História As crônicas do Mundo EXO: A chave - Isso é um poder?

― Desde quando você se regenera? ― perguntou Lay me encarando profundamente

― Eu lá sabia que eu tinha isso? ― disse com medo de mim mesma ― E outra: essas coisas de super poderes não existem! Quem sai por aí se regenerando, voando, fazendo fogo, se tele transportando, congelando coisas, controlando o tempo? Isso não existe!

― Cabelos que não podem ser tingidos também não! ― disse Suho se levantando e esticando o corpo

― Claro que não, mas isso estava em mim desde sempre, só que isso... Não! Isso não existe!

Eu parecia uma louca dizendo aquilo, mas o pior era aguentar os sorrisinhos que os meninos davam entre si. Depois que respirei bem fundo, olhei para eles e disse:

― Desculpe por isso, estava assustada... Onde paramos?

― Tenho medo dela de vez em quando ― disse D.O me encarando e vendo que eu o olhava sem entender, ele sorriu como se dissesse “brincadeirinha!”

Eles pararam com aquela brincadeira e eu fiquei ali fitando a minha mão, sentindo que alguém me observava, mas não ergui a cabeça pra me certificar; olhei pra cicatriz na minha mão e lembrei que eu tinha muitas como aquelas de muitos tamanhos pelo meu corpo, mas não sabia como tinha ganhado aquilo e foi então que eu lembrei: sempre carrego uma bolsinha pequena comigo com meus documentos, dinheiro e um canivete que meu pai mandou guardar pra caso precisasse.

Peguei o canivete e fiquei olhando pra ele e aí sim vi que Xiumin me encarava:

― O que vai fazer? ― ele perguntou

― Nada ― disse dando um sorriso ― Vou fazer um teste

― Sara, não! ― gritou Shin vindo pra pegar o canivete da minha mão

Mas antes que ele chegasse passei a lâmina na palma da minha mão esquerda com rapidez, sentindo aquela leve ardência; logo o cheiro de ferro surgiu e o líquido grosso e vermelho apareceu. Sorri como se aquilo fosse algo legal, claro que doía, mas eu tinha que saber o poder que eu tinha:

― Você por um acaso é retardada? ― perguntou Chen fechando o cenho

― Pra que isso? ― perguntou Tao com cara de poucos amigos, o que me deu muito medo, já que eu tive a impressão de ver seus olhos clarearem para azul ― Lay, faz alguma coisa!

Lay olhou pra ele e revirou os olhos, pegou um lenço no bolso e disse:

― Você deve ter um problema dentro dessa sua cabeçinha! Cortar a mão pra ver se volta? Ah... Para com isso! Você mesma disse que isso não existe!

Não tive palavras pra responder, fiquei ali olhando o sangue escorrer até Lay limpar com o lenço e enrolar o mesmo no lugar do corte; ele estava bravo, ou melhor, todos estavam bravos, Shin saiu de perto e ficou andando de um lado para o outro enquanto Kai tentava acalmá-lo. Lay segurou minha mão com força e eu tive que dizer:

― Ai, Lay... Isso dói! Que merda... Larga!

― Não vou largar a sua mão até ter certeza que isso parou de sangrar

― Mas está doendo! ― protestei, sentindo que ia chorar se ele continuasse a apertar e eu não queria aquilo

― Para Lay... ― disse Luhan me encarando ― Deve doer isso e... Ela está com cara de choro!

Tao me abraçou por trás e disse:

― Por favor, não chora... Se fizer isso, vou chorar também!

― Está tudo bem, grandão ― disse brincando enquanto segurava a mão enrolada

― Não, não está bem! ― disse Chan Yeol bravo

― A gente só vai esperar o sangue estancar pra tirar o lenço e ver se voltou ― disse D.O me encarando com os braços cruzados

― Para com isso ― disse revoltada ― Está tudo bem comigo!

― Você não queria experimentar? ― perguntou Baek Hyun bravo e pela primeira vez eu pensei que preveria seu lado pervertido do que o sério ― Então pronto! Vamos ver como ficou...

― Não sou rato de laboratório pra passar por experiências!

Na hora que disse aquilo, lembrei dos sangues que eu tinha coletado deles pra minha experiência:

― Nós também não somos ― disse Luhan como se ele tivesse pensado o mesmo que eu

O sinal bateu e eu tentei correr pra ninguém ver minha mão, mas Suho me segurou:

― Na hora da saída, a gente vai te esperar pra ver isso aí!

Quando ele me soltou, todos os meninos começaram a andar de volta pra suas salas me deixando sozinha com um Kai aéreo e um Shin extremamente nervoso. Não ousei dizer nada, mas assim que passamos por um banheiro feminino, disse:

― Vai indo na frente, vou lavar a mão

Shin não se virou, mas Kai ficou ali me olhando com piedade; entrei no banheiro e fiquei feliz por não ter ninguém, então retirei o lenço que acabou me machucando um pouco por conta do sangue seco que havia em volta da ferida e molhei pra ver o corte.

Na hora que lavei o sangue, não havia mais um corte, mas sim uma cicatriz no lugar e me maravilhei com aquilo porque eu, no final das contas, tinha mesmo o poder de regeneração. Agora eu só tinha que acalmar os meninos pra que eles me deixassem em paz pra que eu pudesse fazer minha pesquisa.

É... Esses eram os meus planos, mas os meninos não me deixaram que eles se realizassem, pois assim que eles viram meu corte melhor e ficaram certificados de que eu estava bem, Xiumin disse:

― Como punição pelo que fez, certifique-se de estar pronta pra sair com a gente esse final de semana. Vamos visitar um amigo que você vai adorar conhecer.