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História Asas do Destino - Coming Home


Escrita por: samillaway

Notas do Autor


Anteriormente:

- Tenho informações sobre sua filha e o pai dela a assumiu. – Ele me deu um selinho nos meus lábios, deitou por cima de mim novamente.
- Obrigada, Matt. – Devolvi o selinho com mais intensidade e virou um beijo rápido. – Como eu posso te agradecer?
- Essa noite é o suficiente.
- Eu vou voltar para casa!

Capítulo 4 - Coming Home


Fanfic / Fanfiction Asas do Destino - Coming Home

- Eu estou tão nervosa, não vou sorrir porque vai achar que sou uma pessoa horrível pela morte da “minha família”. – Pegaram a minha ultima mala e Matt sentou na minha cama. – Uma pena que o Bugs não melhorou, diz que eu gosto muito dele e que vou sentir saudade.

- Claro. – Matt esperou todos saírem do meu quarto e me deu um beijo nos meus lábios rapidamente. – É foda, ficar longe de você, mas é necessário.

- Eu tenho uma missão a cumprir, não entrei no corpo da Sierra a toa. – Eu segurei as mãos de Matt. – O que tiver que ser, será. Primeiro, eu tenho que ver como vou tirar a guarda do Brian e depois, fazer que Brianna me ame como mãe.

- Sei que você vai conseguir, Collie. – Demos um selinho.

 

XXXX

Cheguei em Los Angeles na hora do velório, os caixões estavam fechados, pois era um acidente aéreo, não sobrou muita coisa. Varias pessoas me abraçaram, tentei ficar triste, outras comentavam de mim. Eu estava usando um vestido preto, uma mulher plastificada com um cachorro chihuahua marrom nas mãos, revirei meus olhos. Ela me abraçou fortemente, o perfume estava fortíssimo.

 

- Sua vaca maldita, você deveria estar no sanatório. – Sussurrou.

- O mesmo digo de você. – Eu a empurrei.

- Tomara que ele tenha me deixado tudo, Robert não poderia me deixar sem nada.

- Respeite o velório de meu pai e do meu irmão. – Eu segurei o braço dela.

- Você nunca ligou para ninguém, além de si mesma e do seu amante mexicano. – Ela me respondeu.

 

            O padre disse algumas palavras, chorei um pouco, com pena da Sierra não ter família, talvez era assim que a minha Brianna se sentia. Respirei fundo, meu coração doeu de saudades da minha filha, fiquei pensando se Brian estava cuidado dela devidamente.

Depois que terminou o discurso do padre, eles levariam os caixões para ser cremados, afinal já estava lacrado mesmo por causa do acidente. Eu resolvi ficar sentada numa cadeira no escritório, afinal depois da cerimonia teria a leitura do testamento.

Apareceu um garçom no escritório com uma taça de champanhe, eu aceitei e bebi. Era melhor de todos que havia tomado em minha vida, eu poderia me acostuma com a riqueza. Ele saiu assim que terminei de beber, entreguei a taça vazia a ele, então apareceu a madrasta de Sierra, ela me olhou com desprezo. Sentou em outra poltrona, então chegou um bando de advogados no escritório, um deles se sentou e abriu um grande envelope pardo.

 

- Vou iniciar a leitura do testamento. – Pegou o papel. – No dia 22 de novembro de 2016, ele escreveu o testamento. – Finalmente começaria a ler. – Eu, Robert Blake Brown em pleno uso das minhas faculdades mentais estou escrevendo esse testamento. Para minha adorada esposa Mandy, eu deixo a Ferrari azul e uma pensão mensal de 10 mil dólares. – Arregalei meus olhos era bastante dinheiro, se ele me deixasse cinco mil, estaria feliz.

- 10 mil? Eu não sou uma stripper que ele conheceu em Vegas. – Os advogados se olharam e tentaram não rir. – Esse dinheiro não paga nem meu cabelereiro.

- Você paga mais de 10 mil para o cabelereiro deixar seu cabelo dessa forma, meu amor. Você deveria processa-lo. – Eu falei e ela ficou raiva.

- Eu devo imaginar que ela não aceitou a pensão, por isso depois da minha morte será depositado na contado na conta um milhão de dólares, apenas isso. Se ela resolver contestar o testamento na justiça, perderá todo o dinheiro. – Pai da Sierra era duro.

- Era o melhor que esse idiota poderia fazer, ele nunca poderia me dar todo o dinheiro, nem morto. – Ela reclamou.

- 13 milhões serão depositados na conta da fundação Brown em Angola. – Isso deixou a mulher possessa e ela saiu do escritório. – Que será administrado por meu filho amado Samuel. Vou fazer um adendo, como o Samuel morreu, você Sierra vai administrar a fundação.

- É sobre o que?

- Crianças carentes. – Outro advogado respondeu, eu dei um sorriso. – Sei que vai ser um tedio e sacrifício já que você odeia crianças. – Ele riu.

- Posso tentar. – Respondi.

- Continuando… Eu deixo tudo igualmente para meus filhos Samuel e Sierra, desde as casas, os carros e as ações nas empresas. – Ele virou a página. – Sendo que as ações da Sierra serão administradas pelo Baker. – Um homem gordinho de olhos verdes pulou. – Contudo, se ele fizer algo desonesto ou roubar dinheiro, perderá tudo e será preso imediatamente. O salário será de 60 mil anual. – Ele virou a pagina mais uma vez. – Bem, Sierra como seu irmão morreu toda a parte dele será transferida a você, então você tem o controle absoluto de todas as empresas. – Tentei respirar fundo, mas fiquei sem ar. – Sua fortuna está avaliada até o momento em 900 milhões de dólares.

- Obrigada.

 

XXX

No dia seguinte, acordei cedo na mansão, o meu quarto era tão grande que eu não poderia descrever. Entrei no banheiro da suíte, liguei a água quente, tirei minha roupa, entrei na enorme banheira que havia lá. Eu relaxei com a água sob meu corpo. Depois lembrei que teria que contratar um detetive particular para encontrar Brian e Brianna. Eu não queria ter pressa, mas eu já estava separada da minha filha há mais de seis meses, não poderia esperar mais um dia.

            Depois coloquei um roupão preto que estava pendurado na parede, estava bordado com o nome de Sierra, não conseguia me acostumar com aquilo. Depois voltei ao quarto, respirei fundo e abri as portas do enorme closet de Sierra, tinha muitas roupas, parecia uma loja de shopping.

            Levei mais de vinte minutos tentando achar uma roupa de ginastica, precisava malhar um pouco. Peguei uma lingerie preta, coloquei um top preto e uma calça legging cinza de listras brancas. Coloquei o tênis de corrida, prendi meu cabelo num rabo de cavalo. Então saí do quarto para dar umas voltas na propriedade.

            Desci as escadas correndo, abri a porta da entrada, comecei a correr pela enorme propriedade. Comecei a pensar em estratégias para convencer Brian a me vender Brianna, ou poderia convence-lo que eu poderia dar uma educação melhor a ela. Não era certo, mas precisava fazer isso pela minha filha, eu poderia comprar os remédios dela e acelerar a fila da cirurgia de transplante de córneas.

            Eu poderia mentir dizendo que eu era amiga da Collieen, ela havia me pedido para cuidar da filha dela. Eu tinha que montar a história perfeita, além de tudo, tinha que colocar um belo decote para fazer com que Brian não conseguisse raciocinar direito, assim não perceber as minhas verdadeiras intenções.

            Depois de correr toda a propriedade, tinha uma enorme mesa no quintal com muita comida, eu fui para lá. Sentei a mesa, então os empregados começaram a me servir, eu tomei um suco de laranja gelado, depois comi um sanduiche de pão integral com patê de ricota. Em seguida, tomei iogurte grego com mel, os empregados ficavam me olhando. Eu pedi para eles se retirassem, era muito estranho ter pessoas ao meu redor enquanto comia.

            Quando estava comendo um pedaço de mamão papaia, apareceu o tal Baker cheio de pastas, revirei meus olhos. Eu tinha coisas mais importantes para fazer, como procurar um detetive para achar minha filha. Eu pedi que ele se sentasse a mesa, então ele se serviu um café quente e bebeu rapidamente.

 

- Preciso que você assine alguns documentos, senhorita Brown. – Eu peguei os papeis e a caneta, começando a assinar tudo.

- Bem, eu não me lembro da minha assinatura. – Assinei meio de qualquer jeito.

- Isso é padrão para eu poder entregar seus cartões de debito e credito, além dos seus talões de cheques. Eu vou cadastrar sua nova assinatura, o laudo do seu terapeuta nos ajudou bastante. – Ele pegou os papeis de volta.

- Pode me chamar de Sierra, eu chamo você pelo seu primeiro nome. Você tem um, não é? – Cruzei as pernas.

- Eu me chamo Zacky. – Ele guardou tudo.

- Você conhece algum detetive particular na cidade, estou com preguiça de procurar um na internet. – Zacky me olhou desconfiado.

- Sim, eu conheço um cara, ele geralmente só resolve casos de infidelidade. – Engoli seco. – Seja lá para que você quer, ele é muito bom.

- Pode me dar o número dele? – Zacky pegou o cartão dentro do bolso e me deu, olhei. – Obrigada.

- Bater a cabeça te deixou mais gentil. – Rimos. – Bem, eu já vou.

 

            Zacky se levantou rapidamente, mas sem antes pegar um pedaço de pão. Teria que comprar um celular, depois ligar para marcar com o detetive particular para encontrar Brian. Em seguida, eu tomei mais um banho só que frio, para sair. Entrei mais uma vez no enorme closet, fiquei procurando uma roupa simples, então bateram na minha porta. Era a empregada me avisando que uma amiga minha estava me esperando.

            Agradeci, fechei a porta do quarto, peguei uma saia jeans e uma camiseta rosa do ACDC, calcei a sandália rasteirinha na cor preta. Arrumei a carteira com os cartões de credito, debito, coloquei dentro de uma bolsa preta da Chanel que estava pendurada.

As senhas estavam anotadas num papel pequeno, saí do quarto, uma mulher loira, muito bonita e muito sorridente estava sentada me esperando na sala. Eu desci as escadas rapidamente, ela me viu e depois me abraçou, então eu a abracei de volta.

 

- Já me avisaram que você não se lembra de ninguém, nem da sua melhor amiga Gena. – Ela sorriu mais uma vez. – Mas vou recuperar a nossa amizade.

- Tudo bem, acho que não devo ter muitos amigos. – Comentei. – Você vai fazer algo agora?

- Não. Por que? – Gena ficou confusa.

- Então vamos a uma loja, preciso comprar um celular novo.

 

XXXX

 

            O passeio com Gena foi bastante interessante, compramos algumas coisas além do celular, que era o iPhone novo. Eu entrei em contato com o detetive Drake, marquei o encontro e passei todas as informações a ele. Uma semana se passou e não tive nenhuma noticia sobre Brian. 

Enquanto isso, continuava a minha rotina como Sierra, apesar de não fazer nada o dia inteiro, não era de se admirar que ela estivesse entediada. Então aproveitava a noite para ligar para Matt, a gente ficava jogando conversa fora e isso era bom.

            Gena era pessoa divertida, mas não poderia contar nenhum segredo a ela, era muito cedo para confiar nela. Um dia, ela e eu fomos almoçar num restaurante em Los Angeles, então recebi finalmente uma mensagem do detetive particular, ele me mandou o endereço de Brian. Ele estava morando em Huntington Beach numa casa no centro.

            Eu quase pulei de tanta alegria, meu coração quase explodiu de tanta emoção. Respirei fundo, Gena percebeu a minha emoção, tentei disfarçar, não poderia falar do que se tratava, mas como um milagre Matt resolveu me ligar naquele exato momento. Eu me afastei até a entrada do restaurante para atender a ligação interurbana da Florida.

 

- Oi, minha linda. Alguma novidade? – Matt disparou.

- Eu já tenho o endereço e vou vê-la hoje mesmo, não posso mais ficar sem a minha filha, Matt. – Meu coração estava disparado.

- Eu entendo, boa sorte. Se eu estivesse na Califórnia, entraria na mente do pai da sua filha e o convenceria a dar a guarda dela para você. – Ele riu. – Estou com saudade de você, do seu corpo. – Suspirei.

- Quando puder venha me ver. – Mordi o lábio inferior.

- Claro, assim que tudo se resolver, tchau Collie. – Ele desligou.

 

            Eu voltei a mesa, Gena me olhou desconfiada, antes que ela me perguntasse algo, ela recebeu uma ligação de Zacky, seu marido e se afastou da mesa. Chamei o garçom com a mão e pedi a conta, ele me trouxe rapidamente, então eu assinei um enorme cheque com o valor da conta.

            Saí pelos fundos, entrei no meu carro que era Audi preto, dirigi rapidamente, precisava trocar de roupa. Não poderia me encontrar com Brian e Brianna de calça jeans e camiseta do Snoppy. No meio do caminho de volta a West Hollywood onde eu estava morando no momento. Vi uma loja de bichos de pelúcia, estacionei meu carro, saí e entrei na loja.

            Achei o unicórnio gigante de pelúcia com cheiro de talco que Brianna tanto me pedia, entretanto nunca tinha dinheiro para compra-lo. Então eu comprei o maior da loja, coloquei no banco de trás, dirigi até a mansão Brown. Chegando lá, estacionei o carro, entrei em casa como um foguete.

            Cheguei ao meu quarto, abri o closet, achei um vestido justo, curto, decotado e preto, ele constatava com o tom da pele da Sierra. Coloquei um sapato de salto grosso nude. Fiz uma maquiagem leve, soltei meus cabelos, afinal teria que dar uma leve seduzida em Brian para ele me deixar se aproximar de Brianna sem parecer estranho.

            Passei bastante perfume Chanel n°5, apesar de não gostar muito do cheiro. Passei creme corporal de frutas vermelhas em todo meu corpo, peguei a mesma bolsa que tinha usado para ir ao restaurante com a Gena e fui embora novamente. Uma Ferrari vermelha conversível já estava pronta me esperando para eu pudesse dirigir, pegaram o unicórnio gigante e me deram, coloquei dentro da Ferrari no banco do motorista.

            Durante a estrada, percebi que havia esquecido de passar batom, abri o porta luvas e tinha um batom vermelho matte. Passei sobre meus lábios, eu achei que estava incrível, o problema era se Brian acharia o mesmo de mim. Respirei fundo e resolvi praticar a meu discurso mentiroso de convencimento, queria que Brian olhasse para meus peitos e não prestasse muita atenção no que eu estaria dizendo.

 

- Oi, eu me chamo Sierra Brown, eu fui amiga da Collieen, antes dela morrer, ela pediu para que eu adotasse a Brianna, caso você não pudesse… Eu não posso ser direta. Olá, meu nome é Sierra Brown, eu fui amiga da Collieen, antes dela morrer, ela me pediu para que eu pudesse ajudar com as despesas da Brianna, se você aceitar, prometo ser como uma madrinha para ela. – Dei um sorriso aberto e falso. – Madrinha é mais fácil de acreditar.

            Continuei a dirigir até chegar na cidade, coloquei o endereço no GPS para não me perder já que não conhecia a cidade. Meu coração acelerou novamente, respirei rapidamente e profundamente, mordi meu lábio inferior. Finalmente cheguei a casa onde eles estavam morando, era simples e pequena. Estacionei a Ferrari, com medo dela ser roubada. Peguei o unicórnio e liguei o alarme do carro.

            Cheguei até a porta, toquei a campainha, o salto já estava começando a me incomodar, mexi meus pés. Toquei mais uma vez, essa hora Brianna já deveria ter chegado da escola, então abriram a porta, era uma mulher loira com cara de bruxa mal-amada.

 

- Quem é você e o que você quer?

- Eu preciso falar com Brian Haner. Ele está? – Fui curta e grossa.

- Só um minuto… - Ela me deu um sorriso falso. – Brian é para você!

- Obrigada. – Ela bateu a porta na minha cara. – Idiota. – Resmunguei, então Brian apareceu e ele me viu arregalando os olhos.

- Sierra, o que você está fazendo? Achei que você estivesse morta.

 

            O plano tinha ido por água a baixo, Brian já conhecia Sierra. Como eu poderia me aproximar da minha filha sem que parecesse estranho? O que eu poderia fazer?

 


Notas Finais


O que vai acontecer?
Como Collieen vai se aproximar do Brian sendo que ele conhece a Sierra?
Será que vai rolar uma reaproximação?
Comente aí
Beijos e até a proxima


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