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História As Flores De Uma Primavera Que Nunca Chegou - Play Date - 3


Escrita por: MyeoReum

Notas do Autor


Aqui está a ultima parte do Play Date ahuusahusauashasu
Eu sei que falei que o capitulo ia ficar grande mas nesses ultimos dias aconteceu tanta coisa que me deixou deprimida e eu mal consegui escrever
Obrigada pelos comentarios do cap anterior
Boa leitura <3

Capítulo 4 - Play Date - 3


Fanfic / Fanfiction As Flores De Uma Primavera Que Nunca Chegou - Play Date - 3

Outono

 

Não tardou muito para que a chuva começasse a cair, não era algo comum naquela época do ano, era outono, geralmente era uma estação seca, mas as vezes chovia, não com frequência, porém chovia. Talvez até mesmo os céus reconheciam quando duas pessoas possuíam corações quebrados, dilacerados pelas brincadeiras que a vida fazia, ou pudesse ser apenas uma coincidência, se fosse o destino seria como se estivesse zombando com as pessoas, a chuva sempre deixava tudo mais triste, sempre piorava as coisas e situações, a chuva nunca seria igual aos filmes românticos, em que o casal principal se beijava enquanto as finas gostas caiam sobre si, tornando aquele beijo inesquecível. A chuva para os corações partidos apenas remetia ao frio, tristeza, solidão.

 

‘’Como se a chuva conhecesse o meu coração, ela está caindo loucamente

Encharcando meu coração. Se somente eu pudesse apagar com essa chuva toda a minha dor’’

 

‘’A chuva cai em meu coração. Hoje e amanhã será como ontem.

Lágrimas caem como a chuva’’

 

‘’Essa chuva vai me confortar?

Sabe como me sinto? ’’

 

‘’Com a chuva caindo, será que minhas lágrimas vão parar? ’’

 

‘’ A cor escura de um dia chuvoso em Seul

Eu ainda não consigo dormir enquanto desapareço

A chuva para e a reflexão na poça d’água

Eu me vejo parecendo mais miserável hoje’’

 

A chuva que começou do nada pegou o coreano desprevenido, mal pode se proteger quando a água gélida começou a cair, e foi no meio de toda aquela chuva que MinSeok viu ao longe uma figura conhecida cair ao chão, não tinha certeza de quem era, mas apenas correu em sua direção, trêmulo pelo leve frio que começava a o atingir, aqueles poucos metros pareceram quilômetros na mente do coreano, logo pode reconhecer o rosto desacordado de JongDae no chão, seu coração se apertou naquele momento, não sabia o motivo, mas um nó se formou em sua garganta, sentiu um leve desespero.

JongDae estava completamente gélido, respirava com dificuldade e seu corpo estava imóvel, não fazia a mínima ideia de onde o mais velho morava e sua casa era longe de onde estavam, suspirou fundo fazendo como se fosse uma ‘’cabana’’ com sua jaqueta – mesmo que molhada – sobre a cabeça de JongDae, impedindo que a chuva continuasse caindo em seu rosto. Não conseguia pensar em nada, então, em um ato sem pensar pegou o garoto no colo o carregando com certa dificuldade, tentando andar apressadamente, tropeçando em seus próprios pés algumas vezes, tremendo por causa do frio, desengonçadamente fazia o máximo para que o mais velho continuasse confortável.

MinSeok sentia vontade de chorar cada vez que olhava para o rosto de JongDae daquele jeito tão deplorável, se perguntava o que havia de errado com aquele garoto, por que se sentia tão incomodado em ver o outro naquela situação? Não compreendia, o que acontecia para que ele fosse assim, tão magro, tão distante dos outros, relutante quando tratava de se aproximar das outras pessoas, se sentia intrigado com a situação do garoto. Por que? Era tão incomodo olhar para aquele rosto sem saber nada além de seu nome, MinSeok sentia vontade de saber cada detalhe da vida daquele garoto, queria o conhecer, JongDae parecia alguém tão interessante, queria se aproximar daquele rapaz misterioso e ao mesmo tempo aparentemente frágil.

Foram quase quarenta minutos debaixo da chuva fria que não parava de cair, o coreano não tardou para entrar no apartamento apressado, rapidamente foi até o pequeno banheiro com o outro o colocando sentado sobre a privada. Foi rapidamente até o quarto pegando algumas roupas para os dois. Voltando ao banheiro MinSeok começou a despir o mais velho, sentindo seu rosto corar e seu coração acelerar, sem mais delongas o vestiu nas roupas quentes, fez isto sem olhar para o corpo do outro, respeitava os outros, não tinha nenhum pensamento impuro, apesar de tudo, continuava sendo meio inocente, não tinha esse tipo de desejo, nunca teve. Sem demorar também trocou suas próprias roupas, estendendo as vestes molhadas no varal que ficava dentro do banheiro.

Novamente pegou o outro no colo o levando para o sofá, tentando o deixar o mais confortável o possível, não poderia o levar para cama, apenas havia uma no pequeno apartamento e sempre preferia deixar sua mãe e irmão dormirem ali, queria que os dois ficassem confortáveis então dormia todas as noites no sofá. Cobriu JongDae com o melhor cobertor que possuía, delicadamente colocando sua mão sobre sua testa, arregalou levemente os olhos, o maior queimava em febre, depressa foi até a cozinha pegando uma bacia com água e alguns panos voltando até a sala, se ajoelhando ao lado do garoto desacordado colocando uma das compressas em sua testa, respirando pesadamente, estava nervoso, não queria que o outro ficasse doente, por mais que mal se conhecessem, estranhamente se preocupava com JongDae, tinha vontade de vê-lo sorrir, de o proteger.

Ficou alguns minutos trocando os panos na testa de JongDae até verificar que sua febre havia abaixado, deitou a cabeça em um pedaço livre do sofá se ajeitando no chão se cobrindo com um fino lençol, não demorou muito para que MinSeok dormisse também, estava tão exausto que nem se lembrou de procurar algo para comer, em um piscar de olhos já havia dormido, todo seu corpo doía, era como se um trator de emoções tivesse passado por cima de si, não sonhava com nada, apenas tinha entrado em um sono profundo, descansando – mesmo que desconfortavelmente – do dia que tivera.

Era madrugada quando JongDae acordou, a princípio se assustou ao olhar aquele local tão precário, porém foi olhar para o lado e ver o rosto sereno de MinSeok dormindo que seu coração se acalmou, arregalou levemente os olhos percebendo que o menor era quem havia o ajudado, nunca se sentiu tão grato por alguém ter o encontrado, de certa forma, não sentia que haviam motivos para desconfiar daquele garoto com o sorriso deslumbrante e rosto infantil. Nunca havia visto alguém com uma aura tão doce, sentia inveja da felicidade daquele garoto. Mas perguntas se formavam em sua mente, onde estava? Essa não poderia ser a casa de MinSeok, afinal, se ele morava em um lugar tão miserável como estudava naquele colégio?

Sua cabeça doía um pouco, sentia uma fome horrível, estava confuso, não sabia onde estava, que roupas eram aquelas, que horas eram, eram tantas dúvidas que se sentia tonto. Não tinha certeza se devia acordar MinSeok ou não, tentou fechar os olhos e dormir novamente, mas não conseguia, estava se sentindo mal, nervoso e com medo, não sabia o que havia acontecido após ter desmaiado. Ficou diversos minutos encarando aquele teto embolorado, podendo notar algumas infiltrações, o local era completamente precário.

 

 - JongDae? – Uma voz sonolenta se fez presente na sala, fazendo o garoto finalmente fugir de seus devaneios – Como está se sentindo?

 

 - MinSeok... Onde eu estou? – Perguntou com a voz levemente rouca por conta de seus lábios secos – Eu estou bem...

 

 - Ah... Nós estamos na minha casa, é meio simples, não é? – Perguntou sorrindo docemente logo se levantando coçando seus olhos de maneira fofa – Você deve estar com fome, vou procurar algo para que você possa comer.

 

JongDae apenas concordou com a cabeça, não tinha vontade de responder o garoto, não tinha forças para levantar, então apenas fechou os olhos suspirando pesadamente enquanto esperava o outro voltar. Por outro lado, MinSeok andou apressadamente até a pequena cozinha procurando algo para que o outro pudesse comer, rapidamente pegou uma das velhas panelas a enchendo de água, ligando o fogão, colocando alguns poucos temperos que encontrou, não queria fazer algo ruim para o mais velho, o mesmo precisava de algo que o fizesse bem. Fez seu melhor para que aquela ‘’sopa’’ improvisada ficasse saborosa. Pegou uma tigela antiga colocando o restante de arroz que havia na casa, colocando a sopa por cima, pegando um copo com água e andando calmamente até a sala com um sorriso tímido, logo se sentando ao lado de JongDae.

 

 - Eu... Eu fiz o meu melhor, não tinha muito o que cozinhar... Então me desculpe, você deve estar acostumado com o melhor, mas só tinha isso. – MinSeok disse levemente envergonhado assim que o mais velho olhou para a comida.

 

 - Não se preocupe com isso... Qualquer coisa está bom, obrigada. – Respondeu serio pegando a tigela delicadamente com as mãos após ter se ajeitado no sofá.

 

 - Então... – Falou não tendo certeza do que iria falar, não queria ficar em silêncio, iria ficar com mais vergonha do que estava sentindo – Seus pais não vão se preocupar por você estar fora?

 

 - Não... – Sua expressão de desgosto ficou evidente o que fez MinSeok se preocupar, sabia que tinha dito algo errado.

 

MinSeok preferiu não falar mais nada, não queria dizer mais algo que incomodasse JongDae, além do fato que o mesmo parecia não querer manter um diálogo. O coreano mais novo então preferia respeitar isso, não queria que o outro o odiasse por motivos tão bobos, mas parecia tão complicado se aproximar, JongDae parecia ter uma camada infiltrável em volta de si, como se fosse uma proteção com a função de impedir que os outros se aproximassem, isso deixava MinSeok de certa forma perturbado, queria se aproximar daquele garoto. O silêncio na sala foi interrompido por um alto barulho, barulho este vindo do estômago de MinSeok, estava morrendo de fome.

 

 - Você... Não vai comer? – JongDae perguntou com um pouco de receio o olhando discretamente, MinSeok apenas negou com a cabeça ficando com as bochechas coradas, foi então que JongDae se tocou, não havia mais comida naquele local – Pode comer o que me deu, já estou satisfeito.

 

 - N-Não precisa. – Riu sem graça o olhando mordendo seu lábio inferior logo em seguida. – Pode comer.

 

 - Come. – Disse de forma nada delicada pegando um pouco do alimento em sua tigela com a colher e o levando até a boca do menor que logo abriu os lábios permitindo que JongDae colocasse a comida em sua boca, repetindo a ação várias vezes, intercalando com as vezes que levava a colher a sua própria boca.

 

 - Obrigado... Hyung. – Disse tímido ao terminarem de comer, bebendo um pouco da água o olhando e sorrindo fofamente.

 

 - Hyung? – O olhou confuso e levemente surpreso, era a primeira vez que alguém o chamava daquela forma, ninguém na verdade tinha coragem para o chamar de ‘hyung’, ninguém mantinha uma conversa de mais de cinco minutos com si.

 

 - Desculpe, se quiser não te chamo assim. – Disse levemente nervoso rindo sem graça coçando sua nuca envergonhado.

 

 - Tudo bem... Pode chamar. – Disse forçando um sorriso e voltando a ficar em silêncio.

 

 

MinSeok riu baixinho ao ver aquele sorriso estranho estampado em seu rosto, JongDae apenas parou de sorrir voltando a sua expressão de indiferença, porém dentro de si, sentia algo, não sabia o que era, mas era de certa forma... bom? Aquele garoto, insistente e irritante o intrigava. Ficaram mais algum tempo conversando sobre coisas aleatórias, mas nenhum assunto durava mais do que meio minuto, JongDae não fazia a mínima ideia de como continuar falando sobre uma mesma coisa. Foi dessa forma por um longo tempo, até que acabaram voltando a adormecer, os dois estavam tão exaustos que nem perceberam quando dormiram. Quando dormiram daquela forma. MinSeok estava com a cabeça deitada no ombro de JongDae, que estava com a mão sobre a do menor.

 

O destino era irônico.


Notas Finais


É isso, o cap ficou bem ruinzinho por causa dos problemas que eu tive desde quarta, prometo melhorar no proximo
Eu amo comentarios e eles me motivam bastante, então se sintam a vontade <3


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