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História As Crônicas de Nikki - Bem-vindo a Hampton


Escrita por: amandickz

Notas do Autor


Boa Leitura! ♥

Capítulo 36 - Bem-vindo a Hampton


- Cadê você? Era pra você ter chego a uma hora. - Nicholas diz aos berros do outro lado da linha.

- Eu já to chegando, eu disse pra você que tinha um movimento na saída da cidade, demorei pra conseguir sair de Cambridge. - digo. - Olha, já estou até vendo a placa de Bem-vindo a Hampton. 15 minutos eu estou ai.

Desligo o telefone e logo em seguida ele começa a tocar novamente quando vejo que é Adam do outro lado. Opto por não atender, afinal, se realmente a noiva ou ex-esposa irá a formatura não quero me envolver no meio da história. Chego em frente a minha casa e vejo minha mãe me aguardando na porta.

- Onde você estava Nikki? -  minha mãe diz se aproximando do carro.

- Calma mãe, está tudo bem. - digo, saindo do carro e indo em direção ao porta malas. - Foi só um trânsito enorme pra sair da cidade, nada demais.

- Você quase matou a gente de preocupação. - vejo Nicholas saindo pela porta e vindo em minha direção. - Como está, maninha?

- Gente, foi só um problema pra sair da cidade, está tudo bem. - digo entre risos. - Estou bem, só um pouco cansada de dirigir até aqui, não estou acostumada.

- Vamos entrar, tomar um café que você precisa se arrumar pra formatura. - minha mãe diz me empurrando em direção a casa. - E além do mais precisamos conversar. - ela aponta pro Nicholas, entregando a chave que está em minha mão. - Pega a mala da sua irmã e tranca o carro.

- Mas mãe, eu…

- Você nada Nicholas, por favor. - ela diz e ele sai batendo o pé.

- Mãe, eu poderia ter pego minha mala, não sei porque a pressa. - digo entrando em casa e indo em direção a cozinha.

- Filha, eu tenho que falar sobre o Adam. - ela diz parecendo preocupada. - Ainda mais que ele vai estar na formatura.

- Mãe, pra que tanta preocupação? Eu nunca entendi esse excesso de preocupação que você tem relação a ele ainda mais que naquela época foi só um beijo, credo.

- Você tem que entender meu lado Nikki, eu sou sua mãe, é normal ter essa preocupação. – ela diz me alcançando uma xícara com café.

- Como você quer que eu entenda você se você nunca explicou o real motivo de ter surtado naquela época? Como posso te entender sem saber o porquê de tanta preocupação se você não me dá uma satisfação? – digo apoiando a xícara de café na mesa, estou me sentindo um pouco enjoada, mas deve ser de nervoso. – Não tem como entender, ainda mais que passaram anos, eu já estou até na faculdade e tudo continua a mesma coisa.

- Nikki, eu sei que eu errei em não te dar satisfações na época, mas você ainda era muito nova pra entender toda a situação. – ela começa a dizer sentando na minha frente. – Eu passei por uma situação parecida quando era mais nova, só que no meu caso foi pior.

Tomo um gole do café e continuo a ouvindo. Caramba, esse café tá com gosto de terra, credo, minha mãe nunca errou num café antes, ela não deve estar muito bem.

- No meu caso eu sofri um abuso por parte da pessoa, tanto que levei anos pra ter um relacionamento com alguém novamente. – ela diz olhando pra xícara dela. Consigo ver uma lágrima escorrer em seus olhos. – Por isso, quando soube que estava grávida de uma menina, prometi a mim mesma que não iria permitir que ela passasse o mesmo que eu.

- Mãe, eu te entendo... – digo, segurando sua mão. – Mas essa situação já passou e o Adam, bem, ele não é exatamente esse tipo de pessoa.

- Eu sei filha, e eu sempre gostei muito dele, tanto que permiti que seu irmão continuasse a falar com ele. – ela diz tomando mais um pouco do café. – E eu me arrependo muito de ter falado as coisas horríveis que falei para os pais dele, tanto que já pedi desculpa.

- O que você falou? – pergunto, realmente estando curiosa.

- Que se o Adam chegasse novamente perto de você novamente eu não teria medo em impedi-lo. – ela diz olhando pra mim. – E que eu iria denunciá-lo por abuso contra menores.

- Meu Deus mãe, que horror. – digo, cobrindo a boca. Tento tomar mais um gole de café mas não consigo. – Preciso ir no banheiro, eu já volto.

Corro em direção ao banheiro e acabo vomitando, mesmo não tendo comido muito no dia de hoje. Estou me sentindo levemente ansiosa, acho que por tudo que eu acabei de ouvir. Meu celular começa a apitar no bolso e quando vejo o visor é uma mensagem de Adam perguntado se eu havia chegado bem. Acabei por ignorá-la já que não estava muito legal. Volto para a cozinha e vejo meu pai entrando pela porta e ele solta um sorriso quando me vê.

- Papai urso, que saudade! – corro em sua direção e o abraço.

- Oi minha menina, que bom que chegou! – ele diz me olhando. – Você está linda.

- Obrigada pai, estava com saudades. – digo sorrindo.

- Comigo a recepção não foi tão calorosa assim – minha mãe diz da porta da cozinha, nos olhando.

- Você nem deixou eu falar direito mãe. – eu digo e ela começa a rir.

Desde toda a situação com o Adam, acabei me afastando da minha mãe e me aproximando muito do meu pai, já que de certa forma eu tinha um certo rancor de toda a situação. Se não fosse por aquele momento, eu poderia já estar com Adam a um bom tempo – ou talvez não.

- Maninha, tem alguém lá fora querendo te ver. – meu irmão entra em casa com Cristie. – Acho que você vai gostar.

- Quem é Nicholas? – minha mãe pergunta curiosa.

- É o Adam. – ele diz empolgado. – Vai lá Nikki, não o deixe esperando.

- Mas... Mas... – eu digo e começo a piscar em um nível absurdamente rápido olhando pra minha mãe e pra porta.

- Pode ir, não vou fazer um escândalo. – minha mãe diz, dando uma certa revirada de olhos.

Saio em direção a porta e consigo ver Adam parado ao lado do carro. Confesso que neste momento estou um pouco apreensiva mas ao mesmo tempo feliz por saber que ele teve coragem o suficiente para ir ali.

- Florzinha, que bom te ver! – ele diz me dando um abraço. – Como foi a viagem? Você não me respondeu, fiquei preocupado.

- Me desculpa, eu não passei bem quando cheguei e a mãe queria conversar comigo. – digo, ainda um pouco sem jeito com toda a situação.

- O que você tem? – ele pergunta preocupado.

- Nada demais, só uns enjoos, deve ser ansiedade. – digo.

- Tem certeza? – ele pergunta novamente. – eu te levo no hospital se precisar.

- Fica tranquilo, eu tomo um remédio e vai ficar tudo bem. – digo lhe dando um abraço. – Preciso entrar para me arrumar, nos vemos daqui a pouco.

- Tudo bem, qualquer coisa me manda mensagem. – ele diz me dando um beijo na testa. – Até depois florzinha.

Vou em direção a porta e consigo ver minha mãe espiando pela janela, aceno um negativo pra ela e ela sai dali rindo. Entro em casa e ela começa me olhar com uma cara querendo satisfações.

- Desde quando isso ta rolando, Nikki? – ela diz apontando pra porta.

- A algum tempo. – digo, sentindo meu rosto corar. – Não queria te contar pra não te preocupar.

- Eu te entendo, mas poderia ter me avisado. – ela diz se afastando.

Aceno com a cabeça e vou em direção ao meu quarto para começar a me arrumar, mesmo ainda não tendo assimilado o que acabara de acontecer.

 



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