História As Crônicas de Telmar: A Guerra dos Reinos - Dois dias antes da guerra

Demorei um bom tempo pra processar tudo aquilo, mas depois de algum tempo, eu entendi. A vitória de Nárnia dependia de mim.

- Então... O que faremos?  - perguntei. Todos olharam pra mim, esperando uma atitude, uma palavra ou opinião, qualquer coisa que lhes dessem esperança, mas eu não sabia o que dizer. Até que uma trompa soou de longe. Vamos, a reunião já irá começar. - disse Maskan, os capitães saíram, eu e Maskan fomos logo atrás, quando ele puxou meu braço e disse. 

- Não precisa continuar aqui se não quiser, sei que isso pode ser muito pra processar, e talve voc.... - o interrompi enquanto ele terminava de falar. - Não! Não vou desistir agora, já que estou aqui, ficarei até o fim.

Depois que terminei de falar, um fauno se aproximou correndo e disse a Maskan, com o rosto meio pálido, e ofegante. 

- Majestade! Um mensageiro de Telmar deseja falar com o senhor, e diz ser um recado importante. Maskan virou pra mim e fez um gesto para que eu lhe seguisse, o fauno, que não tinha me notado, olhou em minha direção. Não perguntou nada, mas percebi que havia me estranhado. Andamos até a ponte onde estava o mensageiro. Quando chegamos lá, ele não abriu um pergaminho como eu esperava que fosse fazer e ditar uma lei que nos beneficiasse, simplesmente fez uma reverência e disse.

- Olá, Maskan. - pronunciou o mensageiro, como se o nome fosse um limão azedo em sua boca.

- Pra você, é vossa majestade. - disse Damon. Pensei que ele fosse desembainhar sua espada e matá-lo ali mesmo, quando Maskan interviu.

- Diga o que deseja, Karthus. 

- Queres ter moral comigo, traidor? - disse Karthus, referindo-se a Damon. - Enfim, o verdadeiro rei de Telmar mandou-me avisar-lhes que lhes restam apenas dois dias para a guerra, até que nossas tropas destruam seu reino. - enquanto ele falava, pude ver a fúria nascer nos olhos de Damon,  se ele tivesse olhos de raios lasers, Karthus já estaria morto. 

- Acho que já passou da hora de parar de subestimar nosso exército. Da última vez que Telmar tentou invadir, já sabemos o que aconteceu. 

- Naquela guerra, Aslam estava ajudando, mas é agora? Quem os ajudará a vencer? Está simples filha de Eva? - disse, apontando pra mim.

- Como sabe de todas essas coisas? QUEM LHE DISSE?! - exclamou Damon.

- Sabemos muitas coisas sobre vocês... - disse Karthus com uma risada maléfica.

- Ah, seu... - disse Damon, estava prestes a pular em cima do mensageiro para matá-lo quando este botou a mão em seu ombro e disse-lhe. 

- Me mate, e amanhã mesmo será a guerra, e Nárnia será completamente conquistada - falou Karthus, deu uma risada, virou-se e foi tranquilamente de volta à floresta. 

- Eu odeio esse cara, um dia ainda, irei massacrá-lo com minhas mãos. - disse Damon, virando-se e deixando eu e Maskan sozinhos mais uma vez. 

- Não temos chance de vencer, há um traidor entre nós e nosso exército não chega a ser metade dos telmarinos. - disse Maskan. Não sabia o que dizer, virei-me e fui em direção à floresta dar uma olhada, Maskan não me seguiu.