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História As Crônicas de Calradia - Lady Alfrun


Escrita por: levilmb

Capítulo 7 - Lady Alfrun


Fanfic / Fanfiction As Crônicas de Calradia - Lady Alfrun

                Depois que Klaus saiu se retirou, Peter foi até a mulher que o estava observando.

 

– Olá, milorde – disse a senhora.

 

– Notei que estava olhando para mim, queria falar comigo? – perguntou Peter.

 

– Sim, milorde – disse ela. – Lady Alfrun me pediu para que quando eu o visse lhe avisasse que ela o quer ver novamente.

 

– Eu pretendo dormir em Sargoth esta noite, então acredito que eu possa vê-la em qualquer horário – falou Peter.

 

– Eu estou indo levar uma cesta de frutas para ela nesse momento – disse a mulher. – Os guardas não vigiam a entrada da hospedaria real nesse horário, então posso levar o senhor até ela, se desejar.

 

– Oh, sim – disse Peter. – Eu desejo isso.

 

– Nesse caso, venha comigo – falou a mulher, saindo em direção à hospedaria real.

 

– A propósito – disse Peter, acompanhando-a. – Qual seu nome?

 

– Eu me chamo Giselda, milorde – disse a mulher. – E sou a governanta das criadas de Lady Alfrun. Sirvo a casa dos Lewis desde que Alfrun nasceu e a acompanhei por toda a vida.

 

– Já faz um bom tempo, então – disse Peter. – Isso deve explicar sua lealdade a ela.

 

– Sim, milorde – disse Giselda. – São muitos anos... Mas não é exatamente esse o motivo pelo qual eu seja tão leal a ela. Lady Alfrun sempre me tratou bem, como se eu fosse a própria mãe dela e eu nunca pude ter filhos. Então, desde que a tirei do ventre de sua falecida mãe eu tenho nutrido um sentimento materno por ela.

 

– Compreendo – falou Peter. – Mas isso também me deixa com um pouco de dúvida. Lady Alfrun uma vez me mencionou que seu irmão, Sir Logarson, era bastante ciumento. Ainda assim, a senhora nunca lhe revelou sobre minhas visitas e fez questão de que nenhum guarda da hospedaria nos visse juntos.

 

– Pelas tradições, Logarson é o tutor legal de sua irmã, uma vez que seus pais já morreram – disse Giselda. – No entanto, não acho justo que ele decida o que é melhor para ela. Acredito que ela é a única que pode decidir isso e ela gosta do senhor. Mas imploro-te, milorde... Não a magoe.

 

– Não magoarei – disse Peter, chegando à porta da hospedaria.

 

– Pelo visto os guardas ainda não voltaram – disse Giselda. – Vamos, milorde.

 

                Peter e Giselda seguiram para o primeiro andar da hospedaria real, onde Giselda pediu para que Peter aguardasse. Entrando no quarto de Lady Alfrun, Giselda foi até sua mesa e deixou a cesta de frutas, enquanto Alfrun tomava um banho. Peter esperou por cerca de meia hora, até que Giselda abriu a porta e acenou com a cabeça para que ele pudesse entrar. Lady Alfrun o aguardava em sua sala. De pé, próxima a sua mesa de estudos, Alfrun estava vestida com um longo casaco de couro que lhe cobria todo o corpo. Seus longos cabelos loiros amarrados deixavam à mostra seu pálido e formoso rosto, mas com um semblante era triste.

 

– Milady – disse Peter, entrando na sala. – Você parece triste. Não está feliz em me ver?

 

– Eu gostaria de estar, milorde – disse Alfrun. – Mas na verdade, nós nem deveríamos estas nos vendo.

 

– O que houve Alfrun? – perguntou Peter. – Pensei que havia sido você que pediu para Giselda trazer-me aqui quando me visse.

 

– Sim, Peter, eu pedi – falou Alfrun. – Eu não poderia te falar isso se não fosse pessoalmente...

 

– Falar o que, milady? – perguntou Peter. – Foi algo que fiz? Você não gosta mais de mim?

 

– É claro que eu gosto – disse Alfrun, abraçando-o e repousando seu rosto em seu ombro. – Mas não poderemos ficar juntos – continuou, deixando lágrimas caírem de seus olhos.

 

– Por que não? – perguntou Peter, acolhendo-a em seus braços. – Seu irmão descobriu sobre minhas visitas? Ele lhe proibiu de me ver?

 

– Não, é pior que isso! – disse Alfrun, soltando-o e baixando novamente a cabeça. – Logarson me prometeu para Sir Dirigun contra minha vontade. Em breve, terei que me casar com ele.

 

– Ele fez o que?! – exclamou Peter, com raiva. – Ele não pode te prometer a alguém contra sua vontade. Ele não é seu pai, ele é seu irmão!

 

– Na verdade, ele pode – disse ela, enxugando suas lágrimas. – Desde que meu pai morreu, ele assumiu-se como meu tutor e protetor. Acho que não há nada que eu possa fazer.

 

– Talvez haja, milady – disse Peter, segurando suas mãos. – Tente convencer seu irmão a cancelar este casamento. Fale sobre mim, diga-lhe que há outro lorde interessado em você.

 

– Eu não posso, Peter – disse ela, soltando-o e virando-se para a mesa. – Meu irmão nunca entenderia, principalmente por que você me visitou sem seu consentimento.

 

– Então não poderemos mais nos ver? – disse Peter, aproximando-se dela e colocando sua mão em sua cintura.

 

– Eu não sei – disse ela, virando-se novamente para ele.

 

– Nesse caso, preciso que me responda uma coisa – falou Peter. – Você já esteve com ele? Com Dirigun?

 

– Não, Peter – disse Alfrun. – Ele nunca veio me visitar e nunca estivemos juntos em um banquete. Na verdade, ele só me conhece de vista.

 

– Nesse caso, eu ainda posso tentar convencer seu irmão a mudar de idéia – falou Peter, pegando novamente em sua mão.

 

– Eu ficaria maravilhada se ele mudasse – disse Alfrun, cabisbaixa. – Desde que lhe vi pela primeira vez, fiquei encantada com sua forma de ser. E mesmo sem te conhecer muito, o homem que você demonstrou ser me agradou ao ponto de eu me apaixonar perdidamente por você.

 

                Peter esbanjou um pequeno sorriso ao ouvir as palavras de Lady Alfrun. Sem medir as consequências dessa ação, ele olhou em seus olhos e aproximou seu rosto ao dela. Por alguns segundos, Peter deixou seu nariz colado ao dela e antes que qualquer frase pudesse ser dita, beijou-a, mas Alfrun colocou suas mãos nos ombros de Peter e o afastou um pouco.

 

– Nós não podemos... – disse Alfrun, antes de ser interrompida com outro beijo de Peter.

 

Alfrun desejava aquele momento, mas sua mente estava confusa. Ela havia sido criada numa família bastante tradicional e sempre viveu sua vida de acordo com as tradições nórdicas de seu reino. No entanto, seus sentimentos por Peter eram fortes e ela não queria negar aquele beijo. Ela sabia que poderia ser a última vez que o veria naquela situação, então decidiu não ceder. Envolvidos e apaixonados, Peter a Alfrun juntaram seus corpos num abraço cheio de carícias, enquanto seus lábios se tocavam como num suspiro de amor.

 

– Porque as tradições de nosso povo devem ser mais fortes que o amor entre um homem e uma mulher? – perguntou Peter, com as mãos em sua cintura.

 

– Sinceramente? Eu não tenho a resposta para essa pergunta – disse Alfrun. – Mas nós fomos criados assim. Eu ficaria muito feliz se meu irmão cancelasse esse casamento e nós pudéssemos ficar juntos. Mas se isso não acontecer, é melhor não nos vermos mais.

 

– Eu não sei se conseguirei ficar longe de você por muito tempo – disse Peter. – Jamais senti por outra mulher o que estou sentindo por você.

 

– E eu sempre desejei me casar com um homem como você – disse ela. – Quando te conheci achei que pudesse realizar meu desejo.

 

– Eu farei o possível para conseguir a estima de Logarson – disse Peter. – Mas se eu não conseguir, você fugiria comigo e se casaria contra a vontade de seu irmão?

 

– Eu não sei. Eu realmente gosto de você, mas nos encontramos tão poucas vezes. Eu vou tentar fazer com que Logarson não faça esse casamento tão cedo, então teremos tempo de nos encontrarmos mais vezes e talvez eu possa mudar de idéia quanto a algumas tradições. – disse Alfrun.

 

– Posso te dar mais um beijo? – perguntou Peter.

 

                Alfrun o beijou novamente, puxando seu corpo contra o dela e acariciando seus cabelos curtos e ruivos. Um beijo que poderia ser o último ou apenas um dos muitos que ainda poderiam dar e que foi interrompido por uma porta sendo aberta.

 

– Desculpe interromper, milady – disse Giselda. – Mas uma de suas amigas está se arrumando para encontrar-se com você. Segundo minha irmã que é uma das criadas dela, vocês estudariam juntas hoje.

 

– Pelos machados de Hryssur! – exclamou Alfrun. – Eu quase me esqueci disso! Vá, Peter. Eu lhe darei um jeito de lhe avisar se pudermos nos ver novamente.

 

– Certo, Alfrun – disse Peter. – Espero que nós tenhamos sorte quanto ao que conversamos.

 

                Às pressas, Peter saiu de seu apartamento, descendo rapidamente as escadas até o andar de baixo. Chegando lá, Peter foi visto pelo guardião da hospedaria.

 

– Ah, você está aí! – disse Peter, tentando disfarçar o motivo pelo qual veio. – Sou Sir Peter, da casa Heidmann. Eu gostaria de um quarto para me hospedar aqui durante a noite. Quando cheguei não o vi, então subi as escadas para procurá-lo.

 

– Perdoe-me, milorde – disse o gerente. – Eu tive que ir resolver alguns assuntos no mercado. Mandarei que preparem um quarto no terceiro andar para o senhor. O terceiro quarto está vago.

 

– Ótimo – disse Sir Peter. – Vou para a taberna tomar um pouco de vinho. Quando eu vier aqui, pegarei a chave do meu quarto. Mande prepararem uma cama grande, gosto de dormir em lugares espaçosos.

 

– Providenciarei tudo para o senhor, milorde – disse o guardião.

 

                Peter saiu da hospedaria, um tanto abalado devido à notícia que recebeu, mas tentou esconder isso dentro de si mesmo, mostrando um semblante alegre para as pessoas que passavam por ele. Indo até a hospedaria comum, Peter foi até um dos quartos onde estavam Klaus, Jeremus e mais dois guerreiros nórdicos de sua guarda, sentados ao redor de uma pequena mesa.

 

– Levantem-se homens! Nosso senhor entra no recinto – disse Klaus, levantando-se. – Milorde – falou, batendo em seu peito, reverenciando-o. – Já iremos partir? – perguntou.

 

– Não, Klaus, nós partiremos amanhã.  Mas acredito que nossas façanhas em batalha mereçam uma comemoração com vinho – disse Peter. – Reúna os homens! A taberna nos espera.

 

– Como quiser, milorde – disse Klaus, esbanjando um sorriso no rosto – Chamem o resto do exército! – disse Klaus aos guerreiros que estavam com ele.

 

                Com o exército de Peter reunido, Klaus seguiu com seu líder até a taberna, onde se espalharam pelas mesas. Peter e seus homens beberam durante toda a noite, vangloriando-se de suas façanhas em batalha, contando piadas, cantando e cortejando várias das mulheres que também se encontravam ali, com exceção de Peter que não conseguia parar de pensar em Alfrun e na conversa que tiveram. Aos poucos, os homens começaram a sair da taberna. Alguns acompanhados de mulheres nórdicas que usavam seu corpo para seu sustento, outros porque haviam bebido demais e já não conseguiam mais se segurar em pé. Na mesa de Peter estavam Jeremus, Klaus e Ralf.

 

– Com todo respeito, milorde – disse Ralf. – Acho que o senhor deveria aproveitar um pouco mais sua noite aqui. Aquelas mulheres não tiraram o olho do senhor desde que chegou aqui. Acho que uma delas está esperando que o senhor vá cortejá-la.

 

– Eu não estou com cabeça para isso hoje, Ralf – disse Peter, virando sua dose de vinho que estava em um grande chifre de touro das montanhas. Mas fique à vontade parar ir até lá cortejá-las

 

– Sendo assim, com a sua licença, vou tentar conseguir uma companhia para esta noite – disse Ralf.

 

– Boa sorte, garanhão – disse Klaus, um pouco embriagado.

 

– E vocês? – perguntou Peter. – Não vão conseguir uma companhia para esta noite?

 

– Eu já tenho alguém esperando por mim na cidade de Odasan, milorde – disse Klaus. – Pretendo casar-me com ela um dia, quando eu puder dar uma boa vida a ela.

 

– Louvável – disse Jeremus. – Já eu nunca fui bom com mulheres. Talvez minha falta de cabelo e minha aparência nada agradável as assustem um pouco. Hahaha!

 

– Bobagem! – disse Klaus. – Aposto que consigo uma mulher pra você, sem pagar nada por isso.

 

– Duvido que isso seja possível, Klaus – disse Jeremus.

 

– Espera só pra ver, então! – falou Klaus, virando um copo de vinho e levantando-se da mesa.

 

– Essa eu quero ver – disse Peter. – Sem ofensas, Jeremus.

 

– Tudo bem, milorde – disse Jeremus. – Já estou acostumado com a rejeição.

 

                Levantando-se da mesa, Klaus foi até um grupo de mulheres que estavam tomando vinho próximo à mesa de Peter. Klaus sentou-se na mesa delas e iniciou uma conversa, apontando para Jeremus depois de algum tempo. Jeremus, que ansioso várias doses de vinho, esperava por uma reação de uma das meninas, até que uma delas se levantou e foi até ele.

 

– Senhor Jeremus – disse ela indo para trás dele e colocando suas mãos sobre seus ombros. – Seu amigo ali me disse que você estava interessado em alguém para satisfazer seus prazeres esta noite. Eu poderia me considerar digna de realizar este feito?

 

– C-Claro – disse Jeremus, gaguejando. – Que tal irmos lá em cima?

 

– Contanto que eu possa dormir ao seu lado, vou com o senhor para qualquer lugar – disse a mulher.

 

                Jeremus levantou-se e agarrando a mulher, foi em direção ao taberneiro para alugar-lhe um quarto. Assim que se virou, Peter deu um sorriso sarcástico e balançou a cabeça negativamente, enquanto olhava para Klaus, que se sentava novamente à mesa.

 

– O que disse pra ela? – perguntou Peter.

 

– Que ele era um comerciante rico da região e que pretendia abrir um empreendimento de produção aqui em Sargoth. Hahahaha! – respondeu Klaus. – As mulheres daqui da capital só pensam em dinheiro, milorde.

 

                Apesar do clima agradável de risos e piadas, Peter ficou sério durante um breve momento.

 

– Nem todas, Klaus – disse Peter. – Lembre-se que há muitas ladys e mulheres nesta cidade que ainda seguem as tradições nórdicas e respeitam suas casas.

 

– Perdão, milorde – disse Klaus baixando suas vistas. – Eu não quis generalizar.

 

– Entendo – disse Peter. – Mas não faça mais esses tipos de comentários quando estiver próximo a mim.

 

– Sim, milorde – disse Klaus. – Evitarei fazê-los novamente.

 

– Agora acho que já vou indo – disse Peter, virando sua última dose de vinho. – Entregue isto ao taberneiro em meu nome – falou, retirando uma moeda de ouro de um de seus bolsos.

 

– Farei isso, milorde – disse Klaus, pegando a moeda.

 

                 Um pouco embriagado por causa do vinho, Peter foi até a hospedaria real onde pegou a chave de seu quarto e subiu as escadas lentamente, enquanto tentava equilibrar-se com o peso de seu próprio corpo. Com sua visão um pouco embaçada, Peter abriu com dificuldade a porta de seu quarto e retirando suas roupas, jogou-se na cama onde dormiu um sono profundo. Ao amanhecer, Peter acorda de ressaca, ainda um pouco tonto por causa do vinho que bebera e vai tomar um banho. Após vestir-se e tomar seu desjejum, ele vai até a hospedaria comum onde ordena que Klaus reúna os homens para mais uma viagem.

 

– Reúna os homens, Klaus – disse Peter. – Partiremos o quanto antes.

 

– Pra onde vamos, milorde? – perguntou Klaus.

 

– Procurar o exército do marechal – respondeu Peter. – Temos que seguí-lo durante esta guerra.

 

– Certamente, milorde – disse Klaus. – Reunirei os homens na entrada da cidade.

 

– Certo, Klaus – disse Peter. – Faça isso.

                Depois que Klaus os reuniu, Peter seguiu com seu exército à procura da companhia do marechal Irya, que guiava a maior parte dos exércitos do reino. Com a perda de seis guerreiros nórdicos que havia dado a Rei Ragnar, Peter passa por Fenada, onde recruta 06 homens e segue viagem para o norte, na direção de Wercheg. Ao por do sol, Peter chega a Jayek, onde recruta mais 07 homens para seu exército. Então segue para oeste, chegando a Wercheg ao cair da noite. Lá ele descansou com seu exército até o amanhecer, quando foi até o salão para perguntar a Lady Dria sobre o paradeiro de seu tio, Sir Irya.

 

– Lady Dria – disse Peter, se aproximando.

 

– Olá, meu sobrinho – disse Dria. – Que bom vê-lo.

 

– Eu me distanciei do exército de Sir Irya e agora preciso encontrá-lo novamente – continuou Peter. – A senhora saberia onde ele está?

 

– Ele saiu daqui a alguns dias indo em direção a Reyvadin – respondeu Dria. – Acredito que ele fará um cerco lá para tomar a cidade.

 

– Obrigado, tia – disse Peter. – Partirei para unir-me novamente ao seu exército.

 

– Boa viagem, Peter – falou ela.

 

                Saindo do salão, Peter e seu exército seguiram para o sudeste, indo em direção a Reyvadin. Klaus, que havia treinado os recrutas do exército, promoveu 06 deles a soldados e outros 05 a caçadores. Nas proximidades de Sumbuja, Peter ergueu um pequeno acampamento, onde repousou com seu exército.

 

Ao amanhecer do dia, Klaus promoveu os outros dois recrutas a soldados nórdicos e deu a patente de soldado especial para dois outros nórdicos que havia promovido no dia anterior. Ainda seguindo na direção sudeste, Peter chegou até Reyvadin, onde encontrou Sir Irya liderando o cerco na cidade.     Ordenando que Klaus erguesse um acampamento, Peter foi à procura de Sir Irya para oferecer sua ajuda na invasão à cidade.

 

– Sir Irya – disse Peter, descendo de seu cavalo e batendo em seu peito.

 

– Olá Peter – falou Irya, retribuindo o cumprimento.

 

– Vejo que já está erguendo outro cerco – disse Peter. – Eu poderia ajudá-lo de alguma forma?

 

– Claro, Peter – disse Irya. – Seus exércitos são bem vindos. A estratégia utilizada será a mesma da anterior uma vez que estamos em maior número. Com a sua chegada, podemos colocar em prática aquela sua participação que nem foi tão necessária no primeiro ataque. Nenhum lorde defende o castelo atualmente.

 

– Certamente, marechal. Estarei pronto para fazer minha parte nesta batalha, quando chegar a hora. – disse Peter. – Reunirei meus homens para a batalha, neste caso.

 

– Faça isso – falou Irya. – E lembre-se de dividi-los em grupos. Separe entre três e seis homens para cada pelotão.

 

– Sim, marechal – falou Peter, batendo novamente em seu peito e subindo em seu cavalo.

 

                Ao lado do acampamento de Sir Irya, Klaus ergueu um pequeno acampamento nas proximidades de Reyvadin. Com tudo pronto, Peter chamou Klaus para discutir as estratégias de batalha.

 

–  Já providenciou as tendas para o acampamento? – perguntou Peter.

 

– Sim, milorde – respondeu Klaus. – Como será a invasão?

 

– Semelhante a última que participamos – respondeu Peter. – Nos dividiremos em grupos de três a seis homens em pelotões mistos entre os exércitos de todos os nobres presentes. Quero que você fique no segundo pelotão para liderar os melhores guerreiros que tivermos. Eu irei na frente junto aos demais lordes. Cuide de separar quais homens irão na frente comigo, com você e mais atrás.

 

– Sim, milorde – disse Klaus. – Farei isto.

 

– Ótimo – falou Peter. – Uma vez que tomarmos a cidade, reúna os homens novamente aqui do lado de fora. Partiremos para Fearichen assim que a batalha terminar.

 

Como pagamento pelos serviços prestados, Peter entregou 243 moedas de prata para Klaus, para que fosse distribuído entre o exército de acordo com as patentes. Seu exército passou o dia treinando táticas de luta corpo a corpo e no segundo dia, todos descansaram para a batalha. Durante a noite, o cerco já estava pronto e Irya ordenou que chamassem todos para frente das muralhas.

 

– Hoje tomaremos a capital do Reino dos Vaegirs! – dizia Irya, à frente dos exércitos. – Estes covardes desafiaram nosso povo numa tentativa de roubar nossos lares e destruir nossas casas, mas agora mostraremos a eles que ninguém pode desafiar o povo nórdico. Preparem-se homens! E os ataquem sem dó. Dentro de sua própria cidade, nós mostraremos o inferno!

 

                Gritos de guerra soavam por todo o exército nórdico, fazendo tremer os alicerces da grande cidade de Reyvadin. Irya, lado a lado com todos os demais lordes que participavam da batalha, erguia sua espada para o alto. Durante alguns décimos de segundo, as tropas silcenciaram-se e desembainhando suas espadas, prepararam-se para o ataque.

 

– Avancem! – disse Irya, apontando sua espada na direção da cidade.


Notas Finais


Visite o blog oficial da fanfic, lá você poderá receber os episódios antecipadamente (postagens programadas), além de ter acesso a muito mais informação escondida por trás da fanfic.

Acesse: http://crcalradia.blogspot.com.br/


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