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História Ashes - Superfamily - What's left to say? This prays ain't working anymore.


Escrita por: xabellquinn

Notas do Autor


Hello hello hello!

Então galero, eu adicionei uns avisos na sinopse por que achei mais seguro, nessa fanfic eu qieria explorar um lado que pode ativar gatilhos, como suicídio, auto-mutilação, tortura e violência. Daí vocês perguntam, mas essa bagaça não era um arco-íris de amor? Sim, mas nem um arco-íris surge sem a tempestade. Espero que se sintam seguros e confortáveis para continuar, pois nesse capítulo mesmo já vemos uma situação tensa, que acaba a partir do primeiro -X- de separação tá galera.

Enjoy!

Capítulo 5 - What's left to say? This prays ain't working anymore.


- Então você contratou o Wilson mesmo? - Fury se certificou, levantando da poltrona, Tony havia passado quase uma hora em seu escritório, o negro de tapa-olho queria lhe entregar a ficha de novos seguranças da empresa que Happy havia contratado, e apesar de Hogan ser um dos homens que Tony confiava sua vida, Nick não podia evitar de analisar um por um dos perfis, além de conversar sobre Peter, Coulson havia lhe passado o relatório, o Stark riu, Nick e Phil eram incorrigiveis, sempre com termos técnicos e toda burocracia, Tony imaginava se eles tinham conversas normais, de casal...

E isso levava ao próximo tópico, Nick ainda pensava em como podia tratar de tirar Steve de perto de Tony, mesmo o moreno insistindo que ficaria tudo bem.

- Sim, até agora não precisei ver ele em ação, graças aos céus, - O negro deu um sorriso de canto com a expressão ultilizada pelo bilionário. Tony era ateu, não suportava papos religiosos, revirava os olhos quando alguém lhe entregava panfletinhos com imagens de santos, mas ao longo dos anos aquilo foi lentamente mudando. Steve era um católico, rezava, usava crucifixo, dava "graças a Deus", Steve tinha uma Bíblia Sagrada na gavetinha do criado mudo. Isso fez Tony mudar, a fé que o loiro tinha era bonita, e Tony amava demais o seu loiro para se opor a uma coisa tão pura quanto sua religião. - Bem, tenho certeza que ele é bom. - Stark também levantou, e eles andaram pelo corredor conversando sobre diversas coisas, como a filha biológica de Coulson, Maria Hill, que estava voltando para os Estados Unidos depois de uma longa temporada na base africana da SHIELD, e sobre a filha de Carol e Rhodey, Jessica a garota tinha a idade de Peter e estava num treinamento intenso para seguir carreira militar, Tony lembrava que Peter e a pequena Jess não desgrudavam quando eram crianças, Carol passava muito tempo trabalhando, ou em missões, o que ocasionava em dois pirralhos correndo pela casa e quebrando tudo.

- Cuidado, Tony. Eu não tenho certeza mas você sabe que as minhas suspeitas estão sempre certas, mas tem gente atrás de você. - Fury, o levou até o carro, não era o Audi, mas um híbrido que o próprio Tony havia construído, específico para viagens curtas, contava com uma carcaça feita de três camadas de aço e uma espécie de esqueleto projetado para não deixar o carro comprimir em caso de capotagem, e uma frente e traseira reforçadas e vidros blindados.

- Positivo, diretor Fury. - Ele bateu continência e o mais velho de casaco preto apertou seu ombro, o que um dia já tivera uma bala alojada.

- Não sou seu diretor, só um velho que se importa muito com você. - Respirou fundo e deixou o homem mais novo entrar no carro com seus pensamentos. Fury sentia que alguma coisa estava errada, ele precisava checar Tony, e como no mito de Odin, ele podia não ter um dos olhos, mas conseguia ver tudo que acontecia com mais nitidez do que nunca.

O carro preto de Tony Stark deslizou pela estrada, pegando o caminho direto para fora de Washington. Tony sabia que as coisas não estavam bem, não era só sua separação-não-separação, era tudo. Da última vez que ele sentiu algo assim Steve tinha lhe traido, e puta merda, Tony estava de saco cheio, sem contar nos problemas da empresa, desde que a fabricação de armas havia sido cessada de vez os acionistas ficavam mais ranzinzas, e negavam a vender suas respectivas parte da empresa, Natasha não podia ficar mais irritada com isso, na semana passada um dos homens, Jack Thompson, tinha gritado com Peggy no meio de uma reunião, a morena não ficou muito satisfeita, mas não podiam fazer nada, afinal, ele tinha uma parte da empresa nas mãos. E Pepper, Deus, Pepper era uma CEO melhor do que ele em todos os aspectos, ela era organizada, pontual, sucinta, mas nas últimas semanas, com as viagens da ruiva, a empresa caia com tudo nas suas costas, porra ele era o herdeiro daquilo tudo! Ele e Peggy não deixaram o império do pai falir quando o escândalo de roubo dos projetos vazou para mídia, ele e Peggy não deixaram o legado de Howard Stark ser levado para lama junto dos terroristas afegãos, cada um da sua maneira, cada um com sua parte, mas parecia que ele e Peggy não seriam suficientes agora.

Ele pensava se valia a pena trabalhar tanto, lutar tanto, para deixar tudo aquilo nas mãos de seu filho, Peter era tão ingênuo, Tony as vezes chegava a se desesperar só de imaginar seu bebê passando por todos os problemas de chefiar um patrimônio como a Stark Technology, e o pior de tudo, Peter era sozinho, Peter não tinha um irmão, Tony tinha certeza absoluta que se não fosse por sua irmã querida ele já teria desmoronado, e a empresa com ele. Peggy Carter Stark era o alicerce de Tony na infância e adolescência, isso não mudou na fase adulta, Peter nunca teria aquilo? Os planos de ter outro filho com Steve foram jogados no fundo da gaveta junto das fotos do casamento, das cartas, e da aliança.

Foi muito rápido, mas o click quando Tony pisou no freio foi a última coisa que ele ouviu antes de bater com força total na barreira de proteção da estrada aberta para um pequeno penhasco, o carro não capotou, mas o impacto fez a traseira pular, os air-bags abriram, mas Tony já havia batido com a lateral do rosto na janela, a bolsa branca e cheia de ar só fez o moreno sentir mais dor ao abrir direto em seu peitoral.

Porra...

Ele tentou respirar, empurrando o maldito air-bag de sua frente, checando a chave na ignição e ligando o carro novamente, ele precisava sair dali. Sua mente começou a imaginar todos os prováveis cenários para um possível sequestro, mas não havia mais nenhum carro na estrada, então o que seria? Um atirador de elite em algum ponto esperando ele sair de dentro do carro e não hesitar em apertar o gatilho? Ele não precisava deixar seu filho órfão tão cedo, acelerou e não parou, afinal, como podia se tinha perdido o freio?

E depois de quase 20 minutos, o carro bateu novamente, dessa vez na lateral da placa de posto de gasolina, ele puxou a chave da ignição e viu as rodas pararem de girar lentamente conforme as pessoas do lugar se aproximavam para saber se tinha alguém ferido.
Um homem não muito alto, usava o uniforme e o boné da marca do posto, "Eddie Brock" era o que tinha escrito na plaquinha bordada no casaco, ele se aproximou abrindo a porta com facilidade.

- Puta merda, cara? Você está bem? - Tony segurou a mão do tal Eddie, mas negou-se a sair do banco, droga, a última coisa que ele precisava agora era de um ataque de pânico. - Ei, senhor Stark, - E agora havia sido reconhecido, puta que pariu mesmo! Sentiu o ar faltar e os olhos encherem de lágrimas. - Calma, por favor, eu preciso que confie em mim, assim eu consigo te tirar daí, para então poder chamar uma ambulância, okay?

O Eddie era gentil, tinha a voz mansa, mas ele mal conseguia ouvir.

- Eles vão me matar, não podem me matar, eu tenho um filho. - Lágrimas desciam por seu rosto, ele puxou o ar pela boca, mas o desespero começou a surgir ao que o oxigênio não entrava em seus pulmões. - Meu filho, por favor...

Ele estava pedindo por favor de novo, todas as cenas se passando como um filme diante de seus olhos, o tiro, a dor, o sorriso sujo do terrorista, as mãos de Obadiah, a arma apontada para sua cabeça e a câmera acesa em seu rosto, os dedos podres de sangue do afegão apertando seu rosto, os estilhaços em seu peito, caçando as batidas de seu coração, e Gail chorando inconsolável em seu escritório. O suor em sua testa desceu pela têmpora e os calafrios aumentavam.

- Tony, respira comigo, vamos, 1, 2, 3 - Eddie começou a respirar de forma ritmada, segurando a mão gelada do empresario. - Olha, que tal eu e você irmos para dentro da-

- Não! Eles vão me matar...

- Tudo bem, tudo bem, meu nome é Eddie, 'tá vendo, - Ele apontou para o bordado na roupa e deu um sorriso fraco. - Não para de respirar comigo, Tony, okay? - Eddie segurou a outra mão do bilionário, continuando a  respirar, Tony fazia o mesmo. - Tem alguém que você gostaria que eu ligasse, para poder cuidar de você, te levar 'num hospital?

- Peg... minha... - Ele apertou as mãos do frentista, acompanhando a respiração, - Minha irmã, Peggy Carter.

- Ótimo, eu preciso do número dela, acha que consegue me passar isso? - Um pequeno grupo de pessoas se reuniram mais afastadas da situação, e um dos outros frentistas reclamava com cada pessoa que ousava tocar no celular para gravar o que estava acontecendo, alegando que ele explodiria o posto de gasolina  caso alguém ligasse a câmera.

Em menos de meia hora, uma ambulância e o carro de Peggy aparecer, a morena alta correu usando os saltos meia pata, surpreendendo Eddie, que agora tentava fazer Tony beber água, o mesmo cara que havia ameaçado explodir tudo tinha lhes entregue uma garrafinha com água mineral, Tony estava bem mais calmo, as lágrimas foram enxugadas por Carter quando ela se aproximou do irmão, lhe abraçando firme.

- Ah, meu amor... Venha, temos que ir para o Hospital. - Ela sorriu, os lábios grossos pintados em vermelho forte logo lhe dando um beijo na testa. E assim conseguiram tirar Tony de dentro do carro, ele se encolheu nos braços de sua irmã mais velha. Eddie retirou a camisa, ficando apenas de regata e cobrindo de longe o rosto do bilionário, seja quem fosse, tinha chamado a imprensa, agora um carro com um homem segurando a câmera parava naquele posto, mas ele não permitiu que o camera man se aproximasse até que Tony entrasse na ambulância.

- Moça! O seu carro? - Brock sinalizou quando Peggy entrou junto de Tony. A morena suspirou e entregou a chave ao desconhecido.

- Pode deixar na frente da Torre Stark?

- Mas é claro que sim. - Ele respondeu sem titubear. Afinal, a três anos era atrás era a sua irmã numa situação parecida, Mary sofreu um acidente terrível, mas diferente dali, ninguém sequer parou para lhe ajudar, ambos trabalhava na Oscorp naquela época, ele lembrava-se que Norman se negou a pagar a indenização de Mary, pois o carro com defeito era de sua empresa... E sem nenhuma esperança de ver sua irmã viva nos próximos dias, pois não tinha como pagar a cirurgia com seu salário, uma quantia exorbitante de dinheiro havia surgido na conta de sua irmã, daria mais que para pagar a cirurgia, mas como também os remédios que Mary iria necessitar.  Meses depois ele descobriu que a Stark Technology estava por trás da doação, as duas empresas sócias tinham cortado a parceria quando um escândalo de corrupção na Oscorp revelou que o dinheiro de indenizações de funcionários havia sido desviado para uma conta fantasma, deixando dezenas de pessoas como Mary, prejudicadas e sem condições de tratamento.

Tony Stark havia liberado a verba e agido como um anjo para a situação de sua irmã, e ele jamais esqueceria isso. Durante meses se questionou o por que de estar naquele posto esquecido no meio do nada...

Ali estava a resposta.

-X-

Rogers e Castle andavam sem compromisso até a empresa novamente, Frank iria resolver algumas coisas no centro mesmo, então que mal fazia acompanhar o amigo?

-  Mesmo depois de tudo, você ainda tem o Tony vivo. - Castle soltou ao perceber o amigo cabisbaixo. - Porra, tem tanta coisa que eu queria falar para Maria, não me entenda mal, eu amo o Matt, aquele advogado metido do cacete, - ele riu fraco. - Mas... ela era a mãe dos meus filhos, e eu também a amava demais, e tem tanta coisa que eu nunca vou poder falar 'pra ela... Desde pequenas coisas, tipo "Como nossas crianças estão grandes", ou o "Você está linda hoje." - Uma lágrima correu pelo rosto do ex-fuzileiro.

- Ei, tá tudo bem... - Rogers abraçou o amigo, lhe deixou chorar. Steve não tinha sequer parado para imaginar sua vida onde Tony não estivesse mais ali, fisicamente, não... Seria impossível viver caso isso acontecesse, ele refletiu em como Castle conseguiu ter forças para além de matar as pessoas que lhe tiraram sua família, também seguir em frente e construir um relacionamento firme com Mathew.

- Então, seu filho da puta... Não deixa acabar assim. Eu sei o quanto vocês se amam, porra, aquele homem é doido por você. Não deixa esse amor ser ignorado assim, você já lutou por tantas merdas no exército, então luta por algo que vale a pena de verdade, meu amigo. - Ele exugou o rosto e abraçou Steve como despedida.

Castle estava certo. Ele havia lutado por um general cuzão que os enfiou numa armadilha, ele havia brigado por um ticket de cinema no Brooklyn quando era apenas um garoto magricelo sem perspectiva de um futuro, ele lutou pela sua mãe quando a mesma teve de internar devido o Alzhaimer,  ele iria lutar para ter seu moreno de volta.

Ele não conseguia imaginar sua vida sem Tony, sem aqueles olhos âmbar esverdeados brilhando para ele, ou o sorriso perfeito lhe desejando bom dia, os lábios carnudos nos seus, o corpo dele no seu, isso seeria um golpe definitivamente fatal. E olhem que ele ainda nem chegou a pensar na vida sem Tony, e Peter ao mesmo tempo, era irreal demais.

Steve tinha acabado de chegar na empresa, quando viu Natasha correr na recepção em direção ao seu carro, a russa mantinha o seu Impala 1967 fora da garagem, primeiro, por que aquele maldito carro americano era lindo e merecia ser admirado, e segundo, praticidade, ela só precisava correr caso acontecesse algo, como agora.

- Nat! Natasha! - Ele seguiu a loira, - O que houve?

- Tony sofreu um acidente de carro.

E de repente, tudo pareceu desmoronar de uma vez na sua frente.

-X-

Peter estava fazendo o dever de casa na beira da piscina, após um bom banho quente e roupas limpinhas. Ele, Wade, Fitz e Mack aproveitavam a sombra e o refresco que JARVIS tinha providenciando junto de Dum-E. Wade ficou impressionado em como os robôzinhos de Tony eram desajeitados, derrubando o balde de gelo, as frutas e levando reclamação da "IA-Deus" da casa, palavras dele. Fitz agora engajava em uma conversa sobre seu estudo em células tronco e a regeneração do corpo, Wade parecia muito interessado, Peter tinha que admitir, Wilson era incrível quando se tratava de biomedicina, ele parecia responder com ânimo todas as questões de Leopold em relação a todo sistema neurológico. Wade tinha tantas facetas, ele era como um cubo mágico, cada vez que era remexido, uma combinação diferente e inusitada aparecia, e céus, ele era uma desordem completa!

- Você vai ficar encarando o Wilson, ou vai resolver essa conta colossal de física? - Mack sussurrou e Peter nem notou a quanto tempo ele envarava seu segurança. Mack continuou pensativo ao seu lado, Peter fechou o livro e esqueceu o dever, não conseguia se concentrar mesmo, então deitou na espreguiçadeira acolchoada decidido a saber o que se passava na cabeça de seu amigo.

Mack e Fitz faziam parte da SHIELD, eram um casal de jovens brilhantes, e estavam no projeto da Fundação Setembro de seu pai, sendo assim, trabalhavam diretamente com Tony Stark em projetos pessoais, ganhavam experiência e boas indicações ao fim do curso, Leopold Fitz por exemplo, fazia Bioquímica com tio Bruce e tecnologia robótica com seu pai, Já Mack preferiu Engenharia mecânica e física nuclear, eram dois gênios, e Tony os adoravam.

- O que está se passando por essa cabeça de QI elevado? Seria um novo motor? Ou uma bomba capaz de explodir a lua? - Peter brincou fazendo o mais alto rir por um segundo.

- Talvez seja os dois, Pete. - Mack se virou para ele e repousou o copo vazio na mesinha entre uma espreguiçadeira e outra. - Na verdade estou trabalhando num protótipo de carro, ou uma pistola não letal, você sabe o quanto eu gosto dessas coisas. - Ele gesticulou, de fato, Mack adorava automóveis, e sempre tinha um rabisco ou outro de um carro completamente funcional que poderia ser usado em tanto missões táticas, quanto em a paisano.

- Isso é legal. - Foi o que restou para falar.

E ficaram assim os dois, Mack admirava a barba recém crescida de seu noivo, lhe deixando com um aspecto mais adulto, e Peter observava as pequenas cicatrizes em Wade, mas a que não perdia sua atenção era cicatriz de um corte profundo e longo em seu couro cabeludo, o cabelo raspado nas laterais deixa clara a linha que elevação na pele fazia. Wade riu quando Fitz contou a vez que quase derrubou um protótipo de robô dentro do pote onde sua melhor amiga, Jemma, tinha lhe dado o primeiro tumor que havia cortado, parecia algo realmente impagável para o aloirado, que jogava a cabeça para trás e gargalhava alto.

O vento batendo em seu corpo quentinho, a visão de Wade, o silêncio cortado pelas palmeiras balançando e a risada de Wilson foram mais que o suficiente para lhe ninar, antes de cair no sono pôde ver Bailey sentar ao lado de Wade e receber um carinho gostoso na cabeça.

E sendo assim, Peter não viu quando seu pai chegou.

Peggy entrou em silêncio na casa do irmão, Tony usava suas meias, os sapatos sendo carregado nas mãos, tinha uma sacolinha de remédios na outra, ele foi direto para o seu quarto, e pediu para ficar sozinho, Peg concordou alegando precisar fazer um chá para se acalmar, e não demorou para Natasha chegar, acompanhada por Rogers, a morena os barrou antes mesmo de entrarem.

- Em silêncio. Peter está em casa. - Ela podia ver o desespero de Steve, que ao se ver solto das mãos de Carter, não pensou duas vezes antes de correr até o segundo andar e abrir a porta do quarto que um dia fôra ele chamara de seu.

O barulho do chuveiro lhe acalmou, e ele trancou a porta seguindo para o banheiro, vendo o moreno de costas, um braço apoiado na parede, enquanto sentia a água descer por seu corpo.

- Ei... - Tony finalmente notou sua presença, e lhe deu um sorriso pequeno. - Vai ficar mesmo só me olhando? Não quer ajudar? - Ah, em outra época Steve teria levado aquilo para o duplo sentido, em outra época ele jogaria a roupa no chão e agarraria seu homem, e  então eles fariam amor no chuveiro, e na banheira, e depois na cama... Por que eles eram assim, eles eram insaciáveis quando se tratava do sexo gostoso que faziam, mas as coisas mudaram. Steve retirou a jaqueta, os sapatos e o celular. Tinham manchas roxas no braço esquerdo de Tony, assim como o rosto, que possuía um corte no osso da bochecha, devidamente tratado.

- Por que não usa a banheira? - Seria de fato mais confortável, mas Tony era teimoso, ele lembrava-se que o moreno mal podia ficar em pé depois do tiro que havia levado, os estilhaços tinham sido retirados por meio de uma cirurgia longa e delicada, mas mesmo assim ele insistia em fazer as coisas, como tomar uma ducha, escovar os dentes em pé, se barbear sem ajuda, Tony não conseguia ficar parado.

- Não gosto se usá-la sozinho. - Ele ironizou rindo fraco, esticando o braço para pegar o shampoo, Steve o impediu, tomando o frasco em sua mão e ouvindo o suspirar de Tony, não demorou para suas mãos estarem numa massagem no cabelo do moreno. Tony quase ronronava com o carinho, o chuveiro sendo aberto novamente e a água levando a espuma pouco a pouco.

Stark ainda estava de costas para Rogers quando ouviu o soluçar d loiro, as mãos grandes e firmes de Steve escorregando para sua cintura, ele virou-se vendo aquele homem completamente vestido e molhado chorar a sua frente, era de quebrar o coração.

Por que Steve sempre teve que ser forte pelos dois, sempre carregou o mundo nas suas costas e protegeu sua família, ele era um bom homem, Tony nunca poderia negar isso, bons homens também cometem erros... Não hesitou em rodear os braços no pescoço do loiro, testas coladas, podia sentir a respiração descompassada do outro, e as lágrimas quentes tocarem sua bochecha ao que as gotículas caiam do rosto de seu ex-marido.

- Eu não quero te perder, Tony... - Suspirou tocando o rosto do mais novo, lhe puxando para pertinho, precisava sentir que seu moreno ainda estava ali, estava vivo. - De novo, puta merda, de novo isso acontece, de novo querem te tirar de mim! - Eles se abraçaram firme, Steve pouco se importava com suas roupas, só queria ter Anthony Stark junto dele.

- Shh, para de ser bobo. - Tony sussurrou-lhe ao pé do ouvido, Steve riu em meio ao choro, - Você não vai se livrar de mim tão fácil. - ficaram assim, agarrados no meio do chuveiro ligado, com suspiros de alívio e as piadas idiotas de Tony.

Quando Peter sentiu seu corpo sendo levado pela escada, priemeiro pensou que fosse pai Steve, então se aconchegou abraçando-lhe o pescoço e continuou a dormir, mas então  seu bumbum bateu na quina da porta, e logo um palavrão que Peter sequer sabia da existência foi dito baixinho.

Wade!

Sentiu o corpo ser repousado na cama gentilmente, e só daí abriu os olhos.

- Ah, fala sério? Você estava acordado? - Wilson ficou em uma pose engraçada, lhe olhando como se aquilo fosse um crime. - Eu te carreguei por aquela escada gigantesca e você estava acordado? - Wade estava indignado, o garoto sorriu e se encolheu nas cobertas.

- Eu acordei quando você bateu minha bunda na porta, idiota. - A voz sonolenta talvez fosse fofa demais para Wade aguentar, era melhor ter deixado o garoto lá fora mesmo, congelando no frio do fim de tarde, ao relento, com suas bochechas vermelhinhas e lábios em formato de coração, e com seus pézinhos cobertos pela meia fina... Com sua fofura de baby boy! Ugh, Wade lhe amava! Era isso, Peter era ADORÁVEL.

- Eu te amo, garoto. - O sorriso terno afirmaram suas palavras, ele resolveu se sentar, estava cansado e com frio, por que o ar-condicionado daquele quarto parecia ter sido ajustado para simular o Canadá, e Wade gostava.

- Ah, você diz isso 'pra todos.

Os dois riram, e entre uma conversa e outra, as luzes no teto do quarto de Peter piscaram, fazendo o garoto sentar-se na cama. E após um pequeno surto de Wade, Peter explicou que era Jarvis avisando que suas tias estavam em casa. A  IA-Deus era fofoqueira então. Eles desceram, com Peter provocando o mais velho, e Wilson reclamando que tinha subido em vão, e que suas costas doiam.

O cheiro de queimado na cozinha espalhou-se pela casa, e o Stark mais novo riu ao ver Natasha sobre o balcão ligando o sugador e Peggy tentando apagar o fogo de um pano de prato com uma xícara de chá. Era por isso que seu pai nunca deixava sua tia cozinhar, os dois eram desastres.

- Eu pedi comida Tailandesa, quem vai querer? - Natasha deu uma cambalhota, caindo graciosamente com seus saltos.

- Ela é algum tipo de ninja ou-

- Ela é russa.

- Oh!



Notas Finais


EDDIE BROCK É O MEU AMORZINHO GENTE! E esse amigo que queria tacar fogo no pessoal do posto, só consegui pensar no Venom kkkkkk.

Não querendo dizer que Frank Castle é uma fada sensata, mas ELE É UMA FADA SENSATA SIM, CARALHO!

Gente, scr, a Natasha é muito insensível, olha o jeito que essa mulher dá a notícia! Kkkkkk, ela quer ver o Steve sofrer mesmo. E o spidey tava todo brisado com o Wade, mds, ta escrito na testa dele "AFIM DE WADE WILSON"

Não esqueçam de favoritar e comentar, ein meus xabeludos!

Beijos e até o próximo!


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