História As Nossas Diferenças Não Importa - Gyutaro - Eu me Importo Com Você

Dia...

Amanheceu e eu voltei para o meu quarto com muito cuidado para não tropeçar na janela por eu não ter dormido a noite toda 

Fechei a janela e olhei para a porta ao escutar alguém batendo 

–— Bocejo. – Pode entrar! A porta está aberta! - Abriram a porta e tive a visão da minha Okami-san. – O que deseja, Okami-san 

Okami: Suyen, ontem a noite viram você em um dos telhados do Distrito. - Escondi minha expressão de surpresa. – E me disseram que você estava acompanhada. Isso é verdade?

–– Não, okami-san, deve ser uma pessoa bem parecida comigo. - Falei mentindo. – A senhora sabe que eu nunca iria desobedecê-la

Okami: Você não está mentindo para mim, né Suyen? 

–– Claro que não... Bocejo. – Okami-san 

Okami: Espero que não esteja mentindo, Suyen. Caso contrário, você vai ser demitida 

–– Hai, okami-san! 

Okami: Bem, eu vim também para entregar o seu salário. - Ela me entregou um envelope com o dinheiro 

–— Bocejo. – Arigato, Okami-san! Eu vou entregar para a minha okaasan hoje, se a senhora permitir

Okami: Pode ir, mas não demore

Ela saiu do meu quarto, peguei um kimono e fui ao banheiro 

...

Ao sair da casa Tokito, a sensação de estar sendo observada mesmo sendo de dia e o som de algo rastejando feito tentáculos acabou 

Eu fui para a lugar mais baixo do Distrito, onde minha okaasan reside e eu bati na porta 

?? –– Saia daqui! 

–— Okaasan, sou eu, eu estou entrando 

Eu entrei onde foi minha antiga casa e de imediato eu vi minha okaasan bebendo saquê que ela comprou com o dinheiro que trago para ela 

Mãe: O que você quer aqui? Saia daqui agora! 

–— Okaasan, eu vim trazer o dinheiro para você se alimentar. - Me sentei ao seu lado e coloquei o envelope na sua frente. – Aqui

Mãe: Você acha que eu preciso de esmolas vindo da minha filha!? Mas eu vou ver. - Ela abriu o envelope e analisou o dinheiro. – Isso é o suficiente para eu comprar mais saquê! 

–— Mas você precisa se alimentar, okaasan. Por favor, não bebe isso. - Peguei o saquê de sua mão, mas sua expressão mudou para furiosa 

Mãe: COMO VOCÊ SE ATREVE A ME DESAFIAR, SUA IMPRESTÁVEL!? - Ela deu um tapa na minha cara, cai no chão, ela pegou o saquê de volta e ficou de pé na minha frente 

♧ Na Casa Tokito...○

Ao voltar para a casa Tokito, eu recebi vários olhares e uma das mulheres que trabalha aqui me abordou 

Mulher: O que aconteceu com o seu rosto, Suyen-chan? - Falou vendo meu rosto um pouco machucado 

–— N-nada, eu só tropecei... Bocejo. – Eu vou voltar para os meus aposentos, com licença 

Noite...

Chegou a noite, como sempre está movimentado de noite mas eu tinha que ficar no quarto para recuperar dos meus ferimentos 

Peguei um shamisen que pertence a casa Tokito e subi no telhado com um pouco de dificuldades

Eu quase tropecei no telhado por causa do sono, mas consegui ficar de pé e comecei a correr e pular pelos prédios em direção onde o Gyutaro provavelmente está

...

Eu cheguei em um dos prédios do Distrito, eu tive a visão dele no telhado da casa Kyogoku mas quando eu iria em direção a ele, ele não estava sozinho 

Ele estava acompanhado de uma mulher de cabelos longos pretos e com algumas faixas amarradas na cintura, os dois estavam conversando e pareciam muito íntimos ao ver ele acariciando seu cabelo 

"Quem é ela? Ela é a noiva dele? Ela é bem familiar" 

–

Ela deu um abraço no Gyutaro, foi embora depois de um tempo e eu pulei pousando ao lado dele 

Ele olhou para mim mas depois ele continuou olhando para o distrito e eu cutuquei o seu braço 

–– Gyutaro-san. - Ele olhou para mim de novo e ficou de pé na minha frente. – Gyutaro-san, eu quero... - Ele me interrompeu 

Gyutaro: O que você quer!? Vai querer me dar um presente, né!? - Fiquei confusa mas vi que ele estava se referindo ao shamisen

–— Não, Gyutaro-san, você está... - Ele me interrompeu de novo 

Gyutaro: A sua vida deve ser perfeita, né? Cheia de presentes! Privilégios, ne! - Ele pegou no meu pulso. – Eu não vou aceitar você me dar presentinhos e ser gentil comigo por causa da sua pena! - Dizia com uma voz arrastada 

–— Eu já disse, Gyutaro-san, eu não estou sendo gentil com você por pena! E eu não quero dar esse shamisen, eu só quero tocar pra você! 

Gyutaro: Você realmente acha que eu sou um idiota para você enganar, ne! - Ele começou a arranhar o rosto e o peito

–— Gyutaro-san, para! - Peguei em suas mãos com muita força. – Por favor, não se prejudique! - Ele se Regenerou em um instante e o olhei nos seus olhos. – Acredite em mim, eu não estou fazendo isso por pena! 

Ele me olhou fixamente, largou meu pulso e se sentou no telhado continuando a olhar o Distrito

Eu coloquei o shamisen ao meu lado, eu comecei a acariciar sua marca de nascença, me surpreendi por ele pegar no meu pulso e me sentar de lado no seu colo

Gyutaro: Vocês humanos são tão fracos, ne. Quem te machucou? - Ele acariciava os meus machucados e eu resmungava de dor

O oni estava confuso por essa atitude tão repentina, já que nunca se preocupou com outras pessoas 

–— N-ninguém, eu só tive um pequeno acidente... - Menti, e parece que isso não o convenceu 

Gyutaro: Não minta para mim! Quem te machucou!? 

–— Eu só tropecei, Gyutaro-san! - Ele me olhou seriamente e eu suspirei. – Foi minha okaasan...

Gyutaro: Eu vou fazer ela pagar! Me diga onde ela estar agora!

–– Eu não quero que ela morra! Por favor, não a mate! 

Gyutaro: Você não me diz o que fazer! Me fale onde ela estar agora! 

–— Não a mate, Gyutaro-san! Por favor, não faz isso! - Comecei a chorar 

Gyutaro: Tá bom, eu não vou matá-la. - Sorri aliviada. – Agora para de chorar! Isso está me dando nos nervos

Sorri sem se importar com o que ele falou e o abracei com força, o surpreendendo 

–– Espero que não se importe por eu ter te abraçado. - Parei de o abraçar e acaricei o seu rosto. – Você é tão bonito, Gyutaro-san 

Gyutaro: Você não está esquecendo algo, né? - Ri da sua pergunta, ele pegou o shamisen e eu comecei a tocá-lo para ele enquanto permanecia em seu colo 

Enquanto eu tocava, eu vi que ele sorriu com seus dentes afiados e seu sorriso é bonito também 

–— Seu sorriso também é bonito, Gyutaro-san. - Eu dei um beijo na sua bochecha, o deixando corado e ri de leve

Eu parei de tocar o shamisen, ele colocou ao lado dele e começamos a ver o Distrito em silêncio

Sua companhia é agradável, mesmo sendo um oni perigoso 

Bocejei, o que chamou a atenção do Gyutaro 

Gyutaro: Você deve não ter dormido quando chegou no seu quarto 

–— É que eu tive que fazer minhas obrigações na casa e não pude dormir. - Bocejo. – Também, se eu dormisse agora para aproveitar que não estou trabalhando, eu não... Bocejo. – Eu não iria vê-lo... Gyutaro-san... Eu me importo com você

A garota sorriu e fechou os olhos deitando sua cabeça no peito do mais velho, o mesmo estava surpresa com o ato da mais nova por ela fazer questão de vê-lo

Continua...