História As Viajantes - Imagine Levi Ackerman - Reunião das tropas

Quando finalmente abriu os olhos pode ouvir todo o alvoroço na sala, a última coisa que se lembrava antes de apagar era de um Levi completamente fora de si, se questionou então o que tinha acontecido com ele.

—(S/n)!!!!! - Yara gritou agarrando a amiga fazendo a menina fechar os olhos com a dor de cabeça.

—Oi... - disse sentindo o gosto amargo na boca. Olhou em volta e estavam todos la.

—Que bom que esta bem!! - gritou Jean.

—Nós estavamos tão preocupados com você!!! - Armin disse atordoado.

—Você é mesmo guerreira, ja apanhou de dois Ackermans e continua viva. - Hange disse do canto da sala fazendo todos rirem.

—Parem de a incomodar!! - disse Sasha repreendendo os demais. —Isso não é brincadeira.

—Vamos gente, temos que aliviar um pouco, ela ficou 2 dias dormindo depois de tudo. - Eren disse fazendo todos soltaram um suspiro aliviado.

—Mas infelizmente não poderá ir com a gente ao encontro das... - Hange começou quando ouviram batidas suaves a porta.

Levi adentrou a sala e se aproximou observando o movimento, não usava suas roupas costumeiras da tropa mas sim um conjunto social apresentável. Ela sentiu por um momento o coração disparar e então parar subitamente.

—Não sabia que estava tão cheio... - disse num suspiro cruzando os braços. —Eu volto uma outra hor...

—Aaaah, Levi!!! Pode ficar, nós e os soldados temos coisas a fazer para o Erwin!! - Hange disse começando a correr com todos que resmungaram.

—Temos?!! - Eren perguntou confuso. Ela o deu uma chave no pescoço e seguiu com ele para fora.

—Claro que temos!!! - Yara confirmou logo percebendo do que se tratava.

—Bom... até logo!!! Divirtam-se!!! Conversem bastante!!! - disse Hange após esxpulsar todos do quarto e trancar a porta atrás de si. Levi soltou um suspiro pesado e se sentou descruzando os braços.

—Como você está? - disse desviando o olhar das mãos para ela.

—Estou bem melhor, e obrigada por isso. - disse abrindo um sorriso.

—Isso o que? - franziu o cenho confuso.

—O silêncio. - disse fechando os olhos sentindo a brisa quente de uma tarde de verão entrar pela janela e afagar seu rosto. Apesar de tudo estar bem doloroso, nada podia mudar aquele sensação de ser abraçada pela natureza.

—Não há de que. Sempre que precisar é só me chamar. - disse abrindo um sorriso suave.

—Sinto muito por toda essa situação. - disse calmamente enquanto se arrumava com dificuldade na cama, ele rapidamente se levantou e a ajudou a se sentar a puxando suavemente pelos braços logo em seguida arrumando os travesseiros em suas costas. Repousou a mão sobre a cama ao lado dela e sentou-se ali.

—Não se desculpe, a culpa foi minha. - disse suspirando.

—Sua? - desviou o olhar da mão dele para ele.

—A envolvi nisso no dia que saímos para a cidade. - explicou. —E sinto que não consigo tirá-la disso.

—Porque não? - perguntou sentindo ele se aproximar, pode sentir seu hálito agridoce perfeitamente, fazendo seu corpo arrepiar

—Porque não vão deixa-la em paz. - disse subindo a mão para arrumar o cabelo dela atrás da orelha. Ela fechou os olhos ao sentir sua palma aconchegar sua bochecha que podia sentir esquentar com o afago dele. —E...

—E...? - disse abrindo os olhos para o olhar.

—E talvez, porque eu não quero. - disse levantando o queixo dela para cima, ela fechou os olhos e esperou em silêncio, pensou que ele havia desistido pela demora mas quando pensou que não, ele veio, num beijo calmo que a abalou as estruturas, suas línguas se enroscavam e travavam uma batalha mais calma que da ultima vez mas ainda sim mais cheia de desejo que a outra, ele a puxou para mais perto de si a fazendo gemer de dor. —Oh... sinto muito.

Ela balançou a cabeça e soltou um riso frouxo, levou a mão ao rosto dele e o puxou para outro beijo, ele não recusou e apenas a beijou com vontade, apesar de toda a loucura que estava vivendo.

"É exatamente aqui que eu quero estar." - pensou consigo logo sentindo ele separar os lábios depositando selinhos molhados logo em seguida.

—Não vai me deixar mais ir, não é? - perguntou para ter certeza, não queria criar expectativas, mas ela não mandava no coração, e ja não iria mais ouvir sua razão. Estava totalmente a mercê de seus sentimentos.

—Absolutamente, não. - disse por fim a dando um abraço com uma mão acariciando seus longos cabelos negros.

O médico a deu alta três dias após ter despertado, todos os soldados estavam cada vez mais animados e ela não entendia o porquê, estava usando muletas para se locomover e por essa razão não conseguia acompanhar o entusiasmo dos amigos.

Estavam todos reunidos na sala de Erwin quando ele se pronunciou quanto a isso.

—Sei que estão animados com a reunião das tropas, que poderão ver seus colegas, e se divertir, mas não só isso, iremos planejar a retomada da muralha Maria. - disse fazendo todos ficarem tensos.

—Hmmmm... se me permite Erwin. - disse Hange. —Os experimentos com o Eren foram um sucesso então as chances de que nos deixem agir é quase que de 100%.

—Bom... estamos avisando a todos para que mantenham o foco e não se percam na euforia do momento. Claro que é bom se divertir, mas não vão extrapolarem. - Erwin continuou.

—Entendido!!! - disseram em uníssono antes de saírem da sala. —Senhorita Smith, poderia ficar por um momento. - pediu antes que (S/n) saísse da sala.

—Sim, comandante? - disse confusa.

—Como está se sentindo? - perguntou enquanto Levi e Hange se sentavam nos sofas e se serviam com o chá que estava na mesa de centro.

—Estou melhor. O médico disse que logo poderei devolver as muletas. - explicou o fazendo sorrir suavemente.

—Apesar de estar melhor, (S/n) é com pesar que digo que não poderá ir a reunião das tropas e que alguém precisa ficar para...

—Eu fico. - Levi o interrompeu.

—Tem certeza, Levi? - Hange perguntou.

—Tenho. - disse sem desviar o olhar da xícara.

—Bom... se é assim, Levi ficará aqui com você nos próximos 3 dias pra te prestar auxílio. - disse a fazendo prender a respiração animada.

—Tudo bem senhor. Mais alguma coisa? - perguntou calmamente, ele negou com a cabeça e então a liberou.

Seguiu para seu quarto mas no caminho parou na cantina onde seguiu seu corpo ser puxado por um braço firme na dua cintura.

—Seremos eu e você... por 3 dias, sem aquele bando de pirralhos para nos perturbar. - ela quase deixou o copo cair no chão mas segurou firme ao perceber que era o Levi.

—Como veio parar aqui tão rápido?? - perguntou rindo com os beijos que ele depositava em cada lado de seu pescoço e em sua nuca a fazendo arrepiar.

—Segredo.

—Fala pra mim.

—Ja disse que é segredo. - disse a virando de frente para si. Passou a dar selinhos lentos sem parar, ela sentiu as pernas vacilarem por um momento.

—Assim como a gente. - explicou logo o separando dela.

—Tem razão. - disse a soltando calmamente.

—Esta ficando tarde, eu vou para o meu quarto. - disse calmamente.

—Esta bem, se precisar de alguma coisa, sabe onde fica o meu. - disse a dando um ultimo selinho calmo antes de a deixar.

Em seu quarto não conseguia parar quieta na cama, as meninas ja dormiam mas Yara na parte de cima da beliche resmungava com ela.

—Ele te faz tão bem assim? - disse logo em seguida rindo baixinho.

—Cale a boca. - respondeu firme num sussurro.

—Parece que faz. - Sasha disse de olhos fechados na parte de baixo da beliche.

—Ei!!! - disse a repreendendo.

—Pode até ser mas eu ainda quero minha vingança. - Mikasa disse antes de se virar de lado e soltar uma risadinha baixa, logo puxando todas para uma risada coletiva.

—Meu deus, quem diria, minha menina e o capitão. - Yara disse se animando no meio da escuridão.

—Diz ai, (S/n), ele é bruto com outras coisas também?! - perguntou Sasha a fazendo rir.

—Sasha!!! - pediu num sussurro suplicando que parassem.

—Ok. Paramos. - disse Mikasa.

Poucos segundos de silêncio, ela soltou um risinho e disse.

—Eu espero que não. Não desse jeito.

Disse fazendo todas rirem uma última vez antes de pagarem no sono.