Após um tempo, Tsunade volta para casa. Passado próximo a praça central, ela vê Amado caminhando, de longe ela observou o que ele estava fazendo. Ele tira algo do bolso como um sinal de alerta e rapidamente sai do local, era um sinal do Koji, ele estava por perto.
- Descobriu mais alguma coisa? – perguntou Amado
- Há alguns dos “externos” da Kara no evento. – respondeu Koji encostado na parede.
- Algum deles te reconheceu?
- Não fui notado, mas os reconheci. Eles agem normalmente, e tentam se aproximar dos líderes e dos damyos do país.
- Tsc.. Os damyos são os piores, há muitos que fariam qualquer coisa por um dinheiro fácil. – disse Amado com uma expressão de desprezo ao falar dos damyos.
- Se a Kara conseguir apoiadores desse nível, Isshiki poderá agir sem suspeitas. - Disse Koji com um ar irritado.
- É isso em que ele deve acreditar, não podemos derrotá-lo de uma hora para outra. Ele tem comprado crianças órfãs e outras rejeitadas para fazer o maldito experimento com o Karma...
- No tempo certo faremos isso, por hora não podemos levantar suspeitas. Eu tentei evitar o máximo, mas terei que manter o Kakashi informado.
- Mas ele não me conhece, se souberem, eu poderia ser preso e não conseguiria fazer mais nada a respeito. Estamos muito mais perto agora, isso não pode acontecer.
- Isso não vai acontecer, Amado. Fique tranquilo, Kakashi é alguém de confiança. Já faz alguns anos que não nos vemos, mas isso não será problema. – Koji começa a andar e Amado sorri.
- Heh... Tsunade também é de confiança? – disse Amado com um ar sarcástico.
- É claro que ela é, sempre foi... Mas não vou envolver Tsunade nisso.
- Não se deixe levar pelos sentimentos que tem por essa mulher, não vá colocar tudo a perder...
- Isso não será um problema... – Koji some rapidamente, da mesma forma que apareceu.
Koji procurou por Tsunade, “ela já chegou em casa” pensou. Mas ele a vê na mesma ponte que se viram dias atrás. Estava com os braços na ponte, enquanto olhava o monumento Hokage. Ali, Tsunade parecia apenas uma mulher comum pensativa.
- Tsunade? – disse Koji com uma voz calma. Ela se vira e o olha por alguns segundos.
- Você realmente veio... – disse ela com um leve sorriso.
- Talvez se tivéssemos marcado aqui, não teria dado certo.
- Mas agora estamos aqui... E você pode confiar em mim.
- Não sabe quem eu sou...
- Eu não me lembro de alguém com o nome “Koji”.
- “Koji” é meu nome agora...
- Você tem família ou ligação com essa Vila?
- Eu tive... podemos conversar em outro lugar? Aquela loja de dangos está aberta.
- Vamos, eu realmente quero saber.
Koji caminhou ao lado dela em silêncio, enquanto ela o olhava de perfil. Ela se sentia seu coração bater mais rápido, aquela sensação, aquele homem... Ele com certeza lembrava alguém do seu passado.
Entraram na loja e Tsunade fez algumas perguntas.
- Há muitas coisas que não poderei te dizer, mas preciso falar com o Kakashi também. Soube que o próximo a assumir o posto de Hokage será o filho do Yondaime.
- Sim, Naruto Uzumaki. Sempre foi o sonho dele. Se tornou um bom homem, como o pai dele foi! - disse ela sorrindo.
- Cuide desse menino, Tsunade. Mesmo nessa Era de “paz”, ele precisara de todo apoio. Há muitas pessoas poderosas má intencionadas.
- Eu sei bem como é isso. Tive que manter pulso firme, foram tempos difíceis.
- Não quero te assustar, mas prevejo coisas mais difíceis a frente.
- Faz parte dessa missão?
- Sim. Temo que seja algo que não possa ser impedido... Eu só peço que acredite em mim, não posso dizer tudo, mas quando possível você saberá.
- Kakashi tem andado muito ocupado, acredito que quando o evento de Tecnologia encerrar, ele ficara um pouco mais livre.
- Assim que ele ficar totalmente livre das funções de Hokage, será apropriado.
- Como foi sua vida aqui em Konoha? – perguntou Tsunade.
- Boa parte do que eu me lembro foi perdido da minha memória antiga...
- Memória antiga?... O que quer dizer com isso?
- Minhas habilidades saíram de um laboratório... É o que posso te dizer por enquanto.
- Eu sinto como se eu te conhecesse à muito tempo. Essa sensação, e chakra... Por quê?
- Sinceramente eu queria aproveitar mais disso. - Disse ele com um ar cansado e continua. - Talvez uma segunda chance da vida?! Talvez não...
- Segunda chance? Koji... Você me faz lembrar um velho amigo... – Koji finalmente sorri, um pouco sem jeito. E Tsunade sorri de volta. De repente ele recebe um sinal do Amado.
- Preciso ir Tsunade-san...
- Podemos beber um saquê na próxima! – disse Tsunade com uma das mãos apoiando o rosto.
- Queria poder viver uma vida comum e tranquila, poder me envolver sem medos... Mas pessoas como eu precisam fazer escolhas difíceis, as vezes. – Koji se levanta e ao chegar na porta, some rapidamente. Tsunade reflete sobre o que aconteceu e vai direto para casa, por algum motivo “estranho” ela queria poder ficar mais tempo com aquele “Koji”.
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