História As Crônicas de Boruto Uzumaki - Temp. II:Tempo para Batalhas - ESPECIAL - Preparação da Batalha: E apareceu uma Aranha

O Multiverso inteiro pra acompanhar, incontáveis ao seu desenrolar, e mesmo assim, poucas vezes que tive que interferir em algo. Sendo o ser mais poderoso existente, sendo um celestial, ou mais precisamente, o líder de todos eles, eu apenas observo tudo. Sendo alguém que gosta de histórias, cada universo é uma saga de livros diferente, e o que eu tenho uma biblioteca interminável. Eu só me envolvi diretamente com os integrantes de um universo, os da Terra-616, e são ele Bill Raio Beta e Peter Parker. O primeiro lutou com uma bravura e dignidade maior que qualquer ser que eu já tenha observado, então o salvei das garras da Morte. Ele ainda foi possível de empunhar Mjonir, o martelo de Thor. O outro, eu o aconselhei a deixar que um ente querido seguisse seu curso e entrasse pra eternidade na morte, mas ele me ignorou e salvou sua tia, talvez alterando os acontecimentos desse universo. Nunca parei para ver se seria diferente, caso sua tia conhecesse a Morte.

Enfim, em tempos de calmaria que antecedem a tempestade na Terra-616, com a ameaça crescente de Thanos, o Titã Louco, eu senti mais alguma presença nesse universo. Mais forte que Thanos, ou o Tribunal Vivo, mas não mais forte que eu. Era o poder de um celestial, um poder ardente. Era Kado, o Celestial do Fogo. Ele já havia adentrado nos domínios que designei ao Tribunal Vivo, mas eu sentia outra mudança se aproximando. Pelo sentimento grande que eu tinha, esse poderia alterar o curso desse universo, se eu não intervisse.

Projetei meu corpo diretamente ao lado de Kado.

- Ah, é você, ó líder, One Above All? - Kado me cumprimenta e me olha com desdém.

- Sem joguetes, o que você está tramando? - Fui direto ao ponto, não permitindo que ele procrastinasse.

- Um torneio entre vilões e heróis.

- Sabe que não tem permissão pra tal alteração, ainda mais mexendo no Multiverso. - Falei em tom autoritário.

- Ah, e você tem, né? - Sua raiva ardente visível nos olhos.

- Eu sou o mantenedor da ordem e paz no multiverso, e eu julgo quando é necessária a minha intervenção.

- Tá, que seja. Eu precisava de mais um do Universo 616. O Homem-Aranha.

- Espero que esteja falando a verdade, pois eu mesmo irei te fornecer a ajuda dele. Como mantenedor da ordem e paz, eu vou mandá-lo como um cavaleiro meu, já que ele representa meus valores. Se mentir, vai sofrer as consequências dos seus atos, pois seu torneio é incitação do caos.

- Ok, Ok. - Kado responde irritado.

- Aguarde o Senhor Parker no seu planeta experimental em alguns instantes.

Logo após isso, sumi de lá, aparecendo no espaço fora do Planeta Terra no Universo 616. Decidi tomar a forma de algum ser que imponha um certo respeito e admiração ao mesmo tempo em Peter Parker. Minha aparência se tornou a de algum ser com poderes que vem de algum lugar da galáxia. A roupa era totalmente branca, seguindo as curvas do corpo, com duas capas nas costas, uma em cada ombro e um capacete cobrindo todo o rosto de guerreiro espacial.

Desci direto na Cidade de Nova York, perto dele, sem ativar nenhum tipo de detecção do planeta. Era uma tarde agradável naquela cidade que mais parecia um labirinto de concreto e aço. O Homem-Aranha lutava contra alguns criminosos armados com metralhadoras. Em dado momento, todos soltaram suas rajadas pra cima dele, que desviou habilmente de todas as balas, que acabaram por vir em minha direção. Utilizando pouquíssimos poderes, tornei a pele impenetrável com força sobre-humana e super-velocidade. As balas ricochetearam em mim e eu apenas voei pra cima dos bandidos com a a velocidade, jogando-os no chão, nocauteados. Homem-Aranha me olha impressionado.

- Uou! Que incrível! - Ele se encontrava empoleirado em cima de um poste de luz.

- Eu vim procurando por você, Homem-Aranha. Preciso muito de sua ajuda. - Ajoelhei na sua frente.

- Pra quê, senhor branquelo? - Agora, o garoto havia se pendurado em sua teia, de cabeça para baixo.

- Algo que envolve Loki e caos. Ele está em um lugar que por algum motivo eu não posso ir, mas posso te levar até lá. - Tive que manipular um pouco os fatos, a fim de conseguir sua cooperação.

- E como sei que posso confiar em você ou no que você diz? - Segurando-se apenas com os pés, ele gesticula enquanto fala. - Como vou saber que não está me pondo em uma armadilha?

- Porque eu vim implorar por sua ajuda, já que a ameaça em que Loki está envolvido é interdimensional.

- E por que não chamar os Vingadores? - O garoto agora pula da teia pra parede, aderindo à superfície.

- Porque o escolhido divino foi você.

Peter Parker silenciou sua voz, pensando nas possibilidades e se perguntando sobre sua capacidade.

- Mas por que eu? Há tantos mais fortes... - Ele desce da parede, caindo suavemente no chão abaixado igual a uma aranha de verdade, levantando-se e ficando ereto logo após, me encarando por trás dos olhos brancos da máscara que cobria todo o seu rosto.

- A questão não é força, mas sim fibra e dignidade. Uma integridade moral e ética para com todos os seres vivos. Você é o único nesse universo que completa esses requisitos, além da, se me permite citar, sua falecida namorada Gwen Stacy.

Homem-Aranha passa a mão na nuca, ainda duvidoso de si mesmo. Decidi retirar a máscara, revelando um rosto bonito, de olhos verdes e cabelos grandes na altura da orelha, como o cabelo de Bucky Barnes. Era um rosto determinado e sincero, assim como minha missão de ordenar e pacificar o Multiverso. Eu ainda me encontrava ajoelhado à sua frente.

- Olha, cara. Levanta, vai. - Ele disse pra mim, incomodado de eu estar ajoelhado pra ele, provavelmente achando que não merece tanto. Peter retira sua máscara também, aproveitando o lugar deserto, e a segura o pedaço de pano que cobria seu rosto, encarando aqueles grandes olhos brancos que a máscara exibia. - Eu comecei a usar meus poderes pra fazer o que era certo, ajudar as pessoas. Mas nem sempre fui assim. Hoje eu sei que, se alguém pode fazer o que eu faço e não faz, e coisas ruins acabam acontecendo, a culpa é sua... Pois com grandes poderes, vem grandes responsabilidades.

Seu rosto jovem que tinha no máximo vinte anos, mas dificilmente chegava aos dezoito pelo que eu saiba, olha bem fundo nos meus olhos, com sua expressão mista entre timidez e determinação.

- É só me mostrar o caminho que eu te ajudo. - Depois de respirar mais forte, ele se sente motivado.

- Muito obrigado, Homem-Aranha. O segredo de sua identidade secreta está bem guardado comigo. - Levantei o braço pro lado, abrindo o portal para o pequenino planeta de Kado. - Agora, vá, Peter Parker. Seja o herói que o Multiverso precisa e tanto preza.

Peter assentiu com a cabeça, pondo a máscara e entrando no portal, sem hesitar, com um salto comas pernas arqueadas como uma aranha.

A partir daí, eu usei outra parte dos meus poderes pra saber como procederia. Ele apareceu em frente a Loki, que estava com seu cetro e a Jóia da Mente no casulo dentro da arma. Ela a encosta no peito de Parker antes que seu Sentido Aranha o avise de algo, controlando sua mente. Parecia algo estudado e cronometrado.

Então, Kado aparece ao lado de um grupo logo atrás. Com ele, estavam Flash Negro, Nevasca, Loki, um Uchiha que ainda é desconhecido por mim, Apocalypse (En Sabah Nur), Brainiac, Fahir (um homem com poderes mágicos que se transforma em dragão), Coringa, Naraku, Batman e agora, o Homem-Aranha também.

- Bom, parece que terminamos de recrutar o time dos vilões e dos heróis. E agora, Kado? - Loki se pronuncia.

- Agora... Hahahahahahahahahahaha. Iniciem o torneio. - Kado responde, totalmente maligno.

Ele me enganou sobre o uso de Peter Parker. Decidi deixar a competição ocorrer, confiando na fibra dos heróis. Assim que esse torneio acabar, Kado vai sofrer as consequências por semear o caos e me enganar.