Dia...
Eu observava os cidadões presentes da vila me olhando com olhares assustadores e alguns comentando sobre o ocorrido
Eu sentia culpada pelos meu ato, mas eu não poderia aceitar tal baixaria vinda para o meu filho e para o meu amado
–– Gomenasai por causar essa confusão para todos vocês. - Olhei para o Gyutaro, que por algum motivo parecia confuso. – Vamos comprar os mantimentos s sair daqui logo, Gyutaro-san
Peguei na sua mão continuando a caminhar na vila ignorando os gritos do irmão do homem profanadas para nós
Gyutaro: Risada. – Você fez muito bem, né! Poderia ter matado ele, né. Ele não vai ter mais a vida perfeita dele com aquela cara feia e deformada, né
–– Assim ele aprende a respeitar as pessoas, principalmente os bebês. - Falou com raiva. – Eu só senti na necessidade de defender o nosso filho e você, mas eu acho que exagerei. - Limpei o sangue do grampo de cabelo. – Eu quase matei um ser humano, Gyutaro-san
O abracei com força, no qual o mesmo correspondeu e eu comecei a chorar pensando na possibilidade de ter causado tanto mal para o homem
Gyutaro: Você muda tanto de comportamento, né. - Ele acariciava meus cabelos enquanto eu chorava. – Não é ruim matar uma pessoa, se é pra defender alguém que se importa e para defender a si mesmo, né. Eu faço isso pela minha imotō, por você e agora nós vamos fazer isso pelo nosso filho. - Ele acariciou minhas bochechas limpando minhas lágrimas. – Para de chorar, né. Isso é irritante, né
–– É você que é irritante, Gyutaro-san! - Dei um beijo na sua bochecha e cruzei os braços inflando minhas bochechas. – Mas somente eu posso dizer isso! Se eu escutar alguém xingando nosso filho e você, nós vamos fazer ela pagar
Mesmo não expressando, o Oni estava surpreso pelas mudanças de humor da mulher de momentos atrás e agora. Ele tem que se acostumar com esse fato
Nós fomos para uma barraca para comprar mantimentos, mas ao chegar o dono nos olhava assustado
Dono da barraca: O-o que desejam?
–– Konnichiwa, nós queremos comprar alguns mantimentos, por favor
Dono da barraca: P-podem comprar o-o que quiser. É-é por conta da c-casa
Gyutaro: Hai, assim você facilita o nosso trabalho, né. - O impedi de pegar os mantimentos. – Ele falou que poderia pegar o que quiser, né! Temos que sair logo dessa vila nojenta, né
–– Temos que pagar pelos mantimentos, Gyutaro-san, então você fica quietinho aí. - Olhei para o dono da barraca
Gyutaro: Faz o que você quiser, né
–– Senhor, eu não vou machucar você. - Peguei as moedas e dei pro homem. – Eu vou comprar esses mantimentos, então aceite essas moedas
Dono da barraca: Hai, senhora. - O mesmo ficou corado ao ver o sorriso da mulher e colocou os mantimentos nos panos amarrados como furoshiki. – Aqui está, senhora
Suyen: Arigatō, tenha um bom dia, senhor
Eu peguei dois panos amarrados com os mantimentos e o Gyutaro pegou quatro, começamos a caminhar para fora da vila em direção a Mansão Borboleta
[...]
Surpreendentemente, Douma já se encontrava no seu santuário enquanto pensava nas palavras da ex cortesã
Ficava cada vez mais feliz por ela ter o perdoado, mas sabia que a mesma não iria confiar nele tão facilmente como antigamente
Imaginando a Suyen carregando o futuro filho nos braços e com seu comportamento ingênuo, o fazia lembrar de uma mulher em que salvou anos atrás no meio da neve
Andava nos corredores do santuário em direção a saída enquanto pensava no que o seu chefe disse anteriormente
***
Muzan: Se lembre do que deve fazer, Douma
O Rei dos Onis sentia ódio e muita raiva da Jōgen no Ni (Lua Superior 2), mas sabia que seria bem útil para a sua estratégia
Douma: Hai, Muzan-sama. Eu vou fazer o que o senhor deseja e eu vou alcançar suas expectativas. - Falou ajoelhado
Muzan: Espero que esteja falando a verdade e que não faça eu me decepcionar com você como o Akaza
Douma: Não se preocupe, Muzan-sama. Eu... - Foi interrompido por um som de biwa que foi escutado no santuário e Kibutsuji foi embora de imediato
Muzan poderia fazer essa estratégia sozinho sem pedir a ajuda do Douma, mas tinha um motivo específico pra pedir ajuda de um de seus subordinados
***
[...]
Noite...
Eu observava o sol entardecer dando lugar a um céu completamente estrelado me fazendo sorrir e eu comecei a caminhar em direção ao quarto de Gyutaro
Enquanto andava no corredor, eu encontrei a Daki e sorri vê-la
–– Hai, Daki-san! - A Oni me ignorou e eu fui atrás dela. – Daki-san, eu estava na vila próxima mais cedo e com as moedas que sobraram eu comprei um presente pra você
Daki queria ignorar a presença da humana mas estava curiosa sobre o presente. Adorava receber presentes
Daki: O que é? - Sorri pegando um caixinha de madeira, rapidamente ela pegou da minha mão e ficou surpresa com o que viu. – Por que comprou essa porcaria?
–– É que eu notei que seus grampos de cabelo ogi bira kanzashi que ficam na sua cabeça estavam enferrujadas e decidi comprar pra você. Espero que você goste
Mesmo não admitindo, estava surpresa pelo ato da mais nova. A Oni sempre a trata mal e mesmo assim a Suyen comprou um presente para ela com as moedas que restaram da compra dos mantimentos
Daki olhou para uma Suyen cheia de expectativas e sorriu
Daki: É um presente bonito mas... - Quebrou o presente na frente da Suyen com uma força bem enorme a deixando chocada. – Mas eu odiei! É um presente bem feio e você devia comprar coisas melhores. - Pisou nos destroços do presente. – Você é bem estúpida e idiota por pensar que eu iria gostar desse presente
–– H-hai, gomenasai. - Se curvou levemente e seguindo para o quarto de Gyutaro
–
–– Gyutaro-san, o jantar está sendo feito e você precisa vim. - Falou entrando no quarto de Gyutaro, o encontrando sentado na cama
Gyutaro: Eu sei, mas eu estou esperando o céu ficar mais escuro para eu caçar com a minha imotō sem causar suspeitas, né
–– Vocês não podem mais comer carne humana, Gyutaro-san! Vocês devem tentar dormir para repor as energias como a Nezuko, ou comer comida humana
Gyutaro: Nós somos Onis, Suyen né! Eu não vou fazer o que os Caçadores desejam, né! Nós Onis precisamos de carne humana para temos força! Isso é tamanha estupidez, né
–– Por favor, Gyutaro-san. - Me sentei de lado no seu colo e o mesmo segurou minha cintura colocando seu queixo na minha cabeça, a diferença de altura era evidente. – Eu acho que nenhuma comida humana vai fazer vocês ficarem fracos e vocês vão salvar vidas ao não comer carne humana
Gyutaro iria retrucar, mas desistiu ao perceber que a sua amada iria ficar insistindo em algo até cansar como da última vez
Gyutaro: Se a gente não gostar da comida humana, vamos comer carne humana todas as noites e vamos calar a maldita boca dos Caçadores
Eu confirmei com a cabeça sorrindo e beijando o nariz do Gyutaro
–– Kawaii ne! Eu te amo tanto, Gyutaro-san
Gyutaro: Oe! Eu não sou fofo, né! - Notei que suas bochechas ficarem coradas, o deixando mais fofo. – Não seja tão sortuda com esse seu sorriso, né
–– Tarde demais! Eu já me sinto sortuda por ter você! - Dei inúmeros beijinhos na sua bochecha e um nos seus lábios. – Dentro desse Oni tão marrento, existe ser tão fofo, gentil e doce
Gyutaro: Oe! Eu não sou nada disso, né!
A fala do Oni Superior a fez rir, olhou para a barriga da Suyen e sorriu levemente pegando a barriga
"Um pequeno broto de alegria" - Pensou o Oni e a ex cortesã ao mesmo tempo
–
Na sala de jantar, Gyutaro e Daki olhavam para a comida nas suas frentes enquanto pensavam se deve comer ou não
Desde séculos que se tornaram Onis junto com sua irmã, nunca mais comeram comida humana e não imaginavam que iriam se encontrar nessa situação de ficar perto de comida humana novamente
–– Não é tão ruim, Daki-san e Gyutaro-san. Podem comer a vontade. - Falou comendo com as residentes da mansão presentes
Shinobu: Suyen-san, depois do jantar eu gostaria de conversar sobre você. - Gyutaro olhou para a Hashira ameaçadoramente. – Não é isso que você está pensando, Gyutaro. Como deixamos claro na reunião, nós Hashiras, incluindo eu, não vamos machucar sua esposa. - Falou calma e com um sorriso
Suyen olhava curiosa para a Hashira com curiosidade. O que ela queria falar com ela em particular?
Depois de um tempo, Gyutaro e Daki conseguiram comer comida humana mas o gosto não foi tão satisfatório como imaginavam. Ambos os paladares não combinavam
[...]
Todos, menos Shinobu e Suyen, foram para os devidos quartos da mansão após o jantar
Shinobu estranhou não sentir a presença dos dois Onis Superiores, se sentia desconfiada mas ao mesmo tempo se sentia aliviada por não estarem no momento para o Gyutaro não enlouquecer de tanta raiva ao escutar a conversa com seus sentidos aguçados
–– O que deseja falar comigo, Kochō-san? - Se sentou no banco de madeira de frente para uma Hashira bem preocupada
Shinobu: Suyen-san, é sobre o seu bebê. - Falou assustando a ex cortesã. – Calma, o seu bebê está bem. Eu vou explicar pra você
–– Se é sobre o bebê, devíamos esperar o Gyutaro-san vim para você contar. Ele é o otōsan do meu filho e tem direito de saber tudo
Shinobu: Acredite, ele não vai entender. Você pode contar pra ele, mesmo que eu não recomende isso
–– Hai, você pode continuar a falar, Kochō
Shinobu: Como eu mesmo disse, o seu bebê está bem, mas como o Gyutaro é um Oni ele pode nascer metade Oni e humano. Um caso bastante raro, pra falar a verdade - Suyen confirmou com a cabeça. – Ao passar do tempo que seu bebê está desenvolvendo, ele também pode desenvolver um gosto por sangue como os Onis apesar de estar na sua barriga e pode beber o sangue da primeira pessoa que encontrar
–– Você quer dizer que... - Tampou sua boca chocada, Shinobu suspirou e confirmou com a cabeça com uma tristeza nos olhos
Suyen estava chocada, não queria isso. Ela queria realizar um de seus maiores desejos, mas parece que o destino tem outros planos.
Se perguntava como ela irá contar essa notícia pro Gyutaro
Continua..
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