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História Asa noturna: A Ascensão em Blüdhaven - O Anjo das Trevas


Escrita por: Regend

Notas do Autor


Malz, estou alguns minutos fora do prazo XD

Achei que seria um capitulo pequeno, só que me empolguei.

Muito bem, espero que gostem.

Capítulo 5 - O Anjo das Trevas


Fanfic / Fanfiction Asa noturna: A Ascensão em Blüdhaven - O Anjo das Trevas

Casa da Rachel 9h27min

 

 

Dick acorda confuso em cima de uma cama de casal em um dos quartos da casa, o cômodo era simples e não muito grande. Nosso herói estava sem a máscara e a parte de cima do traje.

 

“O que foi que houve?”

 

Ao tentar se lembrar, pequenos flashes do que havia ocorrido começam a passar em sua cabeça. Primeiro da sua luta contra Slade, em seguida dele caindo no chão e sendo socorrido por uma figura desconhecida, depois de duas vozes que tinha ouvido não muito bem, de uma garota e um menino. Algo parecia errado com sua cabeça.

 

“Sinto que alguém entrou na minha mente, lembro-me de uma voz familiar que ressoava dentro dela enquanto minhas memórias passavam. Eu estava sangrando muito, o que foi que me salvou?”

 

Primeiro verifica o corte que teria em sua barriga, mas não a nem sequer uma cicatriz no local. Em seguida vira sua cabeça para ter uma melhor ideia de onde estava. Após isso da de cara com Rachel que estava lendo um livro sentada em uma cadeira.

 

“Eu lembro dela, é aquela menina que fugiu de mim, mas como isso faz sentido?”

 

A moça percebe o movimento do rapaz e olha para ele.

 

Rachel: Ate que enfim você acordou… – Fala sem muito ânimo colocando o livro num móvel.

 

Dick: Rachel – Diz se recordando do nome que tinha ouvido.

 

Rachel: O que?? – Fala um pouco surpresa.

 

Dick: Esse é o seu nome não é? Agora eu sei.

 

Rachel: É, e eu sei tudo sobre você.

 

Após ela dizer isso, ele toca no rosto para verificar se estava com a máscara e percebe que não, mas logo se lembra que suas memórias tinham sido invadidas.

 

Dick: Não foi só meu rosto que você viu, estou certo?

 

Rachel: Pode ficar tranquilo, não vou contar a ninguém. A não ser que você conte dos meus poderes para mais alguém. Quem diria que aquele cara certinho na verdade era um completo lunático que sai por ai batendo em bandidos.

 

Dick: Tá surpresa com isso? Eu estou mais ainda com relação a você. Você me curou, como fez aquilo? Que tipo de magia era aquela? E por que você ficava repetindo azarath metrion zinthos na minha cabeça? – Fala calmo apesar da situação.

 

Rachel: Não é magia, é mais um dom que tenho desde que nasci, uso essas palavras para que eu possa me concentrar melhor.

 

Dick: O que você é? Alguma espécie de anjo?

 

Rachel: Eu to mais pra demônio.

 

Dick: E que tipo de demônio cura as pessoas?

 

Rachel: Meu pai disse a mesma coisa… – Fala bem baixo.

 

Dick: O que?

 

Rachel: deixa pra la – Diz se esquivando – Será que dá pra parar com o interrogatório? – Se irrita um pouco.

 

Dick: Você entrou na minha mente, é natural que eu queira ter algumas respostas.

 

Rachel: Eu não tenho controle sobre isso, se eu pudesse não teria visto nada, é sério. Você é muito sortudo sabia? Se não fosse por mim, você estaria morto uma hora dessas.

 

Dick: Obrigado.

 

Rachel: Eu vou cobrar – Richard faz uma cara de surpreso – Que? Tava esperando um de nada? Eu não sou tão boazinha assim.

 

Dick: Justo – Fala rindo – Espero não ter que fazer nada obsceno.

 

Rachel: Idiota – Não demonstra muita emoção.

 

Logo após aquilo o menino daquela noite abre a porta rapidamente.

 

Billy: Ele acordou e você não me chamou??? Sabia que tinha ouvido alguma coisa.

 

Dick: Quem é ele?

 

Rachel: Seu maior fã…

 

Billy: Meu Nome é Billy! Acho tudo que você faz muito legal! Você é demais! Quando a Rachel entrou em casa com você nas costas eu nem acreditei! Pena que você tava mal… Mas ela te curou e agora tá novinho em folha, pronto para bater nos criminosos de novo! Não vou contar quem você é pra ninguém! Eu sei como isso é importante. Na verdade eu não faço a menor ideia de quem você seja! – Fala bastante empolgado, fazendo Richard sorrir.

 

Dick: São irmãos?

 

Billy/Rachel: Primos.

 

Billy: A mãe da Rachel morreu e ninguém sabe quem é o pai, minha mãe que é irmã da dela, resolveu adotá-la, minha prima mora com a gente já faz uns cinco anos.

 

Rachel: É isso ai…

 

Dick: Agora estou começando a entender algumas coisas. Pelo que parece seus pais não estão em casa.

 

Billy: Isso mesmo, esse é o quarto deles, eles viajaram e vão voltar daqui alguns dias.

 

Dick: Pensei que fosse. Quem mais sabe sobre esse poder?

 

Billy: Na verdade só eu e você. Quando eu tinha seis anos eu peguei uma doença grave, os médicos disseram que eu tinha pouco tempo de vida, foi então que ela usou seus poderes pra me salvar e me fez prometer não contar para ninguém, nem mesmo pros meus pais, ate hoje eles acham que foi algum tipo de milagre – Fala sério.

 

Dick: Entendo. Nos dois temos um bom anjo da guarda – Encara rindo os olhos azuis garota, fazendo-a desviar o olhar.

 

Billy: Verdade.

 

Rachel: Já disse que não sou nenhum anjo – Séria.

 

Dick: Talvez não, mas, com certeza, não é um demônio. Só precisa se abrir mais com as pessoas. Fico feliz em saber que, pelo menos, aquilo que você disse naquele dia de não ter amigos era mentira – Olha para Billy depois volta para Rachel.

 

Rachel: Só porque descobriu algumas coisas já tá achando que sabe tudo sobre minha vida? Acredite, não sabe nem a metade, e o Billy não é meu amigo, ele me irrita.

 

Dick: Eu nunca disse que sabia tudo, mas acho que já sei o suficiente para ajudar em alguma coisa. E amigos podem irritar as vezes, mas isso não muda nada, acredite em mim – Sorri para moça, que passa a olhar para o chão.

 

Billy: Pera, vocês já se conheciam? – Se surpreende.

 

Rachel: Mais ou menos.

 

Dick: Eu nem sabia o nome dela.

 

Billy: Bom, agora que vocês se conhecem melhor, podiam ser amigos já que ambos tem super poderes. Eu sou realmente o único amigo que a minha prima tem, ela costuma se isolar muito, antes dela me curar, a Rachel quase não falava comigo.

 

Rachel: Ele não tem super poder nenhum, eu já olhei na mente dele.

 

Billy: É sério? Achei que tivesse super força ou algo assim.

 

Dick: Não, sou só um cara comum com alguns apetrechos legais.

 

Billy: Que demais! Você é ainda mais legal do que eu pensava!

 

Dick: Obrigado. Pode ficar tranquilo ainda vou ser amigo dela.

 

Rachel: Eu não pedi nada, ate parece que eu vou ser amiga de alguém convencido como você.

 

Billy: Rachel! – Repreende a prima

 

Dick: Relaxa, ela só está se fazendo de difícil, nos vamos nos dar bem, confia em mim, afinal, eu sou seu herói.

 

Billy: Sim! Tenho certeza de que vai conseguir.

 

Rachel: Sei…

 

Dick: Falando em apetrechos, cade meu cinto e a parte de cima do meu uniforme?

 

Rachel: A parte de cima já era, tava com um buraco bem grande, eu tive que tirar para que eu pudesse curar melhor seu ferimento. Foi bem difícil.

 

Dick: Imagino.

 

Rachel: Já seu cinto, eu peguei e escondi, vai que você tentaria alguma gracinha.

 

Dick: Bom, vou precisar do que restou da minha roupa e do meu cinto também. Além disso se pudessem me emprestar algumas roupas, não posso ficar assim. Eu dou um jeito de compensar vocês.

 

Billy: Eu emprestaria as minhas, mas, com certeza, não caberiam em você.

 

Rachel: Tem algumas do meu tio, acho que vão ficar um pouco grandes, mas é melhor que nada. Só que vai ter que devolver o mais cedo possível.

 

Dick: Seria ótimo, obrigado.

 

Rachel: Ta, eu vou pegar, já passou da hora de cobrir isso dai – Olha para o peitoral do rapaz sem camisa.

 

Dick: Você podia ter me coberto enquanto eu estava desacordado, não fez porque não quis… – Provoca.

 

Rachel: Sem comentários… – Revira os olhos, Dick e Billy riem.

 

Dick: Se tiver alguma coisa que eu possa fazer por vocês.

 

Rachel: Por enquanto, não me amolar tá bom demais…

 

Billy: Tem Sim! – Diz animado.

 

 

Esconderijo do Duas-Caras 10h36min

 

 

O Exterminador estava sentado em uma cadeira aparentemente calmo, vestia sua armadura, porém sua máscara estava em cima de uma mesa a sua frente. Seu cabelo era curto e apresentavam uma coloração branca, também tinha um cavanhaque da mesma cor. No olho direito havia um tapa olho ocultando a ausência do mesmo, já o bom, era verde. Duas-Caras também estava sentado numa cadeira, mas do outro lado da mesa, dessa vez com um terno metade preto do lado direito e roxo do esquerdo. Na sala também haviam cinco capangas de Harvey fortemente armados.

 

Duas-Caras: Meus homens estão procurando nas ruas desde quatro horas da manhã, e ate agora nada de Asa Noturna – Diz calmo.

 

Slade: Eu te mostrei o vídeo da nossa batalha, não tem como ele ter sobrevivido.

 

Duas-Caras: Se fosse o caso, já teriam encontrado ele em algum lugar, mas, por outro lado, nem mesmo o Batman teria sobrevivido a algo assim. Infelizmente senhor Wilson, eu sou o tipo de homem que só acredita que alguém morreu, após ver o corpo.

 

Slade: Compreendo, eu também sou o mesmo tipo de homem.

 

Duas-Caras: Pelo menos as negociações foram um sucesso, e cada vez mais, meus planos ficam perto de se concretizar.

 

Slade: Se seus aliados não o encontrarem dentro de um dia, eu mesmo me encarregarei de achar ele, se o mesmo estiver vivo farei questão de matá-lo.

 

Duas-Caras: Não sei, não estarei disposto a pagar mais pelo serviço. Para o caso dele estar vivo, é melhor eu contratar outra pessoa, o Pistoleiro talvez, você já teria fracassado uma vez, seria ruim se fizesse de novo.

 

Slade: Farei de graça, não precisara me pagar mais nada, eu garanto.

 

Duas-Caras: Nesse caso seria bem melhor para mim. Muito bem, eu sou conhecido por dar segundas chances, bom, não sou bem eu que dou. Vou jogar a moeda, se o resultado for a face limpa, confiarei em você novamente.

 

Slade: Muito bem.

 

Então Dent arremessa sua moeda da sorte, a moeda caí de volta em sua mão e ele chega o resultado, após velo, olha sorrindo para o exterminador.

 

Duas-Caras: Parabéns, parece que seu contrato foi estendido senhor Wilson.

 

Slade: Fico grato senhor Dent, não ficara decepcionado.

 

Os dois apertão as mãos firmando o contrato.

 

 

Casa da Rachel 10h49min

 

 

Nosso herói estava vestindo as roupas que foram a ele emprestadas, como esperado, um pouco largas. Se tratava de uma blusa xadrez azul escura e uma bermuda preta. Junto com Billy estava sentado no sofá da sala olhando fixamente para televisão, ambos estavam jogando videogame, especificamente mortal kombat X, o menino usava Scorpion, enquanto o rapaz ia de Sub-Zero. Rachel estava de pé olhando para os dois sem acreditar muito bem no que via.

 

Rachel: Nunca achei que você fosse aceitar um pedido desses – Mostrando-se pouco animada como sempre.

 

Dick: Por que não? É bem divertido, você devia jogar com a gente – Fala com um sorriso no rosto.

 

Billy: Nem tenta cara, acredite eu já tentei. Essa dai nem assistir televisão ela assiste, só fica de cara nos livros, minha mãe ate comprou um celular pra ela, mas só fica na gaveta do quarto.

 

Rachel: Essas coisas me fazem pegar no sono. Pra um vigilante é um pouco estranho fazer esse tipo de coisa, quando ouvi falar do Asa Noturna pela primeira vez, achei que ele fosse um cara bem sério.

 

Dick; Não gosto de ser completamente dessa forma, é sempre bom ter um pouco de luz, apesar do Batman sempre me dizer que isso vai acabar me matando.

 

Rachel: O Batman é um cara sábio – Grayson ri.

 

Billy: Você conhece o Batman!? – Surpreso.

 

Dick: Quando você é um super herói como eu, conhece muita gente. Só que agora, foco no jogo, foco no jogo.

 

Billy: Tudo bem!

 

Enquanto os dois se concentravam Rachel pega o livro que estava em cima da mesa, senta numa cadeira no canto da sala e começa a ler.

Pouco tempo depois Billy perde a partida e toma um Fatality, o que o deixa um pouco chateado. Agora o jogo se encontra na tela pausada de pós-partida.

 

Billy: Nossa, já perdi um montão de vezes, você é invencível – Reclama.

 

Dick: Relaxa, essa foi por pouco, logo logo você fica melhor que eu – Calmo.

 

Billy: Então bora mais uma vez! – Se anima.

 

Dick: Me dá um tempinho para descansar, já jogamos bastante e a gente não pode ficar ignorando a Rachel.

 

Rachel: Eu to bem, muito obrigada pela preocupação – Diz em tom sarcástico.

 

Dick: Essa ai é dura na queda em.

 

Billy: Pode apostar que é – ri.

 

Dick: Por favor, poderia me dar um copo de água? – Pergunta ao garoto.

 

Billy: Claro, vem comigo ate a cozinha.

 

Richard então segue o menino, ao chegar no local, enquanto Billy colocava a água, Dick dá uma olhada ao seu redor e percebe uma toalha exarcada de sangue na pia.

 

Dick: Esse sangue todo é meu?

 

Billy: Sim, a maioria pelo menos.

 

O garoto entrega o copo, Grayson bebe e os dois continuam a conversa.

 

Dick: O que quer dizer com a maioria? – Fala um pouco confuso.

 

Billy: Bem, quando a Rachel cura alguém, ela meio que tem que a absorver a dor da pessoa primeiro – Diz com seriedade.

 

Dick: Nossa... Eu não sabia – Mostra-se comovido – Agora mais que nunca eu quero conseguir ajudar sua prima.

 

Billy: Há uns dias ela foi procurar um grupo de ajuda, foi a primeira vez que a Rachel tentou algo em muito tempo, ela se esforçou muito para ir, pena que na segunda vez ela desistiu.

 

Dick: Ela nem chegou a entrar...

 

Billy: Como você sabe? – Surpreso.

 

Dick: É uma longa história, melhor deixar pra ela mesma te contar.

 

Billy: Hmm… Ok…

 

Após aquilo os dois voltam para a sala e vão se sentar no sofá, só que antes que completassem a ação, a garota que estava lendo, resolve falar algo.

 

Rachel: Richard – Chama a atenção do rapaz, mostrando uma certa timidez.

 

Dick: Estou surpreso. É a primeira vez que usa meu nome.

 

Billy: Asa Noturna, seu nome é Richard?

 

Dick: É, mas pode me chamar de Dick – Volta a atenção brevemente pro garoto.

 

Billy: Ok Dick!

 

Rachel: Eu vou ficar com Richard mesmo. Billy, dá para você nos deixar conversar as sós só um pouquinho.

 

Billy: Tudo bem… Vou para o meu quarto.

 

Rachel: Obrigada.

 

Então Billy foi para seu quarto, deixando os dois sozinhos.

 

Dick: O que foi Rachel? – Dirigisse a moça um pouco preocupado.

 

Rachel: Quando entrei na sua mente eu não consegui ver muita coisa com clareza, mas teve algo que me mexeu comigo, eu vi uma apresentação de circo, vi um homem e uma mulher, e depois eles caindo bem diante dos meus olhos, dos seus olhos, eu consegui sentir toda a tristeza de cada lágrima que você derramou naquele dia, foi horrível. Eram seus pais, não eram?

 

Dick: Sim, eramos os Graysons voadores, acrobatas muito bons, quer dizer, meus pais eram bem melhores que eu, eles não me deixavam fazer truques muito difíceis, afinal eu era só uma criança – solta um sentimental sorriso seguido de uma cara triste recordando da época.

 

Rachel: Não foi um acidente e você sempre soube, não é?

 

Dick: É… Dias antes do ocorrido eu vi um homem de terno conversando com o dono do circo sobre uma suposta taxa de proteção, não tínhamos dinheiro, então o dono se recusou a pagar, e aquele homem disse que ele iria se arrepender. Nosso número foi sabotado, o trapézio arrebentou, como meus pais não usavam a rede, morreram na hora, minha família foi morta simplesmente porque não tínhamos como pagar uma simples quantia para mafiosos. Apesar de para mim meus pais serem muito importantes, para esses caras, eram menos que nada – Mostrasse com um pouco de raiva.

 

Rachel: Desculpa se te incomodei, eu sabia que era um assunto delicado, não devia ter tocado nele.

 

Dick: Não tem problema, eu já fiquei sabendo de grande parte da sua história, não ligo que você saiba um pouco mais da minha, você não me parece uma pessoa má, muito pelo contrário. Além disso, é bom compartilhar esse tipo de coisa com outras pessoas, você se sente um pouco melhor, nem é preciso contar tudo nos mínimos detalhes, só algumas coisas já ajuda, receber apoio e compartilhar histórias, é algo que te muda completamente, para melhor. Falo por experiência própria, se não fosse por meu pai adotivo, eu não sei o que teria sido de mim.

 

Rachel: Não sei se funciona comigo…

 

Dick: Nunca vai saber se não tentar.

 

Rachel: Talvez tenha razão… – Diz de cabeça baixa – O homem que matou sua família… Você conseguiu achá-lo?

 

Dick: Quando eu tinha quatorze, dois anos após o acidente, numa das minhas primeiras missões como Robin, eu e Batman conseguimos pistas de quem poderia ser aquele homem, então iniciamos uma investigação para descobrir tudo. O nome do criminoso que alterou o trapézio era Anthony Zucco um capanga de baixo nível de Carmine Falcone, na época o maior chefe da máfia de Gotham. Ao coletarmos informações aqui e ali, acabei descobrindo seu paradeiro, sem contar para o morcego fui ao local, eu estava tomado pela raiva, queria matá-lo. Chegando la não tive dificuldades para lidar com ele, minhas habilidades de combate eram muito melhores. Após uma surra que o deixou ensanguentado, ele implorou por piedade, saquei uma arma que tinha dado um jeito de comprar sem que meu pai adotivo percebe-se. Eu era uma criança e podia sentir o frio daquele objeto que segurava em minhas mãos, apontei para o rosto de Zucco, meu dedo estava tremendo prestes a puxar o gatilho, nunca tinha chegado tão perto de matar alguém antes. Quando tudo parecia que ia acabar com um simples tiro, lembrei de tudo que o Cavaleiro das Trevas me ensinou, eu não podia matar alguém, isso era errado, eu só seria mais um assasino, então exitei e poucos segundos depois Batman apareceu para me impedir, felizmente eu já tinha desistido. No fundo eu sabia que aquele cara não era o único responsável, e o mais importante, sabia que aquilo não ia trazer minha família de volta.

 

Rachel: Eu vi alguns flashs dessa história, mas não consegui ver nada bem concreto. Você foi bem forte, eu não sei se teria tanta força assim.

 

Dick: Não sei dizer ao certo o que é, mas algo me diz que teria sim.

 

Rachel: Se você acha isso, não tenho muito o que discutir…

 

Dick: Viu Rachel? Todo mundo tem problemas, os seus podem ser diferente do meu, mas, no fundo, só queremos ficar em paz com nós mesmos e encontrar a felicidade de algum jeito, e quando se tem ajuda, fica bem mais fácil – Fala em tom sereno.

 

O silêncio toma o local, enquanto isso a garota era tomada por seus pensamentos por alguns longos segundos.

 

Rachel: Vou chamar o Billy de volta.

 

Dick: Tudo bem, vai la.

 

“Tenho que dar um tempo para ela processar tudo, se não pode levar a uma ação precipitada e tudo acabar mal novamente.”

 

Após ser chamado, Billy volta bastante inquieto.

 

Billy: O que vocês conversaram? – Não consegue controlar sua curiosidade.

 

Dick: É segredo – Dá um sorriso para o menino.

 

Billy: Não é justo, eu também quero ter um segredo com o Asa Noturna!

 

Dick: Você sabe quem eu sou, quer mais que isso?

 

Billy: É verdade – Ri passando a mão na cabeça.

 

Dick: Só nunca, em hipótese alguma, conte pra mais alguém.

 

Billy: Tem a minha palavra.

 

Rachel: Se ele abrir o bico, eu dou um jeito nele – Diz com o tom apático de sempre.

 

Dick: Agora estou bem mais tranquilo.

 

Billy: Ei! – Reclama, o que o fez receber algumas rizadas da parte do ex-Robin.

 

Richard dá uma olhada no relógio pregado na parede da sala e percebe que já tinha passado do meio dia.

 

Dick: Nossa, está bem tarde, está perto da hora do almoço, não quero incomodar mais, vou indo então.

 

Billy: Você disse que íamos jogar mais!

 

Dick: Fica pra uma próxima então, tudo bem? – Se abaixa e põe a mão no ombro do garoto.

 

Billy: Por favor fica mais um pouco, não precisa se preocupar a Rachel não vai cozinhar, a gente vai pedir comida fora. Cai entre nos a comida dela é horrível – Cochicha a última frase e sua prima fingi que não ouviu enquanto Dick deixava escapar uma pequena gargalhada.

 

Dick: Não, eu tenho mesmo que ir, já disse que não quero incomodar mais, vocês já fizeram demais por mim.

 

Billy: Tudo bem… – Tristonho.

 

Rachel: Eu abro a porta pra você e te acompanho ate a esquina, vou só pegar seu cinto e o resto do seu uniforme.

 

Dick: Eu fico muito agradecido, mas não precisa me acompanhar.

 

Rachel: É só ate a esquina, eu insisto.

 

Dick: Tudo bem, vamos la então.

 

Os dois então saem da casa como combinado, Richard com uma sacola grande onde guardava o que sobrou do seu traje de justiceiro. As casas daquele quarteirão não eram muito chiques, mas eram bonitas e tinham quintais bem verdes. O Dia estava ensolarado, a rua quase deserta, e os dois caminhavam um ao lado do outro sem falar nada, só sentindo a leve briza em suas peles. Ao chegar na esquina Dick é o primeiro a quebrar aquele silêncio.

 

Dick: Então, acho que é um adeus.

 

Rachel: Acho que sim.

 

Dick: Não vai falar que nunca mais nos encontraremos igual da outra vez?

 

Rachel: Não, dessa vez não – Fala calma enquanto seus cabelos balançavam levemente conforme o vento – Além do mais, eu sei que não funcionaria.

 

Dick: É verdade – Ri.

 

Rachel: Richard – Chama a atenção.

 

Dick: Fala.

 

Rachel: Tem uma coisa que não te contei, eu tenho outro poder.

 

Dick: E qual seria? – Mostra-se curioso.

 

Rachel: Eu consigo sentir o sentimento das outras pessoas. Desde a primeira vez que te encontrei senti algo diferente em você que nunca tinha sentido na minha vida, parecia ser algo bom, só que tive um pouco de medo. Quando te vi caído na rua, consegui sentir novamente o mesmo sentimento, então decidi que não podia deixá-lo morrer. De certo modo, eu já sabia quem você era antes mesmo de te curar…

 

Dick: Ainda está com medo?

 

Rachel: Não, na verdade agora parece que é o contrário, estou ate bem confortável.

 

Dick: Fico feliz – Sorri – Tem mais algum poder escondido ai que queira me falar?

 

Rachel: Não… – Abaixa a cabeça.

 

Dick: Tudo bem, vou esperar você me contar mais quando estiver pronta – Diz com tranquilidade.

 

Rachel: Certo – Ergue a cabeça e olha pra ele novamente.

 

Dick: Sobre as roupas que me emprestou, amanhã tem outro encontro do grupo, você podia ir e para pegar comigo o que tem que pegar, só que dessa vez você entra na sala, que tal?

 

Rachel: Eu não sei… Talvez eu não me dê bem com aquelas pessoas, e eu não quero que mais ninguém saiba do meu dom.

 

Dick: Eu tenho certeza de que se dará bem. Além disso, como eu disse anteriormente, não é preciso contar a história toda, só uma parte já tá bom, a parte dos seus poderes você pode deixar só entre a gente.

 

A garota parou um tempo para pensar e tornou a falar novamente.

 

Rachel: Muito bem, vou tentar. E você também tem que me prometer não contar sobre meus poderes pra ninguém.

 

Dick: Tem a minha palavra – Demonstra sinceridade – Sabe – Olha nos olhos da garota analisando-os, só que dessa vez, em vez de desviar o olhar, Rachel o encara fixamente – Dependendo da luz, a cor de seus olhos, parece ser violeta.

 

Rachel: As vezes você é muito estranho Richard, acho que nos dois somos – Dá um pequeno sorriso, algo que parece simples, mas para uma garota como ela, era muita coisa.

 

Dick: Finalmente você sorriu – fala calmamente sorrindo de volta.

 

Rachel: Cala a boca – Implica um pouco.

 

Depois daquilo os dois logo se despedem. Dick vai para casa sabendo que agora tem uma nova amiga bem especial e Rachel volta para sua com uma sensação que pode ser chamada de esperança.

 

 

 

Apartamento de Dick 18h02min

 

 

Grayson estava em seu quarto sentado numa mesa em frente ao computador, agora com suas roupas normais, uma camisa branca estampada e calça jeans azul. Nosso herói estava pensativo.

 

“Parece que a bomba que desarmei possuía um vírus que se escondeu dentro do sistema da minha mascara, quando fui atrás do Harvey o vírus foi estrategicamente ativado gerando uma visão falsa no modo detetive, o batcomputador já o detectou e eliminou, mas o pouco tempo que ele esteve ativo me colocou em situação critica. Eu nunca teria pensado que algo assim ocorreria, ninguém nunca conseguiu fazer isso mesmo que por tão pouco tempo, devo admitir que o Exterminador me deixou impressionado, se não fosse a Rachel...”

 

Abre no computador um arquivo com a foto da garota e alguns dados sobre a mesma.

 

“Fiz algumas pesquisas sobre ela, eu disse que ia esperar ela me contar mais quando estivesse pronta, mas de tanto tempo que convivi com o Bruce, é quase como um toque ter que pesquisar mais informações, só que não consegui nada muito revelador. Seu nome completo é Rachel Roth tem 17 anos, estranho que essa menina não existia ate os 12 anos, ela não tinha registro em lugar nenhum, na certidão de nascimento, que foi feita nessa idade, consta como filha de Angela Roth uma mulher que nasceu em Gotham, está desaparecida e foi dada como morta, não achei quase nenhuma informação sobre a Angela e muito menos do pai que nem consta na certidão. Como dito por Billy, Rachel foi adotada pela tia, Alice Roth, que agora é Alice Williams e é casada com Jack Williams, os dois têm um único filho de sangue, Billy Williams, ambos trabalham, não são ricos, mas também não são pobres, dando para cuidar do filho e da garota que adotaram. Depois de muita briga, conseguiram colocar Rachel para estudar na escola no ano correspondente a sua idade alegando que a menina teria estudado em casa, ela se mostrou bastante inteligente, não era a melhor da classe, mas tirava notas boas.”

 

Fecha o arquivo novamente.

 

“Eu não tinha reparado antes, mas agora que pensei, acho bem estranho ela estar andando na rua sozinha naquela hora em que me achou, o que será que estava fazendo? Rachel Roth é uma garota bem misteriosa e não descobri tudo sobre ela, mas eu confio nela, afinal foi ela que me salvou, acho que consigo esperá-la me contar o restante, como eu prometi, não vou contar sobre o dom dela pra ninguém. Agora tenho que me preocupar com Slade, não posso perder novamente”

 

 

Rua próxima de onde Asa Noturna e Slade lutaram 3h04min

 

 

O Exterminador se encontrava no alto de um prédio grande, estava com seu traje e observava o horizonte.

 

 

Slade: Por via das dúvidas decorei o número da placa do caminhão em que o Asa Noturna caiu, fui ate o dono e descobri que ele nem notou sua presença, não poderia mentir, fui bem persuasivo. Se ele não achou ninguém morto no veículo, quer dizer que o vigilante saltou, o caminhão nem passou perto de um hospital e mesmo se tivesse caminhado ate la, não tinha tempo para fazer algo. Mesmo com tudo isso, um corpo não foi encontrado, ninguém teria escondido um corpo assim, os contatos que Harvey tem na polícia teriam descoberto alguma coisa – Fecha os olhos e da uma breve risada – Estou surpreso, por algum milagre você deve ter sobrevivido – Fala como se estivesse falando com seu inimigo – Devo admitir que fiquei bastante contente com isso, não podia acabar daquele jeito. Muito bem, treine, fique mais forte, bole um plano genial e talvez algum dia consiga me vencer – Ri devido a sua excitação.

 

 

 

 

 


Notas Finais


Então, gostaram?

Dessa vez não fiz um final tão impactante quanto da outra vez, mas nem sempre é possível

Se tiverem sugestões para fic, ficarei feliz em ouvi-las

To meio na duvida qual vai ser o nome do próximo capitulo, se eu decidir, ponho aqui

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Sei la se alguém vai ler isso, enfim, fiquei bem sem tempo e só fui começar a escrever semana passada, mas já foi mais de 60%, vou ver se não atraso mais de uma semana. O esboço do que vai acontecer já ta pronto na minha cabeça, então é só desenvolver como sempre. Gosto de pensar no que vai acontecer muito a frente do capitulo que estou, para não acabar me perdendo, então gasto um tempinho extra só pra isso antes de começar a escrever.


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