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História As Crônicas de Boruto Uzumaki - Temp. II:Tempo para Batalhas - ESPECIAL - Um fim digno de heróis


Escrita por: KaiUchiha e YakagoIziki

Notas do Autor


Finalmente o crossover chega ao seu fim, com uma batalha de enormes proporções para terminar, contando com uma ajudinha de um cara poderoso como o infinito.


Essa história é continuação de:

https://spiritfanfics.com/historia/as-cronicas-de-boruto-uzumaki--temporada-ivento-ascendente-5088707

Não se esqueçam de acompanhar também essa história aqui, parte integrante do crossover: https://spiritfanfics.com/historia/uma-historia-de-naruto-yakago-iziki-6869513

Tô escrevendo uma outra fanfic, uma sobre um ninja desse crossover: https://spiritfanfics.com/historia/uma-historia-de-naruto-o-ultimo-uchiha-8357780

Também escrevi uma One-Shot sobre o futuro dessa história aqui, um especial de fim de ano (do fim de 2016): https://spiritfanfics.com/historia/familia-amigos-e-boas-lembrancas-epoca-de-celebrar-7636684

Capítulo 41 - ESPECIAL - Um fim digno de heróis


Fanfic / Fanfiction As Crônicas de Boruto Uzumaki - Temp. II:Tempo para Batalhas - ESPECIAL - Um fim digno de heróis

Himawari:


- Boruto, – Diz meu namorado. – só tem um jeito de conseguirmos fazer isso.

O loiro anda até o seu lado.

- Eu sei como. – Ele estica o punho para o lado e ambos dizem ao mesmo tempo quando seus punhos se tocam. – Juntos!


Yakago:


Nossos punhos se tocaram e, do nada, estamos em um campo aberto. Mais precisamente, em cima de uma enorme colina onde a grama verde cheirava a primavera. Boruto parecia entender tanto quanto eu o que estava acontecendo, isso quer dizer, absolutamente nada. Ao longe, era impossível ver um fim para aquele lugar, porém ao nosso lado, a única coisa que protegia nós dois da luz do sol forte e escaldante era uma árvore, uma macieira.

- Onde estamos??? – Boruto mais grita do que pergunta – Cadê todo mundo? E o Susano’o negro?

Ele olha para mim, ambos suplicamos uma resposta a qualquer coisa que pudesse nos informar algo. Não havia nada além da grama muito bem cortada até o horizonte e aquela árvore. Me virei várias vezes, até desistir e quase ficar desesperado.

- Isso não devia estar acontecendo! - Coloquei as duas mãos na cabeça, tentando me controlar. – Himawari! – Gritei para os céus, suplicando algo que nem mesmo sabia o que era. Somente aquele desejo de vê-la.

Boruto me encara, ficando vermelho de raiva. Corre até mim e sem que eu perceba, levo um soco na cara que me faz rolar por uns três metros até cair sentado e totalmente surpreso. 

- A culpa é sua, – Ele diz antes que me levantasse – toda essa merda de Guerra. Se não tivéssemos brigado, duas vezes, Sarada perto de mim.

O encarei, ficando com bastante raiva também.

- Se essa é a sua lógica, - Avancei em sua direção, acertando um gancho que o fez girar no ar. – a culpa é sua também. Você quem fugiu como uma mariquinha da oficina em Gotham porque seu "papai" não veio te salvar.

Ficamos uns cinco metros um do outro, calados. Em nós dois, podia ser visível para uma terceira pessoa qualquer: estávamos tristes e sofrendo. Talvez não fosse apenas pelas mulheres que amávamos, mas por todos os amigos que fizemos. Até um instante atrás, eu e Boruto éramos amigos.

Ele se movimenta primeiro, correndo em linha reta com o punho levantado. Salto por cima, com um giro tentando conectar um chute martelo na cabeça dele. Boruto é forte e perspicaz, sem virar o corpo, coloca a palma da mão esquerda por trás da nuca, exatamente onde iria atingi-lo. Não tive tempo de mudar a trajetória e, no segundo seguinte, ele me gira e lança para a árvore.

Mantendo uma aerodinâmica, com o pé, consigo utilizar o tronco da planta como impulso para atacá-lo. Tentei um movimento do tipo Superman quando voa, com os dois punhos para frente. Boruto dá um passo para o lado e desce com uma cotovelada em minhas costas, assim que estou passando. Infelizmente, caio aos pés dele:

- Eu venci. – Ele pisa em cima de mim.

- Ainda não.

Em um movimento de sorte, consigo girar a perna direita e lhe dar uma rasteira. Boruto também vai ao chão e se afasta até ter certeza de que é seguro levantar. Ambos em pé de novo.

- Parece que essa luta vai durar mais um pouco, Uzumaki.

- Não se eu acabar com você logo, Iziki.

Me preparo para atacar de novo. Na posicão de luta básica ninja. Boruto faz o mesmo, com seu olhar determinado. De repente, parece que sinto algo estranho no meu peito. A vontade de lutar, a raiva... Ambas somem tão rápido quanto vieram, dando lugar a uma sensação de paz diferente de qualquer uma que já havia sentido e, impulsionado por isso...

- Desculpe, – Digo primeiro, Boruto parecia sentir o mesmo que eu. - eu não devia ter...

Parecendo estar totalmente fora da raiva, Boruto relaxa os ombros e me interrompe:

- Tudo bem, eu comecei. É que... Agora que as coisas estão começando a dar certo entre mim e Sarada, parece que vamos morrer. – Ele desabafa, respirando fundo. – Ambos somos culpados por não termos poder o suficiente para salvá-las.

- Não posso dizer que está errado. – Procurei argumentos, com a boca entreaberta para continuar a falar, mas nada saiu. – Na verdade, nem sei o que dizer.

Nada interrompe o silêncio, até uma brisa passar fazendo as folhas da nossa única sombra dançarem. Elas se remexiam graciosamente, minha vontade foi de sentar ali e me acalmar, sair deste turbilhão de lutas e poderes diferentes durante a guerra naquele planeta miserável. Boruto parece ser mais rápido e relaxa, sentando encostado no tronco da árvore:

- Hey, não deveríamos estar tentando voltar ao Planeta da Guerra?

Ele respira fundo e olha nos meus olhos. Parecia relutante em falar, abriu a boca e fechou duas vezes.

- Eu não sei se quero voltar. Aquela batalha sem sentido nenhum que um celestial esquentadinho colocou a gente... É uma merda.

Uma maçã cai na cabeça dele, que dá um grito de dor. Tive que segurar a risada, mas Boruto percebeu.

- Tá rindo é? – Ele se levanta e joga a fruta em mim, a seguro fácil. – Tá doendo minha cabeça agora, você por acaso sabe a gravidade disso?

Do nada, ele também começa a rir. Parecíamos dois idiotas caindo na gargalhada, deitei na grama sentindo aquela paz estranha, porém super bem-vinda. Devemos ter ficado alguns minutos em silêncio, até o loiro falar:

- Eu poderia ficar aqui. – Ouço um barulho de algo se quebrando e seguro outra maçã que iria cair, desta vez no chão. – É tão tranquilo, o que você acha?

- Não sei – Dei uma mordida na maçã após responder. – parece que vamos ficar aqui mesmo. Nossa, nunca comi uma maçã tão boa quanto essa.

Boruto pega a que havia caído em sua cabeça e dá uma mordida. Seus olhos até brilham.

- Porra, que delícia! – Dessa vez ele se esparrama no chão. – Eu poderia realmente ficar aqui.

Aquela sensação invadia todo o corpo, era como se tudo de ruim que passei em minha vida - até mesmo machucados pequenos ou feridas grandes - sumissem com um piscar de olhos. Talvez esta fosse a escolha certa a se fazer, ficar aqui... Sem dizer nada, fechei os olhos, esperando que aquele dia terminasse de alguma maneira. Ele terminaria, mas algo me dizia que não seria aqui.

- Yakago, – Olho para Boruto recostado na árvore – como conheceu minha irmã?

Fiz uma cara de surpresa por ter perguntado. Abri a boca para responder, mas logo me calei. A verdade? Eu não lembrava mais, o que era estranho. Sempre que nós brigávamos, usava a estratégia do primeiro encontro. Mas o que era mesmo essa “estratégia”? Realmente estranho, não sou de esquecer as coisas.

O tempo passava, ambos relaxamos ali. Se eu estava me sentindo mal por não voltar àquele planeta? Não, nem um pouco. Parecia que naquele lugar eu podia esquecer de todos os problemas. Himawari estava longe, insegura, e essa era minha única preocupação. Porém, sabia que se precisasse, o Naruto-Senpai e o Sasuke-Taichou fariam o serviço e derrotariam aqueles caras.

- Yakago, – Boruto se levanta assustado. – precisamos voltar.

Tomei um susto com a urgência em sua voz, não era normal do Boruto nem no meu universo.

- Eu sei, deveríamos ter pensado isso antes de brigarmos, de novo. – Fecho a cara e olho para o lado. – Mas por quê? Me diga? Porque preciso voltar para um lugar que sinto tanta dor?

Boruto segura meus ombros e seu olhar sincero fica invadindo a minha atenção.

- Eu também quero ficar, mas sem a Sarada, o Sasuke, o Mitsuki, minha irmã, minha mãe e... e o meu pai... Não sei se consigo viver aqui e esquecer todos. Estaria fugindo do problema, ainda mais agora que as coisas estão dando certo entre mim e Sarada. Eu a amo... Você ama a Himawari?

Como se fosse um estalo na minha cabeça. Sinto a tensão voltar, era de alguma forma bem-vinda. Dou um sorriso para ele, que me solta e dá uns passos para trás.

- Sim, eu a amo. – Cerrei os punhos. – Vamos voltar.

Boruto se vira para a árvore e dá um soco nela gritando “Tira a gente daqui”. Ouço um estalo e, às pressas, tirei ele do caminho de várias raízes brotando do chão, felizmente nós dois saímos dali.

- Mas o que é isso? – Ele diz, surpreso. A árvore parecia ganhar vida aos poucos diminuindo de tamanho. – Se prepara, Yakago.

Puxei minha espa... Não, esqueci que ela havia sido cortada ao meio pelo Boruto mau do futuro. Saco uma kunai e preparo-me em posição defensiva. A árvore dá lugar a um homem, parecia ter por volta de meia idade, segurava uma bengala feita de madeira. Os cabelos caiam como cascatas pelas laterais e tinham um tom castanho bem claro, seus olhos tinham um azul característico, parecia que ali se via todo o universo em movimento. Eram mais como tempestade cósmicas. O homem usava um terno azul escuro e uma gravata na mesma cor, camisa de gola alta. Seria um perfeito “gentleman”, suas feições eram de todo suaves, como se a calmaria estivesse correndo pelas suas veias, tanto quanto eu senti um pouco depois que cheguei.

- Então, vocês vão lutar, não é? – Ele pergunta, com um sorriso fino. – Ainda bem. Estava começando a achar que iriam desistir.

Boruto ataca primeiro, mas o oponente para seu soco lateral com a bengala, gira seu braço e o empurra de volta para o meu lado. Não sei como, mas foi tão forte que Boruto se desequilibrou e só não caiu por eu ter segurado.

- Não ataquem, estou aqui para conversar. Afinal, foram vocês quem decidiram como eu iria aparecer.

De milhões de perguntas para fazer, a única que veio em minha mente foi...

- Quem é você? – Boruto disse junto.

Ele caminha devagar, se apoiando na bengala. Mesmo que não parecesse que sentia dor alguma, sua caminhada mostrava algumas dificuldades. O “gentleman” para dois metros de nós.

- Meu nome é... One. Vamos deixar abreviado. Para todos os efeitos, me chamem assim. – Ele diz sem precisar respirar. – Não precisam fazer perguntas, eu sei o que cada um de vocês pensa. Eu que os trouxe para cá, queria ver se ambos estariam determinados a lutar, mesmo sem chances de vencer.

- Como nos trouxe até aqui? – Perguntei – Você é tipo um...

Ele levanta o dedo indicador, balançando-o negativamente e depois responde. O cara nem piscou os olhos ainda.

- Eu não sou "tipo um"... Sou “o”. Entendeu?

Fiz que sim com a cabeça, Boruto pareceu boiar um pouco. Ambos esperamos que o One falasse algo e, ele o fez:

- Vocês estão certos de sua volta ao Planeta da Guerra? – Fizemos que sim com a cabeça juntos. – Então, os levarei de volta. Sabem que as chances de vocês são de 1% para baixo, não é?

- Melhor 1% com quem amamos do que 99% longe deles. – Diz Boruto. – Não vamos desistir dos nossos amigos.

One faz um “Uhm”, depois bate de leve em nossos tórax. Continuamos ali com ele, porém sinto outra presença e, quando olho para trás, vejo... Kaguya Otsutsuki. Ela estava de pé atrás de mim. Assim que seus olhos encontram os de One, ela se ajoelha em reverência.

- Meu senhor, falhei na missão que à mim designaste. – Ela se curva ainda mais. – Me perdoe e alivie o tormento de “lugar nenhum”.

Boruto também olhava para trás de si e ali estava aquele cara que quase me matou, o Boruto do futuro. Este também se ajoelha, as palmas das mãos no chão e diz:

- Meu lorde, o único acima de todos, que honra encontrar-te novamente. - O loiro mais velho fala, mesmo que a contragosto.

One os dá um olhar de reprovação, suas feições não deixam de ser suaves. Era como se usasse uma armadura dourada e brilhasse para todos os lados. Quando ficou sério, o brilho sumiu.

- Boruto, Yakago. Vocês voltarão para lá, porém, não deixarei que voltem para perder. A maçã que vocês comeram faz parte da minha carne, vocês poderão usar um poder que, talvez, um dia terão. Mas, somente desta vez. Quanto a você, Kaguya... Infelizmente não posso te levar para “lugar nenhum”.

“Boruto, você irá crescer e passará por tribulações... Mas, tenha um bom ânimo, será um dos maiores heróis que eu já criei. Yakago, já está pensando nos seus pais, acho que deve, assim que sair do Planeta da Guerra, viajar e conhecer o mundo." – Ele faz uma pausa em seu pensamento que ecoava em nossas mentes. – "Agora vão, poderão usar os poderes se acreditarem em si mesmos."

Ao piscar, voltamos ao local onde nunca deveríamos ter saído, foi tudo um lance mental. Mesmo que não tivesse passado nem um segundo aqui, o que houve lá me pareceu uma eternidade. Agora, estava na hora de lutar.


Boruto:


Foi nesse momento que percebi que tudo se passava na nossa cabeça. Aquele ser supremo... digo, O ser supremo chamado One estava nos testando. Queria saber se realmente daríamos tudo de nós antes de nos emprestar poder.

Mas com certeza havia algo de estranho, pois eu me senti totalmente normal, cansado mental e fisicamente dessas batalhas e apreensão incessantes. Acho que os quatro líderes lá em cima notaram isso, pois o sorriso doentio do Coringa que havia se formado no Susano'o negro só se intensificou.

- Mesmo sabendo que somos mais poderosos e que vocês estão bem fracos, ainda querem nos enfrentar? - O vilão Uchiha pergunta. Nós não respondemos nada, só encaramos. - Ok, sofram antes de sua morte.

O pé do Susano'o levanta e para logo acima de Sarada e Himawari. Nós dois soltamos um ganido de surpresa e ficamos com o corpo rígido. Então, sem espera, aquele pé gigante desce em cima delas.

Nesse microssegundo antes do esmagamento das duas, algo percorre meu corpo, tomando conta de cada célula. Sinto uma pulsação dentro de mim que se expande até meu único olho bom. O mesmo parece acontecer a Yakago, pois de repente nós dois disparamos juntos. Fomos tão rápidos que o pé gigante pareceu estar parado no ar. Pusemos as duas mãos para o alto e o tempo que parecia estar congelado volta ao normal. Era inacreditável... Nós dois estávamos conseguindo segurar o pé daquele Susano'o sem muito esforço.

- Mas o que está havendo? Uchiha! - A voz de Loki pôde ser ouvida, perplexo.

- Esmague-os! Corte o coração fora! Use um pé-de-cabra!! - O Coringa grita como maluco. Digo, como o seu normal psicótico. Nossa força consegue empurrar o gigante negro para trás e quase o derruba. - Não, seus palhaços!! Opa, o palhaço sou eu. Hahahahaha!!!

- O que há com vocês? - O Uchiha pergunta com ódio na voz.

- É simplesmente o poder dos nossos laços, que protegeremos até o fim. Esse é o ensinamento de Naruto Uzumaki!!! - Surpreendentemente, falamos exatamente a mesma coisa ao mesmo tempo. A voz parecia unida como a do Gogeta ou Vegetto em "Dragon Ball", isso me impressionou ainda mais.

Enquanto olhávamos para a cara de raiva do ninja e do asgardiano, um clarão nos envolve: um verde para mim; um azul para Yakago. Olhei para ele, enxergando somente um ser feito totalmente de relâmpagos e com olhos verdes. Seu rosto, mesmo assim, ainda passava surpresa ao me olhar.

"O que ele tá vendo em mim?" Pensei.

"Você tá com chakra brilhando no corpo igual ao Naruto com o Manto Bijuu, só que verde." A voz dele na minha cabeça. 

"Bom, você virou um raio ambulante, parece o Electro, inimigo do Homem-Aranha." Pensei em resposta.

"Isso é..."

"Sim," Completei seu pensamento. "é o One."

O Uchiha fica com ainda mais raiva ao nos ver assim.

- O poder do Tenseigan totalmente despertado e o Modo Elemental do Relâmpago nível nove. O que há com vocês? Como puderam atingir esse poder de repente? - Ele grita, nos encarando mortalmente.

- Ei, U-Uchiha... - Loki toca seu ombro e gagueja. - Eu sei o que está havendo.

O ninja o olha com raiva por ser interrompido e o deus da mentira continua.

- Agora, sinto a presença dele, ameaçadora para mim. É o ser supremo de todo o Multiverso, líder de todos os celestiais, mais poderoso que todos juntos: One Above All.

- Não me interessa. Nós vamos acabar com eles e Kado cuida desse outro aí. - O Uchiha disse com tom definitivo e já ataca com seu gigante.

Um soco vinha direcionado para nós. Isso não era surpreendente. O que realmente foi inesperado foi o fato de termos segurado o soco, cada um com uma mão. Demos um passo a frente, arrastando o Susano'o para trás, já que ele ainda forçava o soco.

Com a outra mão, segurando o cetro de Loki versão gigante, um novo golpe parte em nossa direção. Yakago e eu esticamos a mão livre para o cetro, eu disparando um poderosíssimo tornado e ele um ultra-relâmpago super brilhante. Os dois fizeram o cetro voar da mão do gigante e rodopiar para o alto, até cair fincado no chão com um grande estrondo. Empurramos o soco defendido e o Susano'o dá dois passos atrás.

- Como o poder deles pode ser maior que o de um gigante com as habilidades de nós quatro? - Loki se pergunta.

- ELES NÃO SÃO MAIS PODEROSOS, EU SOU!!! - O Uchiha grita, irritado.

- Tá... Fica tentando mesmo se enganar, até acreditar nessa mentira. - Yakago e eu falamos naquela sincronia perfeita de novo.

- Não importa o quanto resista. Você pode correr, pode se esconder, Boruto Uzumaki... mas o destino? Ah... o destino sempre te alcança. - O vilão ninja fala diretamente conosco, ou melhor, comigo.

- Chega de falação, que agora a gente vai arrebentar. - Tenho que admitir: estava adorando esse poder e nossas vozes parecendo ser fruto de fusão de "Dragon Ball". - Tá na hora do pau!

Com um impulso que devastou o chão atrás de nós, pulamos na direção do peito do gigante. Ele desvia do soco super-sônico que nós dois aplicaríamos e tenta nos dar um tapa com a parte de fora da mão. Pegamos impulso no próprio ar para desviar, cada um por um lado da mão. Yakago segue para suas costas e eu vou pela frente mesmo, ele com Chidori gigante, eu com um Rasengan do mesmo tamanho. As filhas da puta das asas negras do Susano'o se abrem e ele levanta voo, com uma risada do Uchiha por achar que iríamos colidir os ataques. O que ele não esperava era que conseguíssemos parar flutuando no ar e desfizéssemos os jutsus.

Enquanto o Susano'o planava centenas de metros acima de nós, uma grande explosão em espiral azul acontece em seu peito.

- Mas que fogos de artifício foram esses? - O Coringa grita, esganiçado.

- Meu Rasengan especial. - Falei sozinho, mas a voz ainda saiu fundida com a de Yakago. - Otário!

- Não! Calem a boca! Estilo Fogo Supremo: Queda do Sol Vermelho! - O Uchiha faz o Susano'o Perfeito por as duas mãos para o alto, como se energizasse uma Genki-Dama. Ali, surge uma pequena esfera de fogo tão intenso que estava vermelho. A esfera cresce, até atingir um tamanho colossal até para o Susano'o, quase bloqueava nossa visão do horizonte. Então ele lança para baixo, direto em nós. - EVAPOREM-SE!!!

Não sei porque, mas ao ver isso uma enorme confiança entrou na minha mente e acho que na de Yakago também. Descemos de nosso voo até o chão, onde liberamos uma quantidade massiva de chakra. Ficamos de frente um para o outro e unimos os dois no espaço entre a gente.

- Seu amador, acha que isso vai nos deter? Sim, essa sua esfera pode destruir esse planeta em que estamos, mas quem disse que nós deixaremos ela cair? Tá na hora de acabar com seu orgulho e enfiar no seu... Droga, não posso falar palavrão por causa metade Yakago... - Já disse que achei muito foda essa voz dupla e sincronizada sempre que falávamos? Enfim, o jutsu do Susano'o descia a toda velocidade, lançando uma forte luminosidade vermelha por tudo onde conseguíamos olhar. Isso também criava uma forte onda de calor e fazia uma ventania poderosa quanto mais perto do chão estava. Yakago e eu esticamos as duas mãos, para esse espaço entre nós. - Então, toma essa, verme malditooo!!! Estilo Celestial: Metralhadora Suprema de Rasen Shuriken Gigante!!!

Quebrando a barreira do som continuamente, incontáveis desses Rasen Shuriken Gigantes se formavam e disparavam para o alto, cobertos de muito relâmpago. Eles vão empurrando a esfera de sol vermelho de volta ao seu criador, o empurrando cada vez mais para o alto. Até que tudo explode, criando uma tempestade gigantesca com muita ventania, raios, chuva e calor. Ela chega até o chão, onde parece explodir com a potência de uma bomba nuclear. Essa reação continua por alguns minutos. O ponto da explosão ainda brilhava, mesmo após esse tempo. Vimos os pedaços negros da armadura do Susano'o caindo e o mesmo já havia se desfeito. Os quatro líderes já estavam derrotados, caindo para a derrota.

Porém, antes que tocassem o chão e nós tivéssemos alívio, a queda deles para bruscamente e seus ferimentos se curam parcialmente. Um deles (não vou dizer quem, melhor assim, pois foi muito nojento) até mesmo regenera parte do corpo que foi desintegrada.

Os quatro nos olham com raiva, prontos para continuar a luta sem seu gigante.

- Se vocês receberam poder do One, não suspeitaram que receberíamos de Kado? - Loki sorri maleficamente.

- Ainda podemos acabar com vocês com apenas um dedo. - Respondemos na sincronia.

Nem um deles se abalou com a nossa fala. Ótimo, assim seria bem melhor, poderíamos surpreender os quatro com poder total. E foi isso que fizemos. Yakago faz raios começarem a cair ao redor deles e eu faço tornados limitarem sua área para fugir, formando um círculo que diminuía. Aos poucos, cada vez vez mais raios os atingiam, até estarem totalmente em meio à tempestade. Yakago solta bastante fogo no tornado, aumentando o dano. Lancei muita água também, seguido de pedras do meu amigo. Os cinco elementos se unem lá na tempestade.

- Não diga que não avisamos. Agora, o nome desse é... - Gritamos ao mesmo tempo em que o tornado explodia. - Estilo Celestial: Caos dos Cinco Elementos!!!

Por um segundo, pareceu que havíamos  falhado, pois os elementos sumiram. De repente, a explosão acontece e uma grande cratera se forma lá, com os quatro caídos bem no centro. Não demorou muito eles estavam levantando de novo. Mais uma vez, o Uchiha vem com seu discurso de ódio para mim:

- Vocês... estão parecendo Naruto e Sasuke lutando. Isso me irrita profundamente. Por quê? POR QUÊ? - Seu grito chega a fazer eco naquele silêncio mortal ao redor.

E após um ótimo vento refrescante passar entre nós, Yakago e eu respondemos:

- Claro, eles estão em nossos corações, seu babaca. Sentimentos são transmitidos e se tornam nosso poder, por isso nós não perderemos. - Falamos com um dedo apontado para ele, fechando o punho ao terminar.


Yakago:


Esse poder era divino, de todas as formas. Por alguma razão tudo o que eu e Boruto pensávamos saia em uma fala conjunta extremamente igual, até mesmo na entonação. Isso era muito maneiro. Os quatro olhavam para a gente, Naraku percebendo que o fim da luta estava próximo, Loki sabia não era bom atacar sem um plano antes, Coringa estava adorando aquele caos e o Uchiha, que por motivos estranhos não conseguia ver o nome dele em sua mente, este queria guerra, mas precisamente contra nós dois.

Em uníssono, o som que eu e Boruto fazíamos ao correr ecoou por todo o espaço restante do pequeno planeta que já se desfazia antes, imagina agora... O Uchiha fica na frente dos seus parceiros e, depois de uns sinais de mão diz:

- Estilo Fogo: Fogo Maldito. - De sua boca, fogo é expelido. Ao tocar no chão, ele começa a tomar várias formas diferentes, um dragão, um tigre gigante, uma cobra... – Vou matar os dois.

- Não vai não. – Falamos juntos. – Estilo Água e Vento: Jatos de Pressão.

Boruto utiliza seus jutsu de Vento para aumentar a velocidade dos meus disparos de água, que estavam muito maiores agora. Os jutsus se anulam e a fumaça toma conta do lugar, o brilho azul do cetro de Loki e os olhos vermelhos do Uchiha eram a única coisa visível ali. Mas, tínhamos a singela vantagem do Modo Elemental do Relâmpago, eu poderia ouvir tudo. Isso porque nem contei com as vantagens ainda desconhecidas do Tenseigan de Boruto. Tudo que eles fizessem saberíamos antes de chegar a nós.

Coringa reage, acionando o relógio em seu pulso. A luz verde impede a visão por alguns segundos, até um ser bem magricela de cor roxa e com cristais rosa no corpo aparecer.

- Cromático? O que isso faz? – Ele estica os braços, um feixe luminoso com todas as cores do arco-íris atinge Boruto que nem teve reação, pois um instante antes, as abelhas de Naraku e o Uchiha se juntaram em cima dele. – Adorei!

Indo ajudar meu amigo, impeço que o Uchiha lhe de um chute nas costas, segurando seu pé no último instante. Boruto usa os jutsus de Vento poderosos do seu jutsu ocular e mata as abelhas de Naraku. Recuamos juntos, utilizo nossa mente conectada para dizer: “Hey, Boruto. Precisamos acabar logo com isso, alguma ideia?”

“Eu tenho uma, olha isso.”

Ele mostra sua mão, onde agora estava o arco do Arqueiro Verde e se prepara para lançar uma flecha. Juntos, dizemos:

- Estilo Vento: Flecha do Arqueiro.

Quando solta os dedos das cordas impulsionadas por roldanas cheias de pressão do arco composto, a flecha voa com uma velocidade muito grande. Loki coloca o cetro na frente para defender-se e Coringa atira outro laser luminoso na direção da flecha. Esta se quebra e desfaz com o raio e, ao abrir, solta uma rede que se prende no Coringa e o se finca ao chão.

Menos um, aquilo havia me dado uma ideia. Começo a correr envolta de Loki, enquanto o Uchiha volta a enfrentar Boruto frente a frente. O asgardiano tenta acertar feixes do cetro em mim, mas eu corria em volta dele com muita velocidade. Depois de dará algumas voltas, solto um raio carregado em cima dele.

- Estilo Raio: Lançamento do Relâmpago em Flash. - O movimento que realizei foi o mesmo utilizado para lançar uma bola.

Ao bater nele, o trovão o desmaia.

Me direciono para Naraku e Boruto faz o mesmo, logo depois de acertar um soco no Uchiha que o fez voar longe, mas este não estava derrotado. Ainda. Naraku junta suas abelhas para se defender, o que ele não esperava era o meu plano e do meu amigo. Boruto, que estava usando também o atirador de teias do Aranha, agora prendia as abelhas em um redoma bem grande, enquanto eu usava as manoplas repulsoras do Homem de Ferro em ambas as mãos. Atiro com força nele que também parece deixar a batalha.

- Isso não vale... – Diz o Coringa, com falsa decepção na voz. – Estão usando as habilidades dos outros. Só porque eu faria o mesmo, ou não, quem sabe?

Paro derrapando ao lado do meu amigo, enquanto o Uchiha saia de baixo de umas pedras. Ele era o último, olhei para o lado e Kai estava ali, sua katana fora da bainha e querendo lutar conosco. Crio raios na mão, ativando a habilidade passiva do metal raríssimo dessa espada de ser atraída por eletricidade ou a absorver. Seguro-a no ar, ao mesmo tempo que Boruto pega a katana de Sasuke, seu mestre.

Retiro minha bandana do braço e coloco na testa, amarrando devagar e vejo Boruto ajeitar a dele.

- Nós vamos te derrotar como iguais, como ninjas da Vila da Folha. O Hokage iria querer que fosse assim.

O Uchiha começa a rir, depois para absolutamente do nada. Coloca o dedo em sua bandana e diz:

- Pelas regras do desafio oficial ninja, eu aceito. Nossa luta é agora é uma disputa oficial. – Ele faz uma pausa, olhando para os seus “colegas” caídos. - Serão dois, contra dois.

Sinto uma presença se materializar ao nosso lado, mas mesmo no nível alto que estou, não tive tempo de desviar. Faixas brancas envolvem meu corpo, enquanto o Uchiha ataca Boruto de novo. O ser que me segurava agora, vira-me para vê-lo. Aquilo era... uma múmia?

- Acharam que podiam me derrotar tão fácil, não é? – Ele aperta muito forte, seu tom de voz era familiar. – Mas, felizmente, esse relógio possui várias funções. Quando seu amigo me prendeu naquela rede cheia de seu chakra, troquei de alienígena e me tornei um fantasma azul. Atravessei aquilo e fiquei invisível, esperando o momento certo. Agora, sou uma múmia... Isso é tão legal. – Ele ri, mas sua voz parece bem maligna. Era mesmo o Coringa com alguma forma diferente do relógio.

Mesmo que eu quisesse, nada conseguia me tirar dali. As faixas do Coringa-Múmia impediam qualquer movimento. A força que ele usava, pressionava tanto que sentia o ar começar a falhar, em um momento de desespero, onde não vinha nada na minha cabeça. Boruto parecia levar sua luta de igual para igual com o Uchiha, sozinho.

Fecho os olhos e lembro de algo, pode ser que não dê certo, mas...

*************************************

- Vamos ver qual o seu tipo de elemento base. – O Hokage estava de pé na minha frente. Naruto-Senpai, mais uma vez, me treinava pessoalmente. – Pegue este papel. - Ele retira um papel do bolso e me entrega. – Agora, reúna seu chakra nele.

Faço o que ele diz e alguns segundos depois, o papel fica todo enrugado. Paro de transferir o chakra e este volta ao normal.

- O que foi isso? – Pergunto.

Estávamos fazendo um treinamento especial de chakra, reunindo todas as informações possíveis e colocando em prática as ideias que eu tinha. Sabia que tudo aquilo era um teste de habilidade, onde minha mente teria que trabalhar bastante, em união ao meu corpo.

- Isso quer dizer que seu elemento base é o Relâmpago. Normalmente, se você utilizar raio em um papel, ele deve queimar com o choque, mas se conduzir por dentro dele... irá enrugar deste jeito.

- Entendi.

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Fecho os olhos, concentrando toda aquela energia à minha volta nas faixas que me prendiam. Deixo que aquilo continue até chegar um certo ponto onde todo o corpo da múmia estivesse envolto da minha energia. Nesse momento, uso a força da corrente elétrica.

Sinto as faixas afrouxarem e abro os olhos. Todo o corpo do alienígena estava enrugado. Coringa toca o símbolo do relógio verde no peito e se transforma de novo, dessa vez em um ser feito de puro fogo, o qual ele diz ser o "Chama". Rapidamente, lança duas bolas de fogo das mãos na minha direção. Mas agora, o palhaço está lento demais para mim.

Desvio de ambas e lhe acerto um soco na fuça. O Coringa, desta vez, não resiste e volta ao normal, caindo no chão no processo:

- Droga, garoto. Como conseguiu? – Diz com raiva na voz e batendo no chão como uma criança birrenta, mesmo parecendo achar graça de tudo.

- Eu sou inteligente, aprendi com um dos melhores. – Chuto sua cara, para ter certeza de que ele não vai lutar mais, deixando o palhaço desmaiado.

Boruto e o Uchiha ainda se enfrentavam. A katana de Sasuke reluzia às faíscas formadas com os inúmeros choques contra uma kunai do Uchiha. Apareço rapidamente ao lado do último inimigo e quase acerto um chute em sua cara, porém no último momento ele vira e coloca os dois braços na frente em defesa. Depois de deslizar uns dez metros para trás, seu corpo começa a demonstrar os primeiros sinais de cansaço. Usar o Susano’o Perfeito cansava, disso eu sabia, ainda mais com o número de jutsus imensos que tinha utilizado na tentativa de nos exterminar.

A luta tinha que acabar e Boruto sabia disso. Infelizmente, nosso inimigo também e ele sabia que estava encurralado por dois poderes enormes. Não daria brechas tão facilmente.

- Acabou, Uchiha. – Dissemos eu e Boruto. – Não tem mais nada que você possa fazer, essa guerra, neste planeta, chegou ao fim e o bem venceu. Sabe disso.

- NÃÃÃÃÃOOO!!! Estilo Inferno: Grande Olho Tensei. – Ele une as duas mãos para frente e o Amaterasu se forma ali. Algo me veio na mente e na de Boruto também, um pensamento conjunto nos ocorreu e no segundo seguinte, estávamos concentrando o chakra na forma de uma esfera com rotação controlada ali. – Morraaaaam!!!

A esfera continuou a crescer e ficou de um tamanho descomunal, completando-se como.nosso Rasengan em conjunto. Das mãos do Uchiha uma rajada contínua de Amaterasu avança, em sua ponta o formato de um grande olho. Bolt e eu colocamos o Rasengan na frente e começamos a correr. O choque dos jutsus não nos fez recuar, continuamos avançando e avançando até que uma explosão de puro poder nos joga longe, assim como o nosso inimigo. Rapidamente, voltamos para mais um ataque, nos aproximando sem que ele desse conta. Boruto e eu a dois centímetros de distância do inimigo. Ambos giramos no ar e chutamos a cara dele.

O Uchiha sai capotando por quase meio quilômetro até parar caído no chão também. Era isso? Será que tínhamos vencido?


Boruto:


Os segundos iam se passando e a certeza de que havíamos ganhado era cada vez maior. Porém, o cansaço era tanto que me impedia de estar com um sorriso convencido após essa vitória totalmente improvável.

Tudo bem, enfrentar o Palhaço do Crime, o apicultor maluco e o deus controlador de mentes não foi nada difícil, mesmo que o Coringa estivesse com uma cópia do Superomnitrix do Albedo, o que aumentou um pouquinho a dificuldade. A pedreira mesmo foi o Uchiha, que era o perigo ultrahypermegasuperpoderoso do meu universo. Se esse cara era tão poderoso para empurrar um prédio em cima do Susano'o do Sasuke, como eu fui capaz de lutar tanto contra ele? Ah, sim. Graças ao One. Seu nome completo me vem à mente logo após: One Above All, o líder dos celestiais do Multiverso. Tudo que ele pensasse poderia acontecer, ser criado ou destruído.

Infelizmente, sinto o poder que ele havia me dado se esvair rapidamente quando meu corpo começa a relaxar. O brilho verde do chakra ao meu redor some, revelando minhas roupas mais rasgadas que antes. O mesmo acontece com Yakago, retornando da sua forma de relâmpago vivo. A katana de Sasuke escorrega da minha por não ter mais forças para segurar, o mesmo acontece com o arco do Oliver Queen, o tal de Arqueiro Verde. Só os lançadores de teia do Aranha que permaneceram em meus punhos, por poderem ser ajustados de modo a não soltarem se eu não quiser. Com as últimas forças, levei os lançadores até o cadáver do garoto pouco mais velho que eu, que havia morrido para nos proteger. Esse era o Homem-Aranha.

- Que poder todo foi esse? - Kai pergunta a nós dois.

- Não sei, mas veio a calhar na hora perfeita. - Yakago se faz de desentendido perfeitamente. Percebi também que nossas vozes e pensamentos haviam se separado novamente, como o normal.

- Boruto! - A voz de Sarada me desperta na exata hora em que o cansaço quase me derruba de sono.

Corri vagarosamente, com o corpo pesado, até ela. Chegando ao seu lado, meus joelhos falham e eu caio.

- Tô aqui, futura Hokage. Eu disse que te protegeria. - Consegui dizer, ofegando um pouco.

- Eu realmente achei que você iria se sacrificar como o Peter. - Seu tom de voz e as lágrimas marejando os olhos indicavam que ela estava grata.

Olhei para Yakago e lá estava ele com Kai, o Uchiha ajudando Himawari a levantar já que o outro estava na merda como eu. Por que esse Uchiha tem que ser o que fica em melhores condições que todos?

Então, o som de pés se movendo na terra batida faz meu coração bater mais forte com o susto e olhar lentamente para a direção do som. Os vilões estavam se levantando novamente, não só os quatro líderes, mas todos dessa vez.

- Hahahahaha!!! Foi uma ótima semana  de batalhas que vocês me deram, heróis, mas a hora de vocês chegou. O caos venceu! - A voz de Kado ecoa pelos céus.

Vendo a aproximação deles, só pude segurar firme a mão de Sarada, esperando que eles fossem rápidos com a matança pelo menos.

- Nem mesmo em uma linha do tempo totalmente quebrada eu permitiria tal ato, Kado. - Um portal se abre, deixando sair um homem de roupas brancas como as de um super-herói, até mesmo com capa, segurando nas mãos um elmo dourado com asas dos lados. Era mesma sensação que tive perto do One. Esse cara seria ele?... Mas como? - Seria exatamente o que você criaria. Distúrbios graves em diversos universos ao retirar e matar os personagens mais importantes para a sobrevivência de cada um.

- Deixa de ser sem graça, seu idiota! - Um portal de fogo de forma, e Kado realmente aparece também, com as roupas no mesmo estilo, porém negras com detalhes de chamas de verdade. Parecia Katniss Everdeen, a Garota em Chamas de "Jogos Vorazes". E em lugar de um elmo, ele usava uma tiara em chamas também. - Nunca se diverte com nada. Qual seria o problema, se temos poder suficiente para fazer o quisermos?

- Mas nosso dever não é interferir com os humanos. 

- E quem se importa? - Kado cruza os braços, bufando incomodado.

- Homem de Ferro tem um grande papel junto aos Vingadores ainda. Homem-Aranha tem o Sexteto Sinistro para enfrentar e depois de muito tempo, se tornará o maior herói dos universos próximos e do seu próprio. Batman é um ícone e ainda tem muitas situações cataclísmicas para impedir com seu grupo. Superman e Supergirl significam a esperança e o poder da fé e perseverança, assim como Naruto Uzumaki. O Flash ainda tem muitas ameaças temporais para defender, aliado ao Arqueiro Verde. Os Power Rangers são os únicos defensores de seu mundo. Kai ainda deve se libertar de todas as dúvidas e problemas, para poder ajudar o mundo de forma diplomática. Os dois Sasuke ainda tem uma família para cuidar e um melhor amigo a defender. Himawari... bom, ela está acordada e se eu contar, tudo vai mudar. O mesmo com Sarada. Tai ainda tem muitos amigos para fazer. Albedo é um vilão importante para Ben Tennyson. Itachi e Shisui ainda não podem morrer. Gohan tem um torneio importantíssimo ainda e um grandioso futuro após isso. Por fim, Boruto vai carregar enormes fardos nas costas. Já Yakago, será nosso parceiro. Quer que eu liste os motivos dos vilões também?

- Cala a boca, seu...

- Chega! - De repente, a voz de One se torna autoritária. - Eu prometi que teria sua punição por me enganar no caso do jovem Parker. Sabe que sou de cumprir promessas.

- O quê? Não. Não! Espera um pouco, eu posso...

- Eu disse chega!!! - One passava uma forte aura agora, uma que sufocava.

Então, ele entra um portal levando o celestial esquentadinho. Os heróis ao redor começam a se levantar também. Os dois grupos se olharam bem, um momento onde senti a tensão da batalha retornando. Então, começam a marchar para a luta novamente, mesmo que estivessem exaustos.

De repente, uma luz branca e cegante aparece bem no ponto de convergência entre heróis e vilões.

- Parados! - Era One retornando. - Esta saga acabou. Vocês retornarão ao seus universos e qualquer informação que vá alterar significativamente seu respectivo universo será apagada de suas mentes.

- Mas é claro que não. Não vai arruinar meus planos, seu... - O Uchiha vilão começa, mas não termina.

- Fica quieto enquanto o chefe faz seu discurso, oh Falastrão Uchiha. - Uma teia gruda em sua boca e o cala.

Todos se viram para ver que o Aranha estava de pé novamente. Supergirl dispara até ele com um abraço.

- Você está vivo! - Ela diz alegremente.

- E eu morri? - Ele pergunta, confuso tanto com o abraço quanto com a situação.

- Não, mas estava disposto a isso para salvar seus companheiros. - One responde.

- Ah, sim. - Ele balança a cabeça positivamente, ainda confuso. Logo após, recebe um beijo de Kara na bochecha, ficando vermelho de vergonha.

- Então... É hora das despedidas? - Flash pergunta, apreensivo com as duas mãos na cintura e sem sua máscara.

- Sim. - O celestial líder responde.

A namorada morta do Homem de Ferro retorna a vida após seu ferimento fatal se fechar e seu sangue sumir das roupas. Stark não pareceu aliviado ao vê-la levantar, o que confirma que One falou sério ao dizer que apagaria memórias potencialmente destrutivas ao universo dele. Os dois se abraçam e ele olha ao redor com seu sorriso convencido. Um portal abre logo a frente dos dois, com vista para uma torre com um grande "A" como letreiro. Pepper e Tony acenam e entram no portal, que se fecha logo atrás.

Um outro portal se abre, onde podia-se um laboratório onde havia um cara com roupa parecida com a do Flash, com a parte de cima amarela e pernas vermelhas. Era a exata descrição de quem Barry havia chamado de Kid Flash. Enfim, havia um grupo inteiro esperando por Barry e Oliver no laboratório. Ollie vai até seu arco e acena antes de entrar, parando do outro lado para esperar Barry, que se despedia individualmente de cada um de nós. Ele deixa Kara, Peter e Kai por último.

- Vamos correr juntos de novo qualquer hora, Kai.

- Com certeza. - O Uchiha aperta sua mão com um sorriso.

- Mais uma vez mostrou que realmente é espetacular, não foi, Peter? - Barry segue ao próximo amigo.

- Claro, sempre veloz na reação, como um Flash. - Os dois riem e apertam as mãos também.

- Mais um conflito interdimensional que nos uniu, Kara. - Barry diz, abraçando a Supergirl agora.

- Já estou perdendo as contas de quantos foram. - Ela responde, rindo.

- Isso é um bom sinal, pelo menos para nossa amizade. - O Flash põe sua máscara e corre para dentro do portal.

O time ao redor do Flash e do Arqueiro Verde acena para nós também e o portal se fecha. Mais um se abre, mostrando a Vila da Folha do outro lado, mas por algum motivo, senti que não era a minha. Itachi e Shisui pulam para dentro com um breve aceno. Mais ao lado, Tai entrava em outro com Agumon ao lado. O garoto parecia uma celebridade falando com seus fãs em um tapete vermelho, estava todo animado.

O Soldado Invernal atravessa um portal para um lugar onde nevava muito; Albedo, após dar um leve sorriso para Sarada, atravessa para uma cidade, em um estacionamento ao lado de um tal de "Senhor Sorvete"; meu clone do mal é enviado a uma Vila da Folha em ruínas, o que me assustou profundamente. Já o Batman, entra em um portal levando Coringa algemado e cumprimentando três adultos com uniformes de vigilantes, uma criança com uma fantasia colorida e um "R" no peito, uma mulher em cadeira de rodas e um velho de terno, todos dentro de uma caverna. Um outro portal se abre logo ao lado, onde lê-se na placa "Bem-vindo a Metropolis". Superman anda até ele e para logo na frente, esperando a prima. A mesma vai até o Aranha.

- Bom, foi legal te conhecer. - Ela diz de forma tímida.

- Concordo, afinal adoro uma loira. Ah! Não, é... Digo, afinal você é uma ótima lutadora. - Peter passa a mão na nuca, envergonhado. Isso me fez rir de verdade.

Kara dá mais um beijo em sua bochecha e entra no portal com seu primo, ambos acenando com largas sorrisos e disparando pelos céus. Mais um se abre, mostrando uma cidade pequena e é nesse em que os Power Rangers entram, juntos e com sorrisos no rosto.

Senti que estávamos terminando por aqui, e é nesse momento que um portal para uma cidade de concreto gigantesca se abre. Parecia impossível ver o fim desse mar de arranha-céus. 

- Opa, Nova York. É comigo mesmo. Valeu, pessoal! - Homem-Aranha põe sua máscara e corre para sua cidade, soltando teias para se balançar para dentro do portal. - Vê se aparece por aqui mais vezes, Kai.

- Pode deixar. - Mais um que falou com o Uchiha. Ele é tão popular assim?

Um novo brilho azul indica mais uma volta para casa, dessa vez para Gohan. Um homem com as roupas laranjas iguais às suas e cabelo espetado, cara de idiota, esperava do outro lado, acompanhado de um garotinho com as mesmas roupas e aparência do primeiro, um gato roxo do tamanho de um humano e com roupas de gente, um cara alto de pele azul segurando um cajado e um baixinho mal-encarado com uma roupa de treino azul e uma placa de armadura nos peitos.

- Vamos, Gohan! Finalmente achamos você! - O homem dos cabelos espetados chama.

- Estou indo, pai. - Gohan vai voando para casa. - Apareçam qualquer hora, adoraria mostrar meu mundo a vocês.

Como esse cara consegue ser tão gentil?

Enfim, os vilões são envoltos em claridade branca e somem todos ao mesmo tempo. Sobramos só nós, ninjas da Terra-1 e Terra-2.

- Hora de ir, Sasuke, Yakago, Himawari, Kai. - Meu pai desse outro universo os chama assim que o brilho azul aparece na sua frente.

- Com certeza. - Y concorda. - Nos veremos novamente?

Essa pergunta ele fez para mim, o que demorei alguns segundos a perceber.

- Assim espero. - Dei um sorriso e andei até ele para um aperto de mãos.

- Amigos então. - Ao invés de apertar a minha mão, ele estende o punho fechado.

Após o toque, sorrimos um para o outro e viramos para nossos portais. Ele entra com sua família e eu com Sasuke e Sarada. A maluquice acabou, hora retornar à vida normal e pensar no... Ah, merda! O EXAME CHUNNIN!!!

************One Above All**************

Todos retornaram ao seus respectivos universos e tempos corretos. Kado fez uma bagunça não só pelo espaço, mas também pelo tempo. Seu pequeno planeta? Bom, esse foi apagado da existência por mim. Agora que havia acontecido essa reunião tão miscigenada, não haveria como mudar. Há certas coisas que nem mesmo eu posso mudar, como o fluxo do tempo. Isso fica por conta do próprio Celestial do Tempo e apenas ele. Então, é importante que eu mantenha todos os meus iguais como personagens neutros e pouco atuantes em seus universos, para impedir distorções. Na verdade, posso fazer o que quiser, porém não seria saudável ao Celestial que possuísse controle sobre tal poder e autoridade última coisa que meu Multiverso precisa é de uma guerra entre Celestiais. Isso nos destruiria. 

Para amenizar as preocupações e os esforços que poderiam atrapalhar o andamento da saga do Planeta da Guerra, avisei aos mais próximos de cada herói onde eles estavam e qual era a a situação. Claro, da forma mais coerente possível para as diferentes realidades. Esse foi o motivo de quase todos terem um comitê de boas-vindas. Um comitê de volta ao lar. 

Por um bom tempo, impedirem que aconteçam mais encontros desses. Acho que é tempo o suficiente para que esqueçam essa ideia discrepante. 

Mas seguindo a história de Boruto, algumas coisas aconteceram em seu mundo durante sua ausência. Porém essa história fica para o próximo capítulo dessa Crônicas de Boruto Uzumaki.


Notas Finais


Semana que vem, na quinta-feira, voltamos às postagens semanais somente da história do Boruto. Feliz para quem não gostou do crossover, triste para quem gostou. Mas agradeço a quem lê.

Devo dizer também que eu e meu amigo estamos escrevendo histórias do mundo de Naruto, que vão se encontram muitas vezes. Ele é o usuário "Yakago", co-autor desse crossover que também será postado na história dele. As histórias do nosso universo são:

"As Crônicas de Boruto Uzumaki", que essa história aqui mesmo, em sua segunda temporada. Hahaha.

"Uma história de Naruto: Yakago Iziki", do meu amigo, está em sua primeira temporada ainda.

"Uma história de Naruto: o último Uchiha", que também é minha, falando sobre Kai Uchiha. Está na segunda temporada (ou arco, que é como eu defino nessa outra história).

Seria legal acompanhar tudo, tipo os filmes da Marvel, que para ver um, precisa acompanhar outro. Mas vocês que sabem, a sugestão foi dada. Até quinta que vem.


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