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História As herdeiras dos dragões - Esta é Berk.


Escrita por: Macaria

Notas do Autor


Oi lindezas! 💜
Por Thor vocês não tem ideia de quanta saudade eu sinto de vocês!! E dessa fic, e de hiccstrid e da maluquice que esse fandom ficava com novos conteúdos. Descobri muitas das minhas coisas preferidas no mundo na companhia de vocês e agradeço tanto a cada comentário doce que me fez querer continuar. Eu nunca teria me descoberto tão feliz e inspirada sem o apoio de vocês. Aquele discurso meloso que insisto em continuar: pode ter sido só um "continua/ você vai me mata/ gosto dos seus personagens, etc" mas fizeram meus dias. Eu amo vocês por cada capitulo que escrevemos juntos. E eu estou chorando agora kkk
Espero que tenham uma boa leitura. Obrigada por tudo 💜
Eu fiz playlist para nosso final:
deezer: https://www.deezer.com/playlist/7522435162?utm_source=deezer&utm_content=playlist-7522435162&utm_term=2726086322_1596854884&utm_medium=web
spotyfi : https://open.spotify.com/playlist/4GPtTjCqIIqXOM9TBz1hxr?si=nTRe1FK5SEGLdTuuR6cz7A

Capítulo 53 - Esta é Berk.



Alexandra respirou fundo, sentindo cheiro de terra molhada e de algo fresco, inexplicável, provavelmente vindo da densa folhagem a sua volta. A água correndo era o som mais fácil de se identificar, mas com concentração ela pode ouvir o vento conversando com a floresta, remexendo as folhas, Oculto respirando em algum lugar próximo, sempre rondando-a e vigiando-a, havia também asas de dragões ao longe, ou até grunhidos dos mesmos, brincando, caçando. Ela ouviu um gálio quebrar e se virou, levando a mão a espada presa na bainha. 
— Vai com calma, chefe.— disse Idum, com um sorriso amplo, doce, brilhante e convidativo.  Nos últimos anos seu cabelo estava menos branco, apenas algumas mexas teimosas permaneceram. A chefe dos caçadores estava com vestido longo e verde, cabelo mais solto do que preso em uma meia trança para trás, amarrado com fita que descia e apresentava pequenos cristais azuis achados no rio. Alexandra pensou em como as duas eram diferentes, a morena usava o cabelo em um rabo de cavalo, tinha calças, bota de couro até o joelho e corpete, o único detalhe que a identificava como chefe era sua capa longa e marrom. 
— Pronta pra ir? — perguntou Alexandra, engolindo em seco e soltando a espada. 
 Idum sorriu, colocando as mãos em volta das bochechas da morena e puxando seus lábios para si. A ruiva de olhos bicolores se afastou mais rápido que sua companheira esperava, ainda sorrindo amplamente. 
— Vamos conhecer meus sobrinhos! — comemorou, levantando as barras do vestido para montar em seu Fogo Selvagem. 
Há três anos atrás
 Kristen e Lynae mantinham as mãos entrelaçadas, deitadas com os pés para cima, apoiados nas paredes, na parte de baixo da beliche da ruiva, encarando a madeira seca e velha. Elas quase não cabiam mais no espaço, ainda mais com toda roupa que usavam, os cabelos soltos vazavam da cama, as barras do vestido subiam pelas coxas, mas nenhuma das duas se importava. Flecha era o único dragão dentro da casa, Violeta estava passeando pela ilha com outros pesadelos monstruosos. O fúria da noite permanecia dormindo tranquilamente no chão do quarto, com bem menos problemas que sua amiga humana para lidar. Hoje elas se casariam ao mesmo tempo que tomariam o lugar de seus pais como líderes: Lynae como chefe e líder legítima, Kristen como general e capita das forças de Berk. Juntas eram tão poderosas e bondosas quanto Soluço e Astrid Haddock. 
 Alguém bateu na porta, Idum colocou a cabeça para dentro sorrindo. 
— Me mandaram para verificar se as herdeiras não haviam fugido ou sido sequestradas, bom, essas coisas. Vocês sumiram há um bom tempo, viu? 
 Kristen virou o rosto para irmã mais velha, sorrindo e batendo ao seu lado da cama. Idum obedeceu a sinalização e se deitou com as duas, franzindo o cenho para madeira vazia.
— Estão nervosas? — perguntou a ruiva de olhos bicolores, analisando suas irmãs. 
— Estamos crescendo.— murmurou Lynae, sem desviar o olhar do teto. 
— É assustador.— completou Kristen, em um fino sussurro, pois ela não era do tipo que sentia medo. 
 Idum puxou a mão de Kristen, brincando com seus dedos, pensando por um segundo no que suas irmãs disseram. 
— É... responsabilidades, tempo, relacionamentos, casamentos.— a garota forçou um pequeno sorriso.— Podem ser mais assustadores que várias guerras.
 Elas não chegaram a uma conclusão otimista ou até pessimista, não passaram um longo período falando sobre sua juventude se esvaziando. Apenas apreciaram os minutos que tinham para passar deitadas naquela cama velha, pequena e aconchegante juntas. 
3 anos de volta
*Naquela manhã: 
— Lynae? Filha? — chamou Astrid, sentindo que a chefe de Berk estava meio distante de suas chamadas.  
 A loira suspirou pesadamente, fechando os punhos e os olhos com força. 
— Lynae? — Torresmo descansou a mão sobre a dela, massageando-a. Soluço encarou Astrid em pânico. 
— To bem.— sussurrou a chefe, meio tonta, com uma dor crescente em seu estômago que lhe causava náusea e tontura. Na verdade ela queria virar a mesa, gritar, se contorcer e fazer o incômodo parar logo. 
— Vamos adiar a reunião? — perguntou Melequento, recebendo um olhar fuzilado do filho e levantando as mãos em rendição.— Só queria confirmar. 
— Querida, está suando. — disse Astrid tirando os broches que prendiam a capa de líder na loira mais jovem. 
 Lynae respirou com dificuldade, a mão na barriga, ela sentiu suas pernas molhadas e não sabia dizer a quanto tempo estavam nesse estado. 
— O bebê..— sussurrou, rangendo os dentes. 
 Torresmo olhou para os sogros com pânico puro nos olhos, apertando a mão de sua esposa, empalidecendo mais que a mesma. 
— Ok.. está acontecendo.— ele respirou fundo.— Vai ficar tudo bem, florzinha.— disse mesmo com medo, acalmando-a.
 Kristen se retorceu na cama. 
— Queria torta. 
 Erick riu, passando o polegar pelo pescoço da esposa, virado de lado na cama. 
— Ir colher as frutas, pegar os ovos e buscar farinha pode demorar um pouco, general. 
 A ruiva forçou um sorriso, se remexendo de novo, ao mesmo tempo que sentia fome, queria vomitar e enfiar uma faca na garganta de alguém. 
— O senhor obedece minhas ordens porque eu to grávida do seu filho, não porque eu eu sou sua general. 
 Erick assentiu, seu sorriso aumentando. 
— Claro, desculpe o mal entendido. — ela mudou de lado de novo. Com o cenho franzido, Erick pensou se viu seus olhos safira abertos naquele dia. — Está se sentindo bem? 
 Ela se sentou, apertando a barriga, respirando com dificuldade, expressando a careta indicadora de que alguém poderia morrer por suas mãos hoje. 
— Kristen? — Erick levou a mão as coxas da esposa, apenas para se espantar, sentindo-as molhadas.— Meus deuses, ok... hmm respira. Sua bolsa estourou. 
 
 Elas acabaram em duas camas improvisadas e separadas por um pequeno espaço, suficiente apenas para a magra ajudante da parteira passar de lado,  na sala de estar da general (Kristen), pois esta era a mais perto do conselho. 
— Você tinha que roubar o dia do meu parto?! — grunhiu Kristen, ela se levantaria para bater em sua irmã se não sentisse tanta dor nas costas e na barriga. 
— Não era minha intenção! — grunhiu a líder de Berk segurando a madeira da cama, deixando os nós dos dedos brancos. — Mãe! 
— Mãe! — grunhiu Kristen junto, chorosa, enquanto Astrid abraçou o torso de Lynae, suada e pálida. Bom, Kristen não estava muito melhor e também queria atenção. 
— Para de..— Lynae soltou um grito que fez a casa tremer um pouco. 
 Kristen suspirou, sem ver direito o que estava acontecendo em sua volta. Ela queria matar Erick, por que ele não estava aqui para apanhar?. A general sentiu sua garganta seca, mas não sabia se tinha gritado, pois o som se misturava com sua irmã, berrando do seu lado. A ruiva estendeu os dedos, entrelaçando-os nos de Lynae, que se virou para ela, forçando um sorriso dolorido. 
— Juntas?  
 O sorriso da loira aumentou. 
— Juntas. 
— Quase lá, queridas, só mais um pouco.— disse Astrid, ajudando Cabeça Quente com Lynae, enquanto a parteira focava em Kristen, junto com sua ajudante que colocava toalhas frias em sua testa suada. 
 O que aconteceu em seguida foi um borrão doloroso e milagroso para as duas chefes de Berk. Quando a consciência de ambas voltou elas podiam ouvir um choro frágil na sala. 
 Lynae sorriu para o bebê nos braços de sua mãe, ela soltou as mãos trêmulas de Kristen para esticar os braços, querendo ver seu filho. 
— É menino.— anunciou Astrid de coração apertado, sorrindo pro neto. A líder riu, pegando o garotinho, cabelos loiros e olhos azuis, puxados do pai apesar da fisionomia dela.  
— Oi. — sussurrou dando seu dedo para ele agarrar, levando direto a boca.— Você parece sua tia, esfomeada. 
— Ei! — grunhiu Kristen, ainda respirando cansada, e quanto a parteira se aproximava com seu bebê. Astrid caminhou até a general, dando espaço para Cabeça Quente apreciar o neto ao lado de Lynae. Ao chegar ao lado de Kristen ela soltou um sorriso imenso, ouvindo-a anunciar, enquanto acariciava as costas do bebê em seu colo: 
— É menina. — a garotinha tinha cabelos pretos claros, quase ruivos porém ainda mais escuros que os da mãe ou do avô. Os olhos ainda estavam fechados enquanto seu choro se espalhava pelo quarto e a ruiva tentava a acalmar. 
 A porta da frente se abriu, Soluço passou primeiro, mancando um pouco. Ele parou primeiro em Kristen, mais perto da entrada, sorrindo para neta nos braços da mesma, seus olhos enchendo de lágrimas.
— Lá vai você e seu coração mole.— riu Astrid lhe dando um soquinho, ele se virou para deixar um rápido beijo nos lábios da esposa, acariciando sua bochecha. 
 Torresmo foi o próximo a passar, ele correu até Lynae, caindo ajoelhado ao lado dela.
— É o nosso bebê? — perguntou com um sorriso idiota, passando o polegar pelo rostinho do pequeno.— Ele tá bem? Você tá bem? Deuses Lynae nem acredito que..— o loiro parou quando sua esposa levou o dedo indicador aos lábios, serena e celestial como sempre.— Eu te amo.— sussurrou o Jordenson por fim. Sua esposa levantou os olhos verdes pra ele pela primeira vez naquele dia. 
— Também te amo.— sorriu ela, entrelaçando a mão na dele, observando-o beijar a mesma, quase como em uma reverência. 
 Soluço e Astrid finalmente chegaram aos dois, sorrindo. Lynae encarou os pais sorrindo levemente. 
— Ei Stoico, esse é seu avô.— sussurrou para o pequeno. 
 Enquanto isso, Erick foi o último a entrar, indo até Kristen e levando um soco leve no peito quando chegou. 
— Eu nunca mais passo por isso por culpa sua. Essa garotinha doeu a beça pra sair. — murmurou a ruiva. Erick sorriu, tirando a franja dela da testa suada para depositar um beijo casto no local. 
— Estou tão orgulhoso. — sussurrou o moreno se sentando ao lado dela. 
— Bem vinda a Berk. — sorriu Kristen para menina finalmente dormindo tranquilamente em seu peito. Sentindo seu marido abraçando seu ombro com um sorriso caloroso sob sua cabeça. 
*
Heather Valka Ingerman Haddock e Stoico B. Jordenson Hofferson eram as duas crianças mais paparicaras de toda Berk. Líderes de toda parte como protetores da asa e mulheres de asa vinham para presentea-los e recebê-los em tempos tão pacíficos e festeiros. Incluindo, claro, suas tias apaixonadas da ilha dos caçadores: Alexandra e Idum. A notícia chegou até mesmo aos cantos mais distantes da terra, Daniela enviou uma carta parabenizando os nórdicos pela expansão da família. 
 A pequena de cabelos castanhos abriu os olhos verdes espertos apenas depois de dois dias repletos de suspense, Erick não parava de chorar quando aconteceu, a situação apenas piorou quando Kristen sugeriu o nome de sua mãe para a pequena. Já Stoico B. tinha a inicial de Bocão e o nome do avô, ele levava um nome de paz histórica, Jordeson e Hofferson. A ilha não podia comemorar mais quando os avós anunciaram os nomes. 
 Alguns dragões haviam migrado no momento em que nascimento aconteceu, incluindo Banguela, que tinham sua família também, ele tivera seus primeiros filhotes há dois anos, e possuía uma construção pensada apenas para ele e sua família em Berk. Mas o mesmo tinha responsabilidades como rei dos dragões, achando outras ilhas seguras para os outros dragões ficarem. Ajudando a controlar a população de Berk. 
 Em certa tarde Soluço, após um mês inteiro do nascimento,  segurava o pequeno Stoico nos braços no alto da colina de sua casa, sentindo a brisa do por do sol varrer seu rosto com um frescor reconfortante. Ele encarou o garotinho loiro nos braços e forçou um sorriso, balançando-o. 
— Oi. Eu sou seu vovô, se lembra?.— o bebê riu, esticando as mãos para ele. Soluço segurou a mesma, se voltando para Berk novamente. Pessoas caminhavam, dragões voavam, as cores do céu eram vermelhas alaranjadas como sempre, desde sua infância, mas o que acontecia abaixo dele mudava com uma frequência incrível.— Essa é Berk, Stoico.  
 Soluço sentiu uma rajada repentina de vento, mais forte que as anteriores e se virou para o dragão negro de olhos verdes há alguns metros dele. O ruivo sorriu.
— Banguela! — disse caminhando com o bebê até o mesmo, o dragão levantou uma “sobrancelha” para o pacote nos braços do ruivo, cheirando-o de longe.  Cheirava como Lynae.— Conheça Stoico! 
 O dragão ronronou, feliz pelo melhor amigo, até orgulhoso. 
— Soluço? — chamou Astrid, abraçada a Heather. Ela sorriu para Banguela, colocando um capuz na paquena para ir até os garotos.
— E essa é a Heather.— Soluço riu para o dragão cheirando a cabeça da bebê. Essa cheirava a Kristen.— Heather, Stoico, esse é o Banguela, meu melhor amigo e um dragão. Banguela, esses são meus netos. 
 O dragão ronronou de novo, levantando uma pata ao fazer uma breve reverência. Soluço e Astrid repetiram o gesto para o dragão, os bebês assistiram tudo, com curiosidade e alegria. 
— Está certo.— riu Astrid passando o indicador pela bochecha da neta sorridente.— Esta é Berk.
 


Notas Finais


Tem sido tempos sombrios, assustadores e solitários mas não desistam nunca da subjetividade que guia o coração de vocês, do que inspira vocês, lhes dão vontade de viver. Chega a hora de dizer adeus para as herdeiras, e eu amoo essas garotas como minhas próprias filhas (entendem a demora? haha) mas elas me pediram para lhes dar um descanso do pequeno universo alternativo de HTTYD em que as colocamos então é com várias lágrimas no rosto que a pequenina autora que as transmitiu se despede. Obrigada de novo, nos vemos aqui de novo se vocês quiserem um Epilogo.
E nos vemos para sempre quando nos recordarmos do que nos faz feliz, pelo menos é o que decidi acreditar. Espero ter aquecido o coração de vocês alguma vez, porque o meu sempre vai estar aquecido quando olhar pra todo o carinho que essa história me trouxe.
💜


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