perdidos ou com medo. Clare carregava uma expressão exausta, e tinha na armadura algumas marcas que o garoto não lembrava de estarem ali antes. Caio estava de pé com muita dificuldade e tinha uma mancha vermelha enorme no peito, coberta por alguns trapos improvisados. Tinha nos olhos uma expressão levemente amedrontada, mas muito preocupada. Cathy, por sua vez, carregava no rosto sua costumeira expressão alegre, e irradiava a mesma energia positiva de sempre, o que contribuia para levantar o ânimo do lugar. Além disso, tinha no olhar um ar muito mais confiante, e era a única que não parecia preocupada ou amedrontada. Isso contrastava muito com sua perna que parecia inutilizada, com os arranhões que tinha na barriga e nas costas e com as queimaduras que carregava nos braços.

Então, João se lembrou de Isa. Ele saiu de trás do arbusto e procurou por ela. Isa vinha correndo. Mas não corria normalmente. Corria amedrontada. João olhou para algo que estava atrás de Isa. Era uma criatura azul, com uma longa marca amarelo-fosforescente ao longo do corpo. De início, João não reconheceu a figura. Mas quando Isa e o monstro se

aproximaram mais ainda, ele reconheceu. João se virou para o arbusto e gritou.

-Corram!

Os cinco corriam de Duchèll, popularmente conhecido como Monstro D’água. E enquanto João pensava nisso, o Monstro D’água disparava pulsos elétricos neles.

-Parece que perdi algumas coisas. – João gritou frustrado. Não sabia exatamente com o que ou com quem. Mas frustrado.

-Eu meio que... – Cathy tentava explicar, flutuando logo atrás.

-Pode desfazer? – João gritou, ainda furioso, mas tentando ignorar os sentimentos negativos.

-Eu... – Todos já sabiam o que aquilo queria dizer.

-Eu posso tentar. – Isa respondeu pela amiga – Mas preciso de ajuda. Uma distração.

-Ótimo. – Clare se responsabilizou.

No instante seguinte, Clare se desviou do grupo. Ela se virou para o Duchèll e

começou a correr na direção dele. Clare pegou sua espada negra e a passou no

pescoço do monstro, se abaixando para ele não atingi-la. A cabeça dele caiu e

se transformou numa poça de água assim que tocou o chão. Mas o corpo continuou

avançando. Sua massa corporal diminuiu, e outra cabeça surgiu no lugar. Lua ficou em pé olhando de trás para o monstro, sem acreditar.

Isa olhou para trás. Duchèll ainda estava intacto. Clare falhara.

-CLARE! – Isa gritou.

Lua correu até o monstro de novo. Dessa vez, ele fincou a espada na nuca dele.

Dessa vez, ele parara de correr. Duchèll se virou para Clare. Ela deu um pequeno

sorrisinho. Isa parou de correr.

Com toda a sua força, Isa começou a irradiar energia estática. A aura verde e azul

reapareceu em volta da garota. A energia elétrica começou a ser sugada por Isa. Duchèll se virou para ela. Ele começou a perceber sua energia indo embora. O monstro começou a diminuir de tamanho. Cada vez mais forte, Isa começou a irradiar mais energia. Sua aura foi ficando mais presente, mais notável. Duchèll permanecia paralisado. A garota estava mais pura do que nunca. Ela olhou para os amigos. Eles perceberam em seu rosto, marcas de energia. Marcas poderosas. Isa sugava cada vez mais energia. Ela começou a brilhar. Duchèll estava ficando cada vez menor. A marca amarelada em seu tronco ia desaparecendo. Ele encolhia com a mesma velocidade que o brilho de Isa aumentava. O Monstro então começou a se mover. Ele esticou o braço na direção de Isa. Num último esforço, Duchèll gritou. Um grito de terror, fúria e ódio. Mas após o grito, algo aconteceu. A última parcela de energia dentro dele se encaminhou para o seu braço. Ele a concentrou em seu punho e a disparou.

-Boom. – ele disse.

Em seguida, uma onda eletromagnética saiu do punho de Duchèll. Ela rumava para Isa. Ao final da cena, eles puderam ver uma corrente de água voando para longe. E algo atingiu a garota. Uma grande explosão se seguiu.



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