História As We Collied - Chapter 02

Dandara POV’s:

  O dia estava normal, eu estava preparando os casos para depois do café da manhã começar a analisa-los, e também tinha os contratos e planilhas da empresa e como minha avó veio passar uns dias comigo, ela sempre fazia o café da manhã. Sim, além de, eu ser advogada, pelo o que notaram, eu tenho várias empresas espalhadas pelo mundo. Fiz minha higiene matinal, tomei um banho, vesti minha roupa e desci, encontrando minha avó na cozinha preparando seu café.

  Me sentei colocando meu suco de laranja e comi uma torrada que minha avó fez e um pouco de bolacha.

-Tem trabalho, querida? – minha avó perguntou.

-Hoje vou trabalhar em casa, vó

-Qual o caso?

-Pensão alimentícia – falei.

-O pai não paga a mãe?

-Na verdade, é ao contrário, os filhos moram com o pai, então a mãe quem tem o dever de pagar a pensão dos filhos – falei tomando um gole do meu suco.

-Caso complicado – falou e eu assenti. Ela se levantou para lavar os pratos, e eu estava me levantando para começar meu trabalho, mas então escutei o barulho de algo se quebrando. Olhei para pia e vi minha avó no chão. Corri pegando meu celular, chave de carro, e a levei até meu carro com a ajuda do meu vizinho.

[...]

   Chegando no hospital, minha avó tinha acordado, então a abracei e entramos. Dr. Malik nos atendeu e então pediu um exame. Estávamos o esperando tinha quase duas horas. Então ele entrou com os exames na mão.

-Me desculpem pela demora, eu estava em cirurgia – pediu se sentando ao lado da minha avó.

-Sem problemas, doutor! O que ela tem? – perguntei, preocupada.

-Bom, os exames não mostram nada, então pedi para fazer um exame do organismo de sua avó. Ela não tem nada cirúrgico – falou e eu suspirei de alívio –Foi só um mal estar, nada mais. Falei com a cirurgiã geral, e ela passou um remédio para sua avó – falou me entregando um papel assinado pela médica e com o nome do remédio.

-Obrigada, doutor!

-Por nada! Aqui está, assine para então poderem voltar para casa – falou me entregando os papéis de alta. Minha avó assinou e então, ele assinou em seguida a liberando.

[...]

  No caminho para casa, comprei o remédio para minha avó, que tomou quando chegou em casa e foi descansar e eu fui terminar o meu trabalho.

  Niall POV’s:

  Minha semana tinha sido cansativa, na verdade, ela sempre é cansativa, eu nunca vejo nada além de planilhas e contratos em minha frente. Desde que, perdi contato com meus amigos, eu não tenho saído, e também não fiz novos amigos, então, meus dias sempre são na empresa e nunca em festas, as únicas festas que eu participo, é a do meu trabalho.

  Com um milagre feito em meu dia, hoje eu trabalharia em casa. Minha mãe estava de folga do trabalho, para ser mais exato, ela se deu folga. Bem, minha mãe tem uma loja de doces, bolos, faz encomendas para aniversários e outros eventos. Eu sempre tive orgulho da minha mãe, e hoje, não é diferente. Como ela não tinha condições de alugar um lugar, eu a ajudei, mas ela insistiu que o aluguel, ela iria pagar. Ela pode ser bem teimosa, insistente e orgulhosa quando quer, mas mesmo assim é a minha Maura, minha baixinha, minha mãe que eu tanto amo.

   Desci as escadas de minha casa e encontrei a Rita, ela nos ajuda com as refeições, e tem também a Roberta, que nos ajuda com a limpeza da casa.

-Bom dia, Rita! – a saudei e dei um beijo em seu rosto. Rita tem seus 50 anos, ela é como uma segunda mãe para mim.

-Bom dia, meu amor! Como está? – perguntou colocando o suco na mesa.

-Bem cansado né Ritinha, mas consequências do meu trabalho – falei e ela deu uma leve risada. Escutei barulho de uma sandália contra o piso da casa, olhei mesmo sabendo que era minha mãe.

-Bom dia, querido! – me cumprimentou com um beijo na testa.

-Bom dia, mãe! – a cumprimentei com um beijo no rosto.

-Bom dia, Rita! – minha mãe a cumprimentou.

-Bom dia, Sra. Gallagher!

-Rita, quantas vezes falei para me chamar apenas de Maura – falou e eu ri junto com Rita.

-Não vai para empresa hoje, querido?

-Não mãe, hoje irei trabalhar em casa. Pelo menos, hoje! – falei e ela sorriu.

  Às vezes, eu penso em começar a procurar alguém para estar ao meu lado, mas aí eu penso que, não seria bom forçar o destino, ou o caminho que Deus está nos guardando, como quiserem chamar, isso depende da crença de vocês. Eu vejo meu pai tendo a esposa dele com filhos, e às vezes, me dá vontade de começar a construir minha família, mas eu sei que as coisas não funcionam desse jeito. Me despedi da minha mãe e da Rita, e fui para meu escritório. Olhei para minha mesa e vi a pilha de documentos que me aguardavam. Suspirei e me sentei em minha cadeira.

[...]

 Eu já estava sentado nessa cadeira há pelo menos, 5 horas, sem pausa. Me encostei na minha cadeira, fechando meus olhos por alguns segundos. Escutei batidas na porta e murmurei “entra”.

-Querido, o almoço já está pronto – minha mãe avisou e eu assenti me levantando para comer alguma coisa. O cheiro estava maravilhoso, e confesso que,  reconheci o cheiro da minha macarronada de longe.

-Ritinha, meu amor, eu já disse quanto eu te amo? – perguntei animado e dando um beijo no rosto dela, a fazendo rir.

-Só quando eu faço algo que você gosta muito – respondeu rindo e eu fiz cara de ofendido, fazendo as mulheres rirem.

-Tem muito trabalho ainda, meu amor? – minha mãe perguntou.

-Eu diminui uma grande quantidade, mãe, mas acho que dá para terminar em 3 horas – falei –Não tem nenhuma encomenda para hoje?

-Na verdade, eu tenho, um bolo para o aniversário de um garotinho de 5 anos – respondeu.

-É bom ver que seu trabalho está dando certo, mãe – falei e coloquei uma quantidade razoável de macarrão em minha boca.

-É bom estar fazendo que eu gosto muito, e eu tenho que agradecer, porque você me ajudou a tornar isso possível, Niall – minha mãe falou me olhando e eu sorri para ela.

-Só em ver, a senhora fazer algo que ama, compensa tudo – falei e ela abriu o sorriso que mais amo em minha mãe. Terminei de comer, eu estava completamente cheio, no momento, nada entrava mais.

-Bom, tenho que voltar ao trabalho – falei e dei um beijo no rosto das duas e voltei para meu escritório. Ainda teria longas horas de trabalho!