História As escolhidas - Em Meio aos Livros

-Annabeth Angeocurt – Garçonete do Chapéu de Javali

Já passou algumas horas desde que eu estava ler na biblioteca desse pequeno reino onde estamos alojados.

Assim como também havia passado algumas horas desde que eu havia me reconciliado com o Rei Arthur, que ofereceu sua ajuda para descobrir quem eu realmente sou e quem a Princesa dos anjos era.

Mas também faz algumas horas que o mesmo estava a dormir calmamente sobre uma das mesas daquela enorme biblioteca.

Annabeth: Ele me oferece ajuda e dorme no primeiro livro que ler. Como isso é possível? – sussurrei para mim mesma, já que Merlin estava a procura por mais livros nas aquelas antigas estantes e a pessoa mais próxima a mim esta a dormir. Olhei mais uma vez para ele e vi que deu um pequeno sorriso – O pior é que ele ainda fica bonito em quanto dorme. – falei, enquanto colocava uma de suas mechas douradas para trás de uma de suas orelhas.

 Levei um susto quando o vi segurar a minha mão com delicadeza, e ainda a segurando levantar o rosto com um sorriso brincalhão.

Arthur: Então, você me acha bonito? – perguntou ele com um sorriso de lado que me fazia o achar ainda mais charmoso.

Senti vergonha dos meus próprios pensamentos e percebi, pela a pequena sensação de ardência, que as minhas bochechas estavam a ficar vermelhas.

Arthur: Oh! Vermelha. – ele disse com a boca aberta em um pequeno “O”, enquanto olhava atentamente para o meu rosto. Fazendo que as minhas bochechas ardessem mais – Que fofa! Esta corada! – ele disse e soltou uma risada fofa.

Soltei-me do aperto de sua mão, peguei os livros que já havia terminado de ler e me levantei. Andei calmamente em direção a estante que avia pegado aqueles livros, e enquanto fazia isso, senti o olhar de Arthur em minhas costas.

Já um pouco longe daquela mesa, ouvi Arthur falar com Merlin que havia passado por mim entre aquele labirinto de estantes.

Arthur: O que eu falei de mal? – perguntou ele e por algum motivo senti a confusão em sua voz.

Merlin: Possui algumas coisas que são desnecessários para falar em algumas ocasiões. – ela disse calmamente e ouvi a cadeira ser arrastada, mostrando que ela ia sentar.

Arthur: Ah! Que coisa confusa! – ele disse parecendo um pouco frustrado e com toda certeza havia bagunçado seus cabelos nesse processo, isso já virou mania dele.

Dei um sorriso, já imaginando ele com seus cabelos todos para cima, como ficava a maioria das vezes. Ri um pouco com essa idéia.

Depois desse momento de descontração, vi um livro com uma cor diferente. Não tinha visto ele ali na primeira vez que mexi nessa estante.

Sua cor era vibrante e parecia que ele brilhava par mim. O puxei delicadamente, sem que nenhum livro ao redor caísse no processo. Com ele já em minhas mãos, vi que em sua capa havia um desenho de um par de assas.

Mas não qualquer par de assas, era um par de assas de um anjo. Passei a mão sobre o desenho e senti pequenos arranhões sobre todo ele, e aquilo já declarava que aquele livro não era dos mais novos.

Ainda o analisando, vi que não era um livro muito grosso e que havia desenhos delicados por toda sua capa, mas com certeza o par de assas era o principal naquele livro.

 Annabeth: Merlin... - chamei por ela que apenas resmungou um pequeno “Hm” – Achei um livro interessante – eu disse mas a mesma não olhou para mim, continuou lendo atentamente o seu livro – Ele tem um par de assas de um anjo desenhado nele – eu disse ainda caminhando até a minha cadeira, não conseguia tirar os olhos daquele livro tão delicado. Mesmo ainda não tendo o lido, ele já me parecia tão fascinante apenas com sua capa completamente desenhada – Oh! Tem um cadeado. – eu disse vendo, um cadeado dourado e assim coloco o livro ele estava arranhado.

Olhei ao redor e vi que a bibliotecária estava a andar por ali. Enquanto organizava alguns livros.

Annabeth: Licença? – chamei sua atenção e a mesma  me olhou com um sorriso gentil – Poderia me ver a chave desse livro? – eu disse, enquanto estendia o objeto para que ela visse de que cadeado eu estava a falar. Mas a mesma fez uma cara meio triste quando viu do que eu falava.

Bibliotecária: Acho que vai ter que desistir de lê-lo, querida. – ela disse colocando a mão sobre o colo de seio, como se estivesse realmente triste por eu não poder lê-lo – Esse livro não possui chave, chegou aqui assim. Muitas pessoas queriam lê-lo, mas ninguém conseguiu abri-lo. Até chamei os melhores chaveiros, mas nenhum deles conseguiu fazer uma chave para esse cadeado. – ela disse com uma pena em sua voz.

Annabeth: Ah! Entendo. – falei com um sorriso para que ela não se preocupasse tanto – Obrigada mesmo assim. – falei quando a vi ir para outras estantes que estavam um pouco mais longe de onde estávamos.

Arthur: Como assim não pode abrir? – ele disse, e só agora havia reparado que ele não estava mais na mesa.

Annabeth: Ela disse que não possui chave – disse e já estava me preparando para me levantar para guardá-lo em seu devido lugar. Quando Merlin estendeu a mão, pegando o livro das minhas mãos. 

A entreguei e a mesma com um estalar de dedos abriu o cadeado, que aos olhos dos outros era impossível de ser abrir.

Arthur: Oh! Era de se esperar que a poderosa Merlin, poderia abrir esse pequeno cadeado. – ele disse a elogiando  animado, como a pequena demonstração de poder do pecado da gula.

Merlin: Tinha magia nesse cadeado, poderosa. Mas fraca para mim – ela disse e assim como eu na primeira vez ela estava a olhar atentamente para aquele livro – Alguém queria que o que está escrito ai – ela disse apontando para objeto em minhas mãos – Não fosse lido por ninguém.

Esse pequeno discurso da Merlin  em minha frente apenas me fez querer ler mais esse livro, mas sinto um pouco de medo de como esse delicado objeto em minhas mãos me deixa tão calma e ao mesmo tempo ansiosa.

Assim que sai de meus pensamentos, abri aquele livro misterioso. E nas primeiras palavras ainda da primeira folha, meu coração acelerou e as minhas mãos começaram a tremer.

Arthur: O que foi Beth? – ele me chamou pelo o gentil apelido que me deu assim que nos reconciliamos – Suas mãos estão tremendo. – ele disse assim que viu que o livro não parava quieto em minhas mãos.

Annabeth: Meu nome...  – eu disse tentando fazer com que as palavras saíssem de minha boca – Esta escrito o meu nome no livro...

Então, enquanto eles me olharam um pouco surpresos. Eu senti aquilo novamente. O sentimento que o meu mundo iria mudar novamente.

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